segunda-feira, 28 de julho de 2014

Duro de Matar 4.0

Título no Brasil: Duro de Matar 4.0
Título Original: Live Free or Die Hard
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Len Wiseman
Roteiro: Mark Bomback
Elenco: Bruce Willis, Justin Long, Timothy Olyphant

Sinopse:
John McClane (Bruce Willis) e um jovem hacker resolvem unir forças para combater um cyber terrorista que planeja colocar no caos completo o complexo sistema de segurança nacional localizado em Washington D.C. Quarto filme da série "Duro de Matar". Filme indicado aos prêmios da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias Melhor Filme de Ação e Melhor Ator Coadjuvante (Justin Long).

Comentários:
Quarto filme da franquia "Die Hard", bem mais turbinado com efeitos digitais de última geração e extremamente exagerado em tudo. Eu particularmente não gostei muito dessa guinada em relação aos filmes anteriores, que eram bem realizados também, mas que não perdiam muito o foco na personalidade do policial John McClane, que parecia muito mais humano do que os demais personagens de filmes de ação. Curiosamente agora ele virou um herói de action movie dos mais genéricos, sem personalidade, sem carisma, apenas um monte de músculos indestrutível, tal como acontecia nos mais rasos filmes dos anos 80. O fato de tudo girar agora apenas em torno dos efeitos e das cenas de ação mais absurdas, estraga ainda mais o resultado final. Ao sair do cinema a impressão que temos é que assistimos a um videogame e não a um filme com roteiro, atuação, direção, etc. Se for tudo apenas para isso, é bem melhor ficar em casa jogando mesmo.

Pablo Aluísio.

domingo, 27 de julho de 2014

Horror Em Amityville

Título no Brasil: Horror Em Amityville
Título Original: The Amityville Horror
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM
Direção: Andrew Douglas
Roteiro: Scott Kosar, Jay Anson
Elenco: Ryan Reynolds, Melissa George, Jimmy Bennett

Sinopse:
George e Kathy Lutz e seus três filhos resolvem se mudar para uma casa que no passado foi o local de um assassinato horrível de toda uma família. O local ficou infame depois da chacina, com fama de ser mal assombrado, mas os Lutz não acreditam nesse tipo de coisa. Com o tempo porém a casa começa a emitir estranhas vibrações, mudando inclusive o comportamento de George. O que segue depois são 28 dias de puro terror para aquela família.

Comentários:
A intenção não era apenas realizar um remake com o conhecido enredo que foi explorado exaustivamente na franquia original Amityville, mas sim tentar realizar um novo filme, independente dos demais. Se era esse o objetivo a ser alcançado só o foi em termos. Na realidade fica impossível tentar um recomeço após tantos filmes. De qualquer maneira não é de todo mal, na verdade pode ser até mesmo uma produção válida e não uma oportunidade completamente perdida de revitalizar esse mito da sombria casa onde toda aquela família foi morta naquela terrível chacina. Se a direção de arte e o roteiro são bons o mesmo não se pode dizer do elenco. Infelizmente Ryan Reynolds continua muito fraco. Em seus momentos cruciais na trama, quando tem que realmente mostrar serviço, ele falha a olhos vistos. No geral não deixa de ser um bom filme de horror, embora deixe a desejar em determinados aspectos como esse citado. Como não fez sucesso suficiente, possa ser que não haja mais produções explorando Amityville. Curiosamente a história que deu origem a tudo - com a morte da família e seus desdobramentos - ainda não foi devidamente explorada pelo cinema.

Pablo Aluísio.

Na Cama Com Madonna

Título no Brasil: Na Cama Com Madonna
Título Original: Madonna - Truth or Dare
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax Films
Direção: Alek Keshishian
Roteiro: Alek Keshishian, Madonna
Elenco: Madonna, Donna DeLory, Niki Harris

Sinopse:
Musical em forma de documentário que acompanha a popstar Madonna em sua turnê mundial 'Blond Ambition' durante os anos 1990. O filme capta Madonna nos palcos, nos bastidores, ensaios e toda a comoção causada por sua presença nos principais estádios por onde passou nessa sua vitoriosa excursão internacional. Filme indicado ao prêmio da National Society of Film Critics Awards na categoria de Melhor Documentário.

Comentários:
Produção que alcançou um grande sucesso em seu lançamento no começo dos anos 1990. Madonna, no auge de sua popularidade, desfila em cena, tentando mostrando como ela se comportava nessas turnês enormes e milionárias. Usando um visual em homenagem ao mito Marilyn Monroe, ela aproveita para alimentar ainda mais polêmica, fruto de seu comportamento pouco comum para popstars da época. De ameaças sofridas no Japão até uma quase prisão por 'indecência pública' no Canadá, o filme vai captando momentos ora íntimos, ora públicos da famosa cantora e dançarina. Uma das cenas ficou especialmente conhecida quando ela tira onda de Kevin Costner que vai visitá-la no camarim. Na época a cantora ainda namorava o nada simpático Warren Beatty, que aparece rapidamente numa cena de bastidores. Todo filmado em preto e branco, sem dúvida se trata de um belo trabalho que tenta trazer ao espectador a sensação de participar de algo tão dispendioso como essa turnê. Para os que gostam da artista é sem dúvida uma peça essencial.

