terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Ray Charles - I Got a Woman

Ray Charles tinha tudo contra si no começo de sua vida. Ele nasceu negro em uma família muito humilde em uma das regiões mais segregadas e racistas dos Estados Unidos. Além disso ficou com problemas na visão muito cedo, se tornando deficiente visual. A questão é que ele também tinha um grande talento musical e isso o salvou completamente da vida cheia de privações e miséria de onde veio. No começo da carreira Ray se virou como podia para arranjar trabalho. Assim ele começou a copiar o estilo de Nat King Cole, afinal cantando daquela forma ele sempre arranjava contratos com as boates da região.

Obviamente Ray Charles tinha seu próprio estilo, único e maravilhoso, mas por questões puramente comerciais deixava isso um pouco de lado. O importante era sobreviver. Depois de uma temporada numa pequena gravadora ele foi finalmente contratado pela conhecida e poderosa Atlantic Records. Foi a grande chance de sua vida. As coisas porém não começaram muito bem pois Charles continuava a seguir os passos de Nat King Cole. Após lançar quatro singles e perceber que nenhum havia feito sucesso ele finalmente tomou coragem para assumir seu próprio estilo em seus discos. Assim levou "I Got a Woman" para gravar. Se fizesse sucesso seria ótimo, caso contrário ele voltaria para o estilo anterior.

"I Got a Woman" estourou nas paradas e levou o nome de Ray Charles pela primeira vez ao topo das paradas. A fórmula era mais do que interessante. A melodia era claramente inspirada na Gospel Music Negra, nos hinos religiosos que Ray conhecia tão bem desde criança. A letra porém não tinha nada a ver com religião, era aliás bem ousada, quase escandalosa naqueles tempos moralistas e conservadores. A fusão entre Gospel e uma letra tão profana deu origem a um novo gênero musical, a Soul Music, a música que vem de dentro, do fundo da alma. Finalmente após tantos anos de luta em busca do sucesso o maravilhoso Ray Charles havia finalmente encontrado seu caminho.

Claro que "I Got a Woman" abriu todas as portas para Ray Charles a partir daí. Desse ponto em diante ele não mais deixaria os picos da fama e do sucesso. A canção em si se tornou um marco e para muitos especialistas foi um dos primeiros registros de rock da história! Afinal de contas o que é o Rock em sua essência? Uma mistura talentosa de gêneros musicais diversos. "I Got a Woman" se enquadra perfeitamente nesse conceito. Consagrada por crítica e público a música ainda seria gravada por outros mitos, entre eles Elvis Presley e os Beatles. Maior prova de sua imortalidade não há!


Pablo Aluísio.

Raul Seixas - Metrô Linha 743

Era uma época complicada na vida de Raul Seixas. Ele havia passado por várias gravadoras, Philips, WEA, CBS e em todas elas tinha criado algum tipo de atrito com os executivos. Raul não fazia concessões e as gravadoras não o respeitavam como o artista criador que era. Em uma dessas gravadores um executivo lhe sugeria que fizesse uma canção em homenagem à Princesa Diana para voltar a tocar nas rádios! Raul achou um disparate! Isso era lá sugestão que se desse a um roqueiro verdadeiro como ele? Assim por volta de 1983 Raul foi parar na pequena "Estúdio Eldorado" que pertencia ao grupo Estadão. Raulzito achava esse jornal reacionário e quadradão mas precisando trabalhar encarou o desafio de gravar um disco que teria que vender 80 mil cópias de todo jeito. Para isso Raul compôs "O Carimbador Maluco" que fez parte de um programa infantil de grande sucesso da Globo e virou sucesso nas estações de rádio pelo Brasil afora. Depois disso cansado desse jogo comercial ele foi parar na Som Livre. Raul havia achado seu LP na Eldorado muito singelo, sem uma base musical sólida como ele estava acostumado a fazer em seus álbuns anteriores.

