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terça-feira, 22 de maio de 2018

A Queda do Império Romano

Título no Brasil: A Queda do Império Romano
Título Original: The Fall of the Roman Empire
Ano de Produção: 1964
País: Estados Unidos, Itália
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Anthony Mann
Roteiro: Ben Barzman, Basilio Franchina
Elenco: Alec Guiness, Sophia Loren, Christopher Plummer, Omar Sharif, James Mason, Stephen Boyd

Sinopse:
Maior império que o mundo já conheceu, o Império Romano começa a entrar em colapso por causa de problemas internos ao qual o filme explora muito bem: invasões de povos bárbaros, corrupção, brigas internas, politicagem e um Imperador frívolo que negligencia a administração do Império em razão de sua obsessão por lutas de gladiadores. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Trilha Sonora (Dimitri Tiomkin). Vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor trilha sonora original incidental (Dimitri Tiomkin).

Comentários:
Belo filme épico! Esse "A Queda do Império Romano" tem uma das mais ricas produções que já vi. Na época não existia possibilidade de fazer nada virtual, tudo tinha que realmente existir. Assim tudo o que se vê na tela é real e impressiona o espectador!. São multidões de figurantes em cena. Acredito que seja o filme com o maior número de figurantes da história, cenários maravilhosos, figurinos deslumbrantes e tudo o que não poderia faltar em um filme épico como esse. Como produção o filme é realmente nota dez. Bonito de se ver, traz alguns problemas pontuais. Acredito que o diretor Anthony Mann se perdeu com o tamanho da produção. O filme tem três horas de duração, mas o enredo fica disperso, sem foco. Mesmo com todo esse tempo ele não conseguiu contar direito a sua história. Em muitos momentos se percebe que a direção está mais preocupada em explorar os cenários luxuosos do que investir nos personagens do filme. Na minha opinião esse é o típico caso em que a direção foi engolida pela produção do filme. Muito luxo e beleza, porém pouco trabalho de direção para os personagens que desfilam pela tela. Nenhum deles chega a ser bem desenvolvido, infelizmente.

O contraste é que não faltaram bons atores para os papéis principais. O elenco apresenta por isso altos e baixos. Entre as interpretações de grande categoria o filme traz Alec Guiness, perfeito na pele do Imperador Marco Aurélio. Suas cenas são excelentes, inclusive um inspirado monólogo de grande impacto. Christopher Plummer como o Imperador Comodus também está acima da média. Já do lado ruim no quesito de elenco temos uma Sophia Loren muito bonita, mas canastrona até o último fio de cabelo encaracolado e um Livius (o mocinho do filme) muito inexpressivo, interpretado por um apagado Stephen Boyd. Ele é tão sem graça que quase coloca todo o filme a perder. E pensar que esse papel seria do grande Charlton Heston. Por fim temos um roteiro que não consegue dar conta de um período histórico tão complexo e cheio de detalhes importantes. O texto toma grandes liberdades com a história real dos imperadores retratados no filme. Certamente não é historicamente correto e acredito inclusive que essa nunca foi a intenção dos roteiristas. Muita coisa se perdeu em nome de uma dramaticidade maior nos momentos mais importantes do filme. De qualquer forma consegue, aos trancos e barrancos, prender a atenção do espectador.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Guerra Nas Estrelas

A saga "Star Wars" teve início quando na segunda metade da década de 70 surgiu esse filme nos cinemas americanos. É curioso porque "Guerra nas Estrelas" foi considerado inovador e revolucionário em sua época mas olhando bem veremos que não é bem assim. Na verdade essa produção era de certa forma uma releitura dos antigos filmes de ficção da década de 50, época considerada de ouro para o gênero. Já nos anos 70 a chamada "ficção de aventura", categoria no qual se enquadra "Star Wars", era considerada uma coisa fora de moda, ultrapassada. Como então George Lucas conseguiu requentar uma velha fórmula dando ares de coisa nova, revolucionária? Basicamente por dois motivos: Primeiro porque soube revitalizar antigos mitos e deu a eles todo um design renovado, com efeitos especiais (esses sim) realmente revolucionários. A mitologia do jovem escolhido para enfrentar um império do mal não é novo, faz parte de muitas estórias contadas ao longo da civilização, o que mudou aqui realmente foi a roupagem nova e moderna. George Lucas nesse sentido foi realmente genial. A segunda questão que fez "Star Wars" ser o sucesso que foi se baseia no resgate do cinema como diversão pura, algo que havia sido deixado de lado naqueles anos. 

