sexta-feira, 10 de março de 2023

Convite Maldito

Título no Brasil: Convite Maldito
Título Original: The Invitation
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Jessica M. Thompson
Roteiro: Blair Butler
Elenco: Nathalie Emmanuel, Thomas Doherty, Sean Pertwee, Alana Boden, Hugh Skinner, Stephanie Corneliussen

Sinopse:
Uma jovem norte-americana descobre que seus antepassados são ingleses e acaba conhecendo um primo distante que a convida para visitar a velha Inglaterra para conhecer o resto de seus parentes. Só que tudo pode ser uma armadilha ainda mais quando ela descobre que todos eles são na verdade... vampiros! 

Comentários:
Um filme de vampiros para me desagradar tem quer ser muito ruim. Isso porque eu já entro com boa vontade em uma sessão com filmes sobre esse tipo de personagem. Eu gosto dessa mitologia que já está bem consolidado há décadas no cinema e na literatura. Pois bem, eu não gostei desse filme. Tem boa produção, afinal foi produzida pela Sony Pictures, então dinheiro não faltou. Mesmo assim o filme nunca funciona direito. Credito esse problema principalmente ao elenco e ao roteiro muito fraco. Os atores que interpretam os vampiros não possuem charme nenhum e isso em um filme como esse é morte certa. A atriz Nathalie Emmanuel que interpreta a protagonista também é muito chatinha, assim parei de me importar com ela, se iria morrer ou viver na história. Agora imperdoável mesmo é a direção de Jessica M. Thompson que desperdiçou a chance de fazer um bom filme de vampiros na Inglaterra! Como é que conseguiram perder em um jogo ganho como esse? Bram Stoker deve ter se revirado em seu tumulo vitoriano, com certeza...

Pablo Aluísio.

Esquadrão Secreto

Título no Brasil: Esquadrão Secreto
Título Original: Secret Headquarters
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Henry Joost, Ariel Schulman
Roteiro: Christopher L. Yost, Josh Koenigsberg
Elenco: Owen Wilson, Michael Peña, Jesse Williams, Walker Scobell, Keith L. Williams, Abby James Witherspoon

Sinopse:
Um garoto descobre que seu pai, sempre ausente em sua vida nos momentos mais importantes, é na verdade um super-herói que está sempre salvando o mundo da destruição completa. E agora ao lado de seus amigos, ele vai tentar ajudar o seu pai a novamente cumprir sua importante missão de proteger a humanidade. 

Comentários:
Eu sei que esse tipo de filme definitivamente não foi feito para pessoas da minha faixa etária. Esse é uma produção juvenil, feita para a garotada ali na faixa dos 8 aos 14 anos de idade. Eles certamente vão curtir muito mais, podendo até mesmo se identificar com o elenco de crianças e adolescentes do filme. Abby James Witherspoon, uma das meninas, é inclusive a sobrinha da atriz Reese Witherspoon. O problema, ao meu ver, é essa verdadeira praga de super-heroísmo nas telas, o que de certa maneira está matando o cinema atual. Todo filme agora parece ter obrigação de ter algum elemento de quadrinhos, que coisa mais chata essa! E se não tem dinheiro para comprar os direitos de algum personagem das editoras famosas, então que se escreva um roteiro com um super-herói genérico... É justamente isso o que vemos aqui. Tudo muito banal, sem inspiração e sem criatividade. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 9 de março de 2023

A História de James Brown

Título no Brasil: A História de James Brown
Título Original: Get on Up
Ano de Lançamento: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Imagine Entertainment
Direção: Tate Taylor
Roteiro: Jez Butterworth, John-Henry Butterworth
Elenco: Chadwick Boseman, Dan Aykroyd, Viola Davis, Nelsan Ellis, Lennie James, Fred Melamed

Sinopse:
O filme se propõe a contar a história do cantor norte-americano James Brown, desde sua infância muito pobre no sul, onde vinha de um lar completamente caótico, sendo espancado diariamente pelo pai, até o momento em que as coisas começam a dar certo em sua vida e ele se torna um dos artistas negros mais populares da história da música popular dos Estados Unidos. 

Comentários:
Esse filme apresenta um problema recorrente em cinebiografias de músicos famosos. Para ter acesso às músicas originais do artista é necessário contar com a liberação delas. E para isso é necessário também agradar aos donos dos direitos autorais, sejam eles familiares ou grandes corporações. O resultado disso é que o roteiro precisa suavizar na vida do músico retratado, ou trocando em miúdos, o filme precisa ser "chapa branca". Veja o caso de James Brown. O histórico criminal da vida dele foi barra pesada. Ele não brincava em serviço, indo de tiros, ameaças, brigas, exploração de mão obra, até violência doméstica contra suas mulheres, pois ele tinha mesmo o hábito de bater nelas. Vivia sendo processado e preso. Um crápula, sem dúvida! Só que no filme, embora isso seja mostrado de forma muito suavizada, nada disso importa muito. Assim o James Brown desse filme fica longe do James Brown da vida real. De qualquer maneira a música dele está lá e podemos ouvir como era realmente boa! Nesse quesito puramente artístico, não há o que discutir. Seus discos eram realmente ótimos! Já esse filme, porém, apresenta mesmo esse problema de não ser precisamente histórico.

