quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Godzilla (2014)

Título no Brasil: Godzilla
Título Original: Godzilla
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, Japão
Estúdio: Warner Bros., Legendary Pictures
Direção: Gareth Edwards
Roteiro: Max Borenstein, Dave Callaham
Elenco: Aaron Taylor-Johnson, Elizabeth Olsen, Bryan Cranston, Ken Watanabe

Sinopse:
Após o colapso em uma usina nuclear no Japão um estranho monstro voador, de proporções gigantescas, se utiliza da radiação para se alimentar e se proliferar. Para destruir a ameaça a própria mãe natureza envia outro monstro vindo diretamente das profundezas do oceano, Godzilla, que tentará aniquilar com o estranho ser que mais parece um inseto colossal. Adaptação moderna do famoso personagem japonês, Godzilla.

Comentários:
O monstro Godzilla nasceu dentro da paranoia que havia sido criada durante a Guerra Fria. As pessoas em geral tinham receio de tudo acabar da noite para o dia em uma terrível guerra nuclear. Assim o termo nuclear foi ganhando aspectos monstruosos dentro do inconsciente coletivo do homem comum. Não é de se admirar que o cinema tenha se aproveitado desse medo irracional. Assim surgiu esse personagem, uma besta fruto da energia nuclear, com aparência de dinossauro mas centenas de vezes maior do que os verdadeiros répteis que andaram sobre a Terra no período pré-histórico. O roteiro desse novo filme procura de certa forma resgatar todos os elementos que deram origem ao personagem. Assim está lá a usina nuclear e todo o perigo proveniente de sua existência, a situação fora de controle que gera entidades monstruosas e o surgimento do próprio Godzilla como uma resposta da mãe natureza contra os erros da humanidade. O espírito do enredo também procura criar um laço direto com os filmes japoneses, onde um homem vestido com macacão de borracha destruía cidades feitas de papelão. De certa forma, por esses e outros motivos, achei essa nova produção bem mais interessante do que aquele filme com Mathew Broderick lançado alguns anos atrás. Não é um filme isento de críticas, tampouco é uma maravilha, porém por ter tantos elementos referenciais ao surgimento do monstro temos que ao menos reconhecer que se trata de uma produção interessante e curiosa. Como o final deixou a possibilidade em aberto vamos torcer para que haja continuações e que elas sejam bem melhores, corrigindo os defeitos eventuais que esse filme trouxe.

Pablo Aluísio.

O Massacre da Serra Elétrica 2

Título no Brasil: O Massacre da Serra Elétrica 2
Título Original: The Texas Chainsaw Massacre 2
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Films
Direção: Tobe Hooper
Roteiro: L.M. Kit Carson, Tobe Hooper
Elenco: Dennis Hopper, Caroline Williams, Jim Siedow
 
Sinopse:
Durante uma transmissão de rádio da programação local um DJ fica chocado ao receber o telefonema de dois marginais que lhe passam uma gravação do que parece ser a morte de duas crianças pelo psicopata Leatherface, o infame serial killer que matava suas vítimas com uma serra elétrica. O xerife local então decide começar sua investigação para colocar as mãos nos autores da gravação, algo que lhe revelará um mundo doentio e perturbador nos cafundós do Texas. Filme indicado ao prêmio Fantasporto na categoria de Melhor Filme de terror.

Comentários:
No auge do sucesso da Cannon, produtora bem conhecida nos anos 80 por causa de seus filmes de ação com Chuck Norris. a empresa resolveu apostar também no terror, ressuscitando antigas franquias. Foi o que aconteceu com "The Texas Chainsaw Massacre". O primeiro filme havia virado um cult movie nas locadoras, então os produtores entenderam que era uma boa oportunidade de reviver o antigo clima de sangue e tripas nas telas. Pessoalmente não gosto muito dessa continuação porque ela foi afetada por uma modinha da época em se misturar terror com comédia. "A Hora do Espanto" se tornou um grande sucesso de bilheteria e sua fórmula acabou sendo copiada à exaustão, nem sempre com resultado positivos. A piada já começa no poster, onde os personagens sanguinários do filme posam tal como os adolescentes do sucesso de John Hughes, "O Clube dos Cinco". O resto vai pela mesma linha engraçadinha, o que nem sempre dá certo. Dennis Hopper também acaba virando uma caricatura de si mesmo nessa produção. Ator símbolo da contra cultura dos anos 60 ele acabou embarcando no filme sem muita razão de ser, talvez apenas para emprestar seu nome conhecido (o único do elenco) para ajudar na promoção do filme. Há certamente boas cenas de terror, mas no geral não consigo mesmo gostar muito, nem mesmo em revisões mais atuais. O humor aqui estragou parte do potencial da fita. Uma bola fora na filmografia do (quase) sempre correto Tobe Hooper.

