quarta-feira, 14 de junho de 2006

Gentil Tirano

Mais um filme contando a história de Billy The Kid. Até hoje os historiadores americanos debatem as razões que levaram esse criminoso a ser tão conhecido ainda nos dias de hoje. De certo modo ele virou uma lenda do velho oeste. Acontece que Billy já havia sido notabilizado em sua própria época, pela forma como ele fugiu da cadeia, enfrentando vários homens da lei, saindo praticamente pela porta da frente. Também o fez ficar muito conhecido a verdadeira caçada humana que foi montada para capturá-lo. Na vida real ele foi apenas um jovem sem eira nem beira que vagava pelo oeste e que entrou na mira da justiça ao se envolver na chamada guerra do condado de Lincoln.

Depois que morreu virou lenda mesmo, sempre presente em livros de bolso, contos de faroeste e todo tipo de cultura pop B daqueles tempos. E com a chegada do cinema, a sétima arte, ele voltou ao centro do palco. Esse filme aqui, como era de se esperar, mais uma vez romantiza sua vida de crimes. Muitas vezes retratado como um injustiçado, a verdade histórica pura e simples é que Billy, The Kid (Billy, o garoto) não passou de um criminoos astuto, um assassino que de uma forma ou outra acabou pagando por seus crimes. Morreu jovem e talvez por isso também tenha se imortalizado no inconsciente coletivo da história dos Estados Unidos da América.

Gentil Tirano (Billy the Kid, Estados Unidos, 1941) Direção: David Miller / Roteiro: Gene Fowler / Elenco: Robert Taylor, Brian Donlevy, Ian Hunter / Sinopse: O filme romantiza a história do pistoleiro Billy, the kid, famoso por enfrentar homens da lei. Após ser preso ele consegue uma fuga espetacular da cadeia de Lincoln, se tornando um fugitivo procurado em vários estados.

Pablo Aluísio.

O Renegado

Título no Brasil: O Renegado
Título Original: Hudson's Bay
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century
Direção: Irving Pichel
Roteiro: Lamar Trotti
Elenco: Paul Muni, Gene Tierney, Laird Cregar, John Sutton, Virginia Field, Vincent Price

Sinopse:
 O caçador e explorador Pierre Esprit Radisson (Paul Muni) planeja construir um pequeno império em torno da Baía de Hudson. Ele faz amizade com os índios, luta contra os franceses e convence o rei Carlos II a patrocinar uma expedição de conquista.

Comentários:
A história do filme parece ser baseada em fatos históricos reais, mas apenas parece. O que se vê no filme todo é puramente ficção. O ator Paul Muni era uma figura popular por aqueles tempos, mas foi criticado por não acertar direito o sotaque de seu personagem, algo que não passou em branco para os canadenses, já que a história do filme se passava nos primórdios da colonização do Canadá. Outro ponto interessante é que o filme traz Vincent Price como um monarca, o Rei Carlos II. Pois é, antes de se consagrar em tantos filmes de terror ele fez esse faroeste diferenciado.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 13 de junho de 2006

A Amazona de Tucson

Título no Brasil: A Amazona de Tucson
Título Original: Arizona
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Wesley Ruggles
Roteiro: Claude Binyon, Clarence Budington
Elenco: Jean Arthur, William Holden, Warren William. Porter Hall, Edgar Buchanan, Paul Harvey  

Sinopse:
Durante a década de 1860 em Tucson, uma mulher pioneira luta para ter sucesso no negócio de carga e gado enquanto corre risco nas mãos de homens de negócios locais corruptos e violentos e índios furiosos.

Comentários:
Filme bem interessante, colocando uma protagonista mulher em um faroeste, provavelmente o gênero cinematográfico mais masculino de todos os tempos. E a atriz Jean Arthur brilha no filme, muito carismática e talentosa. Na época em que o filme foi lançado se comentou muito que o astro Gary Cooper havia sido convidado para atuar no filme, mas pulou fora do barco ao perceber que o roteiro iria dar muito mais espaço para a personagem de Jean Arthur. Ele não queria ficar na sombra dela. Sobrou para William Holden atuar no filme, nesse que foi seu primeiro filme de faroeste. Na época ele era contratado pela Columbia e não podia dizer não. Acabou que se saiu muito bem em cena desse bom faroeste feminista dos anos 1940.

Pablo Aluísio.

Exército de 5 Homens

Título no Brasil: Exército de 5 Homens
Título Original: Un Esercito di 5 Uomini
Ano de Produção: 1969
País: Itália
Estúdio: Tiger Film
Direção: Don Taylor, Italo Zingarelli
Roteiro: Marc Richards
Elenco: Bud Spencer, Peter Graves, James Daly, Nino Castelnuovo. Tetsurô Tanba, Claudio Gora

Sinopse:
A pedido de revolucionários e rebeldes do México, no século XVIII, um mercenário alista quatro especialistas em vários estilos de combate para ajudá-lo a roubar um trem do Exército mexicano carregando a fortuna de 500.000 dólares em ouro.

