sábado, 12 de fevereiro de 2005

Elvis Presley - FTD Loving You

Essa é a edição especial dupla da trilha sonora de Loving You lançada pelo selo FTD. Como sempre tudo muito caprichado e de bom gosto. Material gráfico de primeira, muitas fotos interessantes internamente e todos os detalhes que os fãs de Elvis sempre gostam de saber (ficha técnica, data de gravação etc). Sempre gostei desse disco, não apenas pela qualidade musical (impecável em minha opinião) como também pelo próprio filme que é muito bom e nostálgico para os fãs do cantor. O CD vem com muito material demonstrando que muita coisa da sessão foi salva. Não deixa de ser uma excelente notícia já que infelizmente algumas sessões preciosas não sobreviveram ao tempo (como takes de algumas canções de Elvis em sua primeira sessão na RCA).

Por falar em nostalgia, comentar sobre o disco Loving You sempre é um prazer renovado pois esse foi um dos primeiros que adquiri de Elvis, ainda na época do vinil (que tenho preciosamente guardado até hoje). O curioso é que em essência o álbum Loving You nada mais é do que uma jogada (boa por sinal) da RCA Victor e do Coronel Parker. A primeira trilha de um filme de Elvis, como todos sabemos, foi Love Me Tender, lançado em compacto duplo com quatro canções em 1956. Obviamente foi um grande sucesso de vendas o que fez a RCA acreditar definitivamente nas trilhas de Elvis, transformando as sete canções do filme em um álbum ao juntar aquele material com faixas avulsas gravadas por Elvis para a gravadora em outras sessões. O resultado de tudo isso foi excelente, pois o material é dos mais acessíveis e agradáveis da carreira do cantor.

Como não poderia deixar de ser, o selo FTD aproveitou esse bom momento da discografia de Elvis e caprichou em sua edição especial, que traz não apenas a íntegra do LP original, mas também uma série de takes alternativos, outtakes e gravações específicas feitas especialmente para o filme (como as várias versões e derivações da canção tema Loving You). Nesse aspecto penso que houve um excesso de preciosismo por parte de Ernst Jorgensen, o produtor. Isso porque o segundo CD traz mais de 30 versões de apenas uma canção, a já citada Loving You. Penso que tal coisa além de comercialmente desinteressante, é desnecessária, já que até mesmo os colecionadores teriam acesso a esse material em outros lançamentos. Seria bem melhor um maior equilíbrio na escolha das faixas, procurando até mesmo valorizar ótimas faixas do disco original que não foram muito prestigiadas nesse lançamento, como Blueberry Hill.

Entre os takes mais expressivos, cito o Take A-7 de Party (ainda sem encontrar o pique necessário que conhecemos da versão oficial). É muito interessante notar que Elvis ainda está mais melódico, porém sem a energia necessária que esse rock necessita. Ficou parecendo até mesmo um R&B de passo rápido. Algo parecido acontece com o take de Mean Woman Blues. Logo no começo notamos a falta dos vocais de fundo (que tanto conhecemos da versão oficial e que se parece como pessoas conversando despreocupadamente) A ausência desse pequeno detalhe acaba deixando a versão "vazia". É incrível como um detalhe que pode soar banal muda completamente a audição de uma música, não é mesmo? Por outro lado o vocal de Elvis soa muito mais solto e espontâneo aqui e o grupo de apoio parece muito mais centrado em tocar mais concentrado. Eu devo confessar que gostei bastante do estilo de Elvis nessa versão pois ele soa juvenil e livre, bem ao estilo "Rebel Without a Cause" daqueles anos de brilhantina.

O take de Got A Lot O Livin To Do intitulado "finale" é outra boa surpresa. É a típica versão "igual, mas diferente". Como foi gravada visando o filme ela soa menos contida, mas bem mais energética. Uma das minhas favoritas, a já citada "Blueberry Hill" surge com apenas uma versão! Isso é desapontador e mostra que de certa forma existe sim um desequilíbrio na seleção das faixas. Ou isso ou realmente não havia mais nada arquivado para lançamento. Enquanto a música tema Loving You aparece com dezenas de takes, "Blueberry Hill" surge com apenas uma representante. Apesar de tudo o FTD Loving You se mostra essencial para colecionadores e fãs em geral. Impossível passar incólume por essas canções e sair ileso. O melhor rock dos anos 50 certamente está aqui. Aproveite (mesmo sabendo que existem omissões em sua seleção).

