sexta-feira, 25 de março de 2005

Elvis Presley - Os Últimos dias no exército - Parte 2

Um mês antes de encerrar seu serviço militar na Alemanha, Elvis mandou seu pai e sua avó de volta aos Estados Unidos. Ele pagou o último aluguel de sua casa em Bad Nauheim e ficou esperando pela burocracia providenciar sua dispensa. Elvis deu baixa no exército no posto de sargento. Era uma tradição no meio militar a saída com um posto acima do que se tinha na ativa.

Os últimos momentos na Alemanha passaram rapidamente. Elvis fechou algumas caixas, guardou seus pertences para levar de volta, pagou a quem devia, organizou suas malas e se preparou para voltar ao lar, para Graceland. Ele tinha sérias dúvidas de como seria esse retorno. Tinha receios de voltar para sua mansão e sentir a falta da presença de sua mãe Gladys. Afinal ele nunca iria se recuperar dessa perda.

Por outro lado havia também muitas expectativas sobre sua volta. Tanto a indústria fonográfica como a cinematográfica tinham muitos planos para sua carreira. A RCA Victor nem tinha novas gravações ainda do cantor, mas já havia prensado às pressas as capinhas de seu novo cmpacto. Um lugar na capa foi deixado para se colar o adesivo com o nome das músicas novas que Elvis iria gravar.

Elvis havia se firmado antes de sua partida como um rockstar, um astro do rock. Porém o rock como gênero musical estava em baixa. Assim ele em conversas com Tom Parker decidiu que iria investir mais em baladas românticas e pop music. Afinal Elvis era um artista eclético, que poderia transitar por todos os ritmos musicais. E se o Rock já não fazia sucesso como antes, ele poderia muito bem mudar de estilo. O importante, acima de tudo, era sobreviver como artista que era.

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - Os Últimos dias no Exército

Os últimos dias de Elvis no exército americano se passaram rapidamente. Para sua surpresa ele foi descobrindo que ainda havia muito interesse em sua volta à carreira artística nos Estados Unidos. Elvis tinha momentos de baixa autoestima, o que levava a pensar que ele estava acabado quando entrou para o exército, que ninguém mais teria interesse nele como cantor ou ator. Elvis estava sempre dizendo que a carreira de cantor era efêmera, que não iria durar, que cantores surgiam e desapareciam da noite para o dia. Era incrível, mas parecia mesmo que ele não tinha a menor dimensão de sua fama e sucesso.

A RCA Victor foi a primeira a se apressar. Um executivo da gravadora teve uma reunião com Tom Parker. O objetivo era acertar os termos do contrato de Elvis pelos próximos anos com a multinacional. Outras gravadoras tinham mostrado interesse em contratar Elvis depois que ele deixasse o exército, mas a RCA tinha total preferência, afinal ela tinha sido a gravadora de Elvis desde que ele saíra da Sun Records. O Coronel Parker acabou acertando um contrato de cinco anos com a RCA, com direito inclusive sobre eventuais trilhas sonoras que ele viesse a gravar para estúdios de cinema em Hollywood.

Por falar em cinema, a Paramount Pictures também correu e assinou um contrato para ter a exclusividade de produzir o primeiro filme de Elvis após o seu serviço militar. O roteiro já estava pronto e o filme seria produzido pelo produtor Hal B. Wallis. O roteiro foi enviado a Elvis na Alemanha e ele não gostou nada do que leu. Era uma versão romântica e fantasiosa de sua própria vida como soldado na Alemanha. Elvis queria ser um ator sério como seus ídolos James Dean e Marlon Brando e viu que aquela história não ia para lugar nenhum.

