terça-feira, 6 de junho de 2006

Barão do Oeste

Também conhecido pelo título nacional de "Quando um Homem é Homem", esse excelente faroeste estrelado por John Wayne ainda hoje surpreende por seu bom roteiro e ótimo desenvolvimento de todos os personagens. O Inesquecível Wayne interpreta George Washington 'G.W.' McLintock, um rico fazendeiro de um território do velho oeste. A região tem pouca água e os mananciais estão todos em suas terras. Isso cria uma certa tensão entre os colonos que chegam todos os dias em busca de uma nova vida. G.W. avisa que ali não há terras férteis para plantações, mas isso não inibe a chegada de mais e mais caravanas. E também há a questão dos nativos, muitos deles amigos do fazendeiro há muitos anos. Entre os índios e os colonos logo surge uma rivalidade complicada de se administrar.

Na vida pessoal McLintock também tem problemas para lidar. Ele é casado com uma mulher de gênio forte, dada a brigas homéricas. Ela passa vários meses na capital e volta para a fazenda quando sua filha está prestes a chegar de viagem. Ela estuda em uma escola para ricos na cidade grande, na capital. McLintock fica feliz por sua família estar reunida novamente e providencia uma grande festa de boas vindas. Esse filme, como já frisei, tem excelente roteiro. De certa maneira é uma novela sobre uma família naqueles tempos pioneiros. Embora a trama tenha várias ramificações surge espaço inclusive para o humor, como na cena da briga generalizada, onde todos (inclusive John Wayne) vão parar em um grande poço de lama e argila. Enfim, um faroeste bem acima da média e um dos melhores momentos do grande Wayne no cinema.

Barão do Oeste / Quando um Homem é Homem (McLintock!, Estados Unidos, 1963) Direção: Andrew V. McLaglen / Roteiro: James Edward Grant / Elenco: John Wayne, Maureen O'Hara, Patrick Wayne, Stefanie Powers / Sinopse: Fazendeiro rico e poderoso precisa lidar com problemas na região onde está localizada suas vastas terras, ao mesmo tempo em que precisa resolver questões familiares envolvendo sua esposa briguenta e sua jovem filha adolescente, de volta à casa do pai para passar suas férias escolares.

Pablo Aluísio.

Cine Western - Pamela Tiffin & Lee Remick


Cine Western - Pamela Tiffin & Lee Remick
As mulheres também tinham seu espaço no velho oeste, seja como mocinhas, mães ou mulheres de fibra!

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 5 de junho de 2006

Mensagem a Garcia

Título no Brasil: Mensagem a Garcia
Título Original: A Message to Garcia
Ano de Produção: 1936
País: Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: George Marshall
Roteiro: Elbert Hubbard
Elenco: Wallace Beery, Barbara Stanwyck, John Boles, Alan Hale, Herbert Mundin, Mona Barrie

Sinopse:
Baseado no livro escrito por Elbert Hubbard, o filme "Mensagem a Garcia" conta uma história passada na guerra civl Hispano-Americana, quando um mensageiro enviado pelo presidente dos Estados Unidos a Cuba precisa passar por todos os desafios para cumprir sua missão.

Comentários:
O filme conta a história real da jornada do tenente Rowan do Exército dos Estados Unidos até Cuba, onde deveria entregar uma mensagem importante enviada pelo presidente McKinley ao general rebelde cubano Garcia. Esse foi um dos primeiros filmes produzidos pelo famoso Darryl F. Zanuck na Fox e não escapou de sofrer diversas críticas, principalmente pela escolha errada de parte do elenco. Por exemplo, a ótima atriz Barbara Stanwyck foi escolhida para interpretar uma madame cubana. Claro que não deu certo! Ela sempre foi por demais americana e seu sotaque não convenceu ninguém. Além disso o filme também apresenta problemas de edição e produção, fruto talvez da inexperiência de Zanuck, algo que ele iria superar. Afinal acabou se tornando uma lenda em Hollywood com o passar dos anos. De qualquer maneira o filme ainda tem seus atrativos principalmente pelo contexto histórico onde passa a sua história. E o fato de que tudo foi baseado em eventos históricos reais ajuda a manter ainda mais o interesse do espectador.

