sábado, 9 de outubro de 2021

Lições para Toda Vida

Título no Brasil: Lições para Toda Vida
Título Original: Secondhand Lions
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Tim McCanlies
Roteiro: Tim McCanlies
Elenco: Haley Joel Osment, Michael Caine, Robert Duvall, Kyra Sedgwick, Josh Lucas, Christian Kane

Sinopse:
O filme conta a história de um garoto, que tem uma mãe muito disfuncional, que vai passar o verão ao lado de seus tios no Texas. Eles são excêntricos, mas ao mesmo tempo donos daquele tipo de sabedoria que apenas os anos vividos proporcionam.

Comentários:
Esse filme "Lições para Toda Vida" tem um roteiro baseado na nostalgia, nas lembranças de um homem adulto que relembra os tempos em que garoto foi passar um verão ao lado de tios bem fora do padrão. Aqui o elenco juntou um astro mirim (na época o garoto Haley Joel Osmen) com dois veteranos, Michael Caine e Robert Duvall. A fórmula, já tantas vezes usada pelo cinema no passado, ainda rende bons frutos. É um bom filme, com ótima fotografia, roteiro bem escrito e com aquela clara intenção de passar uma boa mensagem para as novas gerações. Acima de tudo é o que eu poderia qualificar como um filme com boas intenções. Acredito que o público mais velho vai gostar ainda mais, pois vai acabar se identificando, de uma maneira ou outra, com os personagens de Caine e Duvall, que aliás estão muito bem em cena, mostrando que atores, assim como os vinhos, ficam bem melhores com o passar dos anos.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Nascido Para Matar

Não é uma unanimidade, nem entre os admiradores de Kubrick, um dos grandes mestres do cinema. Entretanto é inegável que foi um dos filmes que captaram com mais exatidão a insanidade e a loucura do militarismo. O roteiro dividiu o filme em dois grandes atos bem separados. Nem é preciso entender de cinema para compreender bem isso. No primeiro ato vemos um grupo de jovens sendo treinados. Como a guerra do Vietnã estava a todo vapor fica bem claro que eles serão levados para o front no sudeste asiático. Um dos recrutas logo vira alvo, saco de pancada, de seu sargento. É um sujeito mais gordinho, desajeitado. Tanto mexem com seu psicológico que ele logo surta e tudo termina em tragédia. 

Depois do impacto da cena que encerra a primeira parte do filme os soldados são finalmente enviados para o Vietnã. E aí o filme ganha uma surpreendente carga emocional e psicológica, se tornando mais cadenciado, mais sensorial. E o momento final acontece quando os americanos enfrentam uma atiradora de elite escondida nos escombros da guerra. Enfim, um grande filme de guerra, o que não quer dizer que seja para todos os tipos de públicos. Tão visceral é que se torna um filme realmente para poucos. Em minha opinião foi mais uma prova da genialidade de Stanley Kubrick e os gênios, como bem sabemos, nem sempre são bem compreendidos.

Nascido Para Matar (Full Metal Jacket, Estados Unidos, 1987) Direção: Stanley Kubrick / Roteiro: Stanley Kubrick, Michael Herr, Gustav Hasford / Elenco: Matthew Modine, R. Lee Ermey, Vincent D'Onofrio / Sinopse: A loucura e a insanidade da guerra do Vietnã impactando a vida de jovens americanos enviados para o campo de batalha. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor roteiro adaptado.

Pablo Aluísio.

Diário de uma Paixão

Título no Brasil: Diário de uma Paixão
Título Original: The Notebook
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Pictures
Direção: Nick Cassavetes
Roteiro: Jeremy Leven
Elenco: Rachel McAdams, Ryan Gosling, James Garner, Gena Rowlands, Heather Wahlquist, Renée Amber

Sinopse:
Durante a década de 1940, uma garota rica, da alta sociedade, se apaixona por rapaz pobre, da classe trabalhadora. O romance entre eles é avassalador, mas juntos vão precisar enfrentar os preconceitos sociais e a oposição dos pais que não querem que a filha se case com um "pobretão". Baseado no romance escrito por Nicholas Sparks.

Comentários:
Esse é aquele tipo de filme que cada cena parece uma pintura, um quadro romântico de grandes pintores do passado. A trilha sonora é sempre grandiosa, com lindos temas incidentais orquestrais. E como cereja do bolo temos um casal protagonista excelente. Precisa de algo mais para se fazer um belo filme romântico? Acredito que não! E se o lado épico está faltando, você pode pensar, nem isso se furta o roteiro. O personagem de Ryan Gosling é enviado para a II Guerra Mundial, o que abre oportunidade ao filme de mostrar até boas cenas do campo de batalha. Mas claro que isso tudo é secundário. O roteiro se baseia mesmo em muito romantismo, muita paixão entre o casal protagonista. Eles querem viver esse amor, mesmo que para isso precisem passar por cima de tudo, inclusive dos pais dela e do meio social em que ela sempre viveu. Eu gostei bastante do filme. É um filme romântico que parece mesmo uma pintura, de tanto bom gosto que apresenta na elaboração das cenas. Um filme bonito de se ver. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Jogo Bruto