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005

Elvis Presley - Discografia Americana: Loving You

LOVING YOU (1957)
MEAN WOMAN BLUES
TEDDY BEAR
LOVING YOU
GOT A LOT O'LIVIN TO DO
LONESOME COWBOY
HOT DOG
PARTY
BLUEBERRY HILL
TRUE LOVE
DON'T LEAVE ME NOW
HAVE I TOLD YOU LATELY THAT I LOVE YOU
I NEED YOU SO

Obs: Esse disco foi o primeiro a trazer uma trilha sonora de Elvis Presley no formato álbum, também conhecido como Long Playing ou LP. A trilha sonora de "Love Me Tender" foi lançado em EP (compacto duplo) e Single. O interessante é que esse disco iria se tornar um padrão para futuros lançamentos de Elvis trazendo músicas de Hollywood. O disco vendeu muito e mostrou a viabilidade comercial desse tipo de disco. Além disso o álbum em si funcionava também como publicidade para o filme, fazendo com que seus fãs fossem ao cinema. 

Single extraído deste disco:
Teddy Bear / Loving You (1957)

Obs: Esse single foi um grande sucesso comercial, indo para o primeiro Lugar nas paradas da Billboard. Pelo ótimo resultado comercial acabou se transformando no único single extraído do álbum. A RCA Victor estava mais do que satisfeita com o número de copias vendidas.

Compacto duplo incluído neste disco:

Elvis Presley Just For You
I Need you So / Have I Told You Lately That I Love You / Blueberry Hill / It's So Strange

Obs: Lançado antes do álbum Loving You, com material totalmente inédito, o EP Just For You fez um bom sucesso de vendas no mercado, chegando ao segundo lugar entre os mais vendidos da Billboard.

Compactos duplos extraídos deste disco:

Loving You Vol. 1:
Loving You / Party / Teddy Bear / True love
Obs: Lançado em agosto de 1957 foi um grande sucesso de vendas chegando ao primeiro lugar na parada de EPs - compactos duplos - isso apesar de só trazer reprises do álbum original. A capa trazia a mesma foto do disco original, do LP. 

Loving You Vol. 2:
Lonesome Cowboy / Hot Dog / Mean Woman Blues / Got A Lot O'Living to do
Obs: Outro compacto duplo lançado em agosto. Esse foi bem menos sucedido do que o anterior, só chegando ao quarto lugar nas paradas. Foi o último lançamento do projeto Loving You a chegar nas lojas americanas.

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - Loving You

LOVING YOU (1957)
MEAN WOMAN BLUES
TEDDY BEAR
LOVING YOU
GOT A LOT O'LIVIN TO DO
LONESOME COWBOY
HOT DOG
PARTY
BLUEBERRY HILL
TRUE LOVE
DON'T LEAVE ME NOW
HAVE I TOLD YOU LATELY THAT I LOVE YOU
I NEED YOU SO

Album completo, com a trilha sonora do filme e músicas adicionais no Lado B do disco. Foi a primeira trilha sonora de Elvis a ser lançada nesse formato mais completo e luxuoso por parte da RCA Victor.

Single extraído deste disco:

Teddy Bear / Loving You (1957)

Primeiro Lugar nas paradas se transformou no único single extraído do álbum

Compacto duplo incluído neste disco:

Elvis Presley Just For You
I Need you So
Have I Told You Lately That I Love You
Blueberry Hill
It's So Strange

Lançado antes do álbum Loving You, com material totalmente inédito, o EP Just For You fez um bom sucesso de vendas no mercado, chegando ao segundo lugar entre os mais vendidos da Billboard;

Compactos duplos extraídos deste disco:

Loving You Vol. 1
Loving You
Party
Teddy Bear
True love

Lançado em agosto de 1957 foi um grande sucesso de vendas chegando ao primeiro lugar na parada de EPs - compactos duplos - isso apesar de só trazer reprises do álbum original

Loving You Vol. 2
Lonesome Cowboy
Hot Dog
Mean Woman Blues
Got A Lot O'Living to do

Outro compacto duplo lançado em agosto. Esse foi bem menos sucedido do que o anterior, só chegando ao quarto lugar nas paradas. Foi o último lançamento do projeto Loving You a chegar nas lojas americanas

