Mostrando postagens com marcador Christopher McQuarrie. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Christopher McQuarrie. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Missão: Impossível - Efeito Fallout

As críticas que havia lido sobre esse filme me deixaram com uma expectativa alta em relação ao que veria no cinema. Alguns críticos chegaram a dizer que era não apenas o melhor filme da franquia "Missão: Impossível" como também o melhor filme da carreira de Tom Cruise... Depois de assistir ao filme pude perceber como era um enorme exagero esse tipo de opinião. OK, o filme é muito bem produzido, algo a se esperar de uma produção que custou 180 milhões de dólares... há três excelentes cenas de ação, mas afirmar que o filme é uma obra prima ou qualquer coisa parecida sequer a isso soa desproporcional demais.

O que mais me desagradou nesse novo filme é que o roteiro é muito fraco, derivativo e básico. Cheio de clichês, não consegue fugir daquela velha fórmula dos mocinhos salvando o mundo da destruição. A falta de imaginação dos roteiristas chega a um nível absurdo, a ponto de repetirem pela milésima vez aquela cena em que as bombas estão prestes a explodir e é preciso cortar um dos fios, antes que a contagem regressiva chegue ao final. Quantas vezes você já viu isso em outros filmes e séries? Milhares de vezes! Ver tudo isso de novo me soou tão cansativo... É muito batido e sem graça. Chegou a me dar sono.

Então já que o roteiro é bobo e ruim, o que vale mesmo é tentar curtir as cenas de ação, todas obviamente bem absurdas e inverossímeis. Esqueça James Bond ou Superman, o verdadeiro herói indestrutível dos filmes de ação é mesmo o agente Ethan Hunt do Tom Cruise. Ele consegue sair de um enorme desastre envolvendo dois helicópteros em uma montanha nevada sem sequer sofrer um arranhão ou despentear seus cabelos. Por falar em Bond, o roteiro claramente se "inspira" (para não dizer plagia mesmo) a antiga fórmula de levar o protagonista para diversas partes do mundo. Pena que aqui não fugiram do óbvio, filmando novamente em Londres e Paris, cidades que já estamos cansados de ver em filmes. Então é isso. Pela falta de novidades achei esse filme apenas meramente razoável.

Missão: Impossível - Efeito Fallout (Mission: Impossible - Fallout, Estados Unidos, 2018) Direção: Christopher McQuarrie / Roteiro: Christopher McQuarrie, Bruce Geller / Elenco: Tom Cruise, Henry Cavill, Ving Rhames, Rebecca Ferguson / Sinopse: O agente Ethan Hunt (Tom Cruise) precisa recuperar três ogivas nucleares antes que elas caíam nas mãos de terroristas que querem destruir grandes cidades em nome de sua causa insana.

Pablo Aluísio.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Missão Impossível: Nação Secreta

Conforme o tempo vai passando, ele vai cobrando seu preço. Tom Cruise já não é mais aquele jovem de sorriso largo e capacidade infinita de sobreviver a todos os desafios na tela. Conforme sua carreira vai derrapando ele vai se segurando no que lhe parece ser o seguro e o certo, entre eles estrelar de vez em quando uma nova aventura de "Missão Impossível". Particularmente nunca fui grande fã dessa franquia, os filmes dela me passam a sensação de serem praticamente todos iguais. Isso não quer dizer que sejam necessariamente ruins, longe disso, eles mantém um padrão de qualidade que nunca decai. São apenas previsíveis, sem novidades ou surpresas. Até os roteiros seguem uma fórmula básica que se repete a cada nova produção. Eu penso que esse tipo de filme vai acabando com o charme de se ir ao cinema. Tudo parece tão igual aos outros, plastificado, sem alma, que muitas vezes me sinto assistindo a um videogame que já joguei muitas e muitas vezes. O Cruise também está envelhecido e isso fica bem evidente pela primeira vez. O tempo chega para todos, até para o Sr. Sorrisos.