Pablo Aluísio.

Cine Western - Lee Van Cleef


Cine Western - Lee Van Cleef
Coadjuvante em Hollywood, esse ator norte-americano foi nos anos 60 para Roma e lá se tornou um astro do Western Spaghetti.

Pablo Aluísio.  

domingo, 4 de junho de 2006

Os Três Homens do Texas

Título no Brasil: Os Três Homens do Texas
Título Original: Three Men from Texas
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Harry Sherman Productions
Direção: Lesley Selander
Roteiro: Norton S. Parker, Clarence E. Mulford
Elenco: William Boyd, Russell Hayden, Andy Clyde, Morris Ankrum, Morgan Wallace, Thornton Edwards

Sinopse:
O filme conta a história de uma cidade infestada de bandidos na Califórnia, impotentes para lidar com a situação, e um comitê de cidadãos chega ao Texas e apela aos Texas Rangers por ajuda na organização das forças da lei e da ordem na região.

Comentários:
Esse filme traz um dos personagens mais populares do faroeste americano na década de 1940. Estou me referindo ao justiceiro e Texas Ranger Hopalong Cassidy, aqui interpretado pelo ator William Boyd. Esse personagem que inicialmente nasceu nas páginas da literatura de western lá por volta de 1890, foi para o cinema em bem sucedidas adaptações para as telas. Só para se ter uma ideia foram produzidos mais de 40 filmes estrelados por esse personagem entre as décadas de 1930 a 1950. Seu nome no cartaz era sinônimo de boas bilheterias na época, principalmente em relação ao um público mais jovem que curtia suas aventuras, inclusive nos quadrinhos, pois ele também foi adaptado pela nona arte. Então fica a dica para quem tem curiosidade em conhecer melhor esse ícone da cultura pop do western.

Pablo Aluísio.

Sob o Comando da Morte

Esse faroeste pode ser considerado um bom filme sobre a cavalaria americana. A história se passa alguns meses depois do massacre da Sétima Cavalaria do General Custer. O clima ainda é de guerra com os nativos. Uma tropa da cavalaria é atacada por índios e seu comandante é morto com uma flecha certeira no coração. O posto de líder do grupo então passa para o Capitão Robert MacClaw (Guy Madison). Só que há um problema: ele é médico e não oficial de carreira, o que faz com que seus subordinados vejam com desconfiança sua liderança no campo de batalha.

O pior acontece depois quando a tropa é designada para uma missão especial, acompanhar e defender uma caravana de pioneiros que rumam para o oeste no meio de um território com muitos guerreiros apaches e de diversas outras nações indígenas. Manter todas aquelas pessoas salvas ao mesmo tempo em que precisa ganhar a confiança de seus próprios homens, passa a ser o duplo desafio para o Capitão MacClaw. E como se tudo isso não fosse o bastante ainda surge o desafio de enfrentar no meio do deserto um surto de varíola, que pode contaminar todos os membros da caravana. Bom filme, com uma excelente cena final quando a cavalaria enfrenta um grupo violento de guerreiros nativos. E eles usam carroças como elemento de ataque e proteção. Para quem aprecia histórias de faroeste sobre a cavalaria, esse filme é bem indicado.

Sob o Comando da Morte (The Command, Estados Unidos, 1954) Direção: David Butler / Roteiro: Russell S. Hughes / Elenco: Guy Madison, Joan Weldon, James Whitmore / Sinopse: Tropa da cavalaria americana enfrenta diversos desafios ao atravessar um território hostil, com tribos de índios guerreiros que querem destruir uma caravana de pioneiros defendida pelos militares do exército americano.