O Coronel Parker recebeu um telefonema de Elvis em que ele deixava claro sua decepção com o roteiro, mas o empresário decidiu ignorar as reclamações de seu cliente. Como a Paramount havia feito uma generosa oferta financeira pelo trabalho de Elvis no filme, ele assinou na mesma hora um contrato que iria durar cinco anos com a companhia cinematográfica, mas sem opção de exclusividade. Assim o Coronel Parker disse a Elvis que ele poderia trabalhar em outras produtoras de Hollywood, onde poderia finalmente escolher o roteiro que lhe agradasse mais. Sem muita força de vontade, Elvis acabou cedendo ao que determinava seu empresário.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 24 de março de 2005

Elvis Presley - Elvis e o Charlatão - Parte 2

O Dr, Schmidt tinha uma clara aversão por Priscilla. E ela tampouco gostava dele. O que ninguém sabia era que o tal médico era homossexual e estava apaixonado por Elvis. Por isso ele não gostava da namorada de Elvis, era uma questão de ciúmes. A aproximação com Elvis piorou ainda mais essa situação. Todos os dias Schmidt tinha sessões de aplicação de seus cremes no rosto de Elvis. Ele massageava Elvis por pelo menos 40 minutos diariamente.

Esse contato tão próximo fez com que Schmidt perdesse o controle. Durante uma das sessões ele não se inibiu mais, tentando agarrar Elvis. Inclusive ele colocou as mãos sugestivamente nas partes íntimas do cantor. Quando Elvis percebeu isso deu um pulo da cadeira. Ainda com cremes no rosto e completamente espantado e surpreso, ele disse que Schmidt deveria sair do quarto imediatamente! Ele estava visivelmente chocado.

Depois disso Elvis decidiu demitir Schmidt. Esse reagiu da pior forma possível dizendo que ia na imprensa denunciar que Elvis estava tendo um caso com uma garota menor de idade (ele estava se referindo à Priscilla que tinha 14 anos de idade na época). Isso deixou Elvis ainda mais irado. Mesmo com a ameaça, Elvis não voltou atrás, dizendo que Schmidt deveria pegar seus cremes e nunca mais deveria voltar. Elvis nunca mais queria ver ele novamente em sua vida.

Elvis ficou preocupado com as ameaças de Schmidt e decidiu procurar o seu oficial superior no batalhão do exército onde ele servia. Assim um inquérito militar foi aberto para investigar Schmidt. O Exército americano descobriu que ele não era médico coisa nenhuma, que nunca havia se formado em medicina e que era um charlatão perigoso que vendia cremes milagrosos para pessoas desavisadas. Antes de desaparecer para sempre Schmidt decidiu enviar uma carta para Elvis dizendo que ele o amava, que jamais o iria esquecer e que nunca mais iria esquecer os momentos que havia passado ao seu lado. Também dizia que havia desistido de ir até a imprensa. Isso deixou Elvis um pouco mais aliviado, porém deixou uma lição para ele, para não confiar mais em qualquer pessoa que visse pela frente.

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - Elvis e o Charlatão - Parte 1

Quando era adolescente Elvis tinha tido vários problemas com acne (espinhas) no rosto. Ele se curou delas, mas ficou poros e pequenas deformações em seu rosto que ele simplesmente detestava. Quando estava na Alemanha, servindo o exército, Elvis leu em uma revista que um médico alemão havia descoberto uma "cura milagrosa" para esse tipo de problema. Bom, pela descrição já dava para perceber que se tratava de um charlatão, mas Elvis acreditou nesse tal tratamento mesmo assim.

Elvis então decidiu escrever para o tal "doutor" dizendo que tinha muito interesse em fazer esse tratamento de pele. O sujeito estava na África do Sul, mas assim que recebeu a carta de Elvis resolveu comprar a primeira passagem para a Alemanha. Afinal ter uma personalidade famosa como Elvis em sua clientela era algo que iria impulsionar seus negócios. Quando Vernon descobriu que Elvis havia contratado um dermatologista em outro continente quase teve um ataque do coração!

Ele chegou na Alemanha e foi direto na casa de Elvis para se apresentar. Ele ficou conhecido entre a turma como Dr. Schmidt. Só que ele não era médico coisa nenhuma, nunca havia frequentado um curso de medicina na vida e vivia de vender cremes e mais cremes para quem acreditasse em suas lorotas. Infelizmente Elvis havia caído no conto do vigário.