Pablo Aluísio.

A Casa do Espanto

Título no Brasil: A Casa do Espanto
Título Original: House
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: New World Pictures
Direção: Steve Miner
Roteiro: Fred Dekker, Ethan Wiley
Elenco: William Katt, Kay Lenz, George Wendt
 
Sinopse:
Roger Cobb (William Katt) é um veterano da Guerra do Vietnã que sonha um dia se tornar um autor de livros de terror de sucesso. Para seu azar ele precisa interromper os seus sonhos para descobrir o paradeiro de seu filho Jimmy, que simplesmente desapareceu misteriosamente enquanto visitava a sombria casa de sua tia. Quando essa morrer Roger decide desvendar esse mistério, o que abrirá literalmente uma porta para o inferno. Filme indicado aos prêmios da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Richard Moll) e Melhor Atriz Codjuvante (Kay Lenz). Filme vencedor do Avoriaz Fantastic Film Festival.

Comentários:
Quem viveu os anos 80 e o auge das locadoras de vídeo certamente se lembrará desse "House". Como na época o filme de terror de maior sucesso era o clássico "A Hora do Espanto" a distribuidora nacional tentando tirar uma casquinha logo denominou a fita de "A Casa do Espanto". O filme não fez muito barulho nas bilheterias de cinema, mas quando chegou nas locadoras de vídeo VHS se tornou um hit e tanto, impulsionado pelas propagandas do SBT Vídeo que lançou a fita em nosso país. De certo modo até seguia os passos do famoso "Fright Night", misturando cenas de horror com muita comédia e bom humor. O diferencial era que não havia todo o orçamento do outro filme. Por outro lado investia em muitas cenas bem realizadas, com maquiagem de primeira linha. O diretor Steve Miner vinha de duas sequências da franquia "Sexta-Feira 13" e sabia muito bem das regras para atrair o público adolescente. Além disso contava com o bem sacado roteiro escrito por Fred Dekker, outro ícone dos filmes de terror dos anos 80. Ele havia dirigido o divertido "A Noite dos Arrepios" e no futuro escreveria os roteiros de "Contos da Cripta", "RoboCop 3" e da própria continuação dessa produção, "House 2" em 1987. Assim deixo essa dica preciosa para os saudosistas daqueles tempos.

Pablo Aluísio.

Scanners - Sua Mente Pode Destruir

Scanners são seres humanos mutantes que possuem um poder fora do comum: eles consegue controlar a mente das demais pessoas, mostrando grande poder psíquico, conseguindo inclusive infligir dores e danos enormes em suas vítimas. Diante de tão grave ameaça para a humanidade um cientista decide estudar o caso, levando um scanner a mudar de lado, dando início a uma verdadeira guerra entre esses estranhos seres mutantes. Para quem foi jovem nos anos 80 o barato desse filme era ver as cabeças explodindo em câmera lenta! Parece bobo, mas a verdade é que esse clássico do terror assinado por David Cronenberg (em comecinho de carreira) se vendia assim mesmo nas locadoras: aquele filme onde as cabeças explodem! De certa maneira já tínhamos aqui uma amostra da mente sinistra de Cronenberg, um sujeito que mais parecia um nerd, um rato de bibliotecas, com óculos fundo de garrafa e jeito inofensivo.

