terça-feira, 21 de novembro de 2017

A Balada de um Pistoleiro

Título no Brasil: A Balada de um Pistoleiro
Título Original: The Ballad of a Gunfighter
Ano de Produção: 1964
País: Estados Unidos
Estúdio: Bill Ward Pictures
Direção: Bill Ward
Roteiro: Bill Ward
Elenco: Marty Robbins, Traveler, Joyce Redd, Nestor Paiva, Michael Davis, Laurette Luez
  
Sinopse:
Após o fim da guerra civil americana, um veterano confederado interpretado por Marty Robbins, resolve esconder o ouro roubado por seu bando em um pequeno e pobre vilarejo no velho oeste. Ele dá a fortuna para que o padre da pequena igreja local o esconda. Isso acaba criando uma grande tensão com o líder da quadrilha que deseja não apenas colocar as mãos no ouro como também na mulher de Robbins. Apenas o duelo de armas fumegantes colocará um fim na acirrada rivalidade.

Comentários:
Produção B que chegou a ser lançada no Brasil nos tempos do VHS. É curioso isso uma vez que o filme nunca foi exatamente popular ou conhecido, sendo de complicado acesso até mesmo entre colecionadores americanos. Isso se deve em parte ao fato de que a produtora original do filme, Bill Ward Pictures, faliu ainda na década de 1960, tendo seu acervo disperso, sendo que muitas dessas produções de faroeste de orçamento limitado simplesmente se perderam. Essa fita aqui sobreviveu. O destaque para o fã de western vem da presença do cowboy cantor Marty Robbins. Ele foi um astro de segundo escalão até bem popular naqueles anos, sempre dando pequenas canjas nos filmes, cantando uma ou outra música e desfilando com seu famoso cavalo branco Traveller (que chegou inclusive a ganhar seu próprio título de quadrinhos!). O filme como um todo é apenas razoável, bem ao estilo matinê. Na verdade era aquele tipo de produção mais modesta que fazia a alegria da garotada nos cinemas durante os fins de semana. Um produto nostálgico que a despeito de seu charme vintage perdeu muito com o passar dos anos. Datado e ultrapassado só valerá mesmo como item de raridade em sua coleção de faroestes. Como produto cinematográfico porém é uma obra menor.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Choque de Ódios

Título no Brasil: Choque de Ódios
Título Original: Wichita
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Allied Artists Pictures
Direção: Jacques Tourneur
Roteiro: Daniel B. Ullman
Elenco: Joel McCrea, Vera Miles, Lloyd Bridges
  
Sinopse:
1874. A cidade de Wichita é um dos lugares mais violentos do velho oeste. Não há lei e nem ordem. O que vale é a força das armas. Nesse ambiente onde tudo parece perdido chega um forasteiro chamado Wyatt Earp (Joel McCrea) que está disposto a aceitar o emprego que ninguém mais quer: o de xerife! Com a estrela de prata no peito e um colt nas mãos ele então parte disposto a limpar a cidade de todos os bandidos e foras da lei que encontrar pela frente. Não será algo fácil, mas Earp está decidido a vencer o desafio.

Comentários:
O lendário xerife Wyatt Earp inspirou muitos filmes de faroeste ao longo dos anos. Sua história, embora muito contestada por historiadores mais recentes, não deixa de dar frutos, mesmo nos dias de hoje. Já nos anos 1950 seu nome era sinônimo de chamariz para boas bilheterias. Aqui o ator Joel McCrea o interpreta. Sempre achei Joel muito adequado para esse personagem, não apenas pelo fato dele ter sido um ótimo astro de faroeste na era de ouro, como também pelo fato de ser ele mesmo muito parecido fisicamente com o verdadeiro Earp. Curiosamente essa lenda criada em torno do nome do velho homem da lei se deve muito a ele mesmo. No final da vida Earp foi até Hollywood servir como consultor para alguns filmes, ainda na época do cinema mudo. Lá teve contato com roteiristas e produtores que resolveram transformar sua própria história em material para vários filmes. Nessa versão, que é um tanto convencional para o cinema dos anos 50, o que mais chama a atenção é o elenco, realmente muito bom. Além de McCrea temos ainda a bela Vera Miles e a competência do veterano Lloyd Bridges. Assim embora o filme seja na média não deixa de se tornar uma ótima diversão nostálgica.