Pablo Aluísio.


sábado, 3 de junho de 2006

Flechas em Chamas

Título no Brasil: Flechas em Chamas
Título Original: Arrow in the Dust
Ano de Produção: 1954
País: Estados Unidos
Estúdio: Allied Artists Pictures
Direção: Lesley Selander
Roteiro: Don Martin, L.L. Foreman
Elenco: Sterling Hayden, Coleen Gray, Keith Larsen, Tom Tully, Jimmy Wakely, Tudor Owen

Sinopse:
Bart Laish (Sterling Hayden) decide desertar do exército americano. Para isso sobe em um vagão de trem. Na jornada acaba assumindo o comando de um oficial da cavalaria que está morto, por causa dos ferimentos causados por um ataque de índios. E nessa nova posição precisa liderar um grupo de homens no meio do velho oeste, tudo sob ataque de nativos.

Comentários:
O ator Sterling Hayden foi até bem conhecido dos fãs de faroeste na década de 1950. Isso porque ele estrelou uma série de filmes B, de pequenos estúdios de cinema em Hollywood. Um dessas companhias cinematográficas era a Allied Artists que iria à falência na década seguinte. Nessa produção modesta temos um protagonista diferente. Ao invés de ser o homem do oeste íntegro e corajoso, surge aqui um desertor, que nos tradicionais filmes de western sempre era retratado como um covarde. Só que esse desertor acaba entrando numa situação surreal ao ter que em determinado momento liderar um grupo de soldados da cavalaria. Que ironia! Para quem queria fugir do exército... o destino lhe deu uma rasteira. O filme é um bang-bang de rotina, inclusive foi criticado na época de seu lançamento por ser um tanto genérico. Mesmo assim vale por alguns bons momentos. Sterling Hayden não era um grande astro de cinema, mas conseguia segurar bem filmes como esse. Enfim, um faroeste B que vale a matinê.

Pablo Aluísio.

Legião de Heróis

Título no Brasil: Legião de Heróis
Título Original: North West Mounted Police
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Cecil B. DeMille
Roteiro: Alan Le May, Jesse Lasky Jr
Elenco: Gary Cooper, Madeleine Carroll, Paulette Goddard, Preston Foster, Robert Preston, George Bancroft

Sinopse:
A história do filme se passa em 1885. Dusty Rivers (Cooper) é um Texas Ranger que viaja para o Canadá para prender um caçador procurado por assassinato e roubo. O criminoso cruzou a fronteira e passou a incitar os nativos da região em uma rebelião contra o governo canadense. O clima passa a ser de guerra. Caberá a Rivers prender o procurado para evitar um banho de sangue. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor edição e melhor direção de fotografia.

Comentários:
Um faroeste diferente, cuja história se passa no frio Canadá e não nas longas areias do deserto do velho oeste dos Estados Unidos. Nem preciso escrever que a direção de fotografia ficou belíssima, justamente por causa das locações em regiões especialmente belas daquele país montanhoso e gelado. Acabou vencendo o Oscar de forma mais do que merecida. Além disso o filme se destaca também por ter dois nomes importantes na história do cinema americano. O primeiro é Cecil B. DeMille, lendário produtor e magnata do cinema na era de ouro de Hollywood. O interessante é que ele gostou tanto do roteiro do filme que decidiu dirigir, algo que nem sempre fazia, uma vez que se notabilizou mesmo por ser um grande produtor na velha Hollywood. Gary Cooper é o outro nome que se destaca e logo chama a atenção. Considerado um dos grandes atores de estilo faroeste do cinema americano, esse veterano das telas está em seu papel habitual, a do homem honesto e íntegro, que deseja fazer cumprir a lei, custe o que custar. Em conclusão temos aqui um clássico do western que se destaca justamente por suas peculiaridades. Grande filme!

Pablo Aluísio.