Mal sabiam os estúdios que ele se tornaria um dos mais importantes nomes do gênero Sci-fi / Terror naquela década. O roteiro mais parecia uma adaptação de quadrinhos, fruto do fato de Cronenberg ter sido um viciado nesse tipo de publicação, que era tão popular em sua país natal. Com pouco dinheiro, mas muita imaginação, ele conseguiu rodar esse filme no Canadá e a fita acabou sendo considerada tão insana e fora dos padrões que chegou logo ao mercado americano onde virou uma espécie de cult nas locadoras de vídeo VHS - naquele momento se tornando bastante populares em todo o mundo. Revisto hoje em dia tudo, claro, vai soar muito datado. Os efeitos e a maquiagem já não convencem ninguém (fica claro que é uma cabeça de boneco que voa pelos ares) mas mesmo assim ainda consegue se manter interessante por causa do roteiro, esse realmente fora do normal, algo realmente original!

Scanners - Sua Mente Pode Destruir (Scanners, Canadá, 1981) Direção: David Cronenberg / Roteiro: David Cronenberg / Elenco: Jennifer O'Neill, Stephen Lack, Patrick McGoohan / Sinopse: Uma nova raça de mutantes chamada Scanner desenvolve um grande poder de controle da mente humana. São 4 bilhões de seres humanos, 237 deles são scanners! Eles possuem o mais terrível poder jamais criado e estão vencendo essa batalha evolutiva! Um cientista resolve estudar esse novo tipo de ser e acaba criando uma verdadeira guerra entre esse novo tipo de ser humano fora do normal. Filme produzido pelo Canadian Film Development Corporation (CFDC). Vencedor do Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Maquiagem e Melhores Efeitos Especiais.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

007 Contra o Foguete da Morte

Depois do enorme sucesso de "Star Wars" lançado em 1977 todos os produtores correram atrás para explorar a nova moda de filmes de ficção, até mesmo os da franquia James Bond. O resultado é esse fraquíssimo "007 Contra o Foguete da Morte", considerado até hoje um dos piores filmes da série. Imagine colocar Bond em ambientes espaciais, em efeitos especiais completamente datados (que, apesar de serem bem ruins, chegaram a concorrer ao Oscar em Melhores Efeitos Especiais) e você entenderá do que se trata. Curiosamente parte do filme se passa em um Rio de Janeiro bem falso, com direito a uma feroz luta entre Bond e o vilão Jaws nos bondinhos do Corcovado. Mais nonsense impossível...

O filme foi dirigido pelo cineasta Lewis Gilbert que já havia trabalhado antes em "Com 007 Só Se Vive Duas Vezes" (ainda com Sean Connery) e "007 - O Espião Que Me Amava" (já com Moore). Esses foram dois bons filmes da franquia, o que me deixa ainda mais surpreso por ele ter cometido tantos erros nesse terceiro filme. O resultado foi considerado tão ruim que Gilbert foi afastado da série pela MGM. Quase Roger Moore também foi desligado da série, mas acabou sobrevivendo ao desastre, muito por causa da simples falta de opção de outros nomes adequados para estrelar a série. Assim não há outra conclusão a se chegar, nessa mistura de ficção B com James Bond realmente não deu nada certo - e acabou se tornando um dos mais constrangedores de toda a franquia. Bola fora espacial.

007 Contra o Foguete da Morte (Moonraker, Estados Unidos, Inglaterra, 1979) Direção: Lewis Gilbert / Roteiro: Christopher Wood / Elenco: Roger Moore, Lois Chiles, Michael Lonsdale / Sinopse: Com o mundo em perigo o agente James Bond (Roger Moore) é designado para descobrir uma extensa rede de uso de armas espaciais. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais.

Pablo Aluísio.

