segunda-feira, 9 de outubro de 2023

O Circo

Título no Brasil: O Circo
Título Original: The Circus
Ano de Lançamento: 1928
País: Estados Unidos
Estúdio: Charles Chaplin Productions
Direção: Charles Chaplin 
Roteiro: Charles Chaplin 
Elenco: Charles Chaplin, Al Ernest Garcia, Merna Kennedy, George Davis, Henry Bergman, Tiny Sandford

Sinopse:
O adorável vagabundo Carlitos (Charles Chaplin) é confundido com um criminoso. Para fugir ele acaba entrando em um circo onde passa a trabalhar em diversas funções. Não demora muito e logo chama a atenção se tornando popular como o mais querido palhaço do picadeiro. 

Comentários:
Chaplin teve a inspiração para escrever o roteiro desse filme após levar seus filhos ao circo. Ele sempre dizia que a arte circense era a mais pura e bela das tradições artísticas. Inicialmente Chaplin quis homenagear a figura do palhaço, mas depois chegou na conclusão que um circo trazia inúmeros possibilidades de desenvolver sequências de humor com seu personagem Carlitos. Na vida pessoal Chaplin vinha enfrentando diversos problemas, principalmente no custoso divórcio de Lita Grey. Ela acabou vencendo Chaplin nos tribunais e levou grande parte de sua fortuna.  De qualquer forma, o filme não foi prejudicado no resultado final. Aqui Chaplin buscou apenas divertir seu público, sem o uso de suas mensagens sociais que tanto enriqueceram seus outros clássicos na época. "O Circo" assim é exatamente isso, uma boa comédia, cheia de gags divertidas. Nesse aspecto o filme não decepcionou o público de Charles Chaplin quando chegou aos cinemas. O público queria rir no cinema e Chaplin proporcionou exatamente isso a todos que pagaram um ingresso. 

Pablo Aluísio.

Alexander Nevski

No século XIII, mais precisamente em 1242, a Rússia - que ainda se chamava Replública da Novogardia - é invadida de forma brutal pelos cavaleiros teutônicos. O clássico soviético "Alexander Nevski" do diretor, Serguei Eisenstein, discorre sobre a histórica reação do deprimido príncipe Alexander Nevski que, num misto de bravura e patriotismo, conclama o povo russo às armas para expulsar os invasores germânicos (teutônicos), na batalha que historicamente ficou conhecida como a Batalha do Neva. O longa, não só marca o retorno do diretor russo à realização de filmes após dez anos de inatividade por motivos políticos, como também torna-se o primeiro filme sonoro de Eisenstein. O ano de sua produção em 1938 - ano em que as nuvens negras do nazismo pairavam fortemente sobre a Europa - não foi coincidência. Eisenstein usou o filme de forma proposital como um libelo diante das escaramuças de Hitler.

Alexander Nevski foi o primeiro filme sonoro de Einsestein, que teve a colaboração de ouro do compositor e amigo russo, Sergei Prokofiev, sem dúvida, um fato raro de acontecer naquela época no meio cinematográfico. Prokofiev compôs sua trilha sonora baseada nas esboços e planos de tomadas do diretor, e Einsestein cortou o último movimento da fita para sincronizar movimento e som. Um dos mais notáveis exemplos da criatividade visual de Einsestein é a famosa cena da Batalha no Gelo. Filmado no alto verão russo, a cena foi inteiramente fabricada: filtros de lentes especiais foram usados, além disso, gelo e neve foram criados com vidro derretido, giz e sal. Um clássico em preto e branco histórico e imperdível.

Cavaleiros de Ferro (Aleksandr Nevskiy, Rússia, 1938) Direção: Sergei M. Eisenstein, Dmitriy Vasilev / Roteiro: Sergei M. Eisenstein, Pyotr Pavlenko / Elenco: Nikolay Cherkasov, Nikol Okhlopkov,  Andrei Abrikosov / Sinopse: O filme conta a história de um  herói da história russa, um príncipe que lutou contra invasores de sua nação no século XIII. Um dos filmes mais celebrados da história do cinema russo em todos os tempos. 

Telmo Vilela.

domingo, 8 de outubro de 2023

Brincando de Seduzir

Título no Brasil: Brincando de Seduzir
Título Original: Beautiful Girls
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Ted Demme
Roteiro: Scott Rosenberg
Elenco: Timothy Hutton, Matt Dillon, Natalie Portman, Mira Sorvino, Rosie O'Donnell, Uma Thurman

Sinopse:
O pianista de jazz Willie Conway (Hutton), residente em Nova York, volta para sua pequena cidade natal, Knights Ridge, em Massachusetts, para uma reunião do ensino médio. A viagem serve tanto para ir ao reencontro aos seus parentes como também para rever seus velhos amigos e amores dos tempos de colégio. É também uma oportunidade única de resolver velhos problemas que ficaram no passado. 