Em suas próprias palavras aquele tinha sido um trabalho bastante decepcionante para ele. Tanto que assim que terminou de gravar o disco literalmente vomitou a letra e música de "Metrô Linha 743". A canção não fazia concessões de nenhum tipo, era um momento raulseixista que lembrava os seus bons tempos de artista diferente, contestador e fora dos padrões. Raul também se dizia cansado das "fórmulas de sucesso" das gravadoras e por isso decidiu fazer um trabalho "preto e branco", sem firulas, todo baseado em arranjo acústico, com forte vocação para um som mais cru, mais verdadeiro, de origem mesmo. Em pleno furor de sucesso do chamado Rock Brasil, Raul então surgia com uma sonoridade bem diferenciada, que não fazia nenhuma questão de ser comercial. Curiosamente Raul não via graça nenhuma na leva de bandas de rock brasileiras dos anos 80. Para ele todos, sem reservas, eram alienados, acomodados. Para Raul não havia mais franco atirador para levantar a poeira do rock no Brasil. "Metrô Linha 743" era assim sua carta de intenções para o rock nacional não cair na mediocridade! Infelizmente para Raul a crítica da época não gostou muito do disco. O álbum foi acusado de não ter idéias novas - algo que deve ter sido cruel para Raul, logo ele que vinha trilhando a estrada do rock há tantos anos. A crítica para variar errou. "Metrô Linha 743" é um ótimo trabalho de Raul e hoje tem um status inegável de clássico e cult. Quem dera os queridinhos da mídia de hoje pudessem compor um trabalho tão criativo e consistente como esse.

Raul Seixas - Metrô Linha 743 (1984)
Metrô Linha 743
Um Messias Indeciso
Meu Piano
Quero Ser o Homem Que Sou
Canção do Vento
Mamãe Eu Não Queria
Mas I Love You (Pra Ser Feliz)
Eu Sou Egoísta
O Trem das Sete
A Geração da Luz

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Elvis Presley - A Legendary Performer - Volume 3

Quando Elvis Presley morreu sua gravadora, a RCA Victor, lançou muitos discos ruins. A maioria eram coletâneas sem maior importância. Meras edições visando apenas tirar dinheiro de admiradores desavisados. Velhas gravações, sem novidade nenhuma, com bonitas capas. Nada muito além disso. Porém havia coisa boa também chegando ao mercado. Essa série intitulada "A Legendary Performer" foi uma das poucas coisas importantes lançadas naqueles anos. Aqui havia sim uma certa preocupação em trazer material inédito para os fãs do cantor. E era justamente isso, gravações inéditas, que os colecionadores mais procuravam.

Aqui, nessa terceira edição, foi lançada pela primeira vez a música "Danny". Ela havia sido gravada para a trilha sonora do filme "Balada Sangrenta". Era uma excelente gravação, tecnicamente perfeita, mas os produtores na época, em 1958, resolveram tirá-la do disco! A razão dessa decisão? Até hoje não se sabe ao certo. Era então uma música inédita, coisa rara, algo que valia pelo LP inteiro. Outras novidades vinham em duas faixas inéditas dentro da discografia de Elvis, "It Hurts Me" e "Let Yourself Go". Não eram as versões oficiais, mas sim gravações do NBC TV Special. Além disso o ouvinte ainda era presenteado com uma versão inédita, ao vivo, de "Let It Be Me". Trocando em miúdos, era coisa que o colecionador não tinha acesso naqueles tempos. Um excelente lançamento para a ocasião.

Elvis Presley - A Legendary Performer Volume 3 (1978)
Hound Dog
Interview - TV Guide
Danny
Fame and Fortune
Frankfurt Special
Britches
Crying in the Chapel
Surrender
Guadalajara
It Hurts Me
Let Yourself Go
In the Ghetto
Let It Be Me

Pablo Aluísio.

