quinta-feira, 19 de abril de 2018

Minha Vontade é Lei

Warlock é uma cidadezinha do velho oeste que é constantemente atormentada por um bando de mal feitores que cometem crimes à luz do dia, na frente de todos, aterrorizando a pacata população local. Após assassinar o último xerife da cidade um conselho de cidadãos resolve contratar dois famosos pistoleiros para proteger e impor ordem na localidade. Clay Blaisedell (Henry Fonda) e Tom Morgan (Anthony Quinn) são então chamados a Warlock para impor através de seus colts a ordem e a lei para todos. "Minha Vontade é Lei" é um western muito bem escrito, com excelente trama que consegue unir um dos melhores elencos que já vi reunidos: Além de Henry Fonda (sempre ótimo) e Anthony Quinn (interpretando um velho pistoleiro com os dias contados) o filme ainda traz o eficiente e subestimado Richard Widmark como um auxiliar do xerife que tenta de alguma forma estabelecer uma ordem na caótica Warlock. Para os fãs de "Star Trek" uma curiosidade: a presença de DeForest Kelley como um membro do bando de bandidos que aterrorizam a cidade. Assim que surge em cena lembramos automaticamente de seu maior personagem, o médico da nave espacial Enterprise.

"Minha Vontade é Lei" foi dirigido pelo veterano Edward Dmytryk (1908–1999) . Ele não era um diretor especializado em faroestes, tendo dirigido mais dramas o que talvez explique algumas características desse filme. O roteiro não tem pressa em apresentar os personagens e nem em desenvolvê-los de forma bem gradual, aos poucos. Todos possuem personalidades complexas, que podem transitar tranquilamente entre a lei e a desordem. Os pistoleiros interpretados por Fonda e Quinn são exemplos disso. Não são mocinhos absolutos, pelo contrário, podem facilmente mudar de lado caso isso seja de seu interesse. A direção de Dmytryk é adequada mas não tão ágil como alguns fãs de western preferem (principalmente os adeptos de filmes de bang-bang mais viris) mesmo assim não faltam os momentos vitais no desenrolar do filme, como os confrontos, brigas e por fim o duelo final. De fato é uma produção acima da média, um faroeste um pouco mais dramático do que habitual mas não menos interessante e bom. Recomendo com absoluta certeza.

Minha Vontade é Lei (Warlock, EUA, 1959) Direção: Edward Dmytryk / Roteiro: Robert Alan Aurthur baseado na novela de Oakley Hall / Elenco: Richard Widmark, Henry Fonda, Anthony Quinn, DeForest Kelley, Dorothy Malone / Sinopse: Warlock é uma cidadezinha do velho oeste que é constantemente atormentada por um bando de mal feitores que cometem crimes à luz do dia, na frente de todos, aterrorizando a pacata população local. Após assassinar o último xerife da cidade um conselho de cidadãos resolve contratar dois famosos pistoleiros para proteger e impor ordem na localidade. Clay Blaisedell (Henry Fonda) e Tom Morgan (Anthony Quinn) são então chamados a Warlock para impor através de seus colts a ordem e a lei para todos.

Pablo Aluísio.

Jornadas Heróicas

Em 1865 com o fim da Guerra da Secessão o Presidente Abraham Lincoln passa a preocupar-se com o futuro dos milhares de soldados que ainda voltavam do conflito sem muitas oportunidades de emprego e sem moradia. O sonho do presidente é que o oeste americano se transformasse no novo eldorado para esses milhares de soldados. O que o presidente não sabia era que um grupo formado por oficiais e alguns soldados da união planejava a venda de vários rifles de repetição para os índios; prática que era terminantemente proibida. Porém o pior acontece, e em 15 de abril de 1865, pouco depois do fim da guerra, Lincoln é assassinado dentro do Teatro Ford por John Wilkes Booth. A partir daí o contrabando de armas para as tribos Cheyennes e Sioux, liderado pelo negociante inescrupuloso John Lattimer (Charles Bickford) aumenta de tal forma que chega aos ouvidos do General Custer.

Preocupado, Custer manda convocar Wild Bill Hickok (Gary Cooper) e Buffalo Bill (James Ellison) para liderar um ataque que impeça que mais rifles de repetição caia nas mãos dos índios. Jornadas Heróicas (The Plainsman - 1936) é um faroeste fantástico com cenas impressionantes de batalha e com um elenco de primeira grandeza que conta com nomes de peso, como: Gary Cooper, Jean Arthur, James Ellison e Charles Bickford. Na verdade, o longa com a assinatura inconfundível do diretor Cecil B.DeMille, não é um faroeste comum. Requintado e travestido de épico - bem típico do grande diretor - Jornadas Heróicas mistura figuras lendárias do velho oeste americano como Wild Bill Hicock, Buffalo Bill, Jane Calamidade, General Custer e o Presidente Abraham Lincoln. Destaque também para as cenas de batalha que foram todas filmadas no estado de Montana, terra natal do ator Gary Cooper. Como curiosidade uma rápida aparição no final do ator Anthony Quinn que na época tinha 20 anos e faz o papel de um jovem índio Cheyenne.

