sábado, 3 de outubro de 2015

Nocaute

Título no Brasil: Nocaute
Título Original: Southpaw
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: The Weinstein Company
Direção: Antoine Fuqua
Roteiro: Kurt Sutter
Elenco: Jake Gyllenhaal, Rachel McAdams, Forest Whitaker, 50 Cent, Miguel Gomez
  
Sinopse:
Billy Hope (Jake Gyllenhaal) é um lutador de boxe, campeão em sua categoria. Após muitos anos de competições esportivas ele finalmente começa a sentir o peso de sua idade. A cada final de luta ele sofre cada vez mais com os golpes sofridos. Sua visão está prejudicada e ele agoniza com fortes e duradouras dores provocadas por seus adversários no ringue. Afinal de contas ele já não é mais um jovem para aguentar as terríveis lutas pelas quais vem passando. Sua esposa Maureen (Rachel McAdams) sabe que seus dias na carreira estão chegando ao fim. Agora, desafiado pelo novo pugilista sensação da temporada, o jovem ganancioso Miguel 'Magic' Escobar (Miguel Gomez), Hope precisará superar até a si mesmo para novamente se tornar um campeão não apenas do boxe, mas também da vida!

Comentários:
Está sendo bem badalado pela crítica americana desde que chegou aos cinemas nesse último mês. Eu confesso que me decepcionei um pouco com o que vi. Não quero com isso afirmar que o filme é ruim - absolutamente não! Apenas é bom deixar claro que é um filme sem surpresas. Roteiros que contam histórias de superação de vida envolvendo pugilistas não são exatamente uma novidade. Desde a década de 1930 Hollywood vem explorando exatamente esse mesmo tipo de enredo. Depois há sempre a presença de filmes que se notabilizaram envolvendo esse tipo de drama esportivo, como a própria franquia "Rocky" ou até mesmo "Menina de Ouro" (que inclusive é infinitamente superior a essa filme). Assim quando assisti a esse novo "Nocaute" fiquei esperando por algo novo, alguma coisa que fosse um pouco original pelo menos. Foi uma espera em vão. Infelizmente o filme acabou e não consegui ver nada que justificasse tantos elogios. O que estraga esse "O Nocaute" é justamente isso, a sua terrível previsibilidade. Você começa a acompanhar a história do protagonista e já fica sabendo bem de antemão tudo o que acontecerá na tela. No começo o vemos como um grande campeão que tem uma família linda e uma esposa maravilhosa. Bom, nem precisa ser um cinéfilo veterano para saber que ele logo sofrerá um grande abalo e que será jogado literalmente na lona da vida. Depois virá o de praxe, ou seja, ele lutará para subir novamente na carreira e enfrentará muitos desafios até chegar em seu objetivo final. Seja sincero... conseguiu ver alguma novidade nesse tipo de roteiro? Obviamente que não! 

No fundo é tudo mais do mesmo. Mesmo assim eu ainda recomendaria o filme, não pelo seu enredo saturado, mas sim pelas boas atuações. Jake Gyllenhaal consegue sempre manter o interesse. Ele tem uma regularidade espantosa - sempre atuando bem. Aqui ele faz a mágica acontecer novamente. Mesmo com um roteiro tão sem surpresas consegue impressionar ao interpretar o trágico boxeador Billy Hope. Jake trouxe maneirismos físicos para seu papel que me fazem acreditar com convicção que ele realmente seja o melhor ator de sua geração. Um trabalho bem acima da média, diria até brilhante, valorizado pelo modo de ser (e até falar) bem peculiares do lutador. Outro que se destaca é Forest Whitaker. Que grande ator! Ele dá vida a esse velho e cansado dono de uma modesta e pobre academia de boxe da periferia. Seus alunos são em sua maioria garotos pobres que sonham um dia saírem da vida de miséria dos guetos negros de suas cidades. Por tudo o que passou em sua vida esse velho treinador já não tem mais grandes esperanças ou sonhos. É apenas um sobrevivente da luta pela vida. Sorte para Hope pois é justamente o que ele precisa em sua vida nesse momento. Em suma, "Nocaute" é bem isso, um filme com boa produção, um certo cuidado de direção por parte de Antoine Fuqua (um cineasta que admiro, é bom frisar), valorizado por um bom elenco, mas que não consegue trazer nenhuma novidade ao mundo dos dramas esportivos. Se ao menos tivessem trilhado por algo mais ousado ou diferente a sorte poderia ter sido bem melhor. Do que jeito que ficou não há como escapar da sensação sempre presente de Déjà vu.

