quinta-feira, 20 de junho de 2013

Mais Forte Que o Ódio

Mais um interessante filme da década de 80 que anda meio esquecido, “Mais Forte Que o Ódio” foi a primeira produção de Sean Connery após o grande sucesso de público e crítica de “Os Intocáveis”. No enredo ele interpreta o veteranoTenente-Coronel Alan Caldwell. Sua principal função é desvendar crimes militares. Após um crime de extrema brutalidade ser cometido dentro de um presídio militar ele é designado para a investigação. O problema é que também é designado para o caso o inspetor Jay Austin (Mark Harmon) que já teve sérios problemas com o Coronel no passado. Mesmo odiando um ao outro eles terão que trabalhar juntos para desvendar o crime. E como se isso não fosse ruim o bastante Jay acaba se apaixonando por Donna Caldwell (Meg Ryan) que pelo sobrenome já entrega o jogo, pois é a filha do personagem de Sean Connery.

“Mais Forte Que o Ódio” aposta em um roteiro de rotina, é verdade, mas com alguns aspectos bem curiosos. O ator que contracena com Sean Connery, Mark Harmon, vinha de algumas comédias bem despretensiosas como “Curso de Férias” e encarava pela primeira vez um papel mais sério. O interessante é que encontraria o sucesso finalmente na TV em NCSI onde interpretaria um personagem parecido com o que desempenha aqui, a de um policial investigador especializado em crimes militares. Ao seu lado já dando os primeiros passos para se tornar a “namoradinha da América” surge Meg Ryan, que na época era o protótipo da mocinha do cinema americano. O diretor Peter Hyams já havia trabalhado alguns anos antes com Sean Connery na aventura futurista “Outland - Comando Titânio”. Revisto hoje em dia “Mais Forte Que o Ódio” certamente ainda mantém o interesse. Na época de seu lançamento fez boa carreira nos cinemas por causa de Sean Connery que vivia um novo momento na carreira. Agora merece ser revisto como um bom filme policial de ação dos anos 80. Fica a dica.

Mais Forte Que o Ódio (The Presidio, Estados Unidos, 1988) Direção: Peter Hyams / Roteiro: Larry Ferguson / Elenco: Sean Connery, Mark Harmon, Meg Ryan / Sinopse: Após um brutal crime cometido dentro de um presídio militar dois investigadores que se odeiam na vida pessoal terão que superar isso para solucionar o caso.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

A morte de James Gandolfini

É com grande pesar que anunciamos a morte do ator James Gandolfini. Ele sofreu um ataque cardíaco fulminante hoje enquanto participava de um festival de cinema na Itália. Tinha 51 anos de idade.  Imortalizado na pele do personagem Tony Soprano da excelente série “Família Soprano” da HBO o interprete foi premiado ao longo da carreira com três prêmios Emmy, o mais importante da TV americana. A série durou de 1999 a 2007 e se tornou um dos maiores sucessos de audiência da história. Com raro brilhantismo James Gandolfini interpretou ao longo de todos esses anos aquele que foi seu papel definitivo, a de um líder mafioso suburbano de New Jersey. Ao lado de uma esposa e filhos que não o compreendiam ele vê sua vida desmoronar e dar uma guinada após sofrer um colapso nervoso. Tratado, passa a fazer análise com uma brilhante terapeuta, algo que obviamente esconde de seus comparsas pois seria completamente incompreendido no mundo brutal em que vivia.

Quem gosta de séries certamente recorda muito bem do impacto que “Família Soprano” teve em sua primeira temporada. Era algo novo, diferente, inovador. Cada episódio era feito com um nível técnico fora do normal para os padrões do que se fazia na época. A série mudou o conceito dos programas americanos. Não havia concessões e a drama se concentrava em mostrar uma realidade pouco comum em filmes de gangsters. Deixou-se a pura violência estilizada de lado para mostrar o lado mais pessoal, humano e cotidiano dessas pessoas. Depois do fim da série o ator começou uma bem sucedida transição para o mundo do cinema aparecendo em excelentes filmes como “A Hora Mais Escura”, “Corações Perdidos” e o recente “O Homem da Máfia”. Vivia uma nova fase em sua carreira. Não restam dúvidas da grande perda que a arte sofreu no dia de hoje. Descanse em paz. 

