quinta-feira, 17 de julho de 2014

Arquivo X - Eu Quero Acreditar

Título no Brasil: Arquivo X - Eu Quero Acreditar
Título Original: The X Files - I Want to Believe
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Chris Carter
Roteiro: Frank Spotnitz, Chris Carter
Elenco: David Duchovny, Gillian Anderson, Billy Connolly

Sinopse:
Muitos anos depois do encerramento da divisão Arquivo X do FBI uma série de estranhas mortes começam a ocorrer numa região rural e isolada da Virgínia. Mulheres desaparecem e depois seus corpos são encontrados mutilados ao longo de uma rodovia. Para solucionar o caso novamente são chamados os ex-agentes Fox Mulder e Dra. Dana Scully, que não parecem muito empolgados de reviver seu passado.

Comentários:
A série "The X-Files" foi um marco da TV americana. Em seu auge alguns episódios eram bem melhores do que muitos filmes em cartaz. Além do excelente nível técnico havia o carisma dos dois protagonistas e temas de realismo fantástico que caíram imediatamente no gosto do público americano. Obviamente que em seu final a série foi perdendo qualidade gradualmente, mas antes que isso acontecesse tentaram levar os agentes mais famosos do FBI para as telas de cinema em "Arquivo X: O Filme" (1998). O resultado não foi o esperado embora o filme seja considerado interessante. Dez anos depois, já com a série cancelada, tentaram novamente com esse "Arquivo X - Eu Quero Acreditar". Embora tenha sido dirigido pelo criador da série, Chris Carter, não achei um filme digno de levar a marca "Arquivo X". Há problemas no roteiro, que não consegue tomar um rumo satisfatório, e o elenco também surge pouco compromissado. David Duchovny, que largou a série para tentar uma carreira no cinema (em vão), não parece muito empolgado em voltar para seu personagem Fox Mulder. Assim no final das contas essa produção só serviu mesmo para deixar saudades nos fãs da série, que era de fato excepcional (principalmente nas três primeiras temporadas).

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Poder Absoluto

Título no Brasil: Poder Absoluto
Título Original: Absolute Power
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: David Baldacci, William Goldman
Elenco: Clint Eastwood, Gene Hackman, Ed Harris, Laura Linney 

Sinopse:
Luther Whitney (Clint Eastwood) é um ladrão profissional que decide roubar a mansão de um bilionário americano em Barbados. Bem no meio do "serviço" acaba percebendo que há um casal no local, na verdade a jovem esposa do ricaço nas mãos de seu amante. Mal sabe Luther que o homem na realidade é o próprio presidente dos Estados Unidos, Allen Richmond (Gene Hackman), que fará de tudo para que todas as pistas de sua presença no lugar sejam apagadas, inclusive riscar do mapa o próprio Luther Whitney!

Comentários:
Um dos raros filmes dirigidos por Clint Eastwood que não foram bem sucedidos na bilheteria. Não chegou a ser propriamente um fracasso comercial, mas tampouco se revelou um investimento lucrativo. No geral apenas cobriu seus custos e nada mais. A primeira coisa que chama atenção aqui é a associação da produtora de Clint (Malpaso Productions) com a Castle Rock que é especializada mesmo em filmes de terror B. Uma sociedade pouco provável, no mínimo. De qualquer maneira mesmo dirigindo em uma companhia menor, Clint conseguiu reunir um elenco e tanto, só formado por feras como Gene Hackman e Ed Harris que muito provavelmente só aceitaram o convite por causa do prestígio de Clint em Hollywood. Essa conclusão é a que chegamos ao reconhecermos que o roteiro não é o forte do filme. Aliás "Absolute Power" é muito na média para um filme dirigido por Clint. Talvez por isso muitos tenham achado mesmo uma grande decepção. Não diria que chega a isso, apenas que é um policial sem surpresas, que se rende muito facilmente aos mais batidos clichês do gênero. De qualquer forma como é Clint na direção vale a pena ver pelo menos uma vez na vida.

Pablo Aluísio.