Rolling Stones - Satisfaction

Eis a canção mais popular da carreira dos Stones. Chegou ao mercado pela primeira vez em 1965 e acertou em cheio no gosto dos jovens da época. A letra, temos que convir, não é a força motriz da música, mas sim sua linha melódica. São apenas três notas, compostas por Keith Richards, mas o que parece tão singelo é até hoje considerado um dos mais pegajosos riffs de guitarra da história do rock. Vai direto ao ponto e uma vez ouvida jamais será esquecida - afinal de contas esse é o grande segredo do sucesso. Embora seja creditada a Mick Jagger e Keith Richards a verdade é que a dupla mantinha um pacto ao estilo Lennon e McCartney, ou seja, mesmo que a canção fosse composta por apenas um deles, ambos levariam o crédito. Richards em algumas entrevistas enfureceu Jagger ao dizer que ele não tinha contribuído em nada na criação de "(I Can not Get No) Satisfaction". Para Keith essa é uma filha de um pai apenas, claro que ele mesmo!

Hoje, passado tantos anos, não há como saber quem tem ou não razão. A letra, que repito, não é grande coisa, tenta falar sobre frustração sexual e materialismo. Curiosamente existem rumores que os Stones estavam prontos a arquivar a canção. Sua salvação veio justamente pelo fato de ter entrado dentro do projeto do disco "Out of Our Heads", um dos mais interessantes trabalhos do grupo em sua primeira fase, ainda na onda do "Yeah, Yeah, Yeah" dos Beatles. Uma vez gravada - de forma impecável em minha opinião - o single chegou nas rádios, porém as grandes corporações inglesas de comunicação acharam a letra muito vulgar e obviamente ofensiva. Coube então as pequenas rádios (e as piratas) divulgarem o novo single.

Quando o sucesso pegou e não houve mais como ignorar, nem a poderosa BBC conseguiu jogá-la para debaixo do tapete. Falar hoje em dia da importância da música dentro da história do rock inglês é chover no molhado. Afinal ela foi eleita a segunda maior canção de rock já escrita dentro da lista da Rolling Stone (a revista) em sua edição comemorativa das "500 Maiores Músicas de Todos os Tempos". Listas são sempre idiotas, mas no caso dessa aqui serve ao menos para mostrar a importância desse rock dentro do mais popular estilo musical da história.

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - Summer Festival 72

Mais um lançamento da FTD (Follow That Dream) enfocando a temporada de verão de Elvis em Las Vegas no ano de 1972. O CD denominado "Summer Festival 72" conta com as apresentações de Elvis realizadas no Dinner e no Midnight Show dos dia 11 e 12 de agosto daquele ano. Essa temporada em Vegas foi um pouco problemática para Elvis, logo na estréia ele se sentiu mal no palco e teve que cancelar a apresentação. Depois voltou a ter novamente problemas de saúde, como aumento de peso e sintomas de depressão, e mais uma vez procurou a solução mais rápida e perigosa, com o crescente consumo de medicamentos. Mesmo assim não conseguiu evitar de se apresentar bastante pálido e gordo, embora cantando corretamente em vários shows. Nessa apresentação do dia 11 de agosto novamente Elvis não se afasta muito de sua tradicional set list de músicas, embora procure também apresentar coisas novas. Infelizmente Elvis em pouco tempo abandonaria esse costume de apresentar canções novas em seu repertório talvez por seguir um conselho de Frank Sinatra que dizia que grandes cantores sempre deveriam fazer o mesmo show para não decepcionar seus fãs. De uma forma ou outro esse CD se torna essencial para quem quer conhecer mais sobre essa temporada e fase de Elvis.