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2005

Elvis Presley - Elvis e Debra Paget

Quando Elvis foi para Hollywood ele mal podia acreditar no que estava acontecendo. Não fazia muito tempo que ele trabalhava como lanterninha de cinema e agora, vejam só, ele estava prestes a iniciar um filme! Claro que seu papel era coadjuvante e seu nome só apareceria após os de Richard Egan e Debra Paget. A produção também não era lá essas coisas, era um western B da Fox sem grande orçamento ou repercussão. Para Elvis porém isso não importava, o que importava mesmo era que ele estava começando uma nova fase em sua vida, tão parecida com os seus ídolos da juventude que tudo o deixava maravilhado e feliz. No fundo Love Me Tender nada mais era do que um teste do produtor Hal Wallis para saber se Elvis daria certo nas telas. De fato ele não era ator, nunca havia representado na vida, e havia muitas dúvidas se poderia realmente convencer como ator.

Embora não fosse um profissional da área Elvis se dedicou com afinco. Estudou e leu o roteiro de ponta a ponta e em pouco tempo decorou todas as suas falas. Sua empolgação era tamanha que logo ele acabou também decorando os textos dos demais atores do filme. O script estava na ponta da língua mas obviamente atuar não se resume a apenas decorar suas falas mas também passar verossimilhança em sua atuação. Para ajudar em seu amadorismo e falta de experiência nas filmagens Elvis acabou contando com a ajuda muito preciosa da atriz Debra Paget. Ela era uma jovem intérprete que assim como Elvis também procurava seu lugar ao sol e quem sabe alcançar os picos da glória, almejando um dia ter a fama de uma Elizabeth Taylor. Paget aliás adorava Taylor e considerava sua carreira um espelho a seguir. Tão admiradora era do trabalho da colega que quase sempre pintava seus cabelos numa tonalidade bem escura, preto ao máximo, da mesma cor que Liz. Mas o fato era que a competição em Hollywood era atroz.

Debra já tinha um bom caminho percorrido quando contracenou com Elvis em Love Me Tender. Desde os 15 anos essa jovem de Denver, Colorado, vinha tentando emplacar no mundo da TV e cinema. Embora talentosa nunca conseguiu alcançar o primeiro time de estrelas de Hollywood mas fez bons filmes ao longo da carreira. Na vida pessoal se casou três vezes, inclusive uma com o famoso diretor de filmes de western Budd Boetticher. Ela gostava de homens mais velhos como Budd e Elvis representava o extremo oposto disso pois era jovem, inexperiente e parecia sempre estar deslocado, transparecendo uma agitação e um nervosismo que dava nos nervos de Debra. Mesmo Elvis não fazendo seu tipo Debra acabou se interessando pelo jovem cantor.

Durante muitos anos vários boatos surgiram afirmando que Debra e Elvis tiveram um caso durante as filmagens. Debra aliás foi mais longe e anos depois da morte de Elvis afirmou que ele teria ficado tão apaixonado por ela que a teria pedido em casamento! Verdade ou não? Muitos autores afirmam que tudo não teria passado de um simples e passageiro namorico. A questão era que Elvis era um jovem deslumbrado com a sorte que teve ao ser escalado para fazer filmes de Hollywood e todo o clima, todo o clamor o deixaram impressionado. Além disso a própria atitude e beleza de Debra o deixaram realmente interessado na jovem atriz mas no final das contas Elvis não quis levar adiante o breve romance. Aconselhado por Gladys, sua mãe, ele acabou criando uma mentalidade negativa em relação às garotas com quem trabalhava. Eram independentes e liberais demais para seu gosto pessoal. Na mente de Elvis atrizes eram ideais para pequenas aventuras românticas sem maiores consequências, nada para ser levado à sério.

Com Debra parece ter acontecido justamente isso. Na verdade ela seria a primeira de uma longa lista de envolvimentos de Elvis com suas parceiras de cena, nenhuma delas levadas adiante. Para Elvis a mulher ideal era bem distante de garotas como Debra Paget, independentes e donas de seu nariz. Essas garotas de Hollywood só pensavam em suas carreiras e não em seus namorados e maridos. A mulher deveria ficar do lado esquerdo do homem, perto de seu coração, lhe dando apoio e carinho, não beijando outros atores em filmes. Pois é, era exatamente assim que Elvis pensava e provavelmente foi por isso que ele poucos dias depois colocaria um fim em seu rápido envolvimento com Debra. Pedido de casamento?! Sem dúvida um exagero. Elvis tinha outros planos certamente.