Marcas do Destino

Título no Brasil: Marcas do Destino
Título Original: Mask
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Peter Bogdanovich
Roteiro: Anna Hamilton Phelan
Elenco: Cher, Eric Stoltz, Sam Elliott

Sinopse:
Roy L.'Rocky' Dennis (Eric Stoltz) é um adolescente americano que sofre de uma rara síndrome que faz com que seus ossos cresçam além do normal. Isso desfigura seu rosto e praticamente destrói sua vida social. Ao lado da sua corajosa mãe 'Rusty' Dennis (Cher) ele porém decide levar uma vida normal como a de todo rapaz de sua idade. Roteiro baseado numa história real. Filme vencedor do Oscar na categoria Melhor Maquiagem.

Comentários:
Quando Cher resolveu deixar o mundo da música de lado para tentar uma carreira de atriz em Hollywood muitos criticaram. Havia certamente uma dose enorme de preconceito envolvido em muitas das críticas que lhe eram feitas. Algo visto como algo natural nos Estados Unidos já que astros da música que vão para as telas de cinema sempre são criticados, alguns até de forma severa. Pois bem, de todos os filmes que Cher realizou esse é certamente o meu preferido. Especialmente indicado para quem considera ela apenas como uma figura bizarra e sem talento dramático. Cher brilha no papel de Florence 'Rusty' Dennis, a mãe de um jovem com um sério problema de saúde que o deixa deformado. Sinceramente poucas vezes assisti a uma interpretação tão naturalmente inspirada como essa. O interessante é que ela, que até aquele momento era vista apenas como uma piada, deu um baile em seus críticos e acabou sendo indicada ao prestigiado Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz. Eric Stoltz também foi indicado, mostrando que mesmo sob pesada maquiagem ainda era possível se desenvolver um belo trabalho de atuação. Em suma, filme tocante, sincero e muito emocionante. Um dos melhores dramas da década de 1980. Para rever sempre que possível.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Quicksilver - O Prazer de Ganhar

Título no Brasil: Quicksilver - O Prazer de Ganhar
Título Original: Quicksilver
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Thomas Michael Donnelly
Roteiro: Thomas Michael Donnelly
Elenco: Kevin Bacon, Jami Gertz, Paul Rodriguez

Sinopse:
Jack Casey (Kevin Bacon) é um yuppie do mercado de ações que se considera um gênio em sua area. Depois de uma decisão equivocada sua carreira desce a ladeira (em um ambiente tão competitivo não há espaço para o perdão). Tentando refazer sua vida ele se une a uma pequena empresa de entregas, que usa bicicletas para evitar os grandes engarrafamentos da cidade de San Francisco. O sucesso do negócio logo se revela uma boa opção para se ganhar muito dinheiro na visão de Casey.

Comentários:
Depois do grande sucesso do musical "Footloose - Ritmo Louco", Kevin Bacon realizou o bom telefilme "Mister Roberts" e então voltou ao cinema nesse "Quicksilver - O Prazer de Ganhar". Bom, quem conhece Kevin Bacon de longa data (categoria na qual me enquadro) sabe que o ator viveu duas fases em sua vida. A primeira quando era apenas um jovem dançante, que realizava produções para a juventude dos anos 80, e outra quando começou a fazer filmes e dramas bem mais relevantes. Esse faz parte da primeira etapa de sua carreira. Bacon é praticamente apenas um garotão em um enredo que explora um esporte radical e muito popular entre a galera da época, o ciclismo. O filme é muito simpático e também despretensioso ao máximo. No Brasil foi lançado diretamente no mercado de vídeo VHS (confesso que não me recordo se ganhou as telas no cinema comercial). Mesmo assim não obteve muito sucesso, nem entre suas fãs de "Footloose". Cá entre nós, uma injustiça pois é uma diversão honesta e que cumpre bem seus objetivos cinematográficos.

Pablo Aluísio.