Priscilla não gostou do tal Dr. Schmidt. Achou que ele era uma pessoa falsa e que poderia trazer problemas para Elvis (e ela estava certa sobre isso). Todos os dias porém Elvis continuava a seguir o tratamento com o tal falso médico. Assim que Elvis chegava do exército ele ficava por cerca de meia hora recebendo os cremes e cosméticos de Schmidt em seu rosto. A família de Elvis começou a desconfiar dele e as coisas foram ficando cada vez mais estranhas. Ele tinha um jeito de ser muito fora dos padrões. Era falante e expansivo e em pouco tempo já começava a tomar certas liberdades dentro da casa de Elvis, tratando a todos com uma intimidade que não tinha sido dada a ele. Elvis porém resolveu continuar com  o tratamento. Mal sabia ele o que estava por vir.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 23 de março de 2005

Elvis Presley - Depressão verde

Embora Elvis não falasse isso publicamente com a imprensa, ele começou a perceber que sua fase no exército havia sido uma grande perda de tempo. Elvis, na maioria dos dias, exercia a função de motorista de um jipe para oficiais do grupamento onde estava servindo na Alemanha. Seu pelotão era responsável pelos tanques do batalhão, então de vez em quando Elvis também participava de operações com essas pesadas máquinas de guerra. Porém fora disso ele não tinha muito o que fazer.

O tempo no exército era basicamente de muito tédio. O pior acontecia quando Elvis era designado para trabalhar durante as madrugadas frias como sentinela em uma das guaridas laterais do quartel. Elvis odiava esse tipo de função. Era basicamente passar frio congelante durante a noite toda, sem poder dormir ou descansar. Ele que já tinha naturais problemas de insônia viu sua doença piorar a cada dia. Depois de uma noite inteira levando temperatura abaixo de zero, Elvis voltava para casa, mas não conseguia dormir. Ele tinha dificuldades de dormir de noite, então de dia isso era praticamente impossível.

E havia a depressão, sempre constante. Elvis passou por muitos momentos de depressão vestindo sua farda verde do exército americano. A morte da mãe o abalava demais. Ele estava sempre falando ou recordando de Gladys, lembrando dos tempos felizes e dos momentos que havia passado ao lado dela, desde a infância. Elvis não se conformava com a morte de sua mãe. Então por essa época ele basicamente levou uma vida muito dura. Psicologicamente estava arrasado.Tinha que lidar com a depressão e com a chatice sem fim do serviço militar.

A música, sempre ela, ajudava a passar o tempo. Elvis gostava de comprar discos de vinil, além de estar sempre ouvindo a estação de rádio das forças armadas. Era basicamente por esse caminho que ele ouvia as últimas novidades musicais na América, quem estava fazendo sucesso, quem estava em baixa. A religião também passou a ocupar mais espaço em sua vida. Elvis estava sempre lendo a Bíblia em seus momentos de folga. Também passou a ter o hábito de comprar livros para ler. Elvis passava muito tempo sentado em uma cadeira do lado de fora do QG, esperando que algum oficial fosse precisar dele como motorista. Algumas tardes ele ficava sem fazer nada. Assim ele passou a usar esse tempo à toa para ler. Era uma boa forma de matar o tédio do serviço militar.

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - O Romance entre Elvis e Priscilla - Parte 5

O Romance entre Elvis e Priscilla - Parte 5
O namoro de Elvis e Priscilla prosperou rapidamente. Depois que os pais dela deram autorização para que ela encontrasse Elvis sempre que quisesse, o aumento das visitas de Priscilla a Elvis aumentou consideravelmente. Inicialmente ela ia duas vezes por semana até a casa de Elvis. Depois esse número cresceu para três, quatro e até cinco vezes por semana. Priscilla ficou muito próxima da avó de Elvis, Minnie Mae e também começou a se dar muito bem com Vernon, o pai do cantor. Em pouco tempo já era de casa.

Embora Elvis tivesse uma "namorada oficial" nos Estados Unidos, a loira Anita Wood, ele estava apaixonado mesmo pela adolescente Priscilla, a tal ponto que suas cartas enviadas para Anita foram ficando cada vez mais raras. Priscilla chegou a encontrar algumas cartas dela para Elvis em seu quarto, pensou até mesmo em ler seu conteúdo, mas depois pensou melhor e as deixou de lado. Essa personalidade de não pedir explicações e nem de criar problemas foi outro ponto a favor em relação a Priscilla que atraiu Elvis.