Pablo Aluísio.

A Tumba do Dragão

Título no Brasil: A Tumba do Dragão
Título Original: Legendary
Ano de Lançamento: 2013
País: Reino Unido, China
Estúdio: China Film Group Corporation
Direção: Eric Styles
Roteiro: Andy Briggs
Elenco: Scott Adkins, Dolph Lundgren, Yi Huang, James Lance, Lydia Leonard, Murray Clive Walker

Sinopse:
Um cientista americano se une a um grupo para descobrir uma nova espécie desconhecida da ciência. Relatos em um vilarejo na China dão conta que existe um réptil gigante em uma lagoa da região - e depois de alguns dias eles descobrem que o bicho realmente existe! 

Comentários:
Como um cinéfilo com muitos anos na bagagem, eu certamente sabia que um filme como esse não seria grande coisa, mas pelo menos esperava um trash divertido pela frente. Nem isso. O filme é ruim do começo ao fim. Antes de tudo saiba que não tem dragão nenhum aqui (se ao menos tivesse, o filme seria menos podre). O tal bicho quando surge é uma decepção. Não tem nada de dragão, nem de Komodo, mais se parecendo com uma lagartixa. Alias o filme deveria se chamar "A Tumba da Lagartixa Gigante". O mais ridículo de tudo é saber que o filme foi feito com investimento chinês - poxa, os chineses possuem tradição cinematográfica, não precisavam pagar esse mico! Por fim nem os dois astros de filmes de ação B salvam o barco de afundar. No quesito lutas e ação o filme é totalmente decepcionante. Enfim, lixo puro! 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 8 de março de 2023

O Pior Vizinho do Mundo

Título no Brasil: O Pior Vizinho do Mundo
Título Original: A Man Called Otto
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Playtone
Direção: Marc Forster
Roteiro: Hannes Holm, David Magee
Elenco: Tom Hanks, Mariana Treviño, Truman Hanks, Mack Bayda, Rachel Keller, Cameron Britton

Sinopse:
Otto (Tom Hanks) é um senhor idoso que após a morte da esposa decide que chegou o momento de acabar com sua própria vida, pois entende que já não existe mais sentido em continuar vivendo, ainda mais agora que está aposentado. Só que esse homem cheio de manias acaba sendo salvo desse fim trágico quando novos vizinhos se mudam para uma casa em frente da sua residência. 

Comentários:
Esse filme é na realidade o remake do filme europeu "Um Homem Chamado Ove", que eu inclusive assisti e escrevi resenha aqui no blog. Apesar do tema envolvendo um idoso que está sempre tentando encontrar um meio de se suicidar, não pense que o filme é mórbido ou dramático demais. Pelo contrário, é uma fita leve, que valoriza o lado mais humano dos personagens, sempre valorizando os pequenos prazeres que existem na vida cotidiana. O ator Tom Hanks assistiu ao filme original e gostou tanto que resolveu fazer sua versão nos Estados Unidos. Foi um projeto bem familiar. O filme foi produzido por sua própria companhia cinematográfica, sua esposa Rita Wilson é a produtora executiva e seu filho Truman Hanks interpreta o personagem Otto quando jovem. Gostei do clima de esperança e da boa mensagem dessa história. Já havia gostado do filme europeu e gostei igualmente desse novo filme do Tom Hanks. Boas mensagens como essa devem mesmo ser passadas em frente, quando mais pessoas atingirem, melhor. Sempre existem bons motivos para se continuar vivendo.

Pablo Aluísio.

Muito Além de Rangum

Título no Brasil: Muito Além de Rangum
Título Original: Beyond Rangoon
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock
Direção: John Boorman
Roteiro: Alex Lasker, Bill Rubenstein
Elenco: Patricia Arquette, Frances McDormand, U Aung Ko, Adelle Lutz, Victor Slezak, Spalding Gray

Sinopse:
A norte-americana Laura Bowman (Patricia Arquette) está tentando juntar os cacos de sua vida após o assassinato de seu marido e filho, e sai de férias com sua irmã para a Birmânia. Depois de perder seu passaporte em um comício político, ela fica sozinha por alguns dias, durante os quais se envolve com estudantes que lutam pela democracia. E vai sentir na pele os horrores de uma ditadura militar sanguinária.

