quarta-feira, 2 de março de 2022

Garotas do Calendário

Título no Brasil: Garotas do Calendário
Título Original: Calendar Girls
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos, Reino Unido
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Nigel Cole
Roteiro: Juliette Towhidi, Tim Firth
Elenco: Helen Mirren, Julie Walters, Penelope Wilton, Linda Bassett, Annette Crosbie, Philip Glenister  

Sinopse:
Um grupo de senhoras inglesas que fazem parte de um clube de caridade decide fazer algo ousado para levantar fundos. Elas decidem posar nuas para um calendário anual. O gesto acaba despertando admiração pela coragem, mas também preconceito por causa da moral dominante.

Comentários:
Esse filme tem uma história que me lembra outro, só que na versão masculina. A sensação que me dá é que houve uma cópia camuflada, embora as histórias tenham base na realidade, em fatos reais. O humor do roteiro tenta tirar proveito do fato de um grupo de senhoras da sociedade decidirem posar nuas em um calendário. Daí eu posso perguntar: E daí? Há algo de errado com fotos de nudez de mulheres comuns? Eu penso que não! Só que também tenho plena consciência que nem todo possuem uma mentalidade liberal sobre o assunto. O preconceito sempre existirá. De qualquer forma fica a recomendação do filme. É bem produzido e tem bom elenco. Méritos cinematográficos não lhe faltam.

Pablo Aluísio.

Entre Tapas e Beijos

Título no Brasil: Entre Tapas e Beijos
Título Original: A Thin Line Between Love and Hate
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Savoy Pictures
Direção: Martin Lawrence
Roteiro: Martin Lawrence
Elenco: Martin Lawrence, Lynn Whitfield, Regina King, Bobby Brown, Della Reese, Malinda Williams

Sinopse:
Um promotor de boate mulherengo e alucinado se dá mal quando despreza uma bela mulher com tendências psicóticas que se torna obsessiva em dar o troco por quebrar seu coração.

Comentários:
A filmografia do Martin Lawrence nunca foi grande coisa. Na realidade a lista apresenta alguns dos filmes mais constrangedores de todos os tempos. Aqui ele decidiu maneirar um pouco no grotesco. Como escreveu o roteiro e assinou a direção ele tentou fazer algo mais romântico e elegante, só que não passou da página 2. O que o filme tem de melhor é um certo humor negro, não levado até as últimas consequências, sobre uma mulher que fica furiosa por ter sido enganada. Ele diz que a ama, mas na realidade só queria levá-la para a cama. Daí já viu... problemas pela frente. Enfim, um filme que passeia ali entre ser um filme romântico, uma comédia de humor negro e até mesmo, quem diria, suspense! Atira para todos os lados. Acerta em algum alvo? Não mesmo!

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de março de 2022

Gavião Arqueiro

Título no Brasil: Gavião Arqueiro
Título Original: Hawkeye
Ano de Produção: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: Rhys Thomas
Roteiro: Erin Cancino, Jonathan Igla
Elenco: Jeremy Renner, Hailee Steinfeld, Vera Farmiga, Tony Dalton, Aleks Paunovic, Piotr Adamczyk

Sinopse:
Clint Barton (Renner), conhecido como Gavião Arqueiro, tenta curtir o natal ao lado de sua família no Natal, mas percebe que precisa interromper tudo para descobrir quem estaria usando o uniforme do Ronin, um personagem que fora incorporado por ele mesmo alguns anos atrás.

Comentários:
Mais uma série da Marvel. Antes de qualquer coisa é importante salientar que o Gavião Arqueiro não é o Arqueiro Verde. São dois personagens bem semelhantes, ambos copiados da lenda de Robin Hood. Só que o primeiro é da Marvel e o segundo da DC Comics. Dito isso devo dizer que não gostei muito dessa série. A questão de ter uma personagem adolescente que também é fera no arco e na flecha, tal como o Gavião, faz com que a série tomasse aquele ar teen, meio chatinho que todos já conhecemos bem. Ela vai virar a mascote do Gavião? Que chato hein! O que sobra de bom é a presença da Vera Farmiga, aqui interpretando a mãe dessa jovem, personagem chamada de Kate. Todo o resto não se salvou do natural desgaste de ter tantas séries e filmes baseados em histórias em quadrinhos. Para falar a verdade esse monte de lançamentos já está até mesmo enchendo a paciência.