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - Elvis na revista brasileira "O Cruzeiro"

Durante as filmagens de Love Me Tender (Ama-me com Ternura no Brasil) Elvis recebeu a presença de Dulce Damasceno de Brito, jornalista correspondente da popular revista "O Cruzeiro". Dulce estava em Hollywood desde 1952 e realizava um jornalismo muito próximo do atual colunismo social. Seus textos sempre focavam no aspecto mais social da indústria americana de cinema.

Por isso ela sempre procurava manter uma aproximação não apenas profissional com seus entrevistados mas também pessoal, de amizade mesmo. Assim se tornou grande amiga e confidente de estrelas da época como a nossa Carmen Miranda, cuja uma de suas últimas entrevistas foi concedida justamente a Dulce.

Também foi essa postura que lhe valeu verdadeiros furos na época de ouro do cinema americano. Avesso a receber jornalistas o ator Marlon Brando abriu uma grande exceção a Dulce, a recebendo em casa para uma entrevista, chegando inclusive ao ponto de deixar seu filho Christian aos seus cuidados pessoais.

Simpática e acessível, pouco à vontade com o jornalismo de fofocas que imperava na capital do cinema Dulce foi formando amigos entre as principais estrelas. Com Elvis manteve uma postura semelhante e encontrou no cantor uma atitude de muita cordialidade, educação (ao melhor estilo sulista) e polidez. Elvis respondeu a tudo com muita simpatia e acessibilidade.

A entrevista girou em torno de amenidades, bem de acordo ao estilo de Dulce. Mal sabia ela que seria a única jornalista brasileira a entrevistar Elvis Presley durante toda sua carreira, um feito e tanto para Dulce e um momento ímpar para os fãs brasileiros do cantor.

Pablo Aluísio. 

Elvis Presley - Ken Darby

Embora “Love Me Tender” tenha sido assinada como composição de Elvis Presley e Vera Matson a verdade é que nenhum deles realmente compôs a música. O verdadeiro autor de “Love Me Tender” foi o diretor musical da Fox, o maestro Ken Darby (ao lado na foto com Elvis). Quando Elvis foi escalado para participar do filme “The Reno Brothers” o produtor David Weisbart determinou a Darby a inclusão de quatro músicas no filme.

Com cronograma apertado e tendo que apresentar o trabalho em cima da hora Darby se valeu de antigos números musicais da época da guerra civil e compôs aquela que seria a trilha sonora do filme. A própria música título do filme, “Love Me Tender” nada mais era do que uma releitura da antiga “Aura Lee” composta durante o conflito mais devastador travado dentro das fronteiras americanas. Os autores originais, W. W. Fosdick (letra) e George R. Poulton (música) curiosamente não foram creditados na nova versão, muito provavelmente pelo fato da canção já ter caído em domínio público.

Por que Ken Darby não assinou Love Me Tender? Provavelmente ele próprio pensou não estar compondo uma música que ficaria tão popular. Assim creditou a canção para sua esposa Vera Matson e ao próprio Elvis por determinação de Tom Parker que assim ganharia dessa forma também sua parte de comissão nos direitos autorais da música. De qualquer forma “Love Me Tender” não faria tanta falta assim em seu currículo. Ele já tinha muita experiência no mundo musical na época quando conheceu Elvis. Além disso ele certamente não levava muito à sério aquelas músicas que fez para o filme. Darby já havia trabalhado com grandes orquestras no passado e atuou ao lado de outros grandes cantores como Bing Crosby e Judy Garland.

Contratado pela Fox após ter trabalhado na Disney e na MGM, Darby jamais pensou que a trilha de “Love Me Tender” teria alguma relevância no futuro. Logo ele que havia trabalhado em tantos clássicos da história do cinema como “O Mágico de Oz” e “Os Homens Preferem as Loiras”. Curiosamente porém nos anos que viriam sua esposa Vera acabaria recebendo mais dinheiro do que ele próprio pelos direitos autorais de “Love Me Tender”, uma canção que recebeu inúmeras versões de diversos artistas diferentes ao longo dos anos. A cada nova regravação Vera recebia mais um bela bolada referente aos direitos da música. Assim ao longo dos anos Darby foi vendo sua esposa ficar cada mais rica com sua criação enquanto ele nada recebia por essas novas releituras da canção. Se arrependimento matasse...