Pompeia

Título no Brasil: Pompeia
Título Original: Pompeii
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures, Constantin Film International
Direção: Paul W.S. Anderson
Roteiro: Janet Scott Batchler, Lee Batchler
Elenco: Kit Harington, Carrie-Anne Moss, Emily Browning, Kiefer Sutherland

Sinopse:
Após ter seu povo vencido no campo de batalha por tropas romanas, o jovem Milo (Kit Harington) se torna escravo de um rico comerciante. Como desde cedo mostra ter muito talento com a espada logo é enviado para os campos de treinamento de gladiadores. Se destacando nas arenas é então escolhido para participar dos jogos principais em Pompeia. O que poucos percebem é que o enorme vulcão Vesúvio está prestes a entrar em erupção, após séculos de hibernação. As consequencias serão trágicas para todos os moradores.

Comentários:
O contexto histórico é dos mais interessantes, a destruição da cidade romana de Pompeia no ano de 79, durante o período de reinado do imperador Tito. O problema é que os roteiristas resolveram escrever uma trama das mais bobas e derivativas que já vi, aliada a um romance absurdo do ponto de vista histórico entre um escravo e uma rica jovem da classe patrícia de Roma. Ora, não precisa ir muito longe para entender que algo assim jamais aconteceria na vida real. Na verdade esse filme acabou me lembrando de outro que comete os mesmos erros, o blockbuster "Pearl Harbor" de 2001. Sob um pano de fundo histórico marcante se cria toda uma trama de ficção sem o menor interesse ou talento. Só sobra no final das contas o evento histórico em si, com uso farto de efeitos digitais de última geração. Quem for atrás disso nessa produção vai ter que esperar um bocado, já que a destruição de Pompeia só acontece mesmo nos 25 minutos finais do filme, sendo que até chegar lá o espectador será bombardeado por um roteiro nada promissor, que procura plagiar inúmeros filmes épicos sobre Roma do passado, passando por "Spartacus" e chegando até no óbvio "Gladiador". 

Infelizmente tudo embalado para consumo rápido de adolescentes que frequentam cinemas de shopping center, ou trocando em miúdos, cinema fast food por excelência. Também pudera, não era de se esperar muito do diretor inglês Paul W.S. Anderson, já que ao longo da carreira ele se especializou mesmo em fitinhas descartáveis como essa, ou coisas piores como "Mortal Kombat" ou "Alien vs. Predador". Com um currículo desses realmente não há como levar nada muito mais a sério. Em termos de elenco apenas Kiefer Sutherland desperta algum interesse na pele do senador Corvus. O casalzinho principal é sem sal, pouco interessante, liderado pelo inexpressivo Kit Harington. Assim se você estiver em busca de algum material sobre o cataclisma que se abateu sobre Pompeia aconselho ir atrás de algum documentário do Discovery ou History. Será muito mais instrutivo e cultural.

Pablo Aluísio.

Bridget Jones - No Limite da Razão

Título no Brasil: Bridget Jones - No Limite da Razão
Título Original: Bridget Jones - The Edge of Reason
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Beeban Kidron
Roteiro: Andrew Davies
Elenco: Renée Zellweger, Colin Firth, Hugh Grant, Jacinda Barrett

Sinopse:
Finalmente depois de longos anos Bridget Jones (Renée Zellweger) consegue firmar namoro com o advogado Mark Darcy (Colin Firth). Pelo jeito ela finalmente estaria se acertando em sua vida pessoal. A diferença de personalidade e temperamento certamente será um problema, agravado ainda mais  com a chegada da bonita Rebecca (Jacinda Barrett) que acaba abalando o relacionamento.

Comentários:
Curiosamente não consegui gostar dessa continuação de Bridget Jones! Isso foi uma surpresa e tanto pois sou fã tanto da atriz Renée Zellweger como da personagem criada pela autora Helen Fielding. Assim que deixei o cinema fiquei com a impressão de que não havia mais enredo nenhum a contar. E isso é um problema já que tudo indica que Fielding escreveu o segundo livro apenas pelo valor absurdo que lhe foi oferecido pelas editoras inglesas. Assim ela acabou enchendo linguiça mesmo. Se o livro já não era bom, o filme também não o seria. Para piorar Renée Zellweger está esquisita em cena! No primeiro filme ela estava muito simpática e com o feeling adequado para o papel. Nesse segundo ela está visivelmente no controle remoto, chegando ao ponto inclusive de deixar a desejar no sotaque britânico - o que é de se lamentar pois era um dos pontos fortes de sua interpretação. Além disso exagerou em seu aumento de peso, parecendo estar inchada em certos momentos. Assim o que temos no final das contas é um milionário pastel de vento que se arrasta do começo ao fim, chegando finalmente em lugar nenhum.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Na Mira do Chefe