O fato é que Presley tinha muitos problemas pessoais e profissionais por essa época. O casamento com Priscilla estava no fim, as temporadas em Las Vegas já não mais despertavam grande interesse no cantor que naquele período começou a se interessar muito mais pelos shows nas outras cidades americanas (como os realizados em Nova Iorque) como uma melhor oportunidade de conhecer novos públicos, novos desafios, enquanto que em Vegas as coisas iam ficando mais ou menos na mesma. A correria aliada a muitos shows e turnês levou Elvis a aumentar o consumo de drogas, o que acabou refletindo em problemas de saúde, cada vez mais graves. Seu aumento de peso também começou a ser notado pela imprensa, que muitas vezes ficava mais interessada nisso do que em sua música. Mesmo assim não podemos deixar de destacar alguns bons momentos nesse show como por exemplo a apresentação de "Until It's Time For You To Go" de seu novo LP na época, "Elvis Now". "For The Good Times" era outra novidade em meio a uma certa saturação de seu repertório. O bom é que o CD também traz gravações do chamado Midnight show (ou show da meia-noite) do dia 11 onde Elvis apresentou boas canções de rock como no medley "Little Sister / Get Back" (uma curiosa fusão entre um hit próprio dos anos 60 com a famosa canção dos Beatles). Já "It's Over" foi uma forma encontrada por Elvis para mostrar sua vitalidade e maturidade vocal. "Never Been To Spain", um belo blues, era outro sopro novo nos shows. Elvis a levaria inclusive para os shows no Madison Square Garden onde se tornaria um dos destaques do álbum ao vivo. Muito charme e balanço acompanham a faixa. Assim recomendo especialmente o título para os fãs de Elvis que gostem desse ano em particular. Afinal esse foi o ano do "Elvis on Tour", do "Madison Square Garden" e do "Elvis Now". Para muitos um dos períodos mais interessantes de toda a sua carreira.

Elvis Presley - FTD "Summer Festival '72" (FTD #34) 
Dinner show, August 11, 1972
Also Sprach Zarathustra
See See Rider
I Got A Woman
Until It's Time For You To Go
You Don't Have To Say You Love Me
You've Lost That Loving Feeling Polk Salad Annie
What Now My Love
Fever
Love Me
Blue Suede Shoes
One Night
All Shook Up
Teddy Bear / Don't Be Cruel
Heartbreak Hotel
Hound Dog
Love Me Tender
Suspicious Minds
Introductions
My Way
An American Trilogy
Can't Help Falling In Love 

Midnight show, August 11, 1972
Little Sister / Get Back
It's Over

Midnight show, August 12, 1972
Proud Mary
Never Been To Spain
For The Good Times
A Big Hunk O' Love
Tiger Man (opening only)

Pablo Aluísio.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Elvis Presley - He Walks Beside Me

Aqui temos outro álbum póstumo de Elvis Presley. Lançado em 1978, no ano posterior ao falecimento do artista, esse disco foi produzido por Felton Jarvis, o produtor que acompanhou Elvis na fase final de sua vida, quando lançou discos extremamente interessantes. Bom, o foco desse LP foi a música gospel, a música religiosa. Praticamente todas as faixas são desse estilo, com breves exceções (em minha opinião). Todas as canções gospel em essência foram retiradas dos 3 álbuns religiosos gravados por Elvis (His Hand in Mine, How Great Thou Art e He Touched Me). As demais foram pinceladas de outros discos do cantor.

A canção de louvor à Virgem Maria, chamada "Miracle of the Rosary" foi tirada do disco "Elvis Now" de 1972. "If I Can Dream" foi buscada lá em 1968. Essa foi a música mais representativa do especial de TV que Elvis realizou no canal NBC. De terno branco, ele realizou uma apresentação memorável da faixa. Um fato curioso é que Felton Jarvis também colocou músicas menos óbvias nessa coletânea, como "Who Am I", uma bela música que nunca havia sido aproveitada bem dentro da carreira de Elvis. Por fim vale os elogios para essa capa, uma das melhores da longa discografia de Mr. Elvis Presley.

Elvis Presley -  He Walks Beside Me (1978)
He Is My Everything
Miracle of the Rosary
Where Did They Go Lord
Somebody Bigger Than You or I
An Evening Prayer
The Impossible Dream
If I Can Dream
Padre
Known Only to Him
Who Am I
How Great Thou Art

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - Mahalo From Elvis

Esse disco foi lançado em dezembro de 1977. Elvis morreu em agosto desse mesmo ano. Assim podemos perceber facilmente que esse foi um dos primeiros LPs póstumos desse grande e inesquecível cantor. Por essa razão o "Mahalo From Elvis" tem sua importância histórica. Agora, dito isso, também não podemos deixar de criticar a seleção musical do álbum. Ao ler a lista fico com a sensação de que o produtor desse lançamento não sabia nada com nada em relação a Elvis Presley. O disco foi assim uma mistureba dos diabos, misturando fases da carreira do Rei do Rock.