Comentários:
Filme muito legal que capta bem aquele período da vida das pessoas quando os seus planos sobre o futuro não estão dando muito certo e eles precisam rever seus velhos conceitos, analisar novamente suas próprias vidas. O protagonista do filme retorna para sua cidade natal depois de alguns anos tentando uma carreira de pianista em Nova Iorque. Ele basicamente vive de se apresentar em bares pela cidade, algo muito longe de seu antigo sonho de ser um pianista clássico se apresentando em prestigiadas casas de concertos. A cruel realidade é que sua vida não deu muito certo. De volta ao antigo lar, ele reencontra os velhos amigos e antigas paixões dos tempos do ensino médio. A maioria dessas pessoas nunca saiu da cidadezinha onde sempre moraram. Então fica a dúvida, ele deve desistir dos seus sonhos de músico para retomar um velho romance ou voltar para Nova Iorque e tentar mais uma vez dar certo como pianista? Filme muito bom, leve, com um elenco ótimo, com todos ainda bem jovens e bonitos, esbanjando carisma em cena. Enfim, um otimo programa para um fim de noite nostálgico dos anos 90. 

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de outubro de 2023

Sleepers: A Vingança Adormecida

Título no Brasil: Sleepers: A Vingança Adormecida 
Título Original: Sleepers
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Polygram Filmed Entertainment
Direção: Barry Levinson
Roteiro: Lorenzo Carcaterra, Barry Levinson
Elenco: Robert De Niro, Kevin Bacon, Brad Pitt, Dustin Hoffman, Minnie Driver, Vittorio Gassman

Sinopse:
Depois de muitos anos, quatro amigos de infância e juventude se reencontram. As lembranças se tornam dolorosas porque eles na época cometeram um crime, foram presos e brutalizados na prisão. Superar tudo no presente será um novo desafio. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música Original (John Williams). 

Comentários:
Em 1996 um jovem astro em ascensão chamado Brad Pitt atuou em um filme com o título de "Sleepers: A Vingança Adormecida", Dirigido pelo cineasta Barry Levinson, o filme contava com um grande elenco, cheio de astros, entre eles Robert De Niro, Kevin Bacon e Dustin Hoffman. No meio de tanta gente famosa, ficou um pouco mesmo complicado se destacar. É um filme bem interessante, mostrando quatro amigos de infância que foram detidos ainda na juventude, por onde sofreram todos os tipos de abusos e agressões. Muitos anos depois se reúnem e decidem se vingar de quem os violentou no passado. O filme não fez tanto sucesso, apesar dos nomes envolvidos, mas é um dos melhores da filmografia do ator, principalmente pelo seu roteiro, muito bem escrito. Além disso foi por demais interessante para Pitt atuar com tantos nomes consagrados de Hollywood ao mesmo tempo. Como ele mesmo disse em entrevista foi um "verdadeiro aprendizado". Provavelmente não fez o sucesso devido por causa do tema pesado. De qualquer forma deixo a dica desse excelente drama dos anos 90. 

Pablo Aluísio.

Basquiat - Traços de Uma Vida

Título no Brasil: Basquiat - Traços de Uma Vida
Título Original: Basquiat
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Julian Schnabel
Roteiro: Lech Majewski, John Bowe
Elenco: Jeffrey Wright, Michael Wincott, Benicio Del Toro

Sinopse:
O filme conta a história real do artista Jean Michel Basquiat, um jovem negro de periferia que lutou bastante para viver apenas de sua arte pelas ruas de Nova Iorque. E na sua luta diária pela sobrevivência, ele também precisou lutar contra o vício em drogas pesadas. 

Comentários:
Nem todos os artistas terão sucesso. Nem todos os que dedicam sua vida à arte irão alcançar o pico da glória, da rqueza e do reconhecimento. Muitos vão ficar pelo meio do caminho, perdidos na pobreza e na miséria, enquanto outros só serão reconhecidos após sua morte. Esse filme retrata a história de um artista de rua de Nova Iorque que precisou vencer muitas barreiras, não apenas as portas fechadas para sua expressão artística, mas também a luta interior contra demônios de sua alma, como a luta contra as drogas que estavam dominando sua mente. Um filme sincero, honesto, tocante e muito bem realizado. Foi bastante elogiado em seu lançamento e ganhou diversos prêmios cinematográficos na época. O retrato de um artista que lutou por sua arte, mesmo contra todas as adversidades. Sua mensagem e seu exemplo de vida seguem tão atuais quanto em seu lançamento original, nos anos 90. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Pink Floyd - More

Pink Floyd - More
Durante um tempo o Pink Floyd ficou meio perdido. Não tinham ainda um disco de sucesso e nem eram muito conhecidos na Inglaterra. Para sobreviver como banda eles decidiram ingressar no mercado de trilhas sonoras. Para isso era preciso ter originalidade, inspiração e talento para músicas instrumentais. E nisso eles eram muito bons. Outro aspecto a se considerar é que naquele momento, logo após a saída de Syd Barrett, eles ainda não tinham decidido quem seria o vocalista principal do grupo. Tampouco sabiam quem iria escrever as letras das músicas. Então era mesmo um momento de indefinição e também de uma certa insegurança sobre os caminhos que o Pink Floyd iria tomar dali em diante. 