Pablo Aluísio.

Expresso do Amanhã

Título no Brasil: Expresso do Amanhã
Título Original: Snowpiercer
Ano de Produção:
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Weinstein Company, Anchor Bay
Direção: Joon-ho Bong
Roteiro: Joon-ho Bong, Kelly Masterson
Elenco: Chris Evans, John Hurt, Ed Harris, Tilda Swinton, Octavia Spencer, Kang-ho Song
  
Sinopse:
O ano é 2031. Tudo o que restou da humanidade está viajando em um trem de alta tecnologia. O mundo lá fora está completamente congelado e inabitável. Dentro dos vagões as classes sociais foram devidamente separadas. Os pobres ocupam os últimos vagões. Há fome e desespero entre eles. O ricos e abastados vivem de forma luxuosa nos vagões dianteiros. Comandando tudo está o criador do trem, o cultuado e admirado Sr. Wilford (Ed Harris). Para acabar com todas as injustiças o jovem Curtis (Chris Evans) resolve liderar uma rebelião contra tudo o que está acontecendo. Filme vencedor do Georgia Film Critics Association na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Tilda Swinton).

Comentários:
O enredo é obviamente uma grande metáfora sobre a sociedade humana. O trem representa justamente isso. Após o planeta se tornar inabitável todas as pessoas que sobraram são confinadas nesse trem de última geração. As classes pobres ficam na parte de trás, sem comida adequada e condições mínimas de sobrevivência. Os ricos ficam na parte dianteira com todo o luxo e glamour que se possa imaginar. Nem precisa pensar muito para entender que a divisão de classes vira um dos fundamentos de tudo o que se vê na tela. Isso porém não deve animar muito os que valorizam o Marxismo ou teorias socialistas derivadas de seus princípios. O roteiro não vai até o fundo dessa questão e não está preocupado em levantar um debate mais sério sobre o tema. Na verdade é uma história até básica, contada sob um viés que pode ser classificado até mesmo como surreal. Há vagões que espelham a vida em nossa sociedade e que soam absurdos se olharmos com um pouquinho de bom senso. Assim ao atravessar o trem em direção ao lugar onde supostamente vive seu criador, os revolucionários liderados por Curtis (Evans) vão se deparando com vagões de fina classe, alguns adaptados para serem bonitos aquários, restaurantes e outros para serem animadas pistas de dança. 

Tudo representando a futilidade e o vazio que impera nas classes ricas. Inicialmente ao tomar contato com a sinopse não me entusiasmei muito. Não gosto de filmes que passam o tempo todo tentando provar uma tese ou uma teoria social. Eles logo se tornam chatos, enfadonhos e panfletários, além de extremamente simplistas. É basicamente o que acontece aqui. O roteiro está tão empenhado em provar um ponto de vista que tudo o mais fica em segundo plano, até mesmo o bom cinema. A produção é até interessante por causa de uma direção de arte que valoriza um mundo ao mesmo tempo absurdo e surrealista, mas os efeitos digitais são fracos e nada convincentes. O elenco é encabeçado por Chris Evans, mas ele é logo ofuscado por dois veteranos que roubam o filme: John Hurt e Ed Harris. Quando contracena com esses mestres, o apagado Evans simplesmente desaparece em sua insignificância. Seu personagem também é pouco desenvolvido e nada complexo. Um herói pseudo revolucionário nada inspirador. Certamente apenas o trabalho de Hurt e Harris salvam "Expresso do Amanhã" nesse quesito. Isso porém é pouco para justificar um bom filme. O saldo final é infelizmente sensivelmente negativo.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Espírito de Lobo

Título no Brasil: Espírito de Lobo
Título Original: Wolf Totem
Ano de Produção: 2015
País: China, França
Estúdio: China Film Co, Reperage Film
Direção: Jean-Jacques Annaud
Roteiro: Jiang Rong, Jean-Jacques Annaud
Elenco: Shaofeng Feng, Shawn Dou, Ankhnyam Ragchaa
 
Sinopse:
Em 1967, durante a revolução cultural na China, dois estudantes de Beijing são enviados para as estepes da Mongólia para ensinar as crianças da região a nova ideologia comunista que chegou ao poder no país. Uma vez lá eles se encantam pela riqueza natural da região, em especial pela presença de um grupo de lobos selvagens das montanhas. Enquanto tentam doutrinar o povo do lugar acabam também se maravilhando com os costumes e a cultura daquela sociedade.