Pablo Aluísio.

Armando o Laço

Título no Brasil: Armando o Laço
Título Original: West of the Divide
Ano de Produção: 1934
País: Estados Unidos
Estúdio: Paul Malvern Productions
Direção: Robert N. Bradbury
Roteiro: Robert N. Bradbury
Elenco: John Wayne, Virginia Brown Faire, George 'Gabby' Hayes
  
Sinopse:
Dois cowboys, Ted Hayden (John Wayne) e seu amigo Dusty Rhodes (George 'Gabby' Hayes), se deparam com um fora da lei à beira da morte durante uma viagem pelo deserto do Arizona. O sujeito chamado Gatt Ganns esteve envolvido na morte e desaparecimento de um rico fazendeiro da região. Ao que tudo indica o próprio irmão da vítima era o autor do crime. Ted então resolve assumir a identidade do pistoleiro Ganns, para assim reunir mais provas contra as pessoas envolvidas no crime.

Comentários:
Muitos conhecem os filmes de John Wayne a partir dos anos 1950 ou então de uma fase mais avançada, já na década de 1970 quando realizou seus últimos filmes (Wayne faleceu em 1979). Assim a grande maioria de sua filmografia segue sendo ignorada por grande parte dos cinéfilos. O fato é que Wayne estrelou dezenas de filmes na década de 1930. Essas películas mais antigas podem ser encaradas como versões em faroeste dos filmes de matinê que eram bem populares naqueles tempos distantes. Em certo aspecto John Wayne ainda não havia encontrado seu estilo. Grandalhão, ele procurava seguir os passos de Tom Mix, inclusive usando seu figurino em cena. Grandes chapéus e armas absurdamente chamativas (cheias de detalhes dourados em seus canos, tal como era moda country daquele período). O filme tem roteiro básico, tudo muito simples, mas que certamente soava muito divertido para a garotada (que formava a massa do público para esse tipo de fita de bang bang). Com apenas 54 minutos o filme, apesar de extremamente curto, chegou a incomodar em seu lançamento pois para alguns setores era violento demais para os garotos que pegavam alguns centavos de dólar por uma entrada. Sinal de tempos mais inocentes e ingênuos, certamente.

Pablo Aluísio.

domingo, 19 de novembro de 2017

Hondo - Caminhos Ásperos

Hondo Lane (John Wayne) é um pistoleiro que atravessa o deserto sozinho ao lado de seu cão Sam durante as chamadas guerras Apaches. No caminho acaba encontrando um pequeno rancho onde vivem Angie (Geraldine Page) e seu pequeno filho. Estão sozinhos pois seu marido saiu atrás de parte de seu rebanho, mas jamais retornou. O problema é que em breve os Apaches chegarão no local e Hondo não consegue convencer a jovem senhora a abandonar o local onde vive. Esse "Hondo - Caminhos Ásperos" me surpreendeu por alguns motivos. O primeiro é o próprio personagem interpretado por John Wayne. Um pistoleiro de passado nebuloso. Sua caracterização de viajante no meio do nada ao lado de seu cachorro seria imitada anos depois em filmes tão diferentes como "Mad Max" (Há uma clara citação do diretor George Miller sobre isso) e até mesmo por Clint Eastwood em "O Estranho Sem Nome" (solidificando ainda mais a figura do pistoleiro solitário sem passado e nem identidade). Perceba que o roteiro não se preocupa em desvendar o passado de Hondo. Ele é sempre uma figura que parece guardar algum tipo de mistério sobre si mesmo, algo que ele não quer ou não pode revelar. Outro aspecto curioso na produção é a forma como Wayne lida com um papel de mestiço, algo que acontecia pela primeira vez em sua carreira. Hondo Lane é metade apache e metade branco. Por uma ironia do destino acaba se vendo envolvido em um conflito que mal consegue entender, envolvendo homens brancos e indígenas.