Pablo Aluísio.

Um Presente Para Helen

Que a Kate Hudson é uma gracinha ninguém duvida. Houve uma época em que ela começou a estrelar dramas para ser levada mais à sério e talvez, quem sabe, um dia ganhar o Oscar. Felizmente ela entendeu que essa não era bem a praia dela e resolveu abraçar o que parecia ser mais adequado ao seu tipo, ou seja, virar realmente uma estrela de comédias românticas despretensiosas, geralmente enfocando algum aspecto da mulher moderna que a despeito de exercer uma nova função na sociedade bem diferente de suas mães ainda não estava disposta a abrir mão de seu romantismo. Aqui Kate Hudson interpreta Helen Harris, uma mulher moderna, bem sucedida e nada disposta a abrir mão de sua vida profissional. Filhos? Nem pensar. Tudo corre de acordo com seus planos até o dia em que... após uma fatalidade ela fica responsável não apenas por uma criança mas por três!!!

O bom de “Um Presente Para Helen” é que o filme, mesmo sendo uma comédia sem grandes pretensões, consegue discutir até razoavelmente bem sobre as responsabilidades das mulheres de hoje que não apenas precisam cuidar da família mas também lidar com seus aspectos profissionais dentro do competitivo mercado de trabalho. Recentemente me lembrei do filme após uma reportagem de capa da revista Veja onde vários casais (e pessoas solteiras) se diziam muito felizes sem filhos. Afinal olhando objetivamente temos que concordar que apesar de ser algo natural na vida das pessoas ter um filho hoje em dia importa em se assumir uma carga pesada, não apenas emocional mas financeira também. Para quem deseja uma vida mais despreocupada e leve a opção é realmente curtir a vida, sem a responsabilidade de cuidar de crianças. Enfim, recomendo esse “Um Presente Para Helen”, um filme que diverte e levanta bons debates ao mesmo tempo.

Um Presente Para Helen (Raising Helen, Estados Unidos, 2004) Direção: Garry Marshall / Roteiro: Patrick J. Clifton, Beth Rigazio / Elenco: Kate Hudson, John Corbett, Joan Cusack / Sinopse: Helen Harris (Kate Hudson) é uma mulher bem sucedida, grande profissional que não tem a menor intenção de ter filhos para prejudicar sua ascensão na carreira até que por uma fatalidade acaba ficando responsável por três crianças colocando sua vida de cabeça para baixo.

Pablo Aluísio.

Starsky & Hutch

Por volta de 2004 eu costumava ir muito mais ao cinema, o preço não era tão indecente e a violência não tinha explodido no Brasil, além disso não havia a facilidade da internet. Em visto disso era normal que as salas de exibição se tornassem as únicas alternativas de um cinéfilo como eu. Por essa época me recordo que assistia até a três sessões diárias pois havia sido inaugurado um multiplex perto de minha casa. Assim juntando o útil ao agradável assistia muitos filmes. Um deles foi esse “Starsky & Hutch - Justiça em Dobro”, uma típica produção que não veria no cinema por ser uma comédia sem maior importância. De qualquer maneira como estava gostando de minhas maratonas cinematográficas acabai encaixando ele entre as sessões dos principais filmes.

É um remake de uma antiga série de tv dos anos 70 que fez bastante sucesso. O tom do filme é quase de veneração ao programa de televisão setentista, tanto que alguns atores que participaram dos episódios originais ressurgem aqui em participações especiais. O elenco reúne esse grupo de jovens humoristas que vez ou outra trabalham juntos: Ben Stiller, Owen Wilson e Vince Vaughn. Do trio o que mais gosto é do Vaughn, que sempre interpreta aquele tipo de cara de pau assumido, nunca parecendo levar nada à sério na vida. Wilson segue repetindo seu eterno tipo, a do loiro de praia, meio avoado, que não está muito aí para nada. Já Stiller é o almofadinha da trupe, sempre preocupado com seu cabelo encaracolado, um penteado bem esquisito que fez sucesso naqueles anos da discoteca. Assim deixo a dica, não é obviamente nenhum grande filme mas diverte se você não for exigente demais. É aquele tipo de produção para assistir com muita pipoca e coca-cola.

