domingo, 4 de junho de 2006

Os Três Homens do Texas

Título no Brasil: Os Três Homens do Texas
Título Original: Three Men from Texas
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Harry Sherman Productions
Direção: Lesley Selander
Roteiro: Norton S. Parker, Clarence E. Mulford
Elenco: William Boyd, Russell Hayden, Andy Clyde, Morris Ankrum, Morgan Wallace, Thornton Edwards

Sinopse:
O filme conta a história de uma cidade infestada de bandidos na Califórnia, impotentes para lidar com a situação, e um comitê de cidadãos chega ao Texas e apela aos Texas Rangers por ajuda na organização das forças da lei e da ordem na região.

Comentários:
Esse filme traz um dos personagens mais populares do faroeste americano na década de 1940. Estou me referindo ao justiceiro e Texas Ranger Hopalong Cassidy, aqui interpretado pelo ator William Boyd. Esse personagem que inicialmente nasceu nas páginas da literatura de western lá por volta de 1890, foi para o cinema em bem sucedidas adaptações para as telas. Só para se ter uma ideia foram produzidos mais de 40 filmes estrelados por esse personagem entre as décadas de 1930 a 1950. Seu nome no cartaz era sinônimo de boas bilheterias na época, principalmente em relação ao um público mais jovem que curtia suas aventuras, inclusive nos quadrinhos, pois ele também foi adaptado pela nona arte. Então fica a dica para quem tem curiosidade em conhecer melhor esse ícone da cultura pop do western.

Pablo Aluísio.

Sob o Comando da Morte

Esse faroeste pode ser considerado um bom filme sobre a cavalaria americana. A história se passa alguns meses depois do massacre da Sétima Cavalaria do General Custer. O clima ainda é de guerra com os nativos. Uma tropa da cavalaria é atacada por índios e seu comandante é morto com uma flecha certeira no coração. O posto de líder do grupo então passa para o Capitão Robert MacClaw (Guy Madison). Só que há um problema: ele é médico e não oficial de carreira, o que faz com que seus subordinados vejam com desconfiança sua liderança no campo de batalha.

O pior acontece depois quando a tropa é designada para uma missão especial, acompanhar e defender uma caravana de pioneiros que rumam para o oeste no meio de um território com muitos guerreiros apaches e de diversas outras nações indígenas. Manter todas aquelas pessoas salvas ao mesmo tempo em que precisa ganhar a confiança de seus próprios homens, passa a ser o duplo desafio para o Capitão MacClaw. E como se tudo isso não fosse o bastante ainda surge o desafio de enfrentar no meio do deserto um surto de varíola, que pode contaminar todos os membros da caravana. Bom filme, com uma excelente cena final quando a cavalaria enfrenta um grupo violento de guerreiros nativos. E eles usam carroças como elemento de ataque e proteção. Para quem aprecia histórias de faroeste sobre a cavalaria, esse filme é bem indicado.

Sob o Comando da Morte (The Command, Estados Unidos, 1954) Direção: David Butler / Roteiro: Russell S. Hughes / Elenco: Guy Madison, Joan Weldon, James Whitmore / Sinopse: Tropa da cavalaria americana enfrenta diversos desafios ao atravessar um território hostil, com tribos de índios guerreiros que querem destruir uma caravana de pioneiros defendida pelos militares do exército americano.

Pablo Aluísio.


sábado, 3 de junho de 2006

Flechas em Chamas

Título no Brasil: Flechas em Chamas
Título Original: Arrow in the Dust
Ano de Produção: 1954
País: Estados Unidos
Estúdio: Allied Artists Pictures
Direção: Lesley Selander
Roteiro: Don Martin, L.L. Foreman
Elenco: Sterling Hayden, Coleen Gray, Keith Larsen, Tom Tully, Jimmy Wakely, Tudor Owen

Sinopse:
Bart Laish (Sterling Hayden) decide desertar do exército americano. Para isso sobe em um vagão de trem. Na jornada acaba assumindo o comando de um oficial da cavalaria que está morto, por causa dos ferimentos causados por um ataque de índios. E nessa nova posição precisa liderar um grupo de homens no meio do velho oeste, tudo sob ataque de nativos.

Comentários:
O ator Sterling Hayden foi até bem conhecido dos fãs de faroeste na década de 1950. Isso porque ele estrelou uma série de filmes B, de pequenos estúdios de cinema em Hollywood. Um dessas companhias cinematográficas era a Allied Artists que iria à falência na década seguinte. Nessa produção modesta temos um protagonista diferente. Ao invés de ser o homem do oeste íntegro e corajoso, surge aqui um desertor, que nos tradicionais filmes de western sempre era retratado como um covarde. Só que esse desertor acaba entrando numa situação surreal ao ter que em determinado momento liderar um grupo de soldados da cavalaria. Que ironia! Para quem queria fugir do exército... o destino lhe deu uma rasteira. O filme é um bang-bang de rotina, inclusive foi criticado na época de seu lançamento por ser um tanto genérico. Mesmo assim vale por alguns bons momentos. Sterling Hayden não era um grande astro de cinema, mas conseguia segurar bem filmes como esse. Enfim, um faroeste B que vale a matinê.