No final do filme, ao saber que provavelmente os apaches serão todos liquidados pela cavalaria americana, ele diz uma frase que resume seu estado de espírito: "Isso não será apenas o fim dos apaches, mas sim o fim de um modo de viver.... e um bom modo de se viver, é bom salientar". Quem diria que o conservador Wayne iria abrir espaço para um diálogo tão socialmente consciente e politicamente correto como esse? Deixando de lado todos esses aspectos sociais, é bom deixar claro que como puro cinema de entretenimento o filme funciona muito bem. Cinematograficamente falando o western é muito bom. Seu elenco, em especial, chama a atenção. Além de John Wayne - sempre uma presença carismática, aqui valorizado pelo bom personagem - ainda temos a grande atriz Geraldine Page dividindo a tela com ele. Considerada uma das grandes atrizes do cinema americano, nesse faroeste ela interpreta uma jovem rancheira que se recusa a abandonar seu lar frente à ameaça apache que ameaça vir das montanhas rochosas. Suas cenas com o Duke são muito boas e bem escritas, o que garantem a qualidade do filme também nos quesitos atuação e diálogo. John Wayne e Geraldine Page ficam praticamente sozinhos no rancho no terço inicial de "Hondo" e se não se entrosassem bem em cena certamente o roteiro perderia parte importante de seu impacto. Felizmente isso não ocorre. Ambos estão perfeitos em seus respectivos personagens. Em suma "Hondo" é um western de primeira, com belas atuações e cenários naturais grandiosos. Item para se ter em sua coleção.

Hondo - Caminhos Ásperos (Hondo, Estados Unidos, 1953) Direção: John Farrow / Roteiro: James Edward Grant, Louis L'Amour / Estúdio: Warner Bros / Elenco: John Wayne, Geraldine Page, Ward Bond / Sinopse: Durante as guerras índigenas um cowboy chamado Hondo Lane (John Wayne) chega até um rancho isolado, situado numa região distante e inabitada. O lugar está bem no meio do território onde índios e o exército americano lutam. Mesmo com o perigo rondando ela se recusa a ir embora, deixando tudo o que tem para trás. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Geraldine Page) e Melhor Roteiro Adaptado (baseado no conto "The Gift of Cochise").

Pablo Aluísio.

A Marca do Renegado

Título no Brasil: A Marca do Renegado
Título Original: The Mark of the Renegade
Ano de Produção: 1951
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Hugo Fregonese
Roteiro: Johnston McCulley, Robert Hardy Andrews
Elenco: Ricardo Montalban, Cyd Charisse, J. Carrol Naish

Sinopse:
Mesmo tendo nascido em origem nobre, Marcos Zappa (Ricardo Montalban) decide zarpar em um navio pirata do século XIX em busca de aventuras. Depois de cruzar os sete mares ele desembarca na costa da Califórnia, naquela época ainda sob domínio do império mexicano. Lá acaba sendo designado por um político influente para conhecer e conquistar o coração da filha de seu inimigo. O objetivo é desmoralizar a dinastia familiar de seu oponente. Zappa porém tem outros planos para esse relacionamento.

Comentários:
Pequeno filme de curta duração (pouco mais de 70 minutos de metragem) que mescla filmes de aventuras ao estilo "piratas dos sete mares" com western. O personagem de Ricardo Montalban vai parar na Califórnia dos tempos pioneiros, onde acaba enrolado numa série de intrigas políticas. O filme me deixou a impressão de tentar seguir os passos de outro grande sucesso da época, "A Marca do Zorro". A ambientação é praticamente a mesma, o personagem principal é um exímio espadachim, dado a aventuras e galanteios com as moças da região. E ele também tem sua marca, a letra "R" de renegado que foi colocada em sua testa. Falastrão e fanfarrão, é de fato uma adaptação, algumas vezes pouco sutil, do famoso personagem Zorro. Fica também claro o tempo todo que a Universal estava empenhada em transformar seu jovem ator, Ricardo Montalban, em um astro. Embora interprete o personagem de um pirata, ele logo demonstra suas origens nobres ao pedir pratos requintados e vinhos de qualidade nas tavernas por onde passa. Seu figurino também chama a atenção, bem vistoso e chamativo. Assim grande parte da película é investida no visual do sujeito, quase sempre sem camisa e mostrando uma ótima forma física. O filme não se destaca cinematograficamente em nada, a não ser se encarado como uma aventura escapista, com toques de western. Uma produção B, tipicamente de matinês.