Os filmes de maneira em geral procuravam mostrar problemas sociais, dramas profundos, questões pertinentes. Com "Star Wars" não havia essa preocupação, o filme era diversão pela diversão apenas. O público que lotou os cinemas para assistir "Guerra Nas Estrelas" queria apenas se divertir e o filme de George Lucas era perfeito para isso. Quando a Fox deu autorização para a realização do filme mal sabia o que estava por vir. George Lucas era praticamente um novato com apenas um sucesso em sua filmografia, a comédia nostálgica "American Grafitti" e nada mais. No elenco não havia nenhuma grande estrela a não ser o veterano Alec Guiness, às portas de sua aposentadoria. Fora isso havia um carpinteiro (Harrison Ford), uma beldade filha de celebridades (Carrie Fisher) e um desconhecido no papel central (Mark Hamill). De orçamento apertado ninguém no set sabia que estaria naquele momento revolucionando nada. Em uma de suas biografias ficamos sabendo, por exemplo, que Alec Guiness não conseguia entender nada do que se passava na estória, apenas declamava suas falas por puro profissionalismo. O resultado final porém deixou todos surpresos, exceto talvez George Lucas que sabia estar usando de uma fórmula antiga mas que ainda poderia cair nas graças do público. Olhando para trás podemos entender que "Guerra nas Estrelas" também se tornou um divisor de águas. A partir de seu sucesso o cinema americano começou a sofrer um processo de juvenilização de suas produções. Na década de 70 imperava no cinema os grandes filmes de temáticas dramáticas como "O Poderoso Chefão", "Taxi Driver", etc. Depois de "Star Wars" os estúdios começaram a investir em filmes para um público mais jovem, infanto-juvenil. Não é para menos que os anos que viriam seriam os dourados para diretores ao estilo "Peter Pan" como Steven Spielberg e o próprio George Lucas. Se isso foi bom ou ruim já é tema para outra discussão. De qualquer modo "Star Wars" é um marco na história do cinema. Um filme que realmente revolucionou o modo de se fazer cinema nas décadas seguintes.  

Guerra Nas Estrelas (Star Wars, Estados Unidos, 1977) Direção: George Lucas / Roteiro: George Lucas / Elenco: Mark Hamill, Harrison Ford, Alec Guiness, Carrie Fisher, Peter Cushing, Anthony Daniels, Kenny Baker, David Prowse / Sinopse: Luke Skywalker (Mark Hamill) é um jovem habitante de um planeta distante que parte em uma aventura contra um império do mal comandado pelo lado negro da força.  

Pablo Aluísio.

sábado, 12 de maio de 2007

A Queda do Império Romano

Produção: Uma das mais ricas que já vi. Na época não existia possibilidade de fazer nada virtual, tudo tinha que realmente existir. Assim tudo o que se vê na tela é real (e impressiona). São multidões de figurantes (acredito que seja o filme com o maior número de figurantes da história), cenários maravilhosos, figurinos deslumbrantes e tudo o que não poderia faltar em um filme épico como esse. Como produção o filme é realmente nota 10.

Direção: Acredito que o diretor Anthony Mann se perdeu com o tamanho da produção. O filme tem três horas de duração mas o enredo fica disperso, sem foco. Mesmo com todo esse tempo ele não conseguiu contar direito a história. Em muitos momentos se percebe que a direção está mais preocupada em explorar os cenários luxuosos do que investir nos personagens do filme. Na minha opinião esse é o típico caso em que a direção foi engolida pela produção do filme.

Elenco: Tem altos e baixos. Entre as interpretações de grande categoria o filme traz Alec Guiness perfeito na pele do Imperador Marco Aurélio. Suas cenas são excelentes, inclusive um inspirado monólogo de grande impacto. Christopher Plummer como o Imperador Comodus também está acima da média. Já do lado ruim no quesito de elenco temos uma Sophia Loren muito bonita mas canastrona até o último fio de cabelo encaracolado e um Livius (o mocinho do filme) muito xoxo interpretado por Stephen Boyd. Ele é tão sem graça que quase coloca todo o filme a perder. E pensar que esse papel seria do Charlton Heston.

Roteiro: Toma grandes liberdades com a história real dos Imperadores retratados no filme. Certamente não é historicamente correto e acredito inclusive que essa nunca foi a intenção dos roteiristas. De qualquer forma consegue, aos trancos e barrancos, prender a atenção do espectador.

A Queda do Império Romano (The Fall of the Roman Empire, Estados Unidos, 1964) Direção de Anthony Mann / Com Alec Guiness, Sophia Loren, Christopher Plummer, Omar Sharif, James Mason e Stephen Boyd / Sinopse: Maior império que o mundo já conheceu o Império Romano começa a entrar em colapso por causa de problemas internos ao qual o filme explora muito bem: corrupção, brigas internas, politicagem e um Imperador frívolo que negligencia a administração do Império em razão de sua obsessão por lutas de gladiadores.

Pablo Aluísio