Jornadas Heróicas (The Plainsman, EUA, 1936) Direção: Cecil B. DeMille / Roteiro: Courtney Ryley Cooper, Frank J. Wilstach / Elenco: Gary Cooper, Jean Arthur, James Ellison, Charles Bickford, Helen Burgess / Sinopse: Clássico da filmografia de Cecil B. DeMille estrelado por Gary Cooper e Jean Arthur. O filme narra o encontro entre grandes lendas do oeste americano como Wild Bill Hickok (Gary Cooper), Jane Camalidade (Jean Arthur), Buffalo Bill Cody, George Armstrong Custer e Abrahan Lincoln em um enredo com muita ação, emoção e aventura..

Telmo Vilela Jr.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Cavalgada Trágica

"Cavalgada Trágica" é um dos melhores westerns da carreira de Randolph Scott. Não é de se admirar já que aqui temos novamente Scott dirigido pelo ótimo cineasta Budd Boetticher. O diferencial de Budd para outros diretores de faroestes é que ele tinha profundo respeito pela mitologia do gênero. Admirador do estilo de vida do velho oeste o diretor tirava o máximo de roteiros que em essência eram simples. Esse é um exemplo típico. No filme Randolph Scott interpreta Jefferson Cody, um ex veterano das guerras indígenas que dedica sua vida em uma busca desesperada. Sua esposa há muito fora raptada por tribos Comanches hostis e assim Scott percorre os territórios indígenas na esperança de um dia encontrá-la. Numa dessas buscas acaba libertando a jovem e bela Nancy (Nancy Lowe) cujo marido ofereceu uma recompensa de 5 mil dólares para seu resgate. Claro que com tanto dinheiro em jogo vários caçadores de recompensas sairiam em seu encalço. É justamente isso que motiva Ben (Claude Atkins) e seu bando que querem colocar as mãos na mulher para receberem eles próprios sua recompensa.

Todos os ingredientes que fizeram a fama de Scott no cinema estão lá: o cavaleiro errante, a busca pelo ente querido, as tribos Comanches sedentas por sangue e os bandoleiros com más intenções. A locação é de rara beleza, rochedos de forte impacto na tela, localizados em Alabama Hills em Lone Pine, Califórnia. Além disso o diretor Budd Boetticher capricha no desenvolvimento psicológico dos personagens e no clima de tensão entre eles. O desfecho é brilhante, se tornando mais um dos grandes trabalhos da dupla Scott / Boetticher. Juntos realizaram alguns dos faroestes mais elegantes da história do cinema americano. A cena final com Randolph Scott e o por do sol ao longe, cavalgando nas pradarias é marcante, um momento único, difícil de se esquecer depois.

Cavalgada Trágica (Comanche Station, EUA, 1960) Direção: Budd Boetticher / Roteiro: Burt Kennedy / Elenco: Randolph Scott, Nancy Lowe, Claude Atkins / Sinopse: No filme Randolph Scott interpreta Jefferson Cody, um ex veterano da guerras indígenas que dedica sua vida em uma busca desesperada. Sua esposa há muito fora raptada por tribos Comanches hostis e assim Scott percorre os territórios indígenas na esperança de um dia encontrá-la. Numa dessas buscas acaba libertando a jovem e bela Nancy (Nancy Lowe) cujo marido ofereceu uma recompensa de 5 mil dólares para seu resgate.

Pablo Aluísio.

Django Mata por Dinheiro

Título no Brasil: Django Mata por Dinheiro
Título Original: 10,000 dollari per un massacro
Ano de Produção: 1967
País: Itália
Estúdio: Zenith Cinematografica
Direção: Romolo Guerrieri
Roteiro: Franco Fogagnolo, Ernesto Gastaldi
Elenco: Gianni Garko, Loredana Nusciak, Claudio Camaso

Sinopse:
Django vaga pelo velho oeste, ganhando a vida como caçador de recompensas. Ao chegar em um rancho é contratado para perseguir um bandoleiro que sequestrou uma jovem. Ao perceber que não está sendo pago ele decide fazer um jogo perigoso, tanto com o bandido que persegue, como com aqueles que o contrataram.