Comentários:
Bud Spencer ficou famoso pelos filmes que fez ao lado de Terence Hill. So que aqui ele surge como astro solo de um bom faroeste spaghetti, uma produção italiana que certamente agradou bastante aos fãs desse estilo europeu de fazer cinema. O grupo dos mercenários é bem interessante. Há um holandês que planeja o roubo, fica com o lado mais intelectual dos crimes, um italiano bruto e bom de briga chamado Mesito (Bud Spencer), um oriental que se comporta como um lutador medieval conhecido como Samurai (Tetsuro Tamba), um especialista em dinamite e explosivos e finalmente Luis Dominguez (Nino Castelnuovo), um acrobata de circo, capaz de entrar em qualquer lugar sem ser visto. Há um bom roteiro e curiosamente até mesmo a produção se destaca, algo que nem sempre era tão comum em faroestes italianos daquela época. Enfim, quem curte esse tipo de aventura certamente não terá do que reclamar.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de junho de 2006

Com Caipira Não se Brinca

Título no Brasil: Com Caipira Não se Brinca
Título Original: Kissin' Cousins
Ano de Produção: 1964
País: Estados Unidos
Estúdio: Four Leaf Productions
Direção: Gene Nelson
Roteiro: Gerald Drayson Adams, Gene Nelson
Elenco: Elvis Presley, Arthur O'Connell, Glenda Farrell, Jack Albertson, Pamela Austin, Cynthia Pepper

Sinopse:
Um oficial da força aérea dos Estados Unidos retorna às Smoky Mountains e tenta convencer seus parentes a permitirem que as forças armadas construam um local para mísseis em suas terras. Ao chegar lá, ele descobre que tem um primo parecido demais com ele mesmo!

Comentários:
Elvis Presley interpreta dois personagens nesse filme que misturava elementos de western com musical. O primeiro era um oficial da força aérea. O segundo um caipira das montanhas. Para diferenciar os dois personagens Elvis usava uma peruca loira quando interpretava o primo caipira. Claro, o filme foi massacrado em seu lançamento pela crítica, mas vamos dar um desconto. A trilha sonora era muito boa, com músicas alegres e divertidas, afinal Elvis era Elvis, e o clima descontraído e inocente dos anos 60 hoje soa plenamente aceitável. As cenas de dança e coreografia nem são tão boas, o que é um pecado pois o filme contou com a colaboração de Gene Nelson que era especializado nesse tipo de musical. Enfim, aqui parece que ele não deu tudo de si. Uma pena. Mesmo assim o filme diverte, principalmente aos fãs de Elvis Presley. Um musical menor na carreira do Rei do Rock, mas não menos nostálgico. Elvis era um artista incrível realmente. Eu ainda curto assistir, mesmo nos dias atuais.

Pablo Aluísio.

Os Conquistadores do Oeste

Título no Brasil: Os Conquistadores do Oeste
Título Original: Winners of the West
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Ford Beebe, Ray Taylor
Roteiro: George H. Plympton, Basil Dickey
Elenco: Dick Foran, Anne Nagel, Tom Fadden, James Craig, Harry Woods, Charles Stevens

Sinopse:
Enquanto a estrada de ferro segue rumo em direção ao velho oeste, um vilão inescrupuloso e seus capangas contratam guerreiros nativos para atacar a construção. Ninguém deve ser poupado, ninguém deve sobreviver.

Comentários:
Esse filme na verdade é uma fusão de três episódios de uma série de faroeste que foi exibido na época. O personagem que chamava mais atenção era a de um pistoleiro todo de preto que trazia justiça para os rincões mais abandonados do velho oeste. Ecos do bom e velho Zorro? Claro que sim, algo que beira mesmo o plágio. Muitos dos demais episódios dessa mesma série se perderam para sempre depois de um incêndio nos estúdios Universal. Como esses foram compilados em forma de longa-metragem acabaram sobrevivendo ao tempo, chegando até os dias de hoje.

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de junho de 2006

Legião do Zorro

Título no Brasil: Legião do Zorro
Título Original: Zorro's Fighting Legion
Ano de Produção: 1939
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: John English, William Witney
Roteiro: Ronald Davidson, Franklin Adreon
Elenco: Reed Hadley, Sheila Darcy, William Corson, Leander De Cordova, Edmund Cobb, John Merton

Sinopse:
O herói mascarado lidera uma força de combate para lutar contra um vilão que planeja a conquista da República do México. Filme considerado por historiadores como uma das primeiras adaptações para o cinema do lendário cavaleiro negro e mascarado, que tenta levar justiça a um mundo sem lei.

Comentários:
Outra série de matinê que depois foi compilada, dando origem a um longa-metragem. Pode ser considerada uma das primeiras adaptações do personagem Zorro para o cinema, pois o filme é datada da década de 1930, ou seja, daqui alguns anos se completará seu centenário. A imagem das cópias que chegaram até os nossos dias não é boa, deve-se dizer isso para quem se aventurar a assistir esse filme. Entretanto o valor histórico de assistir a esse Zorro de quase cem anos atrás compensa tudo. É história da sétima arte, em cima de um dos personagens mais famosos que temos notícia. Vale muito a pena conhecer.

Pablo Aluísio.