O Lado A do disco traz uma curiosa seleção musical evocando as ilhas havaianas, talvez daí venha seu título original. Aqui pegaram músicas da trilha sonora do disco "Blue Hawaii" e a misturaram com uma faixa dos anos 70, "Early Morning Rain" que apesar de não ser uma música havaiana pelo menos foi usada no especial de TV "Aloha From Hawaii". E o lado B? Não vejo nada de muito especial ligando as canções. São apenas faixas pinceladas de diversas trilhas sonoras dos anos 60. Enfim, organização e coerência você certamente não encontrará aqui nesse primeiro disco póstumo.

Elvis Presley -  Mahalo From Elvis (1977)
Blue Hawaii
Early Morning Rain
Hawaiian Wedding Song
KU-U-I-PO
No More
Relax
Baby, If You'll Give Me All Of Your Love
One Broken Heart For Sale
So Close, And Yet So Far (From Paradise)
Happy Ending

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - Sun Records, 1955

Elvis Presley - Sun Records, 1955
Estamos nos anos 50. Bob Luman, um cantor country daquela época relembra como eram as apresentações de Elvis Presley: "O cara apareceu de calças vermelhas, paletó verde, meias e camisa cor de rosa, com aquela cara de deboche e ficou parado em frente ao microfone por cinco minutos antes de fazer qualquer movimento. Então começou a tocar seu violão e quebrou duas cordas, eu toco há dez anos e no total ainda não quebrei duas cordas! E lá estava ele, as cordas arrebentadas e as garotas gritando e correndo até o palco. Ele mexia os quadris, como se tivesse algum caso de amor com o violão. Assim era Elvis Presley tocando em Kilgore, Texas. Ele me deixou arrepiado cara!"

Single nas lojas
That's All Right (Arthur Crudup) - Esta é uma música histórica! Foi a primeira canção interpretada pelo cantor a ser lançada comercialmente pela pequena gravadora de Sam Cornelius Philips: Sun Records. Foi gravada no dia 7 de julho de 1954 por um simples caminhoneiro do Tennessee que ganhou uma chance de Provar seu talento graças a interferência da secretária de Philips, Marion Keisker, que insistiu com o patrão para que ele proporcionasse uma chance para o "Cara de Costeletas". Elvis virou a versão de "Big Boy" pelo o avesso e criou as bases estéticas do Rock'n'Roll! O Rock não é só a mistura de vários ritmos americanos, mas também uma postura positiva e satírica diante da vida e Elvis foi o primeiro a se expressar desta forma criando o "Rockabilly". "Thats All Right (mama)" pode ser considerada uma das dez canções mais importantes da história da música pop do século XX. Ela foi lançada pela primeira vez no Compacto Simples SUN 209 e depois pela RCA no disco "For LP Fans Only". Em 2003 "That's All Right (mama)" foi eleita a canção mais inovadora da História.

Blue Moon Of Kentucky (Bill Monroe) - Originalmente foi lançada em 1948 pelo próprio autor pelo selo Columbia. Em julho de 1954 chegava às lojas do sul dos Estados Unidos o single "SUN 209" que trazia as duas primeiras canções comerciais interpretadas pelo futuro Rei do Rock'n'Roll. No lado A "That's All Right" e no lado B esta simples balada country. "Blue Moon of Kentucky" foi gravada contando apenas com Elvis, Scotty Moore e Bill Black. O produtor Sam Philips sempre afirmava que o "dia que encontrasse um branco que cantasse como um negro iria ganhar um milhão de dólares", esta frase iria se tornar verdade com a descoberta de "The Pelvis" em Memphis. Sem dúvida este é um dos grandes momentos do cantor pois registrou para a história o momento do aparecimento de um dos maiores fenômenos da música Popular Mundial.

Pablo Aluísio.