Starsky & Hutch - Justiça em Dobro (Starsky & Hutch, Estados Unidos, 2004) Direção: Todd Phillips / Roteiro: William Blinn, Stevie Long / Elenco: Ben Stiller, Owen Wilson,  Vince Vaughn, Snoop Dogg / Sinopse: Dois policiais, Starsky e Hutch, enfrentam perigosos criminosos e traficantes enquanto se envolvem em diversas confusões.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Ironweed

Jack Nicholson certamente é um dos grandes atores da história do cinema. Hoje em dia ele anda semi-aposentado, o que é natural haja vista sua idade e sua pouca disposição de trabalhar muito nessa fase de sua vida. Nada mais justo, a carreira de Jack fala por si e sua filmografia é uma das mais interessantes que existem. Tive o privilégio de acompanhar muitos de seus filmes – inclusive os assistindo no cinema, algo que tenho orgulho de dizer. Antes de estrelar o blockbuster “Batman”, Nicholson estrelou esse pequeno filme chamado “Ironweed”. Dirigido pelo cineasta Hector Babenco e co-estrelado pela sempre excelente Meryl Streep, sempre achei a obra muito subestimada, inclusive no Brasil onde colecionou criticas rabugentas e mal humoradas pela imprensa especializada. Sempre senti nesses textos um certo rancor pessoal de alguns jornalistas contra Hector Babenco, como se quisessem ir à desforra contra o diretor. A razão de tanto ressentimento? Não tenho a menor idéia. Só sei que adorei o filme quando o assisti pela primeira vez, apesar das inúmeras bordoadas que levou aqui no Brasil.

A trama conta a estória de Francis Phelan (Jack Nicholson). Além de sofrer de esquizofrenia ainda tem muitos problemas com a bebida. Um outsider, uma pessoa à margem. Por mero acaso acaba conhecendo Helen Archer (Meryl Streep), uma ex-cantora já um tanto desiludida da vida. Ambos são alcoólatras e entre uma bebedeira e outra começam a desenvolver uma relação muito afetuosa, baseada em apoio mútuo e solidariedade. O filme é baseado no livro de mesmo nome escrito por William Kennedy, que inclusive foi vencedor do maior premio de literatura dos EUA, o Pulitzer. É uma crônica sobre duas pessoas que não se enquadram naquilo que a sociedade dominante entende ser o certo. Sempre digo que nunca é fácil adaptar grandes livros para a tela mas como aqui temos o roteiro escrito pelo próprio autor do livro as coisas ficam mais fáceis. No geral é um drama maravilhoso, interpretado por dois atores simplesmente geniais. Uma daquelas produções que marcam bastante e do qual não se esquece tão cedo.

Ironweed (Ironweed, Estados Unidos, 1987) Direção: Hector Babenco / Roteiro: William Kennedy, baseado em seu próprio livro “Ironweed” / Elenco: Jack Nicholson, Meryl Streep, Carroll Baker, Michael O'Keefe / Sinopse: “Ironweed” narra a estória de uma relação entre duas pessoas que não se enquadram dentro da sociedade. Indicado aos Oscars de Melhor Ator (Jack Nicholson) e Melhor Atriz (Meryl Streep). Indicado ao Globo de Ouro de Melhor Ator – Drama (Jack Nicholson).

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Sem Perdão

Ainda sem titulo em português esse é o novo filme do ator Colin Farrell. Ele interpreta Victor, um sujeito de poucas palavras que trabalha para Alphonse (Terrence Howard), líder de um grupo de criminosos que vem sem ameaçado através de cartas anônimas e pistas deixadas que no fundo não levam a lugar nenhum. As coisas pioram quando um de seus capangas é encontrado morto dentro de um freezer com mais uma mensagem enigmática para ele. Apesar de ter vários inimigos, que foram surgindo ao longo de muitos anos de atividades criminosas ele sinceramente não tem a menor idéia de quem seja o autor das ameaças. Nervoso e paranóico com a situação acaba matando sem muitas provas um membro de uma gangue rival, sem autorização dos grandes chefes do crime. Enquanto seu chefe entra nesse beco sem saída Victor acaba encontrando o amor numa vizinha de prédio, a delicada Beatrice (Noomi Rapace), uma jovem que teve seu rosto desfigurado em um acidente de carro. Solitário, Victor acaba vendo nela uma possibilidade de redenção pessoal, afinal há muitos anos não se envolve com ninguém.