Pablo Aluísio.

Legião de Heróis

Título no Brasil: Legião de Heróis
Título Original: North West Mounted Police
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Cecil B. DeMille
Roteiro: Alan Le May, Jesse Lasky Jr
Elenco: Gary Cooper, Madeleine Carroll, Paulette Goddard, Preston Foster, Robert Preston, George Bancroft

Sinopse:
A história do filme se passa em 1885. Dusty Rivers (Cooper) é um Texas Ranger que viaja para o Canadá para prender um caçador procurado por assassinato e roubo. O criminoso cruzou a fronteira e passou a incitar os nativos da região em uma rebelião contra o governo canadense. O clima passa a ser de guerra. Caberá a Rivers prender o procurado para evitar um banho de sangue. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor edição e melhor direção de fotografia.

Comentários:
Um faroeste diferente, cuja história se passa no frio Canadá e não nas longas areias do deserto do velho oeste dos Estados Unidos. Nem preciso escrever que a direção de fotografia ficou belíssima, justamente por causa das locações em regiões especialmente belas daquele país montanhoso e gelado. Acabou vencendo o Oscar de forma mais do que merecida. Além disso o filme se destaca também por ter dois nomes importantes na história do cinema americano. O primeiro é Cecil B. DeMille, lendário produtor e magnata do cinema na era de ouro de Hollywood. O interessante é que ele gostou tanto do roteiro do filme que decidiu dirigir, algo que nem sempre fazia, uma vez que se notabilizou mesmo por ser um grande produtor na velha Hollywood. Gary Cooper é o outro nome que se destaca e logo chama a atenção. Considerado um dos grandes atores de estilo faroeste do cinema americano, esse veterano das telas está em seu papel habitual, a do homem honesto e íntegro, que deseja fazer cumprir a lei, custe o que custar. Em conclusão temos aqui um clássico do western que se destaca justamente por suas peculiaridades. Grande filme!

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de junho de 2006

Rastros de Ódio

Título no Brasil: Rastros de Ódio
Título Original: The Searchers
Ano de Produção: 1956
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Ford
Roteiro: Frank S. Nugent, Alan Le May
Elenco: John Wayne, Jeffrey Hunter, Natalie Wood, Vera Miles, John Qualen, Ward Bond

Sinopse:
O clássico do western "Rastros de Ódio" conta a história de Ethan Edwards (John Wayne), um veterano da Guerra Civil americana que embarca em uma jornada para resgatar sua sobrinha que fora raptada por guerreiros Comanches. Achar a garota passa a se tornar a obsessão de sua vida e ele se mostra disposto a tudo para resgatá-la das mãos dos nativos.

Comentários:
O próprio John Wayne costumava dizer que esse era o melhor filme de sua carreira. Tão orgulhoso ficou de seu trabalho e de seu personagem que resolveu dar o nome de Ethan a um de seus filhos. E como se isso não bastasse dizia e repetia em entrevistas que desejava ser lembrado justamente por esse "Rastros de Ódio". Não era pouca coisa. E realmente estamos mesmo diante de um filme inesquecível que marcou época na história do cinema. O diretor John Ford aqui chegou seguramente no ponto alto de sua rica carreira de cineasta. O filme pode ser considerado sua maior obra-prima. O desenvolvimento psicológico de todos os personagens era algo raro em filmes de faroeste na década de 1950. O roteiro e a direção acentuaram isso, transformando a trajetória do protagonista não apenas em uma jornada obsessiva, mas também em uma busca de si mesmo, de seus valores mais importantes. Aclamado por publico e crítica o filme foi absurdamente injustiçado pelo Oscar, passando em brancas nuvens pela Academia. Um retrato de um certo preconceito que existia contra filmes de faroeste. Não faz mal, "Rastros de Ódio" é uma obra cinematográfica tão maravilhosa que não precisaria mesmo de prêmios como esse para marcar sua posteridade.

Pablo Aluísio.

Onde Impera a Traição

Título no Brasil: Onde Impera a Traição
Título Original: The Duel at Silver Creek
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Don Siegel
Roteiro: Gerald Drayson Adams
Elenco: Audie Murphy, Faith Domergue, Stephen McNally, Susan Cabot, Gerald Mohr, Eugene Iglesias

Sinopse:
O cowboy e pistoleiro Luke Cromwell (Audie Murphy), também conhecido como "The Silver Kid" resolve se unir ao xerife Lightning Tyrone (Stephen McNally) para defender uma pequena cidade do velho oeste de uma quadrilha de bandoleiros, assassinos e saqueadores violentos e cruéis.

