Na corte do Rei Arthur surge um estranho cavaleiro. Ele adentra o recinto onde se encontra a távola redonda e desafia um dos cavaleiros de Arthur a lhe enfrentar. Não é um homem comum, mas parecendo uma entidade sobrenatural. Esse primeiro desafio é vencido, mas o tal cavaleiro verde afirma que voltará, um ano depois, na noite de natal, para um decisivo e último combate. O cavaleiro de Arthur, chamado Gawain, aceita o novo desafio e parte para uma jornada em busca de glórias, lutas e o confronto final com o gigante verde de origem desconhecida. Pois é, temos aqui mais um filme passado nos tempos do Rei Arthur, mas não pense que encontrará um filme convencional pela frente.
"O Cavaleiro Verde" é um daqueles filmes que tem muito estilo, muito clima, mas que se esquece de que o cinema é acima de tudo a arte de se contar uma boa história. O diretor David Lowery exagerou na dose do realismo fantástico. O filme muitas vezes se arrasta, mais parecendo um sonho do que algo concreto. Como a história foi baseada em antigos contos e canções medievais, ele tentou trazer esse clima para o filme. Não deu muito certo ao meu ver. O filme certamente vai soar cansativo e arrastado para o público atual. Há bons momentos, como o roubo na floresta e o surgimento de uma estranha mulher, que parece não mais existir em nosso mundo, mas esses são pontuais. O filme como um todo tem mesmo esse hiperdimensionamento de clima, com trilha sonora evocativa soando aos ouvidos o tempo todo. Acaba mesmo cansando quem o assiste.
O Cavaleiro Verde (The Green Knight, Irlanda, Canadá, Estados Unidos, 2021) Direção: David Lowery / Roteiro: David Lowery / Elenco: Dev Patel, Alicia Vikander, Joel Edgerton / Sinopse: Baseado nos contos Arthurianos, o filme conta a história de um dos cavaleiros do Rei Arthur que decide aceitar o desafio de enfrentar uma estranha criatura, que não parece ser desse mundo.
Pablo Aluísio.
O Cavaleiro Verde
ResponderExcluirPablo Aluísio.
Pablo:
ResponderExcluirMe responda uma coisa. Quando foi que perdemos esse anseio por lutas para obter glórias? Parece que hoje em dia só queremos tranquilidade e não nos importa gloria que seja fruto de lutas.
O Alexandre quando herdou o reino do seu pai a primeira coisa que ele fala, não é: "oba! vou levar um vidão bem tranquilo como rei" e sim "eu não quero levar essa vida de nobre rico e bobo, eu quero participar de batalhes e conseguir muitas glorias pra o meu nome", e assim o fez. O Júlio Cesar idem.
O que será que aconteceu com a gente, e quando?
Boa questão. Provavelmente o homem aos poucos foi perdendo esse instinto guerreiro. O cristianismo, com sua mensagem de paz e amor, também contribuiu com isso. E conforme a humanidade foi se tornando mais civilizada e culta, as guerras ficaram em segundo plano, só acontecendo em situações extremas.
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