Carol

Ao ir até uma loja de departamentos para comprar uma boneca para sua filha, a bela e elegante Carol (Cate Blanchett) acaba se encantando com a vendedora de brinquedos Therese Belivet (Rooney Mara). Quando vai embora deixa suas luvas sob o balcão. No dia seguinte Therese as envia para Carol que lhe retorna agradecendo por telefone. Aos poucos o que parecia ser apenas um flerte casual ganha contornos mais sérios quando Carol convida Therese para almoçar fora. Elas estão inegavelmente atraídas uma pela outra, mas há vários problemas nesse relacionamento, entre eles o fato de Carol ser casada e estar enfrentando uma série crise em seu casamento, o que ocasionará um divórcio complicado e doloroso com seu marido. Em disputa, a guarda de pequenina filha de Carol. Oscar Wilde costumava dizer que o amor homossexual era o amor que não ousava dizer seu nome. Pensei exatamente nessa frase durante o transcorrer de todo o filme. As duas protagonistas parecem saber desde o começo que há algo maior e mais profundo entre elas, mas nenhuma parece disposta a cruzar a linha que as mantém separadas. Em determinado momento, ao telefone, Carol (Blanchett) implora para que Belivet (Mara) diga o que está pensando ou sentindo, mas ela recua. Realmente é um tipo de amor que não pode muitas vezes se revelar, dizer o seu nome. 

"Carol" é um filme de momentos. Se você prestar bem a atenção perceberá que o roteiro nem está muito preocupado em contar uma história linear, mas sim em captar o sentimento envolvido no encontro dessas duas pessoas apaixonadas que, por acaso, são duas mulheres. Esse aspecto aliás é certamente um dos grandes méritos desse texto. Ele não se torna chato ou cansativo justamente por não levantar bandeiras, por não se transformar em algo planfletário da causa gay ou qualquer outra  coisa parecida. Na realidade o mais importante é mostrar como elas se conhecem, como surge desde o começo um lapso de atração, logo no primeiro olhar, e como aos poucos vão se aproximando. Tudo é muito sutil, elegante e com classe. Por isso não existe espaço para o vulgar e nem para o grotesco. Há detalhes que fazem toda a diferença. Só para citar um, aquele momento em que as mãos finalmente se encontram sobre a mesa de um restaurante. Não é necessário palavras, apenas olhares. Toda a sutileza do roteiro se revela ali. Por essa razão também nem é tão significativo que estejamos na presença de um casal de lésbicas, afinal de contas as mesmas cenas que vamos acompanhando poderiam também se referir a um casal hétero, sem problemas. Sentimentos são sentimentos. Como eu disse, o grande valor de "Carol" vem de sua profundidade emocional, de seu jogo de pequenos momentos que vão formando algo maior. Nesse aspecto realmente não há como negar que se trata de um belo filme, feito de, como frisei, pequenos detalhes que vão revelando o despertar da paixão entre as protagonistas. Deixe-se levar e entenda que o amor não tem barreiras, limites ou fronteiras.

Carol (Carol, EUA, 2015) Direção: Todd Haynes / Roteiro: Phyllis Nagy, baseado no livro escrito por Patricia Highsmith / Elenco: Cate Blanchett, Rooney Mara, Kyle Chandler, Sarah Paulson / Sinopse: O filme mostra o relacionamento homossexual entre uma mulher casada que enfrenta problemas em seu casamento e divórcio e uma tímida e bela vendedora de uma loja de departamentos. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Cate Blanchett), Melhor Atriz Coadjuvante (Rooney Mara), Melhor Roteiro Adaptado, Fotografia, Figurino e Música original (Carter Burwell). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama, Melhor Atriz (Cate Blanchett), Melhor Atriz (Rooney Mara), Melhor Direção e Melhor Trilha sonora original.

Pablo Aluísio.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Nem por Cima do Meu Cadáver

As comédias românticas americanas já não são mais as mesmas. Com o esgotamento da velha fórmula os produtores andam procurando por caminhos diferentes. Algumas vezes até dá certo, em outras o desastre é certo. Veja o caso desse filme. Quando começa o espectador (principalmente se for masculino) vai franzir a testa e dizer consigo mesmo: "Meu Deus, lá vem outra comédia romântica sobre casamentos!". Isso tudo porque a primeira cena do filme é passada justamente no dia de casamento de Kate (Eva Longoria) e Henry (Paul Rudd). E então vem a grande surpresa, já que os roteiristas, como eu escrevi, estão tentando mudar um pouco o que sempre se vê nesse tipo de comédia. A personagem Kate morre, logo no dia em que iria se casar, quando um anjo de gelo (daqueles usados em decoração) cai por cima dela. E então vem a "ideia brilhante" do diretor e roteirista Jeff Lowell: transformar Kate em uma fantasma que vai a partir daí atazanar a vida sentimental daquele que seria seu futuro marido.