“Dead Man Down” é interessante porque sua trama vai se desvencilhando aos poucos na tela. Não caberia aqui lançar textos entregando as surpresas dos acontecimentos mas cabe o aviso de que o filme se desenvolve muito além da sinopse exposta acima. De fato nem o personagem do ator Colin Farrell é o que aparenta ser e nem a sua vizinha Beatrice é de fato a doce e sofrida garota que ele pensa que ela é. Também não se trata de um filme em que a ação seja o centro de tudo, há uma preocupação até louvável do roteiro em desenvolver bem todos os personagens em cena, muito embora o seu clímax mais pareça retirado de um action movie da década de 80, com muitos tiros e sangue espalhados para todos os lados. O diretor sueco Niels Arden Oplev é o mesmo do sucesso recente “Os Homens Que Não Amavam as Mulheres” mas esse filme é bem menos sofisticado do que aquele. No fundo “Dead Man Down” é apenas um bom entretenimento com seqüências interessantes e trama que prende a atenção. Se for isso que você estiver procurando então encontrará uma boa opção para seu fim de noite.

Sem Perdão (Dead Man Down, Estados Unidos, 2013) Direção: Niels Arden Oplev / Roteiro: J.H. Wyman / Elenco: Colin Farrell, Noomi Rapace, Terrence Howard, Dominic Cooper, Isabelle Huppert / Sinopse: Membro de uma quadrilha de criminosos se apaixona por sua vizinha de prédio ao mesmo tempo em que esconde terríveis eventos de seu passado.

Pablo Aluísio.

domingo, 16 de junho de 2013

A Bela e a Fera

Após o sucesso de “A Pequena Sereia” a Disney voltou a errar com uma seqüência tardia de “Bernardo e Bianca”. Não era o momento para algo assim, pois havia um consenso de que o estúdio deveria ter avançado em suas animações inovadoras como havia acontecido em “A Pequena Sereia”. Felizmente para os fãs as coisas voltaram aos eixos com esse “A Bela e a Fera”. Com o avanço da tecnologia o estúdio produziu uma animação que realmente deixou seus espectadores de queixo caído. O nível técnico desse filme foi considerado perfeito em seu lançamento. Havia cenas de grande perfeccionismo, como por exemplo, na cena de dança entre a bela e a fera. A trama era baseada no livro escrito por Jeanne-Marie Le Prince de Beaumont. Um príncipe é amaldiçoado e se torna uma besta, uma fera de aspecto assustador e terrível. Para tentar voltar a ser um jovem e belo príncipe novamente ele terá que conquistar o amor e o coração de uma jovem chamada Bela pois caso contrário se tornará uma fera para sempre.
   
O filme foi considerado uma obra prima e causou tamanha repercussão na crítica que conseguiu ganhar uma indicação ao Oscar de melhor filme do ano! Um feito inédito até então. Outro ponto de destaque foi a parte musical da animação. Assim como aconteceu com “A Pequena Sereia” aqui temos uma trilha sonora primorosa composta pelos talentosos Howard Ashman e Alan Menken. Ashman infelizmente não viu seu trabalho concluído pois morreria de AIDS precocemente. Seu trabalho porém foi considerado tão excelente que conquistou a chamada tríplice coroa pois "Beauty and The Beast" foi premiado pelo Oscar, pelo Grammy e pelo Globo de Ouro, os três principais prêmios da indústria cultural nos EUA. Em termos de bilheteria o filme foi ainda mais bem sucedido do que “A Pequena Sereia” chegando a praticamente o dobro da bilheteria conquistada por aquele filme. Um sucesso absoluto. Revisto hoje em dia “A Bela e a Fera” mantém o encanto. É uma daquelas animações definitivas que mudaram a forma como os longas de animação seriam encarados dali em diante. Não há outra conclusão, é uma obra prima belíssima e perfeita. Um esplendor.