Pablo Aluísio.

sábado, 18 de novembro de 2017

A Volta dos Homens Maus

Título no Brasil: A Volta dos Homens Maus
Título Original: Return of the Bad Men
Ano de Produção: 1948
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: Ray Enright
Roteiro: Charles O'Neal, Jack Natteford
Elenco: Randolph Scott, Robert Ryan, George 'Gabby' Hayes, Anne Jeffreys
  
Sinopse:
Uma quadrilha formada por alguns dos mais infames pistoleiros do velho oeste como Billy The Kid, Sundance Kid, os irmãos Youngers e os irmãos Daltons se unem para promover uma série de ações criminosas em pequenas cidades do território de Oklahoma. Uma jovem chamada Cheyenne (Anne Jeffreys) resolve também se unir ao bando, mas durante um assalto a banco acaba sendo atingida por um tiro certeiro em seu ombro. Após cavalgar por várias horas ela acaba indo parar na fazenda do rancheiro aposentado Vance (Randolph Scott) que resolve lhe ajudar. Como é uma garota muito jovem ainda, Vance entende que ela deve largar o mundo do crime, para dar um novo rumo em sua vida.

Comentários:
Mais um bom filme da carreira de Randolph Scott. Inicialmente o fã de western pode vir a pensar que se trataria de uma espécie de sequência de "A Terra dos Homens Maus" de 1946, também estrelado por Randolph Scott. É uma visão equivocada. São dois filmes diversos, com personagens diferentes. O único elo de ligação vem dos roteiros que se aproveitam de bandidos famosos do velho oeste para contar suas estórias. No filme anterior, por exemplo, havia o bando de Jesse James. Já aqui os roteiristas trouxeram outros nomes conhecidos como Billy The Kid (pouco aproveitado) e Sundance Kid (como um pistoleiro com ares de psicopatia). Uma das coisas que mais gostei desse filme foi seu roteiro, muito bem desenvolvido, com ênfase em todos os personagens. O Vance de Randolph Scott, por exemplo, acaba tendo dois interesses românticos na estória. Ora ele se interessa pela jovem cowgirl Cheyenne, ora pretende se casar com a bela e recatada Madge Allen (Jacqueline White). 

A melhor parte acontece quando resolve aceitar o convite para se tornar xerife em uma cidade recém inaugurada, durante a corrida da colonização no Oklahoma. Naqueles tempos as terras do oeste eram doadas pelo governo a quem chegasse primeiro (um fato histórico que foi bem aproveitado em muitos filmes de faroeste ao longo dos anos). Como dono da estrela de prata ele precisa limpar a região dos foras-da-lei e bandoleiros em geral. Uma coisa nada fácil de se conseguir. Agora em termos de elenco quem se destaca mesmo é o veterano George 'Gabby' Hayes. Com seu jeito bem peculiar, servindo como alívio cômico, ele acaba roubando a cena como um dono de banco que acaba se tornando alvo do bando de criminosos. Suas cenas são bem divertidas e Gabby acaba mesmo chamando todas as atenções para si. Por fim, para completar o pacote, a cena final acontece numa cidade fantasma, que na verdade serve de esconderijo para o bando de criminosos. Em suma, não falta mesmo nada nesse bem tradicional western americano da década de 40. Miais um belo momento da filmografia do grande Randolph Scott.

Pablo Aluísio.

Um Dólar para Matar

Título no Brasil: Um Dólar para Matar
Título Original: Bandidos
Ano de Produção: 1967
País: Itália, Espanha
Estúdio: EPIC, Hesperia Films S.A.
Direção: Massimo Dallamano
Roteiro: Romano Migliorini, Gianbattista Mussetto
Elenco: Enrico Maria Salerno, Terry Jenkins, María Martín
  
Sinopse:
O fora da lei Billy Kane (Venantini) lidera uma quadrilha de bandidos que resolve assaltar um trem em movimento. O saldo é trágico, um verdadeiro massacre. Kane não quer deixar testemunhas e por essa razão manda matar todos os passageiros e tripulantes. Excessivamente cruel, ele não quer deixar ninguém vivo que o possa prejudicar. Porém uma pessoa sobrevive, Richard Martin (Enrico Maria Salerno) que está disposto a acertar contas com Kane e seu bando. 