A partir desse álbum o Pink Floyd iria chegar de forma definitiva em sua formação clássica básica com David Gilmour, Roger Waters, Nick Mason e Richard Wright. Eles apenas não queriam que o Pink Floyd chegasse a um fim prematuro. Era além de tudo uma questão de pura sobrevivência no mercado. Mal sabiam eles que estavam prestes a criar um novo movimento dentro do grande universo do rock. Eles seriam os pioneiros do que depois seria chamado de Rock Progressivo, dando origem a um estilo musical que seria seguido por dezenas e dezenas de grandes conjuntos da época. Isso realmente aconteceu involuntariamente enquanto eles iniciavam uma nova revolução cultural no mundo da música inglesa. 

Pink Floyd - More (1969)
Cirrus Minor
The Nile Song
Crying Song
Up The Khyber
Green Is The Colour
Cymbaline
Party Sequence
Main Theme
Ibiza Bar
More Blues
Quicksilver
A Spanish Piece
Dramatic Theme

Pablo Aluísio. 

Bob Dylan - The Freewheelin'

Bob Dylan - The Freewheelin' 
Esse é o segundo disco do Bob Dylan. Em minha opinião é o melhor álbum dele em toda a sua carreira. De fato penso que ele nunca mais voltaria a fazer alto tão bom em sua longa discografia. Alguns artistas são assim, acertam logo no começo, já no primeiro ou segundo disco acertam no alvo, determinam o estilo básico que os consagrará no mundo da música, já gravam seus clássicos absolutos, canções pelas quais vão ser lembrados para sempre. É o caso de Bob Dylan nesse LP. Ele acertou logo, em apenas seu segundo álbum. É a sua obra-prima suprema. 

Aliás, concretizando esse ponto de vista, basta apenas pegar o vinil para tocar. Logo na primeira faixa vem o impacto com um das músicas mais conhecidas do Dylan. Estou falando da peça musical Blowin' in the Wind. Aquele tipo de composição que é conhecida até por quem nem curte rock ou sua história. É uma faixa que está no ar, faz parte do inconsciente coletivo da cultura pop. E essa grande abertura é seguida por uma coleção impressionante de grandes momentos do Dylan. O disco mais parece ser uma coletânea. A música Don't Think Twice, It's All Right, que abre o lado B, por exemplo, foi gravada por Elvis Presley uma década depois. Enfim, esse é um dos discos essenciais dos anos 60. Arte pura!

Bob Dylan - The Freewheelin' (1962)
Blowin' in the Wind
Girl from the North Country
Masters of War
Down the Highway
Bob Dylan's Blues
A Hard Rain's a-Gonna Fall
Don't Think Twice, It's All Right
Bob Dylan's Dream
Oxford Town
Talkin' World War III Blues
Corrina, Corrina
Honey, Just Allow Me One More Chance
I Shall Be Free

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Como Se Tornar um Tirano

Título no Brasil: Como Se Tornar um Tirano
Título Original: How to Become a Tyrant
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Jonah Bekhor
Roteiro: Rachel Elder
Elenco: Peter Dinklage (narrador), Adolf Hitler, Benito Mussolini, Saddam Husseim, Muammar Gaddafi, Josef Stalin (em imagens de arquivo). 

Sinopse:
Como se fosse um guia para tiranizar povos, esse documentário mostra os mais infames e sangrentos ditadores e tiranos da história, mostrando em detalhes como chegaram ao poder para escravizar e destruir as nações que governaram com mão de ferro e sangue. Lições de história para se aprender e não se repetir nunca mais!

Comentários:
Pense muito bem antes de sair apoiando pretendentes a ditadores sanguinários. Como nos ensina os capítulos da história, isso nunca acaba bem e na imensa maioria das vezes o que se colhe desse tipo de situação é um banho de sangue jorrando pelas cidades das nações governadas por essa ditaduras. É bem o que vemos aqui nesse documentário que segue basicamente a mesma linha do documentário "Como se Tornar um Líder de Seita" que anteriormente comentei aqui no blog. Em tom de fina ironia o roteiro se mostra como um guia para se tornar um tirano, mas claro que na substância temos aqui um alerta do que pode acontecer. E o mais célebre de todos os tiranos e ditadores da história, Hitler, é o carro abre-alas dessa tragédia histórica. Ele destruiu o Estado Democrático de Direito na Alemanha, a chamada República de Weimar e o povo alemão pagou muito caro por esse apoio com milhões de mortos, além da mais nefasta página da história da humanidade, o holocausto. A grande lição é simples de aprender. Não pense em apoiar qualquer sistema de ditadura pois a próxima vítima certamente será você mesmo e seus familiares! 

Pablo Aluísio.