Pablo Aluísio.

sábado, 26 de julho de 2014

Acusados

Título no Brasil: Acusados
Título Original: The Accused
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Jonathan Kaplan
Roteiro: Tom Topor
Elenco: Kelly McGillis, Jodie Foster, Bernie Coulson

Sinopse:
Sarah Tobias (Jodie Foster) é uma jovem vítima de estupro em um bar que resolve denunciar os autores do crime, mas acaba encontrando várias barreiras, tanto legais como culturais, seja no sistema penal como também na própria sociedade que se recusa a vê-la como uma simples vítima, se tornando alvo do preconceito de todos. Filme vencedor do Oscar e do Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Jodie Foster).

Comentários:
A melhor atuação da carreira de Jodie Foster também é um dos melhores filmes sobre o estigma que acaba acompanhando as mulheres que são vítimas de estupro. Por uma dessas coisas complicadas de explicar existe dentro da sociedade todo um sistema de preconceitos e injustos estigmas que acabam penalizando muito mais as vítimas do que os autores desse crime, tanto isso é verdade que muitas mulheres preferem silenciar a ter que passar por todo um martírio legal para ver os agressores atrás das grades. Para reforçar ainda mais o clima de denúncia, o diretor francês  Jonathan Kaplan resolveu adotar um estilo seco, quase documental, mostrando de forma clara e direta os desafios que esperam a personagem corajosa de Jodie Foster. Outro destaque do elenco, tão inspirada como ela no quesito atuação, vem da talentosa atriz Kelly McGillis, que após assumir ser gay levantou a bandeira contra outro tipo de preconceito, dirigido contra os homossexuais. Assim deixamos a indicação para os que admiram o trabalho desenvolvido pela atriz e estrela Jodie Foster. Aqui ela está simplesmente magistral em seu papel. O ponto alto de toda a sua carreira.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Salem

Título no Brasil: Salem
Título Original: Salem
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: David Von Ancken, Alex Zakrzewski
Roteiro: Brannon Braga, Jon Harmon
Elenco: Janet Montgomery, Shane West, Seth Gabel

Sinopse:
Na isolada e sombria Salem, os líderes da comunidade impõem uma severa moralidade baseada em preceitos religiosos para ser seguida por todos os membros. Quem não se adequar ao rígido código de comportamento corre o risco de ser queimado na fogueira, para onde são enviados todos os que se atrevem a entrar em contato com as forças do mal nas escuras florestas que cercam a cidade.

Comentários:
Tive uma boa surpresa ao assistir ao episódio piloto dessa nova série, "Salem". Como se sabe essa localidade ficou famosa na história por causa do conhecido evento histórico onde uma série de pessoas foram queimadas vivas na fogueira, após serem acusadas de bruxaria por uma jovem garota. O enredo se passa na mesma época histórica, com o lugar dominado pelo padrão moral dos puritanos, que puniam qualquer um que fosse contra suas crenças (eram protestantes fanáticos e queimavam as pessoas vivas tal como se via na inquisição na Europa). Não há o que reclamar de aspectos meramente técnicos (como figurinos, direção de arte, ambientação, reconstituição histórica, etc). O roteiro também me pareceu muito bem bolado, misturando fatos da história com realismo fantástico, isso porque as bruxas de Salem não são fruto da ignorância alheia ou do fanatismo religioso mas sim criaturas do mal, de existência concreta. No final do episódio ficamos com a sensação que vem coisa boa por aí - eis aqui uma boa aposta para acompanhar uma nova série que está chegando em sua telinha. Programe-se e se divirta!

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Jacknife

Título no Brasil: Jacknife
Título Original: Jacknife
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Pictures
Direção: David Hugh Jones
Roteiro: Stephen Metcalfe
Elenco: Robert De Niro, Kathy Baker, Ed Harris

Sinopse:
Um conflito se instala entre um veterano do Vietnã e sua irmã, que resolve se envolver romanticamente com um ex-companheiro seu, dos tempos do exército. A volta da convivência entre ambos acaba despertando velhos fantasmas do passado. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Ed Harris).
 