Pablo Aluísio.

Na Ponta dos Pés

Título no Brasil: Na Ponta dos Pés
Título Original: Tiptoes
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Langley Productions
Direção: Matthew Bright
Roteiro: Matthew Bright
Elenco: Kate Beckinsale, Matthew McConaughey, Gary Oldman, Patricia Arquette, Peter Dinklage, Debbie Lee Carrington

Sinopse:
Steven (Matthew McConaughey) e Carol (Kate Beckinsale) são namorados, são felizes e pensam em se casar. Só que as coisas começam a ficar mais complicadas quando ela descobre que a família do namorado é formado por anões!

Comentários:
Esse filme supostamente deveria ser algo próximo de uma comédia romântica, mas o tema complica essas pretensões. Isso porque apresenta um tema dos mais delicados. A noiva que descobre que o irmão, os pais e muitos familiares do noivo são anões! E então, sabendo que o nanismo é hereditário, ela levará em frente esse romance? Vai se casar realmente? O roteiro do filme assim fica na corda bamba, no fio da navalha. Quer trazer humor, mas tem que ter cuidado para não cair no grotesco, na ofensa gratuita. Em alguns momentos tenta fazer humor, em outros cai no mais profundo drama. Eu sinceramente fiquei um pouco incomodado em vários momentos. A questão do nanismo é delicada, tem que ser tratada com uma certa seriedade, sensibilidade e consciência social. Por essa razão se a intenção era fazer uma comédia romântica, a coisa toda desandou lá pela segunda metade do filme.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

O Cangaceiro

Título no Brasil: O Cangaceiro
Título Original: O Cangaceiro
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Vera Cruz
Direção: Lima Barreto
Roteiro: Lima Barreto, Rachel de Queiroz
Elenco: Milton Ribeiro, Alberto Ruschel, Marisa Prado, Ricardo Campos, Neusa Veras, Zé do Norte

Sinopse:
No Nordeste brasileiro um bando de cangaceiros aterrorizam as pequenas cidades do interior pobre e miserável daquela região sem lei. Liderados pelo Capitão Galdino (Ribeiro) os cangaceiros raptam uma professora e são caçados por policiais por todo o sertão.

Comentários:
Esse é um dos grandes clássicos do cinema brasileiro, premiado em Cannes e lançado no exterior com grande sucesso da crítica internacional. É um filme produzido nos estúdios da Vera Cruz, uma companhia cinematográfica onde se buscava a qualidade acima de tudo. Os filmes da Vera Cruz eram muito bem produzidos, contando inclusive com equipe contratada no exterior. Realmente foi uma das melhores experiências em se fazer grande cinema no Brasil. O filme mostra bem esse aspecto, com ótima direção de fotografia e elenco inspirado. A história foi levemente baseada em Lampião e seu bando, mas os eventos que se assiste na tela é meramente ficcional. Enfim, excelente filme brasileiro. Marcou época e merece ser sempre revisto.

Pablo Aluísio.

Pixote: A Lei do Mais Fraco

Título no Brasil: Pixote - A Lei do Mais Fraco
Título Original: Pixote - A Lei do Mais Fraco
Ano de Produção: 1980
País: Brasil
Estúdio: Embrafilme
Direção: Hector Babenco
Roteiro: Hector Babenco, Jorge Durán
Elenco: Marília Pêra, Fernando Ramos da Silva, Jardel Filho, Rubens de Falco, Beatriz Segall, Tony Tornado

Sinopse:
O menino Pixote (Fernando Ramos da Silva) vive nas ruas e conhece toda a brutalidade do meio social de uma grande cidade. Depois que consegue fugir da FEBEM ele passa a viver com uma prostituta de bom coração chamada Sueli (Marília Pêra). Roteiro baseado no livro  "Infância dos Mortos" escrito por José Louzeiro.  