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - FTD Love Me Tender

Verdade seja dita: não havia mesmo muito material para compor esse novo título do selo FTD. Pense bem. O filme "Love Me Tender" contou apenas com quatro músicas: "Love Me Tender", "Let Me", "Poor Boy" e "We're Gonna Move". Elas foram compostas meio às pressas depois que o estúdio resolveu colocar Elvis para cantar nesse western que havia sido escrito inicialmente sem qualquer tipo de número musical. Assim o produtor Ernst Jorgensen tinha a complicada tarefa de compor um CD duplo com esse escasso material disponível. Para tanto ele acabou fazendo o que era previsível: encher linguiça. Analise bem o material que está aqui. Ernst precisou recorrer a gravações que nada tinham a ver com o filme para completar o lançamento. Assim ele, sem critério algum diga-se de passagem, enfiou no CD 2 as canções "Heartbreak Hotel", "Long Tall Sally", "I Was The One", "I Want You, I Need You, I love You", "I Got A Woman", "Don't Be Cruel", "Ready Teddy", "Hound Dog", "Don't Be Cruel", "Blue Suede Shoes" e "Baby Let's Play House". O que essas faixas tem a ver com "Love Me Tender", o filme? Nada! Claro que muitos vão dizer que a inclusão dessas canções gravadas em Tupelo em setembro de 1956 são importantes do ponto de vista histórico e que o concerto foi realizado no calor do lançamento do filme, mas nem isso justifica a inclusão delas em um título dedicado à trilha sonora do filme "Ama-me Com Ternura". Que tivessem sido lançadas em um CD próprio, com temática própria, e não pegando carona em "Love Me Tender" como foi feito por aqui.

Por essa razão é desnecessária a feitura de um CD duplo. Um lançamento simples e mais bem organizado seria muito mais bem-vindo. Além disso seria mais comercialmente viável, com preço mais justo. A FTD aqui quis realmente vender gato por lepre, inventando um CD duplo, sem material para tanto, com o único objetivo de vender um produto mais caro para o colecionador. Bola fora de Ernst Jorgensen. Para não dizer que o CD 2 é um desperdício completo podemos pelo menos elogiar as entrevistas presentes lá com o próprio Elvis, seus pais (Vernon e Gladys) e curiosamente um bate papo rápido realizado com o ator Nick Adams, figura muito presente na vida de Elvis na época, uma aproximação tão constante que chegou ao ponto de criar boatos de que o cantor tinha uma "amizade colorida" com o colega ator de Hollywood. Foi um dos poucos boatos envolvendo homossexualidade e Elvis que teve alguma repercussão a longo prazo. Bobagens à parte não deixe de ser curioso ouvir sua voz ecoando aqui novamente, dando sua opinião sobre Elvis e o seu futuro no cinema (algo que os anos iriam revelar ter sido mesmo uma má ideia por parte do astro e seu empresário Tom Parker). Por falar nele, só faltou mesmo o Coronel dando entrevistas, mas claro que isso ele não faria de graça para ninguém.

FTD Love Me Tender
CD-1 - Masters and outtakes: Love Me Tender / Let Me / Poor Boy / We're Gonna Move / Love Me Tender (end-title) / The Truth About Me / We're Gonna Move (take 4) / We're Gonna Move (take 9)  / Poor Boy (take 3) / Poor Boy [remake S20] (take 1*) / Poor Boy [S31] (VO 6) / Let Me (VO #3*) / Let Me (VO #4*) / Love Me Tender (stereo) / Let Me (stereo) / Poor Boy (stereo) / We're Gonna Move (stereo) / The Truth About Me Interview. / CD-2: Tupelo, Sept 26 1956 / Heartbreak Hotel / Long Tall Sally / Indroductions / I Was The One / I Want You, I Need You, I love You / Elvis talks / I Got A Woman / Don't Be Cruel / Ready Teddy / Love Me Tender / Hound Dog / Interview -Vernon and Gladys Prelsey / Interview -  Nick Adams / Interview - Judy Hopper / Interview - Elvis / Love Me Tender / I Was The One / I Got A Woman / Announcement / Don't Be Cruel / Blue Suede Shoes / Announcement / Baby Let's Play House / Hound Dog.  / * Faixas inéditas.