Comentários:
Produção franco chinesa muito interessante que mostra a história de vida de dois jovens idealistas que acabam indo parar na distante Mongólia. A fotografia, como não poderia deixar de ser, é um dos pontos fortes da película. O diretor francês Jean-Jacques Annaud que assinou excelentes filmes no passado como "O Nome da Rosa", "A Guerra do Fogo", "Sete Anos no Tibet" e "Círculo de Fogo" conseguiu realizar uma obra que celebra a natureza selvagem das famosas estepes mongóis, no mesmo lugar de onde surgiu no século XIII o grande conquistador Gengis Khan. Os grandes protagonistas do filme porém não são os seres humanos, mas sim os lobos selvagens. Organizados em alcatéias, eles vivem em perfeita harmonia com as populações nativas locais. Isso vai até o dia em que o Partido Comunista resolve enviar um burocrata para lá. Com escassez de alimentos o sujeito, que não entende nada da fauna local, manda invadir os territórios dos lobos, destruindo suas caças e seus filhotes, quebrando a fina e delicada harmonia que reina naquele ecossistema. Esse aspecto do roteiro até que me deixou bem surpreso pois colocou um membro do partido agindo de forma errada e equivocada, algo que espanta em um regime de governo tão fechado como o de Pequim. De qualquer maneira isso acaba não indo muito fundo, procurando a produção se contentar em mostrar as belezas naturais daquele cenário lindo e maravilhoso. Um filme ecologicamente correto e com uma bela mensagem para passar a frente.

Pablo Aluísio.

Creep

Título Original: Creep
Título no Brasil: Ainda Não Definido
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Blumhouse Productions
Direção: Patrick Brice
Roteiro: Patrick Brice
Elenco: Patrick Brice, Mark Duplass
 
Sinopse:
Aaron (Patrick Brice) é um cinegrafista amador que ganha a vida fazendo vídeos de casamentos, batizados, etc. Um dia ele é contratado por Josef (Mark Duplass) para fazer um trabalho diferente. Seu novo cliente alega que está em fase terminal de câncer e precisa deixar alguns registros gravados para seu filho que está prestes a nascer. Uma forma de criar um vínculo com ele já que não terá tempo para isso pois está morrendo. Aaron então vai até uma cabana isolada onde Josef pretende gravar os vídeos só que algo muito sinistro se esconde por trás de tudo aquilo.

Comentários:
Depois de assistir a esse filme cheguei na conclusão que hoje em dia está extremamente barato e simples rodar um filme de terror e suspense. Usando da famigerada técnica do mockumentary (aquele estilo que tenta passar ao espectador a impressão de que ele está assistindo a imagens captadas em uma história real, um falso documentário), com um boa câmera na mão (algumas vezes nem isso) e elenco desconhecido, todos acabam virando cineastas. Veja esse caso. O elenco só tem dois atores. Não há qualquer tipo de efeito especial ou maquiagem, apenas dois personagens que se encontram numa cabana no meio da floresta e nada mais do que isso. Um deles é supostamente contratado pelo outro para rodar algumas imagens que ele quer deixar para que o filho assista no futuro, uma espécie de testamento visual. Tudo vai correndo bem até que, aos poucos, o cinegrafista vai entendendo que o seu cliente na verdade tem sérios problemas mentais. Ele na verdade é um sujeito solitário que gradativamente vai perdendo o contato com a realidade. 

Dito isso, da falta de maiores recursos em termos de produção, é bom salientar que também existem boas coisas nessa modesta fita. O ator Mark Duplass, que interpreta o desequilibrado Josef, é um cara talentoso. No começo, assim que surge, ele parece ser um sujeito muito boa praça, gente boa demais, simpático e muito fácil de se lidar. Tenta o tempo todo se mostrar carismático e bom anfitrião. O cinegrafista Aaron (Patrick Brice, que também dirigiu e escreveu o roteiro do filme), por sua vez, sempre fica com um pé atrás, mesmo com toda a simpatia de Josef. Algo não parece bem, alguma coisa não se encaixa direito naquela cabana isolada (e o tempo lhe dará razão sobre isso). O roteiro também explora bem a mente insana de Josef, mostrando que ele no fundo é apenas uma pessoa com sérios problemas psicológicos. De curta duração, "Creep" demonstra que mesmo com uma produção simplória ainda se pode tirar coisas boas de um mockumentary, basta apenas investir mais na inteligência do que em banhos de sangue gratuitos. Filme indicado ao Chicago International Film Festival e ao SXSW Film Festival.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O Cidadão do Ano