Título no Brasil: Na Mira do Chefe
Título Original: In Bruges
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Martin McDonagh
Roteiro: Martin McDonagh
Elenco: Colin Farrell, Ralph Fiennes, Brendan Gleeson, Ciarán Hinds

Sinopse:
Ray (Colin Farrell) e Ken (Brendan Gleeson) são dois assassinos profissionais que são enviados para Bruges, na Bélgica, depois de um complicado serviço em Londres. No novo país os problemas continuam e eles acabam se envolvendo em várias confusões com os moradores da região. Filme vencedor do Globo de Ouro na Categoria Melhor Ator - Comédia ou Musical (Colin Farrell). Filme vencedor do BAFTA Awards na categoria Melhor Roteiro Original (Martin McDonagh).

Comentários:
Sempre considerei "In Bruges" muito superestimado! Tudo bem que o filme tem seus méritos, isso é inegável, mas o que foi dito sobre ele, principalmente em seu lançamento, é algo para se surpreender, pois acabei criando expectativas além do normal e finalmente quando o vi cheguei na conclusão que é apenas ok! Talvez Colin Farrell tenha estrelado tantas bobagens e mediocridades nos últimos anos em sua carreira que quando surgiu aqui pareceu como algo mais interessante do que realmente é. Some-se a isso a fama de cineasta cult que o diretor Martin McDonagh tem recebido e você talvez tenha uma pista da razão de terem elogiado tanto essa produção. Para falar a verdade prefiro muito mais seu filme posterior, "Sete Psicopatas e um Shih Tzu", esse realmente original e diferente. De qualquer forma como se tornou queridinho da crítica "In Bruges" acabou fazendo bonito nos festivais de cinema mundo afora! Acredite, levou mais de quarenta, eu disse quarenta, indicações a prêmios diversos, inclusive o de Melhor Roteiro Original no Oscar. Mesmo com tantos elogios não se deixe enganar, pois não é tudo o que dizem dele.

Pablo Aluísio.

Triplo X

Título no Brasil: Triplo X
Título Original: xXx
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia TriStar
Direção: Rob Cohen
Roteiro: Rich Wilkes
Elenco: Vin Diesel, Asia Argento, Marton Csokas

Sinopse:
Xander Cage (Vin Diesel) é um cara durão e sem medo que é procurado pelo governo americano para realizar uma missão secreta. Ele não poderá revelar sua identidade e em hipótese alguma revelar tudo o que lhe será revelado. Em jogo está a segurança mundial. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Filme de Ação / Aventura e Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Pegue o estilo truculento dos filmes de ação estrelados por Vin Diesel, adicione um pouco de espionagem ao estilo James Bond e contrate um diretor especializado, que já dirigiu sucessos como "Velozes e Furiosos" no cinema e "Miami Vice" na TV. Pronto, está completa a receita de sucesso de mais um blockbuster de ação. No caso temos aqui a primeira tentativa de transformar Vin Diesel em um astro de ação ao velho estilo. Seguindo uma fórmula que já havia dado certo com Bruce Willis no passado, o filme se concentra na mais pura ação, não deixando o espectador respirar ou pensar nos furos do roteiro. Eu sempre vi filmes como esses como meras desculpas para que o cinema americano demonstre toda a sua capacidade de realizar as mais absurdas e complicadas cenas de ação - como a que Diesel pula de dentro de um carro que por sua vez está despencando das alturas. Do ponto de vista técnico tudo é realmente muito bem realizado, embora o roteiro deixe a desejar em certos aspectos - o que convenhamos é esperado em filmes como esse.

Pablo Aluísio.