Arnold Schwarzenegger só fez esse filme policial porque estava preso em um contrato com o produtor Dino De Laurentiis. Ele havia assinado para fazer cinco filmes com o personagem Conan, mas depois de um tempo se arrependeu disso. Tinha receios de ficar estigmatizado como o bárbaro, naquele velho problema de atores que não conseguem se livrar de personagens marcantes. Assim ele aceitou fazer apenas mais um filme de Conan, outro de barbarismo sem Conan (que seria "Guerreiros de Fogo") e mais essa fita de ação sem maiores atrativos. Fazendo isso ele estaria livre da produtora de Dino e poderia procurar outros desafios em sua carreira.

"Jogo Bruto" é um filme meio fraco que fez o sucesso devido por causa de Schwarzenegger que naquela época, anos 80, estava no auge do sucesso, na crista da onda. Qualquer filme que trouxesse seu nome impronunciável no cartaz já era sinônimo de sucesso. E por falar em poster, esse era mesmo feito para faturar em cima do nome comercial do ator. Algo que no final deu certo, embora fosse considerado já naquela época um filme muito fraco. Tem uma boa cena de ação no final, em uma pedreira, mas é só. Tudo soa como mero pretexto para que Arnold usasse uma metralhadora, mandando para o inferno seus inimigos. E nisso se resumia seu roteiro. Mais anos 80 do que isso, impossível.

Jogo Bruto (Raw Deal, Estados Unidos, 1986) Direção: John Irvin / Roteiro:Luciano Vincenzoni, Sergio Donati / Elenco: Arnold Schwarzenegger, Kathryn Harrold, Sam Wanamaker / Sinopse: Um ex-agente do FBI, agora trabalhando como xerife de uma pequena cidade, concorda em ajudar o chefe da agência policial a se infiltrar na máfia de Chicago.

Pablo Aluísio.

O Preço da Ganância

Título no Brasil: O Preço da Ganância
Título Original: Blood Money
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: Saban Films
Direção: Lucky McKee
Roteiro: Jared Butler, Lars Norberg
Elenco: John Cusack, Ellar Coltrane, Willa Fitzgerald, Jacob Artist, Ned Bellamy, Johanna McGinley

Sinopse:

Três jovens (dois amigos e a ex-namorada de um deles) viajam até um parque nacional para fazer trilha e curtir as corredeiras dos maravilhosos rios da região. Só que a garota acaba encontrando mochilas cheias de dinheiro, uma fortuna de 8 milhões de dólares. O dinheiro também está sendo procurado por um criminoso, que está fugindo de um cerco policial para capturá-lo.

Comentários:
Esse filme me lembrou tanto de certas produções dos anos 90. Não apenas pela presença do ator John Cusack que interpreta um assassino e ladrão de bancos, mas também pela estrutura do roteiro. É um típico thriller daquela época, só que filmado nos dias de hoje. É basicamente um jogo de gato e rato, tudo se passando em uma bela reserva ambiental nos Estados Unidos. Os jovens querem ficar com um grana que encontram no meio do nada. Só que esse dinheiro todo tem "dono", um criminoso que também está procurando pela grana, enquanto foge dos policiais. Ele usou um avião para fugir. Quando viu que não escaparia jogou o dinheiro pela janela e pulou de paraquedas. Chegando são e salvo lá embaixo saiu em busca do dinheiro roubado que agora foi encontrado pelos jovens turistas. O filme é rápido e eficaz como passatempo e só falha nas sequências finais, filmadas com uma fotografia muito escura, onde pouco se vê. Um erro primário de direção. Mesmo assim, com esse tropeço, o filme ainda vale como diversão ligeira.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Superman II

Que Filmaço! Muitos críticos e fãs inclusive dizem que esse foi o melhor filme do Superman já feito para o cinema. Livre das amarras de ter que contar a origem do super-herói (algo que o primeiro filme fez de forma brilhante) essa sequência bebeu diretamente da fonte dos quadrinhos, com vilões bacanas e muita ação e aventura. Curiosamente os dois filmes (Superman e Superman II) foram filmados praticamente simultaneamente, o que garantiu uma qualidade excepcional para essa continuação. O elenco estava completamente entrosado e a brilhante direção do excelente Richard Lester garantiu a diversão. E para coroar uma equipe tão perfeita que tal o escritor Mario Puzo escrevendo o roteiro? Pois é, o criador do Poderoso Chefão escreveu o roteiro desse filme. Algo assim realmente é algo para poucos filmes na história do cinema americano.