Comentários:
O protagonista, o caçador de recompensas, se chama na verdade Gary Hudson (uma mistura de Gary Grant com Rock Hudson!). Pois bem, esse personagem chamado de forma equivocada de "Django" (por motivos comerciais, claro!) não tem muito a ver com o famoso pistoleiro interpretado por Franco Nero. Assim poderíamos dizer que se trata de mais um western spaghetti com um falso Django como chamariz de bilheteria. O ator italiano Gianni Garko que estrela a fita inclusive atuaria em bons filmes como "Waterloo". Ele também interpretou mais falsos Sartanas do que Djangos, provando que no tempo do auge da popularidade do faroeste italiano tudo não passava mesmo de um mero detalhe sem grande importância.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 17 de abril de 2018

Rio Lobo

Está sendo lançado mais uma vez em DVD e Blu Ray nos Estados Unidos o western "Rio Lobo", com John Wayne. Lançado originalmente nos cinemas em 1970 esse filme marca o começo da última fase da carreira do ator. É também a última parceira dele com o cineasta Howard Hawks, diretor com quem realizou grandes clássicos do faroeste no passado. Esse aqui não chega a ser tão brilhante como outras parcerias entre Wayne e Hawks, mas mantém o nível. Com boa produção - algo que iria decair no decorrer dessa década - e um elenco coadjuvante interessante, contando inclusive com o Tarzan Mike Henry, essa fita foi uma despedida digna de uma grande dupla do western.

No enredo Wayne interpreta um Coronel do exército americano chamado Cord McNally. Quase aposentado, ele recebe a missão de caçar um traidor de guerra, um desertor confederado que participou de um roubo, quando ladrões desviaram um carregamento de ouro da União. Os tempos da guerra civil tinham ficado para trás, mas velhos fantasmas ainda teimavam em assombrar todos os envolvidos. O velho John Wayne dá conta do recado e em nenhum momento ficamos com dúvida de que ele pegará os criminosos, pois se uma coisa era certa era que apesar da idade o bom e velho John Wayne continuava o mesmo durão do passado. Enfim, fica a dica para quem ainda não viu esse western da última fase da filmografia do mito John Wayne.

Rio Lobo (Rio Lobo, Estados Unidos, 1970) Estúdio: Twentieth Century Fox / Direção: Howard Hawks / Roteiro: Burton Wohl, Leigh Brackett / Elenco: John Wayne, Jorge Rivero, Jennifer O'Neill, Mike Henry / Sinopse:Logo após o fim da sangrenta Guerra Civil Americana, um Coronel da União, Cord McNally (John Wayne), sai em busca do paradeiro de um soldado considerado traidor de guerra e ladrão. Roteiro baseado no romance épico escrito pelo autor Burton Wohl. Trilha sonora de Jerry Goldsmith.

Pablo Aluísio.

Emboscada em Cimarron Pass

Título no Brasil: Emboscada em Cimarron Pass
Título Original: Ambush at Cimarron
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Regal Films
Direção: Jodie Copelan
Roteiro: Robert A. Reeds, Robert W. Woods
Elenco: Scott Brady, Margia Dean, Clint Eastwood, Irving Bacon, Frank Gerstle, Ray Boyle

Sinopse:
Dirigido por Jodie Copelan, com Scott Brady e Margia Dean no elenco, o roteiro baseado em um livro escrito por Robert A. Reeds, contava uma história que se passava em 1867 no velho oeste americano. Clint interpretava um sujeito chamado Keith Williams. Ele era um homem que tentava sobreviver em um território distante, uma reserva Apache em guerra, onde soldados do exército americano, da União, literalmente caçavam ex-soldados confederados que tinham se tornado bandoleiros e assassinos.

Comentários:
Clint Eastwood não planejou sua carreira de ator como astro de filmes de western. As coisas simplesmente foram acontecendo. Em 1958 ele conseguiu um papel em um faroeste B chamado "Emboscada em Cimarron Pass" (Ambush at Cimarron Pass). Essa é uma produção bem difícil de se achar nos dias de hoje. É um filme pouco conhecido, obscuro, que poucos colecionadores possuem. Quase ninguém assistiu. Vale sobretudo por trazer Clint Eastwood ainda bem jovem, já no papel de cowboy, o tipo que iria consagrar sua carreira. Fora isso nada de muito relevante em termos cinematográficos. Anos depois Clint Eastwood não iria ser refinado ao se lembrar desse filme, dizendo que ele era "provavelmente o pior western que já existiu!". Sua opinião não incomodaria os produtores. Depois que Clint se tornou um astro de Hollywood, o estúdio resolveu relançar o filme nos cinemas, já durante a década de 60. Era impossível perder a chance de faturar alto com seu nome, afinal de contas era um faroeste com Clint Eastwood, que mesmo sendo ruim ainda poderia gerar um bom faturamento nas bilheterias.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Oscar 2018