Ela tinha uma personalidade mais tímida, mais calada. Era isso que Elvis procurava em uma namorada. Uma garota que segundo suas próprias palavras, "ficasse ao seu lado, perto do coração, dando apoio". Nada de brigas, discussões, etc. O jeito de ser de Priscilla acalmava Elvis, fazia com que ele ficasse mais tranquilo, em paz. Anita Wood tinha uma personalidade bem mais forte, era muitas vezes briguenta e criava muitas discussões com Elvis. Ele estava cansado daquele tipo de comportamento.

Em relação ao sexo, Elvis decidiu que seu namoro com Priscilla não iria romper certos limites. Priscilla era obviamente uma jovem virgem e Elvis estava disposto a deixar tudo como estava. Ele até levava ela para seu quarto, para que eles tivessem mais privacidade, mas segundo a própria Priscilla, Elvis jamais avançou ou ultrapassou essa linha enquanto estavam juntos. Ele sabia da pouca idade da namorada adolescente e os conselhos de Tom Parker ainda martelavam sua cabeça. O Coronel avia dito que ele deveria se controlar, para não fazer besteiras. O que aconteceu com Jerry Lee Lewis era sempre uma sombra presente e Elvis não queria destruir sua carreira por esse tipo de coisa. Cautela e cuidado eram necessários em seu relacionamento com Priscilla nesse momento de sua vida.

Pablo Aluísio. 


terça-feira, 22 de março de 2005

Elvis Presley - O Romance entre Elvis e Priscilla - Parte 4

Depois de alguns encontros, o pai de Priscilla decidiu que ela só voltaria a encontrar Elvis depois que ele viesse pessoalmente pedir sua autorização. Foi então que Elvis decidiu enfrentar a situação de frente, indo numa noite na casa da família de Priscilla, visitar e conhecer seus pais. Usando de todas as boas maneiras sulistas, ele se mostrou um jovem decente e cumpridor de suas obrigações, tanto para com seu país como para com sua família.

A conversa foi levemente tensa, mas ao final Elvis conquistou a todos, tanto ao pai de Priscilla como a sua mãe que não perdeu tempo dizendo a Priscilla que seu romance com Elvis poderia “significar a oportunidade de sua vida!”. Entre vários assuntos triviais durante a noite, Elvis deixou claro aos pais de Priscilla que um dia, quando voltasse para os Estados Unidos e retomasse sua carreira iria querer formar uma família, se casar e ser ter filhos. Ele considerava Priscilla muito madura para sua idade e uma ótima companhia. Elvis se sentia bastante solitário na Alemanha e acreditava que Priscilla era a melhor pessoa que havia conhecido em anos.

Promessas diretas não foram feitas, mas ficaram subentendidas para todos os presentes. Elvis ainda tinha uma “namorada oficial” na América, a loira Anita Wood, mas estava cada vez mais apaixonado e interessado na jovem Priscilla. A distância de Anita estava cobrando seu preço. Dentre pouco tempo ele estaria completando seu tempo de serviço militar e voltaria para os Estados Unidos, para gravar novos discos e filmes.

O Pai de Priscilla ficou satisfeito com as atitudes e a postura de Elvis, dando assim autorização para a filha ir visitar o namorado, sempre que quisesse. Priscilla também começou a ficar muito próxima da avó de Elvis, Minnie Mae. Essa lhe contou antigas histórias da família Presley. Priscilla não teve a oportunidade de conhecer Gladys, a mãe de Elvis. Por isso Minnie Mae se tornava valiosa fonte de informações sobre ela, a pessoa mais importante da vida de Elvis.

Minnie Mae contou a Priscilla que Gladys era uma mulher de gênio forte. Dominadora, mandava em Vernon e educava Elvis com rédeas curtas. Era uma mulher que havia passado por muitas dificuldades na vida, mas tinha superado todas elas. Para a avó de Elvis, a morte de Gladys havia deixado uma marca na alma de Elvis que jamais seria superada. Era uma dor que ele levaria até o fim de sua vida. E de fato Elvis nunca conseguiu superar a morte de sua querida mãe.