Comentários:
Mais um western spaguetti produzido no auge do estilo. O diretor Massimo Dallamano assinou como Max Dillman, para dar a falsa impressão de que era um cineasta americano. Uma bobagem, pois os produtores pensavam que assim haveria maior retorno comercial do filme. O fato que importa é que Massimo Dallamano demonstrou muito bem saber o que fazer com sua câmera. Ele criou ótimas sequências de tiroteios onde valorizou bastante o clima de tensão com pistoleiros se escondendo entre as ruelas empoeiradas de uma cidade do velho oeste. O roteiro investe na fórmula da vingança sem limites. Esse tipo de roteiro era bem comum no cinema italiano, pois se mostrava infalível para os admiradores desse tipo de produção. O elenco não traz nenhum astro mais conhecido. O ator Enrico Maria Salerno não era muito conhecido. A boa notícia era que ele foi muito bem dirigido por Dallamano que soube extrair o seu melhor em cena. A trilha sonora não é o que poderíamos dizer como marcante, mas é eficiente. Talvez o excesso de repetições prejudique um pouco, mas temos que dar um desconto pois era algo bem presente em vários filmes spaghetti. Assim deixamos a dica para os que gostam de um bom filme italiano de faroeste, com muitos duelos e violência estilizada. Certamente esses não vão se decepcionar.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Trinity... Os Sete Magníficos

Título no Brasil: Trinity... Os Sete Magníficos
Título Original: Una Ragione Per Vivere e Una Per Morire
Ano de Produção: 1972
País: Itália, Espanha, França
Estúdio: Atlántida Films, Europrodis
Direção: Tonino Valerii
Roteiro: Rafael Azcona, Ernesto Gastaldi
Elenco: James Coburn, Telly Savalas, Bud Spencer, Georges Géret
  
Sinopse:
Um ex-militar, veterano de guerra, resolve reunir novamente os homens que faziam parte de seu batalhão, para que juntos participem de um ousado roubo de ouro confederado. A fortuna está em um forte militar chamado Holmes. O lugar é muito seguro, o que torna qualquer tipo de tentativa de roubá-lo duplamente perigoso. Nada porém que impeça que todos aqueles ex-soldados tentem a sorte grande, afinal de contas se conseguirem êxito em seus planos criminosos ficarão ricos pelo resto de suas vidas. 

Comentários:
Veja como são as coisas. Esse western Spaghetti foi lançado nos cinemas com esse título "Trinity... Os Sete Magníficos" que é completamente equivocado. Tudo não passaria de uma manobra comercial para atrair o público brasileiro. O fato é que não se trata de um filme com Trinity. Não há o menor sinal da figura de Terence Hill em toda a fita. A única ligação é a presença de seu parceiro Bud Spencer no elenco e nada mais. Assim quando o filme foi relançado no mercado brasileiro de vídeo, já no final dos anos 80 (bem no auge da febre das locadoras VHS), a distribuidora Canal 3 resolveu dar outro título comercial, "O Massacre no Forte Holm", que embora não tenha sido o melhor era bem mais coerente. A primeira coisa que realmente se destaca nesse faroeste é o elenco. Incrível como atores americanos de sucesso como James Coburn e Telly Savalas resolveram aceitar propostas para trabalharem no cinema italiano. Era uma prova da força que aquela indústria tinha na época. Aliás a palavra certa era justamente essa. Os produtores italianos criaram uma verdadeira indústria, com a produção e lançamento de filmes em série, tal como se fazia nos Estados Unidos. Com o pagamento de cachês atraentes não foi de se admirar que profissionais americanos tenham cruzado o Atlântico em busca de trabalho. Além disso como os filmes de faroeste andavam em baixa na América, nada mais natural do a mudança para o velho continente (até Henry Fonda pegou o avião rumo a Roma!). O resultado é inegavelmente muito bom. Não há nenhuma pretensão em ser uma obra de arte ou qualquer coisa parecida. A intenção é realmente a diversão e nesse ponto não há nada do que reclamar. Os fãs de Spaguetti consideram esse filme uma verdadeira obra prima dos anos 70. Quem ousaria discordar de suas opiniões?

Pablo Aluísio.