A fábula "A Forma da Água" venceu o prêmio de melhor direção e melhor filme do ano. Foi um exagero. Havia dois ótimos filmes históricos concorrendo que fariam mais bonito para a Academia. A velha mania de Del Toro com monstros foi supervalorizada. O filme é bom, simpático, diria até poético, mas melhor filme do ano? Acredito que não. De qualquer forma como se trata de uma eleição e não de uma escolha criteriosa tudo poderia acontecer. Gary Oldman venceu na categoria de Melhor Ator. Muito justo. Sua atuação é realmente acima da média. Mais do que merecido. Frances McDormand  levou por "Três anúncios para um crime". Como o Globo de Ouro sempre foi uma prévia do Oscar isso era meio que esperado.

Na categoria roteiro tivemos um prêmio justo e uma palhaçada. A justiça veio para James Ivory. Com quase 90 anos o veterano diretor foi premiado não tanto pelo roteiro que escreveu para o drama romântico gay "Me chame pelo seu nome", mas sim por toda a sua carreira. Ele sempre foi um dos meus cineastas preferidos e pelo conjunto da obra merecia ser premiado. Já o Oscar de Melhor Roteiro Original para "Corra" é uma fanfarronice sem desculpas. Premiaram o filme apenas por ele ser o representante negro no Oscar. Poderiam ter escolhido uma obra melhor porque esse é um filme B, meio terror, meio comédia cretina. Prêmio dado por ideologia, nada mais.

Sam Rockwell venceu o Oscar de melhor ator coadjuvante por "Três anúncios para um crime". Ele interpretou o policial racista e porcalhão que não consegue controlar seus instintos mais básicos. Boa atuação, mas penso que Woody Harrelson esteve bem melhor nesse mesmo filme. “Blade Runner 2049” ganhou um Oscar importante, o de melhor fotografia dado pelo trabalho de Roger Deakins. Também levou o Oscar de melhores efeitos especiais. O filme que não foi sucesso de bilheteria e nem empolgou a crítica pelo menos não saiu de mãos abanando da festa. O sofisticado "Trama Fantasma" levou um prêmio coerente com sua produção, o de melhor figurino, nada mais normal em um filme sobre vestidos luxuosos e o mundo da moda da nobreza europeia. Por fim o bom filme de guerra de Nolan, "Dunkirk", levou prêmios técnicos apenas. Merecia muito mais em minha opinião.

Pablo Aluísio.

domingo, 15 de abril de 2018

Carrie Fisher

Como todos sabemos a atriz Carrie Fisher morreu ontem em Los Angeles após lutar alguns dias pela vida no hospital, onde ela estava em estado crítico em decorrência de uma parada cardíaca que sofreu quando estava voltando de avião de Londres. A imprensa mundial obviamente ressaltou sua presença na saga "Star Wars", até porque Carrie sempre será lembrada como a Princesa Leia. Ela porém foi bem mais versátil como atriz e escritora do que muitos pensam. Na verdade Carrie já nasceu com os holofotes sobre si. Ela era uma genuína filha da aristocracia de Hollywood, pois era filha de outra atriz muito famosa, Debbie Reynolds e de um cantor também de sucesso, Eddie Fisher. Aliás desde a infância Carrie Fisher foi alvo da imprensa sensacionalista pois seu pai acabou o casamento para ir viver com Elizabeth Taylor, naquele que foi um dos casos mais falados na imprensa na época. Um escândalo que repercutiu por muito anos. Carrie jamais superou isso e em diversas ocasiões, de forma bem sarcástica (uma das qualidades mais marcantes de sua personalidade), comentou sobre a canalhice do próprio pai. "Quando você mistura duas pessoas famosas de Hollywood o resultado é uma pessoa como eu!" - costumava dizer com ironia.

Como não poderia deixar de ser sua estreia como atriz veio pelas mãos de sua mãe, no telefilme "Debbie Reynolds and the Sound of Children", um musical meio bobinho que serviu para que Carrie experimentasse pela primeira vez o gostinho de representar. Em 1975 ela então apareceu em seu primeiro filme no cinema, na comédia "Shampoo". Era uma crônica de época, estrelada pelo galã Warren Beatty. Um bom filme que abriu as portas para o convite para atuar em um novo filme de George Lucas chamado "Star Wars". É curioso porque todo o elenco achava o roteiro meio idiota e eles tinham sérias dúvidas se aquele filme sobre vilões e mocinhos espaciais iria dar certo. A própria Carrie achava que estava atuando em um legítimo filme trash durante as filmagens. Ela estava enganada. Desnecessário dizer que o filme foi um dos maiores sucessos de bilheteria de todos os tempos.