Aqui o personagem de Tom Cruise tenta descobrir não apenas a identidade dos membros de uma organização criminosa chamado "O Sindicato" como também tenta entender o que está acontecendo com sua própria agência de espionagem, prestes a ser desativada, com suas funções sendo repassadas para a CIA, a agência de inteligência do governo americano. Vocês repararam que esse roteiro tem muita coisa a ver com o novo filme de James Bond? Pois é, não disse que os estúdios estavam cada vez mais sem imaginação, repetindo velhas fórmulas? É exatamente o que acontece nesse enlatado. A trama parece muito genérica e repetitiva. E pensar que ela é o substrato do roteiro para trazer algum background ou conteúdo para as várias cenas de ação mirabolantes - sendo que essas são, em conjunto, a verdadeira razão da existência do filme em si. São realmente excelentes, perfeitas do ponto de vista técnico, mas que novamente nos deixam com aquela sensação desagradável de que "já vimos tudo isso antes!". Ao lado de Cruise se destacam no elenco o ator Jeremy Renner (que apesar dos esforços dos estúdios ainda não virou um astro) e Alec Baldwin (envelhecido e mais canastrão do que nunca, quase levando sua atuação como uma brincadeira). Enfim, o que temos aqui é apenas um filme que você esquecerá muito rapidamente ou então confundirá com os demais da série daqui alguns meses. Nada muito relevante e surpreendente. Mais do mesmo. Cheiro de prato requentado no ar!

Missão Impossível: Nação Secreta (Mission Impossible - Rogue Nation, Estados Unidos, 2015) Direção: Christopher McQuarrie / Roteiro: Christopher McQuarrie / Elenco: Tom Cruise, Rebecca Ferguson, Jeremy Renner, Ving Rhames, Sean Harris, Alec Baldwin / Sinopse: O agente Ethan Hunt (Tom Cruise) se torna alvo de uma organização criminosa chamada "O Sindicato", algo que todos não acreditavam existir. Ao mesmo tempo tenta juntar as pontas da conspiração que deseja eliminar a sua própria agência de inteligência.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Missão Impossível - Nação Secreta

Título no Brasil: Missão Impossível - Nação Secreta
Título Original: Mission Impossible - Rogue Nation
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Christopher McQuarrie
Roteiro: Christopher McQuarrie
Elenco: Tom Cruise, Rebecca Ferguson, Jeremy Renner, Ving Rhames, Sean Harris, Alec Baldwin
  
Sinopse:
Dessa vez o agente Ethan Hunt (Tom Cruise) precisa sobreviver após se tornar alvo de uma organização chamada O Sindicato. Durante anos se especulou se ela realmente existia ou não. Para Hunt a confirmação veio ao saber que ele agora é a caça de um grupo de ex-agentes que até então eram considerados desaparecidos ou mortos em ação. Como se isso já não fosse ruim o bastante ele também precisa entender o que se passa com o seu próprio grupo de espionagem que agora está sendo desativado pelo governo americano, com suas antigas funções sendo repassadas para a agência de inteligência dos Estados Unidos, a CIA. Existiria alguma ligação entre os dois eventos?

Comentários:
Esse é aquele tipo de filme que você nem deve se importar muito com história ou roteiro. Como um blockbuster assumido, o filme não tem maiores pretensões artísticas. Tudo se resume em puro cinema comercial pipoca para ficar semanas e semanas em cartaz nos cinemas de shopping center. Um produto para as massas. De bom mesmo temos que reconhecer que essa franquia nunca teve quedas acentuadas de qualidade. Tudo parece se manter em um bom nível, pelo menos em termos de cenas de ação e diversão escapista. Na verdade, se formos analisar bem, "Missão Impossível" é uma coisa velha, ainda dos tempos da guerra fria, quando americanos e soviéticos brigavam no mundo da espionagem para se destruírem mutuamente. Tom Cruise curtia a antiga série de TV quando adolescente e assim que se tornou um ator rico e famoso, resolveu apostar numa jogada de mestre, comprando os direitos por um preço irrisório já que ninguém mais acreditava que algo tão antigo assim e ultrapassado fosse ainda gerar algum tipo de lucro, seja na TV ou no cinema. Cruise estava certo e todos os demais errados. Com a força de seu nome nas marquises de cinema, ele conseguiu reerguer esse ferro velho de tempos passados e hoje está aí, faturando horrores em cada sequência. Isso me faz também pensar que ele desistiu de tentar alcançar um velho sonho que tinha, o de um dia conquistar o Oscar de Melhor Ator.