Título no Brasil: O Cidadão do Ano
Título Original: Kraftidioten
Ano de Produção: 2014
País: Suécia, Noruega
Estúdio: Sweden Paradox Film 2, Det Danske Filminstitut
Direção: Hans Petter Moland
Roteiro: Kim Fupz Aakeson
Elenco: Stellan Skarsgård, Peter Andersson, Bruno Ganz
 
Sinopse:
Nils Dickman (Stellan Skarsgård) trabalha como motorista de um veículo que limpa as pistas de neve em uma pequena cidade da Noruega. Ele é um bom cidadão, trabalhador, pai de família, que nunca se envolveu em coisas erradas. Sua vida exemplar lhe vale até mesmo o título de cidadão do ano na cidade onde vive. Tudo muda da noite para o dia quando seu filho Ingvar Dickman (Aron Eskeland) é encontrado morto em uma estação de trem. A polícia acredita que ele morreu de uma overdose, mas essa é uma tese que Nils não admite aceitar já que seu filho nunca foi um viciado em drogas. Sem apoio do departamento de polícia ele resolve ir por conta própria atrás da solução do que realmente teria acontecido.

Comentários:
No começo, ao tomar conhecimento do enredo de "Kraftidioten", pensei que iria assistir a um drama, uma vez que tínhamos um pai em busca da solução da morte de seu filho. Como se trata de uma obra do cinema escandinavo esperava por um personagem central amargurado e deprimido pelos acontecimentos. Eu estava enganado. O filme que de fato começa quase como um drama muda rapidamente quando Nils Dickman (Stellan Skarsgård) resolve agir para encontrar os verdadeiros responsáveis pela morte de seu único filho. Inicialmente ele pensa em se matar por causa da tragédia que se abate sobre sua família, mas depois vai descobrindo que o seu garoto na verdade teria sido morto por uma quadrilha de traficantes de drogas. Para piorar ele teria sido assassinado sem razão, uma vez que o verdadeiro culpado teria sido um amigo que teria cometido a imprudência de roubar cocaína de um depósito de narcotraficantes. Aos poucos Nils vai descobrindo a identidade dessas pessoas e começa a eliminar um a um os membros desse grupo criminoso. De fato o filme gradativamente vai se transformando em uma espécie de "Desejo de Matar" norueguês! Armado de um rifle com cano cerrado e no volante de sua robusta retroescavadeira Nils sai em busca de vingança, resolvendo fazer ele mesmo justiça com as próprias mãos. Claro que algo assim acaba causando efeitos colaterais, sobrando até mesmo para seu irmão que, com passado no mundo do crime, acaba se tornando o principal suspeito pelas mortes. Embora seja até um bom filme temos que admitir que em termos de argumento não temos realmente nada de muito original. De bom mesmo ficam apenas as belas paisagens da Noruega, um país que parece estar sempre coberto por uma neve eterna!

Pablo Aluísio.

Thelma & Louise

Existem filmes que nascem pequenos e despretensiosos e depois ganham a simpatia do público, se tornando grandes sucessos de bilheteria. Com o passar dos anos acabam também sendo considerados pequenas obras cultuadas, elevando seu status, se transformando em cult movies. Um exemplo perfeito disso temos aqui com "Thelma & Louise". A Warner bancou a realização do filme, porém jamais apostou muito nele. Foi lançado discretamente nos Estados Unidos e ganhou poucas resenhas significativas nas revistas de cinema da época. O público (especialmente o feminino) porém adorou o filme e assim começou uma propaganda boca a boca que acabou se refletindo nas bilheterias, tornando "Thelma & Louise" o grande campeão de venda de ingressos daquela temporada. O que explicaria esse tipo de fenômeno? Em minha forma de ver a situação o filme caiu nas graças do espectador porque explorava algo que diz respeito a muitas mulheres pelo mundo afora. As duas personagens principais são esposas frustradas, atoladas em casamentos ruins e relacionamentos destrutivos, que procuram encontrar uma saída para essa encruzilhada que se tornou suas vidas. Para elas o que deveria ser a felicidade de um casamento perfeito acabou se transformando em algo insuportável de tolerar. Então elas simplesmente pegam um carro e caem na estrada, procurando pela liberdade que sempre desejaram.