Comentários:
Para minha tristeza pessoal vejo hoje em dia no Brasil pessoas pedindo por um regime de ditadura militar, debochando dos direitos humanos. Essas pessoas são totalmente estúpidas e ignorantes e pelo visto não possuem o menor conhecimento histórico do que acontece quando ditaduras militares assumem o poder e passam por cima do Estado democrático de direito. A história desse filme é um bom exemplo disso. Imagine uma norte-americana que sempre viveu na democracia sendo jogada bem no meio de uma ditadura militar linha dura no sudeste asiático. A história que é baseada em fatos reais expressa, de maneira até didática, o que vem a acontecer com ela. Só se sente na pele a importância dos valores democráticos quando eles deixam de existir. Só se entende perfeitamente a importância dos direitos humanos quando do seus direitos são violentamente violados. Essa é a grande lição desse filme. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 7 de março de 2023

As Duas Faces de Zorro

Título no Brasil: As Duas Faces de Zorro
Título Original: Zorro: The Gay Blade
Ano de Lançamento: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Peter Medak
Roteiro: Hal Dresner, Greg Alt
Elenco: George Hamilton, Lauren Hutton, Brenda Vaccaro, Ron Leibman, Donovan Scott, Carolyn Seymour

Sinopse:
No século XIX um jovem nobre chamado Don Diego Vega (George Hamilton) passa a assumir a identidade do Zorro, um espadachim todo vestido de negro, para ajudar e distribuir justiça entre os mais fracos e oprimidos. E assim logo se  torna uma lenda na região da Califórnia onde passa a agir nas noites escuras das vilas locais. 

Comentários:
Mais uma versão para o cinema do personagem Zorro. O diferencial aqui veio do elemento humor. O ator George Hamilton, o eterno galã de bronzeado perfeito, esbanja carisma e bom humor quando interpreta um afetado e afeminado nobre Don Diego. Ele se veste com roupas cor-de-rosa e parece ser mais uma caricatura de um homossexual em piadas de bar. Tudo para disfarçar o fato de que nas madrugadas se torna o corajoso e excelente espadachim Zorro. Afinal quem poderia desconfiar que aquele homossexual seria na realidade o justiceiro mascarado? Hoje em dia, claro, algo assim tão exagerado iria levantar muitas polêmicas e o filme poderia até ser acusado de ser meio homofóbico. Só que obviamente não era essa a intenção dos produtores e dos roteiristas. O filme apenas apela, em algumas situações, para um tipo mais exagerado de humor. Descaracterizou o personagem original? Sim, um pouco, mas entenddo que tudo foi feito tentando tornar o filme mais divertido para o público da época. 

Pablo Aluísio.

Gary Cooper no Velho Oeste - Parte 3

"A Última Prisioneira" (The Last Outlaw, EUA, 1927) é um filme da era do cinema mudo. Cooper poderia ter seguido o caminho de muitos atores de faroeste da época, confinados nesse tipo de produção B, nunca conseguindo atravessar a transição entre o cinema mudo e o cinema falado. Porém ele tinha carisma, era bom ator e tinha uma voz poderosa, que afinal de se encaixou muito bem nos novos filmes que estavam por vir. Ninguém ficou decepcionado ao ouvi-lo pela primeira vez nos cinemas.

Esse western aqui já dava amostras do grande ator. Ele interpreta um jovem xerife chamado Buddy Hale. Ao chegar numa cidadezinha do velho oeste para ocupar seu cargo ele logo descobre que precisará se impor para os moradores que não levam muita fé no novo homem da lei. A oportunidade surge quando uma quadrilha de ladrões de gado começam a roubar nas fazendas da região. Caberá ao novato xerife impor o império da lei naquele deserto. Não será algo fácil de cumprir.

Ainda trabalhando na Paramount Pictures, Gary Cooper rodou logo em seguida um faroeste com toques românticos chamado "O Amor Comanda" (Nevada, EUA, 1927). Se no filme anterior o foco era a ação e as cenas de tiroteios e perseguições, aqui já havia um lado mais sensível e romântico, explorando ainda mais o lado galã do ator. Porém o maior atrativo era o som! Sim, esse foi o primeiro filme falado da carreira de Gary Cooper, algo que surpreendeu e muito suas fãs. Um cronista da antiga Hollywood chegou a escrever que Cooper tinha uma "voz de trovão", mostrando que a receptividade entre a crítica tinha sido a melhor possível.

Nessa produção Cooper interpreta um cowboy chamado Nevada. Ele, como muitos de sua geração, cavalgava pelo oeste selvagem em busca de trabalho. Onde houvesse rebanhos de gado e fazendas, ali ele parava para pedir por emprego. E é justamente quando chega numa cidade que ele se depara com uma covarida. Um grupo de bandoleiros dando uma surra em um jovem rapaz. Imediatamente ele o ajuda, enfrenta de armas em punho os agressores. A partir daí o cowboy Nevada não apenas encontra um trabalho, mas um lugar para impor justiça. Esse roteiro iria dar origem a futuros filmes com Robert Mitchum e Buster Crabbe. As refilmagens porém não seriam tão boas como o filme original, que afinal tinha Gary Cooper no elenco, um ator simplesmente insubstituível. 

Pablo Aluísio.