Nos anos 90 o chamado Cinema Catástrofe ganhou uma sobrevida. Com a chegada dos efeitos digitais os produtores viram uma boa oportunidade para explorar novamente esse filão dos Disaster Movies que tanto sucesso de bilheteria havia feito nos anos 70. E dentro desse nicho surgiu um tipo de filme que na época virou modinha, mostrando grandes cidades sendo tragadas por enormes vulcões. Basta lembrar de outro filme dessa mesma época, chamado Volcano, para bem lembrar desse período no cinema americano. O Inferno de Dante veio nessa mesma onda, pegando carona no fugaz interesse que o público tinha nesse tipo de produção cinematográfica. Até porque agora a computação gráfica tornava possível qualquer cena imaginada pelos roteiristas e quando mais catastrófica fosse, melhor!
Esse filme tive a oportunidade de ver no cinema. Naqueles tempos os efeitos especiais realmente impressionavam, mas devo avisar que vistos hoje em dia surgem mais do que datados. normal de acontecer com filmes que se sustentam apenas em efeitos especiais. O problema é que desde o seu surgimento os técnicos sabiam que os dois elementos da natureza mais complicados de se reproduzir digitalmente eram justamente o fogo e a água. E aqui temos rios de larvas vulcânicas que hoje em dia não parecem nada convincentes! De qualquer forma, no meio do pânico de um vulcão explodindo, ainda havia um bom elenco, encabeçado pelo "James Bond" Pierce Brosnan. E claro, ele interpreta o herói da história. Não poderia ser mesmo diferente.
O Inferno de Dante (Dante's Peak, Estados Unidos, 1997) Direção: Roger Donaldson / Roteiro: Leslie Bohem / Elenco: Pierce Brosnan, Linda Hamilton, Jamie Renée Smith, Jeremy Foley / Sinopse: Um especialista em vulcões descobre que há um enorme vulcão adormecido nos Estados Unidos que está prestes a entrar em erupção, o que vai colocar em risco a vida de milhões de pessoas.
Pablo Aluísio.