Outro aspecto que nunca cansarei de elogiar vem do trabalho do saudoso Christopher Reeve. Ele não era apenas parecido fisicamente com o Superman. Ele era também um ótimo ator, algo que fica claro quando interpreta o atrapalhado Clark Kent. Até hoje fico admirado em ver uma escalação de elenco tão feliz. Nunca houve um Superman melhor do que aquele interpretado por Reeve. Nem antes e nem depois. Ele foi de fato o Superman perfeito em minha opinião. E como todo filme de super-herói esse também apresentava ótimos vilões, criminosos do planeta original do Superman que chegavam na Terra após vagarem pelo espaço. Imagine o Superman ter que enfrentar vilões que tinham a mesma força e os mesmos poderes que ele. Enfim, esse segundo filme mereceu todo o reconhecimento do público e da crítica na época de seu lançamento original.

Superman II: A Aventura Continua (Superman II, Estados Unidos, 1980) Direção: Richard Lester / Roteiro: Mario Puzo / Elenco: Christopher Reeve, Gene Hackman, Margot Kidder / Sinopse: Um trio de vilões de Kripton chega no planeta Terra. E eles possuem a mesma força e os mesmos poderes do Superman, o que dará origem a um confronto épico. Filme premiado como Melhor Ficção do ano pela Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films.

Pablo Aluísio.

A Menina Que Tinha Dons

Título no Brasil: A Menina Que Tinha Dons
Título Original: The Girl with All the Gifts
Ano de Produção: 2016
País: Inglaterra
Estúdio: BFI Film Fund
Direção: Colm McCarthy
Roteiro: Mike Carey
Elenco: Glenn Close, Sennia Nanua, Fisayo Akinade, Paddy Considine, Gemma Arterton, Anthony Welsh  

Sinopse:
Uma pandemia mundial causada por um fungo transforma grande parte da humanidade em zumbis. Aqueles que conseguem escapar começam uma busca desesperada por uma vacina que vá salvar parte dos seres humanos. E o segredo parece estar no organismo de uma garotinha que consegue sobreviver mesmo após ser contaminada.

Comentários:
Esse filme também é conhecido pelo péssimo nome de "Melanie - A Última Esperança". O filme começa até interessante, mostrando um grupo de crianças diferentes. Elas vivem em uma base militar, são praticamente acorrentadas para entrar em sala de aula e não demora muito para o espectador entender que tem algo errado ali. Uma das pesquisadoras desse estranho projeto é interpretada pela ótima Glenn Close. Só que as boas notícias acabam por aí. Logo o complexo é invadido por... zumbis! E aí as esperanças se perdem. O roteiro até tenta, mas não consegue, fugir do esquema que sempre é usado nesse tipo de filme. Sinceramente falando, alguém ainda aguenta assistir filmes de zumbis? Essa coisa de morto-vivo já saturou. E são monstros tão chatos... aquela mesma coisa de comer cérebros humanos... Olha, chatice mesmo. Nem a grande Glenn Close consegue salvar esse filme. E o que diabos ele estaria fazendo no elenco de uma produção como essa? Complicado entender.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Alien³

Título no Brasil: Alien³
Título Original: Alien³
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: David Fincher
Roteiro: Dan O'Bannon, Ronald Shusett
Elenco: Sigourney Weaver, Charles S. Dutton, Charles Dance

Sinopse:
Durante a fuga a nave de Ripley cai em Fury 161, um distante e esquecido planeta nos confins do espaço sideral. O lugar é usado como prisão para alguns dos mais psicóticos e violentos criminosos do universo. Assim a tenente Ripley (Weaver) terá que sobreviver não apenas aos ataques desses perigosos prisioneiros mas também da criatura alienígena que, ao que tudo indica, também estava na nave destruída. Para piorar tudo o Alien agora está solto no meio ambiente, pronto para fazer novas vítimas.

Comentários:
David Fincher resolveu fazer algo completamente diferente dos filmes anteriores da franquia. Aliás esse filme foi extremamente complicado de se produzir, pois havia uma pressão enorme envolvida e muitos problemas por trás dos bastidores, alguns inclusive inesperados, como a falta de ética por parte de James Cameron (que havia dirigido "Aliens o Resgate"). Ao invés de respeitar a visão do colega cineasta Cameron partiu para o ataque dizendo que esse novo filme era uma agressão contra os fãs da série (uma bobagem, vamos convir). Se "Alien, o Oitavo Passageiro" era uma feliz fusão entre filmes de ficção e terror e "Aliens, o Resgate" era uma tentativa de mesclar o universo sci-fi com os filmes de ação dos anos 80, esse aqui foi certamente o mais ácido e realista de todos os filmes. Há todo um clima opressivo no ar, a estética procura ser cinza, sem esperanças, tal como um presídio do mundo real. Há muita sujeira ao redor e tipos nada encantadores. Um inferno espacial. Essa nova identidade não chegou a agradar todo mundo, certamente muitos fãs reclamaram, mas a verdade pura e simples é que justamente por ser diferente é que "Alien³" marcou tanto e ainda é tão lembrado, afinal o espaço nunca se mostrou tão ameaçador como aqui!

Pablo Aluísio.