A Bela e a Fera (Beauty and the Beast, Estados Unidos, 1991) Direção: Gary Trousdale, Kirk Wise / Roteiro: Linda Woolverton, baseado na obra de Jeanne-Marie Le Prince de Beaumont / Elenco (vozes): Robby Benson, Paige O'Hara, Richard White, Jerry Orbach / Sinopse: Um príncipe é amaldiçoado e se torna uma besta, uma fera de aspecto assustador e terrível. Para tentar voltar a ser um jovem e belo príncipe novamente ele terá que conquistar o amor e o coração de uma jovem chamada Bela pois caso contrário se tornará uma fera para sempre. Vencedor dos Oscars de Melhor Trilha Sonora e Melhor Canção Original ("Beauty and the Beast"). Vencedor do Globo de Ouro nas categorias Melhor Comédia ou Musical, Melhor Trilha Sonora Original e Melhor Canção Original ("Beauty and the Beast"). Vencedor do Grammy nas categorias Melhor Álbum Infantil, Melhor Performace Musical Pop, Melhor Composição Instrumental, Melhor Canção ("Beauty and the Beast") e Melhor Performance Instrumental Pop.

Pablo Aluísio.

A Pequena Sereia

Depois de anos em completo marasmo, com animações que eram criticadas pela imprensa especializada e solenemente ignoradas pelo grande público os estúdios Disney finalmente reencontraram o caminho do sucesso, como não acontecia há anos. “A Pequena Sereia” foi um enorme êxito de público e critica, chegando a uma cifra de bilheteria realmente fenomenal para uma animação, com mais de 200 milhões de dólares arrecadados em todo o mundo. Para falar a verdade não havia grande segredo. Bastava apenas o estúdio resgatar o espírito de seus próprios clássicos para voltar a ser a companhia número 1 dessa área. Assim como aconteceu em seus anos de ouro o estúdio Disney resolveu adaptar uma obra literária, um conto de fadas bem conhecido, escrito por Hans Christian Andersen. Seu conto cativante contava a estória de uma pequena sereia do mar que curiosa sobre o mundo dos humanos resolvia ir conhecer como era a vida deles de perto. Nessa viagem de descobrimento ela acabava se apaixonando por um príncipe, o que daria origem a muitos conflitos e confusões.

Andersen foi genial em seu texto uma vez que resolveu resgatar as sereias, seres mitológicos que sempre apareciam como entidades do mal nas antigas estórias, pois cantavam para os marinheiros com o objetivo de levá-los ao fundo do mar de onde jamais retornariam. A Ariel de Andersen por outro lado era uma figura romântica, um espelho de uma adolescente descobrindo o mundo e o amor. Além da animação da Disney ser das mais inspiradas outro ponto foi decisivo para o sucesso de “A Pequena Sereia”: sua música! Com canções desse nível o desenho certamente jamais seria ignorado como havia ocorrido com outros filmes do estúdio. O destaque obviamente vai para as canções "Under the Sea" (que inclusive levou o Oscar em sua categoria) e "Kiss the Girl" (que venceu o Grammy). O sucesso de vendas também se repetiria no mercado fonográfico coroando ainda mais o projeto. Enfim, não há muito mais o que se elogiar. “A Pequena Sereia” foi o começo de uma nova era para a Disney, iniciando uma fase brilhante do estúdio que ainda vamos comentar bastante aqui no blog. Até lá!

A Pequena Sereia (The Little Mermaid, Estados Unidos,1989) Direção: Ron Clements, John Musker / Roteiro: John Musker, Ron Clements, baseado na obra de Hans Christian Andersen / Elenco (vozes): Rene Auberjonois, Christopher Daniel Barnes / Sinopse: Pequena sereia do fundo do mar se apaixona por um príncipe humano. Adaptação do famoso conto escrito pelo autor Hans Christian Andersen.

Pablo Aluísio.