Depois de vários bons filmes, alguns em que ele estava realmente muito bem, Cruise ao que tudo indica se decepcionou com as indicações que não se transformaram em prêmios e a partir daí se assumiu completamente como um astro comercial e nada mais. Seguindo nessa linha até que esse filme se sai muito bem. O roteiro é primário e sem maiores novidades. Como eu escrevi o que vale o ingresso aqui é ter ao menos duas ou três grandes sequências de ação e só. Nesse aspecto o filme cumpre bem esse tipo de promessa. Há pelo menos duas belas sequências nesse sentido, uma com Cruise pendurado para fora de um avião em decolagem (que inclusive ilustra um dos posters do filme) e outra submersa, quando ele tenta desativar um protocolo de identificação em uma espécie de tubo aquático de alta pressão. Claro que tudo se passando em um ambiente totalmente inverossímil, fantasioso e bem  desproporcional, o que no final das contas também faz parte do jogo. Então é isso. Um blockbuster competente que ajuda a passar o tempo com suas cenas espetaculosas. Como todo produto descartável será logo esquecido, mas quem se importa? É como tomar Coca-Cola, não traz nenhum benefício para sua saúde, não tem qualquer valor nutritivo, mas pelo menos é gostoso e mata a sua sede.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Jack Reacher – O Último Tiro

Um atirador de elite se posiciona em cima de um prédio de uma grande cidade americana. Seu alvo são pessoas comuns, que estão apenas andando despreocupadamente. Em pouco tempo começa a matança. Essa é a cena inicial de “Jack Reacher – O Último Tiro” o novo filme de ação estrelado por Tom Cruise. Ele interpreta um veterano do exército que após deixar o serviço militar decide sair pelo mundo, sem deixar grandes rastros atrás de si. Ele não é um procurado ou um criminoso mas apenas um ex-soldado que entende já ter feito muito nas campanhas de que participou. Seu nome surge quando o departamento de polícia finalmente encontra o franco atirador. Sem dizer uma única palavra ele apenas rabisca em um papel: “Encontrem Jack Reacher!”. Mas afinal qual seria a ligação do ex-militar condecorado com o terrível atentado? Revelar mais seria temerário. O que posso adiantar é que esse filme, apesar de ser tecnicamente uma fita de ação, tem muito mais a revelar ao espectador do que inicialmente se espera.

De fato a complexa trama vai se revelando aos poucos, com as peças se encaixando gradualmente. O filme alia um roteiro inteligente, bem estruturado, com algumas seqüências de ação muito bem realizadas, o que não causa tanta surpresa uma vez que Cruise já tem muita experiência nesse tipo de produção (basta lembrar de seus sucessos na franquia “Missão Impossível”). Existem algumas reviravoltas na estória mas nada inverossímil demais ou que force a barra. No geral o filme agrada, embora os fãs de filmes de ação possam achar certas partes meio cansativas ou paradas. Isso acontece porque realmente há toda uma situação a ser desvendada e isso exige tempo. O filme é longo – mais do que o habitual – mas se o espectador tiver interesse no que ocorre na tela não se sentirá entediado. Em termos de ação destaco a boa cena de perseguição pelas ruas da cidade, com Cruise pilotando um carro envenenado e o confronto final, na pedreira, que conta com Robert Duvall, ator veterano que não participa muito do filme mas que ajuda a compor o quadro final do clímax. Em suma é isso. “Jack Reacher” pode até virar uma nova franquia na carreira de Cruise – isso se fizer sucesso e ele ainda tiver idade para encarar esse tipo de fita, é claro. No geral está recomendado.
   
Jack Reacher – O Último Tiro (Jack Reacher, Estados Unidos, 2012) Direção: Christopher McQuarrie / Elenco:  Tom Cruise, Rosamund Pike, Robert Duvall, Jai Courtney, Richard Jenkins, Werner Herzog / Sinopse: Após um terrível atentado onde pessoas inocentes são mortas por um atirador de elite o nome de Jack Reacher, um veterano condecorado surge nas investigações. Teria ele algo a ver com a matança?

Pablo Aluísio.