Não é complicado de entender que a fórmula e o segredo do filme se concentram justamente nisso, nessa situação de dar um basta a uma vida de fachada, infeliz e reprimida, para finalmente buscar o que se deseja, sair pelo mundo em busca de aventuras e ser feliz de uma vez por todas. Some-se a isso a bela atuação da dupla Susan Sarandon e Geena Davis e você entenderá porque afinal o filme fez tanto sucesso. De quebra ainda trouxe um jovem Brad Pitt, ainda desconhecida na época, como um cowboy sensual que seduz uma delas. Que mulher não ficaria extasiada com algo assim? A sociedade muitas vezes massacra a posição da mulher, geralmente a colocando numa situação de submissão e repressão. O enredo de "Thelma & Louise" funcionava justamente como uma válvula de escape para tudo isso. Olhando sob esse ponto de vista realmente o resultado foi acima das expectativas.

Thelma & Louise (Thelma & Louise, Estados Unidos, 1991) Direção: Ridley Scott / Roteiro: Callie Khouri / Elenco: Susan Sarandon, Geena Davis, Harvey Keitel, Brad Pitt, Michael Madsen / Sinopse: Thelma (Geena Davis) e Louise (Susan Sarandon) são duas amigas que resolvem dar uma guinada na vida. Cansadas de seus relacionamentos ruins e doentios elas resolvem pegar a estrada, buscando por aventuras na rota 66. Filme vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original (Callie Khouri). Também indicado na categorias de Melhor Atriz (Susan Sarandon e Geena Davis, ambas indicadas), Direção, Fotografia e Edição. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Roteiro.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Uma Noite Alucinante 3

Título no Brasil: Uma Noite Alucinante 3
Título Original: Army of Darkness
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio:  Dino De Laurentiis Company, Universal Pictures
Direção: Sam Raimi
Roteiro: Sam Raimi, Ivan Raimi
Elenco: Bruce Campbell, Embeth Davidtz, Marcus Gilbert

Sinopse:
Um homem é acidentalmente transportado para 1300 dC, onde ele tem de lutar contra um exército de mortos e recuperar o Necronomicon, o livro dos mortos, para que ele possa voltar para casa. Terceiro e último filme da franquia "Evil Dead" de Sam Raimi.

Comentários:
Terceiro e mais exagerado filme da franquia original "Evil Dead". Aqui Sam Raimi abraça de vez o humor mais galhofeiro, não se importando nem um pouco em transformar sua série de filmes - que havia começado com o aterrorizante "A Morte do Demônio", seguido de "Uma Noite Alucinante" - em uma verdadeira palhaçada. Confesso que nunca gostei desse terceiro filme que considero facilmente o pior de todos, uma ideia que não deu certo em quase nada. Cheio de efeitos especiais ele ainda tem seus defensores mas para quem era fã do primeiro filme da série não deixa de ser uma grande decepção, uma piada de mau gosto bem indigesta. O canastrão Bruce Campbell está mais careteiro do que nunca e completamente perdido em um enredo meio sem pé e nem cabeça, que procura se sustentar na pura megalomania histérica. A produção é mais recheada do que a dos demais filmes, fruto do bom orçamento disponibilizado pelo produtor Dino de Laurentiis mas isso não faz grande diferença. "Uma Noite Alucinante 3" é uma daquelas fitas para realmente se esquecer.

Pablo Aluísio.

domingo, 27 de setembro de 2015

A Casa que Pingava Sangue

Título no Brasil: A Casa que Pingava Sangue
Título Original: The House That Dripped Blood
Ano de Produção: 1971
País: Inglaterra
Estúdio: Amicus Productions
Direção: Peter Duffell
Roteiro: Robert Bloch
Elenco: Christopher Lee, Peter Cushing, Nyree Dawn Porter, Denholm Elliott, Jon Pertwee

Sinopse:
A Scotland Yard investiga quatro misteriosos casos envolvendo uma casa abandonada. Filmes em episódios com uma linha narrativa em comum. Considerado um clássico do cinema de horror da década de 1970.

Comentários:
Eu me lembro desse filme sendo anunciado para ser exibido na Rede Globo, na Sessão de Gala, que passava depois do Supercine. Esse último exibia os filmes mais populares, os hits cinematográficos da época. A Sessão de Gala era mais hardcore, geralmente vinha com filmes mais pesados, muitos de terror. Esse pequeno clássico do horror apresentava cinco histórias ou enredos que tinham como objetivo assustar o espectador. E de maneira em geral eram muito bons, apresentando inclusive veteranos em seus últimos momentos nas telas de cinema como Peter Cushing. Um filme que até hoje me chamaria a atenção. Se algum dia ver passando por aí, em algum canal, certamente pararia para rever.

Pablo Aluísio.