Comentários:
Um filme de Robert De Niro que poucos se lembram hoje em dia. Uma injustiça pois gosto bastante da estética mais barra pesada dessa produção. Além disso o personagem de De Niro é um achado e tanto, ótimo para um ator com tantas possibilidades como ele. Infelizmente em termos de Brasil o filme segue sendo pouco conhecido, até mesmo para quem viveu a época de seu lançamento. Aliás o filme foi extremamente mal lançado por aqui - nada de salas de exibição, indo parar direto no mercado de fitas VHS. Um absurdo em minha forma de ver, pois gosto bastante da película que hoje em dia é bem complicada de se achar. Em entrevistas de lançamento do filme nos anos 80, De Niro explicou sua intenção em fazer esse filme. Ele queria captar a alma do chamado "Working Man", ou seja, do trabalhador comum dos Estados Unidos. Sujeitos durões, mas íntegros que tinham que lidar com as durezas da vida mesmo depois de ter servido em guerras distantes e complicadas de entender, como o próprio conflito no Vietnã. Enfim, fica a dica para redescobrir esse pequeno mas interessante momento da filmografia de Robert De Niro nos anos 80.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Anjos da Vida

Título no Brasil: Anjos da Vida - Mais Bravos que o Mar
Título Original: The Guardian
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Andrew Davis
Roteiro: Ron L. Brinkerhoff
Elenco: Kevin Costner, Ashton Kutcher, Sela Ward

Sinopse:
Ben Randall (Kevin Costner) é um veterano da equipe de resgate da Guarda Costeira americana que é transferido para uma base de treinamento após a morte de um membro de sua equipe. A nova vida na academia não lhe agrada muito, mas ordens são ordens e devem ser cumpridas. Lá ele começa a lidar com novos recrutas, entre eles o arrogante e confiante jovem aspirante Jake Fischer (Ashton Kutcher), que terá muito a aprender com a sua experiência.

Comentários:
Um filme bastante razoável que foi prejudicado por causa da presença do "mala sem alça" Ashton Kutcher que não acrescenta em absolutamente nada no quesito atuação. É a tal coisa, Costner, já envelhecido, não era mais garantia de farta bilheteria - fato inclusive que foi mais do que confirmado por causa de alguns fracassos comerciais de que tinha participado. Assim o jeito foi a Touchstone Pictures escalar o astro jovem da TV Ashton Kutcher (de "That´s 70´s Show", um sitcom debilóide sobre jovens maconheiros nos anos 70), numa tentativa de usá-lo como chamariz para o público mais jovem. Não deu muito certo. Lembro bem que na sessão em que fui ver o filme havia muito mais adultos, certamente fãs de Kevin Costner em seus bons tempos. Nada de adolescentes bobões de lado (graças ao bom Deus!). Por falar nisso ainda bem que não foram ao cinema pois o filme se propõe a divertir, mas também trazer um pouco mais de densidade em sua carga dramática. As cenas são muito bem editadas, com ótimo timing nos diversos resgates que vão ocorrendo no desenrolar da trama. Considero uma película muito bem realizada do ponto de vista técnico. No geral é um bom filme, mas que não marcou muito e hoje já está quase completamente esquecido.

Pablo Aluísio.

Arn - O Fim da Jornada

Título no Brasil: Arn - O Fim da Jornada
Título Original:  Arn - Riket Vid Vägens Slut
Ano de Produção: 2008
País: Suécia, Dinamarca, Alemanha
Estúdio: AMC Pictures, Arion Communications
Direção: Peter Flinth
Roteiro: Jan Guillou, Hans Gunnarsson
Elenco: Joakim Nätterqvist, Sofia Helin, Stellan Skarsgård

Sinopse:
Após anos de luta na Terra Santa o cavaleiro templário Arn (Joakim Nätterqvist) só deseja voltar para sua terra natal, no norte da Europa. Seu maior sonho é se casar com o amor de sua juventude, ter filhos e aproveitar o resto de sua vida em paz. Sua dispensa porém parece cada vez mais longe, pois sua ordem agora é liderada por um nobre arrogante e sem experiência do campo de batalha. Após os templários serem encurralados pelas forças de Saladino, Arn presencia todo o seu grupo ser dizimado. Por um milagre consegue sobreviver ao terrível combate e finalmente recebe a autorização para voltar, dando início à sua jornada final.

Comentários:
Sequência de "Arn: O Cavaleiro Templário" de 2007. Como aprecio bastante história, principalmente na era das grandes cruzadas, sempre gostei dos filmes enfocando as lutas de Arn Magnusson, o personagem retratado nos livros de autoria do sueco Jan Guillou. O interessante é que Arn não foi apenas um personagem meramente ficcional, mas sim um cavaleiro real, cujo neto acabou fundando o Reino da Suécia. Assim temos enfocado nesses filmes um verdadeiro herói daquela nação. O filme, assim como o primeiro, é extremamente bem produzido. Não pense que deixa a desejar em nada em relação aos filmes americanos. As cenas de batalha, a fotografia e a reconstituição de época são perfeitas. "Arn - Riket Vid Vägens Slut" só não é superior ao primeiro porque a segunda parte do filme se concentra na volta de Arn à sua terra, onde acaba tendo que lidar com um outro tipo de guerra, envolvendo reinos rivais em disputa pelo trono real supremo do norte da Europa. Dinamarqueses, Noruegueses e Suecos, todos em pé de guerra, lutam para impor sua própria dominação. Mesmo esse conflito sendo muito bem recriado, ainda prefiro as batalhas do Templários no meio do deserto do Oriente Médio. Mas essa é uma questão menor no final das contas. Assista a saga de "Arn" e veja como é bem realizado e produzido o cinema sueco da atualidade.

Pablo Aluísio.