Carrie assim ficou muito marcada como a Princesa Leia já em seu segundo filme para o cinema, algo perigoso para qualquer ator ou atriz pois corre-se o risco de ficar marcado para sempre por apenas um papel. E ela bem sabia disso e até que se saiu muito bem ao procurar por personagens diferentes. Atuou em "Os Irmãos Cara de Pau" (outro clássico dos anos 80), no filme "Hannah e suas Irmãs" (sendo dirigida por Woody Allen) e em "Harry & Sally" (um dos grandes sucessos da comédia romântica da década de 80). Talvez Carrie só não tenha tido uma carreira melhor por causa de problemas pessoais bem sérios que enfrentou.

A atriz foi dependente química desde muito jovem. Na "realeza" de Hollywood conheceu as drogas e a vida sem freios. Como ela própria confessou em um de seus livros, o fato de você pertencer a esse seleto grupo abria todas as portas, inclusive a de festas regadas a muitas drogas. O vício foi decorrência desse estilo de vida. Assim Carrie lutou por muitos anos para superar esse problema. Para se entender melhor também começou a escrever e fazer análise. Descobriu que sofria de transtorno bipolar, o que explicava muitos aspectos obscuros de sua personalidade. O fim do casamento também demonstrou que ela precisava encontrar equilíbrio em sua vida, algo que alcançou em seus últimos anos. Uma das obras mais indicadas para entender a pessoa Carrie Fisher é "Lembranças de Hollywood", filme cujo roteiro foi inspirado em um dos livros autobiográficos escritos pela atriz. Lá você poderá entender em parte as pressões e as angústias pelas quais passou. Um retrato muito sincero de uma princesa de Hollywood que precisou enfrentar desde muito cedo grandes traumas e fantasmas em sua vida pessoal.

Morre Carrie Fisher (1956 - 2016)
Os familiares da atriz Carrie Fisher divulgaram nota informando a morte da atriz hoje (27/12) em Los Angeles. Carrie Fisher, que se tornou mundialmente famosa como a Princesa Leia da saga Star Wars, tinha 60 anos de idade e não suportou os efeitos de um ataque cardíaco que sofreu durante viagem entre Londres e a costa oeste dos Estados Unidos. Em nota a mãe de Carrie, a também atriz Debbie Reynolds, lamentou: "É com profundo pesar que informamos a morte de Carrie Fisher. Ela faleceu hoje pela manhã às 8:55hs. Ela que sempre amou a todos, deixará saudades eternas e tristeza profunda com quem compartilhou sua vida!".

A notícia do ataque cardíaco:
A atriz Carrie Fisher sofreu uma parada cardíaca no fim de semana durante um voo em direção a Los Angeles. A atriz teve a parada no coração durante a viagem que vinha de Londres, o que dificultou enormemente a ajuda médica. Aos 60 anos de idade a situação da atriz é bastante complicada segundo a equipe médica que a atendeu. Assim que o avião pousou no aeroporto da cidade americana a atriz foi levada às pressas até o hospital para pronto atendimento.

A empresa United Airlines, proprietária do avião em que Carrie viajava informou por meio de uma nota de imprensa que Carrie sofreu uma parada cardíaca no meio da viagem e que apesar de todos os esforços da tripulação não conseguiu reagir ou mostrar reação. Seu estado de saúde é considerado crítico. A atriz tem um longo histórico de problemas de saúde principalmente por causa de um sério vício de cocaína que quase causou sua morte há pouco mais de 10 anos. Agora resta aguardar por novas informações.

Confirmação da morte - Os familiares da atriz Carrie Fisher divulgaram nota informando a morte da atriz hoje em Los Angeles. Carrie Fisher, que se tornou mundialmente famosa como a Princesa Leia da saga Star Wars, tinha 60 anos de idade e não suportou os efeitos de um ataque cardíaco que sofreu durante viagem entre Londres e a costa oeste dos Estados Unidos. Em nota a mãe de Carrie, a também atriz Debbie Reynolds, lamentou: "É com profundo pesar que informamos a morte de Carrie Fisher. Ela faleceu hoje pela manhã às 8:55hs. Ela que sempre amou a todos, deixará saudades eternas e tristeza profunda com quem compartilhou sua vida!".

Pablo Aluísio.