Comentários:
Esse filme tem alguns aspectos importantes. O primeiro deles é que foi dirigido pelo ótimo cineasta Don Siegel. Nesses últimos anos ele tem sido considerado um dos melhores diretores de faroeste da história por críticos de cinema e historiadores de arte. Um verdadeiro artesão da sétima arte. Segundo, o filme foi roteirizado por Gerald Drayson Adams, que era escritor, autor de livros romanceados com histórias que se passavam justamente no velho oeste, ou seja, ele entendia bem do tema que era a base de seu roteiro. Por fim essa foi uma das produções comerciais mais bem sucedidas da carreira do astro Audie Murphy. Ele não era ator de profissão, mas sim um veterano condecorado na II Guerra Mundial. Por isso a Universal ainda tinha dúvidas se ele poderia dar certo no cinema. Acabou dando, como foi bem provado pelos números alcançados nas bilheterias da época. E ele acabou se tornando um dos cowboys mais queridos da mitologia do faroeste no cinema. Talvez por ter morrido precocemente, sua fama ficou intacta, gerando nostalgia e Alegria para o seu grande fã clube, inclusive no Brasil, onde sempre foi um ator muito querido dos fãs de filmes de western.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 1 de junho de 2006

A Lei do Mais Valente

Título no Brasil: A Lei do Mais Valente
Título Original: Yellowstone Kelly
Ano de Produção: 1959
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Gordon Douglas
Roteiro: Burt Kennedy, Heck Allen
Elenco: Clint Walker, Edd Byrnes, John Russell, Ray Danton, Claude Akins, Rhodes Reason

Sinopse:
Em 1870, no território sioux ao sul do Missouri, o caçador e batedor Luther 'Yellowstone' Kelly (Clint Walker) é contratado pelo exército em Fort Buford, para guar as tropas em território selvagem e desconhecido. Uma guerra iminente entre os nativos e a cavalaria está prestes a explodir.

Comentários:
Esse faroeste fez bastante sucesso nos anos 1950. E méritos cinematográficos não lhe faltam. O enredo mostra o momento histórico em que os nativos americanos começaram a ter consciência que não havia mais como deter o avanço do homem branco sobre suas terras. A cada dia mais tropas da cavalaria chegavam, mais índios eram mortos. Até mesmo caçadores que tinham boa relação com os guerreiros Sioux, como o protagonista do filme, chegavam na conclusão que não haveria mais volta. O passado estava morrendo, o futuro seria a forte presença do homem branco naqueles territórios selvagens. Produzido em um tempo em que o politicamente correto não existia, o roteiro abraça mesmo a causa da conquista do oeste, mesmo sabendo-se que as culturas nativas seriam destruídas nesse processo de verdadeira invasão. No quadro geral temos um bom filme, com boa produção e uma história interessante que vai despertar a atenção do espectador da primeira à última cena. Um bom western dos anos 50, enfim.

Pablo Aluísio.

Meu Ódio Será Sua Herança

No final da década de 1960, quando as cortinas do gênero western pareciam se fechar para sempre, uma leva de excelentes filmes foram surgindo nas telas de cinema, revitalizando o faroeste, dado por muitos como algo ultrapassado, que os grandes estúdios de Hollywood já não tinham mais interesse. Um desses novos clássicos que vieram para não deixar que algo assim acontecesse foi esse "Meu Ódio Será Sua Herança" que foi recebido, desde as primeiras exibições, como um vento de renovação no estilo. A crítica obviamente adorou e o filme chegou a concorrer em duas categorias no Oscar, melhor roteiro adaptado e melhor música, para o sempre excelente maestro Jerry Fielding. Merecia até mais indicações em categorias mais prestigiadas.

Esse filme também é um dos mais importantes e representativos da carreira do mestre Sam Peckinpah. Muito se fala até hoje em dia na questão da violência retratada nos filmes. Pois bem, Sam Peckinpah foi um mestre em mostrar cenas violentas como verdadeiras obras de arte. Até hoje ele é considerado uma espécie de criador da chamada violência estilizada, onde cada momento, cada fotograma era especialmente trabalhado para trazer o máximo em termos de impacto visual para o espectador. Assim o filme usava a violência não como apelação, mas sim como ferramenta de narrativa. Enfim, temos aqui um clássico do western, com a assinatura do grande Sam Peckinpah.

Meu Ódio Será Sua Herança (The Wild Bunch, Estados Unidos, 1969) Estúdio: Warner Bros / Direção: Sam Peckinpah / Roteiro: Walon Green, Sam Peckinpah / Elenco: William Holden, Ernest Borgnine, Robert Ryan, Edmond O'Brien, Warren Oates / Sinopse: Uma quadrilha de envelhecidos criminosos, de foras-da-lei do passado. planeja um último grande roubo enquanto o tradicional oeste americano está desaparecendo ao seu redor.

Pablo Aluísio.