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - Letras - Love Me Tender

Love Me Tender (Vera Matson - Elvis Presley) - Love me tender, / love me sweet, / never let me go. / You have made my life complete, / and I love you so / Love me tender, / love me true, / all my dreams fulfilled. / For my darlin' I love you, / and I always will. / Love me tender, / love me long, / take me to your heart. / For it's there that I belong, / and we'll never part. / Love me tender, / love me true, / all my dreams fulfilled. / For my darlin' I love you, / and I always will. / Love me tender, / love me dear, / tell me you are mine. / I'll be yours through all the years, / till the end of time. / Love me tender, / love me true, / all my dreams fulfilled. / For my darlin' I love you, / and I always will. / (Elvis Presley Music, BMI) 2:41 - Data de gravação: 24 de agosto de 1956 - Local: 20th Century Fox Stage 1, Hollywood.

Poor Boy (Vera Matson - Elvis Presley) - They call me poor boy, poor boy, poor boy / But I ain't lonesome and I ain't blue / 'Cause I could never be a poor boy / As long as I’ve got a dolly like you / Ain't got a crust, ain't got a cent / Can't buy a jug, can't pay the rent / I got a heartfull of dreams / And a lot of memories / And that's enough for me / They call me poor boy, poor boy, poor boy / But I ain't lonesome and I ain't blue / 'Cause I could never be a poor boy / As long as I’ve got a dolly like you / Can't buy a house, can't buy a lot / Ain't got a bean, I ain't got a pot / But what I got is a heartfull of / Love and memories / And that's enough for me / They call me poor boy, poor boy, poor boy / But I ain't lonesome and I ain't blue / 'Cause I could never be a poor boy / As long as I’ve got a dolly like you / Don't have a pig, don't have a cow / I don't have a horse to pull a plow / But what I got is a heartfull of / Love and memories / And that's enough for me / They call me poor boy, poor boy, poor boy / But I ain't lonesome and I ain't blue / 'Cause I could never be a poor boy / As long as I’ve got a dolly like / I’ve got a dolly like / I’ve got a dolly like you. (Elvis Presley Music, BMI) 2:13 - Data de gravação: 24 de agosto de 1956 - Local: 20th Century Fox Stage 1, Hollywood.

We're Gonna Move (Vera Matson - Elvis Presley) - Well there's a leak in this old building / Yes, there's a leak in this old building / Well there's a leak in this old building / We're gonna move to a better home / We got no pane in this old window' / We got no pane in this old window' / We got no pane in this old window' / We're gonna move to a better home / Well there's a hole in the roof where the rain pours in / A hole in the floor where it drops right out again / Well there's a leak in this old building / Well there's a leak in this old building / Well there's a leak in this old building / We're gonna move to a better home / Well there's a crack across the ceiling / Yes there's a crack across the ceiling / Well there's a crack across the ceiling / We're gonna find us a better home / We've gotta stove without a chimney / We've gotta stove without a chimney / What good's a stove without a chimney / We're gonna move to a better home / Pulling down window shades is no use at all / The kids and the neighbor can peep right through the wall / Well there's a leak in this old building / Well there's a leak in this old building / Well there's a leak in this old building / Well there's a leak in this old building / Well there's a leak in this old building / We're gonna move to a better, move to a better / Move to a better home / (Elvis Presley Music, BMI) 2:30 - Data de gravação: 24 de agosto de 1956 - Local: 20th Century Fox Stage 1, Hollywood.

Let me (Vera Matson - Elvis Presley) - Whenever I dance with the girl I love / My head goes round and round / When she's close to me / I can't stay on the ground / Whenever I dance with the girl I love / I never have a care / All night I'm so light / I walk right on the air / Oh let me, oh honey let me / Let me do what you know I love to do / Please take another chance and let me / Let me have another dance with you / Whenever I feel those pretty arms / Reaching round about / That feeling goes to my toes / And all the lights go out, go out, go out / Whenever I see those eyes of blue / Smiling up so shy / I'm in such a spin I take right off and fly / So let me, oh honey let me / Let me do what you know I love to do / Please take another chance and let me / Let me have another dance with you / So let me dance in the arms I love / Thrill me through and through / I'm so drunk with love / That all I see is you / I never hear the music play / I never see the crowd / Only you and me / Dancing on a cloud, a cloud, a cloud / Oh let me, oh honey let me / Let me do what you know I love to do / Please take another chance and let me / Let me have, another dance, with you / (Elvis Presley Music, BMI) 2:08 - Data de gravação: 4 de setembro de 1956 - Local: 20th Century Fox Stage 1, Hollywood.

Pablo Aluísio.