Minnie Mae era uma senhora espiritualista. Ela também contou a Priscilla que a alma de Gladys não havia deixado Graceland após sua morte. A avó de Elvis acreditava que Gladys vagava pela mansão nas noites, pela madrugada e que durante o dia se escondia no sótão da casa. Minnie Mae havia ouvido muito barulho vindo de lá, passos e tudo mais. As roupas e alguns objetos de Gradys tinham sido levados para o sótão de Graceland após sua morte. Minnie Mae tinha a forte convicção que a alma de Gladys nunca iria deixar seu filho. Ela iria vagar por Graceland por anos e anos, zelando por Elvis.

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - O Romance entre Elvis e Priscilla - Parte 3

O segundo encontro entre Elvis e Priscilla já foi bem diferente. O fato de Elvis ter mostrado interesse na jovem adolescente mudou tudo. Ao invés de se mostrar mais à vontade, completamente casual, Elvis resolveu dar mais atenção a Priscilla. Quis saber mais sobre sua vida, seus planos, seus pensamentos. Conforme a conversa seguiu em frente Elvis provavelmente pensou que ela, por ser tão jovem, poderia ser moldada na mulher de seus sonhos. A partir desse ponto Elvis resolveu não mais largar a garota, uma decisão que tinha sua dose de risco uma vez que Jerry Lee Lewis tinha visto sua carreira praticamente acabar da noite para o dia por se envolver com uma garota menor de idade.

O que diferenciou tudo foi que Elvis estava distante, na fria Alemanha, bem longe da imprensa americana. Além disso ele e Priscilla começaram um romance que poderia ser definido como um “namoro adolescente”. Nada de se avançar além dos limites, Elvis tinha consciência da idade de Priscilla e procurou agir como tal. Conforme o tempo foi passando Priscilla começou a ir duas, três, quatro e até cinco vezes por semana para Bad Nauheim, o que imediatamente despertou a atenção de seu pai que obviamente não via com bons olhos o fato de sua filha de 14 anos de idade ir quase todas as noites para a casa de um superstar como Elvis. Agora se Elvis quisesse ver Priscilla teria que ir falar com ele pessoalmente. As coisas definitivamente tomariam um novo rumo depois disso.

Foi por essa época que a história chegou aos ouvidos do Coronel Tom Parker. Ele mantinha uma rede de espiões ao redor de Elvis, informando tudo o que acontecia em sua vida pessoal. Quando soube que Elvis estava namorando uma garota de 14 anos na Alemanha, o Coronel Parker ficou muito preocupado. Não era sem razão. O caso de Jerry Lee Lewis estava na mente de todas as pessoas da indústria fonográfica. Caso isso viesse a ser revelado pelos jornais americanos Elvis iria passar por dificuldades e abalos em sua popularidade.

O Coronel Parker e Elvis mantinham contato por telefonemas que eram realizados com certa regularidade. Pelo telefone o Coronel Parker disse a Elvis que ele colocasse sua mente no lugar. Que esse tipo de envolvimento era perigoso, que as coisas poderiam sair do controle. Curiosamente mesmo com a pressão indireta de Tom Parker para que Elvis colocasse um fim em seu namoro com Priscilla, ele decidiu continuar com ela. Era uma prova de que ele realmente estava gostando dela. Caso fosse diferente, Elvis teria terminado tudo, abafado seu romance com a jovenzinha. Elvis via Priscilla como alguém para afastar a solidão e a depressão que vinha sofrendo desde a morte de sua mãe Gladys. Eram momentos de rara felicidade em um tempo muito duro para ele. E assim, mesmo com os conselhos de Tom Parker, Elvis seguiu em frente com o namoro. E mais, decidiu que iria conhecer os pais de Priscilla em Weisbaden. Ele estava decidido a dar um passo a mais nessa complicada relação amorosa.

Pablo Aluísio.