E é isso. O filme todo se desenvolve em cima dessa bobeirinha. Henry (Rudd) vai ver uma vidente chamada Ashley (Lake Bell) e se apaixona por ela. Enquanto isso Kate começa a aparecer para Ashley, tentando com isso assustá-la para que ela deixe seu amado em paz. No fundo a fantasminha é tão possessiva que deseja ardentemente que ele nunca mais se relacione com mais ninguém na vida. Já deu para perceber que a personagem interpretada por Eva Longoria é bem antipática. O pior é que Ashley também não se mostra nada carismática. Assim acaba sobrando para Paul Rudd tentar levar o filme em frente, mas no final tudo isso é em vão. Não há outra maneira de qualificar essa insossa comédia romântica a não ser como insossa e sem graça. As tentativas de fazer rir passam por situações grotescas como cenas de flatulência. Enfim, descarte, esqueça e deixe pra lá, a não ser que você seja um espírita masoquista.

Nem por Cima do Meu Cadáver (Over Her Dead Body, EUA, 2008) Direção: Jeff Lowell / Roteiro: Jeff Lowell / Elenco: Eva Longoria, Paul Rudd, Lake Bell / Sinopse: Jovem noiva morre bem no dia do seu casamento. Quando seu futuro marido (que continua vivo) se apaixona por uma vidente ela começa a fazer de tudo para melar o novo relacionamento. Isso continua até o dia em que ela percebe que o melhor para si e seu amado é deixar o destino seguir em frente.

Pablo Aluísio.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Mad Max

Título no Brasil: Mad Max
Título Original: Mad Max
Ano de Produção: 1979
País: Austrália
Estúdio: Roadshow Entertainment
Direção: George Miller
Roteiro: James McCausland, George Miller
Elenco: Mel Gibson, Joanne Samuel, Hugh Keays-Byrne

Sinopse:
A visão de um futuro apocalíptico passado nos desertos da Austrália. O mundo está dominado por perigosas gangues de bandidos e foras-da-lei de todos os tipos. Para colocar um pouco de lei e ordem na região surge nas estradas desoladas o ex-policial Max Rockatansky (Mel Gibson). Vestido de couro da cabeça aos pés ele está determinado a impor novamente segurança pelas rodovias agindo como um verdadeiro policial, juiz e carrasco ao mesmo tempo. Filme premiado no Avoriaz Fantastic Film Festival na categoria de Melhor Direção (George Miller).

Comentários:
Junte um diretor australiano ousado, poucos recursos, um ator desconhecido e a vastidão do deserto localizado bem no centro da Austrália e o que você terá? Sim, um dos mais cultuados filmes de ação e ficção da história do cinema. A ideia era usar a desolação daquela região inóspita para mostrar um mundo pós-apocalíptico, após a humanidade ser praticamente quase toda destruída por guerras sem fim (que nunca são devidamente explicadas no roteiro). Nas estradas que sobraram vagam o ex-policial Mad Max e uma verdadeira fauna de psicopatas malucos e bizarros que lutam pelos bens mais preciosos naquele planeta devastado: água e combustível. Claro que a falta de recursos da produção se mostra muito nítido logo nas primeiras cenas, mas isso fica em segundo plano em razão da criatividade de George Miller. Certamente o filme trouxe seu nome para o primeiro plano e ele logo estaria dirigindo filmes em Hollywood. O mesmo aconteceu com Mel Gibson que até aquele momento só tinha aparecido em filmes australianos desconhecidos e medíocres. Depois de Max ele também foi para os Estados Unidos e lá emplacou uma carreira de grande sucesso comercial. Sendo o primeiro da franquia, esse "Mad Max" dos anos 1970 pode também ser considerado o primeiro de uma linhagem, pois filmes passados em um mundo destruído e sem esperanças se tornariam cada vez mais comuns, virando um verdadeiro subgênero de ficção. Quem diria que o louco Max iria fazer escola...

Pablo Aluísio.