Comentários:
Esse filme é um triste retrato social da criança brasileira pobre, abandonada, entregue à própria sorte, marginalizada. O filme quando foi lançado no exterior causou forte impacto na crítica e no público estrangeiro. Os críticos de Nova Iorque, por exemplo, colocaram Pixote na lista dos melhores filmes estrangeiros da década de 1980. Com isso as portas do cinema americano se abriram para Hector Babenco. Além de toda a sua importância como obra cinematográfica o filme também se revelou bem trágico na vida real. O jovem Fernando Ramos da Silva, que interpretou Pixote nas telas, acabou sendo morto por policiais em 1987, revelando uma triste e lamentável semelhança entre a arte e a sua vida real. Enfim, é um retrato realista das misérias humanas que assolam o Brasil.

Pablo Aluísio.

domingo, 27 de fevereiro de 2022

171

Título no Brasil: 171
Título Original: Criminal
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Gregory Jacobs
Roteiro: Fabián Bielinsky
Elenco: John C. Reilly, Diego Luna, Maggie Gyllenhaal, Peter Mullan, Zitto Kazann, Jonathan Tucker

Sinopse:
Dois vigaristas tentam enganar um colecionador de moedas vendendo-lhe uma cópia falsificada de uma nota extremamente rara. Estelionato puro! E agora, o sujeito vai mesmo cair no golpe?

Comentários:
Veja que coisa sem noção. O titulo nacional desse filme norte-americano foi definido como "171". Ora, isso é uma referência ao código penal brasileiro, a um de seus artigos. O que isso tem a ver com uma história passada nos Estados Unidos, com personagens americanos? Nada, absolutamente nada! Esse é o tamanho da estupidez do título que o filme recebeu por aqui. Já em relação ao filme em si, não teria muito a criticar. É uma filme muito bem realizado, retirando o melhor desse subgênero dos filmes policiais. O elenco inclusive é dos melhores. O sempre ótimo e sempre subestimado John C. Reilly está perfeito em seu papel. O mesmo vale para Maggie Gyllenhaal, uma atriz que é puro talento. Enfim, deixo a recomendação. Ignore o estúpido título brasileiro e aprecie o filme pelo que realmente ele vale.

Pablo Aluísio.

A História de Brooke Ellison

Título no Brasil: A História de Brooke Ellison
Título Original: The Brooke Ellison Story
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: A+E Networks
Direção: Christopher Reeve
Roteiro: Camille Thomasson
Elenco: Mary Elizabeth Mastrantonio, John Slattery, Lacey Chabert, Vanessa Marano, Jenson Goins

Sinopse:
O filme conta a história real de uma menina chamada Brooke Ellison. Ela é tetraplégica e luta não apenas para se manter viva, mas também para levar uma vida mais próxima possível do normal com a ajuda de sua mãe dedicada e amorosa.

Comentários:
Esse filme é bem tocante. Não apenas em relação à história que vai sensibilizar muito quem for assistir a essa produção, mas também por trás das câmeras. O filme foi dirigido por Christopher Reeve. Como se sabe o ator ficou tetraplégico após cair de um cavalo. Foi um momento trágico em sua vida. Preso em uma cadeira de rodas decidiu que iria lutar pela causa das pessoas com necessidades especiais. Por essa razão resolveu dirigir esse filme sobre um caso semelhante ao seu. Impossível não ficar comovido com a bela lição de vida que o roteiro passa. Uma dessas histórias edificantes que emocionam e ensinam ao mesmo tempo. Esse filme seria o último a ser dirigido pelo eterno Superman. Infelizmente ele iria falecer no mesmo ano em que essa produção chegou ao público.

Pablo Aluísio.