quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Amityville 5: A Maldição de Amityville

Título no Brasil: Amityville 5: A Maldição de Amityville
Título Original: The Amityville Curse
Ano de Lançamento: 1990
País: Canadá
Estúdio: Image Organization
Direção: Tom Berry
Roteiro: Hans Holzer, Michael Krueger
Elenco: Kim Coates, Dawna Wightman, Helen Hughes

Sinopse:
Cinco pessoas passam a noite em uma casa abandonada, uma casa mal-assombrada em Amityville, e logo se vêem aterrorizadas por diversos fantasmas, entidades demoníacas, insetos venenosos e aparições fantasmagóricas.

Comentários:
Infelizmente os produtores dessa franquia perderam o controle sobre os filmes. Acontece que o nome de Amityville, por ser o nome de um lugar, não poderia ser registrado da forma adequada. Então de repente eram lançados filmes, digamos, bastardos sobre essa história. Esse aqui eu considero um deles. Um filme feito para a TV canadense, muito mal produzido e com um enredo que sinceramente não forma conexão com a famosa história de terror que estamos acostumados. É a tal coisa, puro oportunismo mesmo. Usa o famoso nome como atrativo, coloca uma numeração correta (no caso do 5) e pronto, tentam faturar fácil em cima do público. No meu caso vi por mera curiosidade, mas eles realmente nunca me enganaram sobre isso. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Sangue Bravo

Título no Brasil: Sangue Bravo
Título Original: The Outriders
Ano de Lançamento: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Roy Rowland
Roteiro: Roy Rowland
Elenco: Joel McCrea, Arlene Dahl, Barry Sullivan

Sinopse:
Em 1865, três prisioneiros da guerra civil norte-americana, soldados confederados fugitivos, são coagidos a se juntarem a uma quadrilha de bandoleiros e criminosos liderados pelo proscrito procurado Quantrill. Eles planejam roubar um carregamento de ouro da União escondido em uma caravana de pioneiros que iriam de Santa Fé até St Louis.

Comentários:
Um filme que traz muitos elementos caros à filmografia western nos hoje distantes anos 1950. Eu sempre recomendo filmes de faroeste produzidos nessa década. Apesar de muitos deles trazerem roteiros que exageravam um pouco no melodrama, principalmente quando havia algum envolvimento romântico do protagonista, esses filmes eram bem produzidos, com ótimas tomadas de cena no assim chamado velho oeste selvagem. Nesse filme o ator McCrea, que era muito popular, mas que nunca virou um grande astro, interpreta esse sujeito, um criminoso fugitivo, que se une a uma caravana de pioneiros. O plano é roubar o ouro, no valor de 1 milhão de dólares, que está escondido em uma das carroças, só que durante a viagem ele se apaixona pela mocinha interpretada pela bela atriz Arlene Dahl. Então surge o conflito interno: Ele deve levar o plano até o fim ou mudar de lado, protegendo aquelas pessoas inocentes? Enfim, um faroeste dos bons, nos velhos tempos em que Hollywood fazia grandes filmes nesse gênero cinematográfico. 

Pablo Aluísio.

O Espião Submarino

Título no Brasil: O Espião Submarino
Título Original: The Spy in Black
Ano de Lançamento: 1939
País: Estados Unidos, Reino Unido
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Michael Powell
Roteiro: J. Storer Clouston, Emeric Pressburger
Elenco: Conrad Veidt, Valerie Hobson, Sebastian Shaw

Sinopse:
Em um mundo cada vez mais conflituoso, mas ainda não em guerra, um submarino alemão U-BOAT é enviado às ilhas Orkney para afundar a frota britânica que navegava por aquelas águas sem ter a menor ideia do risco e do perigo que estavam prestes a enfrentar.

Comentários:
Não é exagero quando alguns críticos ingleses colocam esse filme como um dos melhores filmes britânicos da década de 1930. De fato, é um filme muito bom, embora algumas ressalvas devam ser ditas. Uma delas, sendo a principal, é que a história mostrada no filme é puramente ficcional. Acontece que a Europa estava prestes a entrar na II Guerra Mundial e os nervos estavam á flor da pele. Por isso muitos acreditaram na história que o filme conta, mas realmente não teve nenhum contato com fatos históricos. Outro ponto de observação é justamente o capricho do roteiro em explorar os costumes e o modo de vida dos escoceses naquela época. Nesse aspecto o filme funciona até mesmo como um retrato social daquelas pesssoas que viveram naqueles momentos históricos dramáticos. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Frankenstein

Título no Brasil: Frankenstein
Título Original: Frankenstein
Ano de Lançamento: 1931
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: James Whale
Roteiro: John L. Balderston, Mary Shelley
Elenco: Colin Clive, Boris Karloff, Mae Clarke, John Boles, Edward Van Sloan, Frederick Kerr

Sinopse:
Dr. Frankenstein, um ambicioso e até mesmo meio lunático cientista, decide que quer superar o desafio da morte. Ele pretende com suas experiências trazer material orgânico morto de volta à vida e para isso usa a força da energia contida em raios capturados em uma grande tempestade. E suas experiências realmente dão certo, criando um monstro em seu processo. 

Comentários:
Poucos filmes na história do cinema foram tão influentes dentro da cultura pop como esse primeiro Frankenstein da década de 1930. Para bem entender isso basta lembrar da figura do monstro. O design de maquiagem feita para essa produção marcou para sempre esse personagem ícone. Basta pensar em Frankenstein para vir imediatamente à mente a maquiagem usada por Boris Karloff. Ficou para sempre imortalizada no inconsciente coletivo das pessoas. E além desse aspecto importante temos que reconhecer que o filme é genial, mesmo tendo passado quase 100 anos de seu lançamento original. Todos os elementos já estão presentes na película, desde a direção, a linda fotografia em preto e branco (que combinou muito bem com o lado soturno da história) e o elenco, que não poderia ser mais perfeito. Some-se a isso a força da própria obra original escrita por Mary Shelley que criou todo um gênero literário e sobrevive bravamente ao passar do tempo. Enfim, obra-prima do começo ao fim. Excelente em todos os aspectos. Ao lado de Drácula é considerado o mais famoso e celebrado personagem de terror da galeria da Universal Pictures em sua era de ouro no cinema. 

Pablo Aluísio.

O Homem Invisível

A Universal Pictures investiu bastante, em seus primórdios, em filmes de terror. Foi criada toda uma galeria de filmes que posteriormente iriam ser chamados de "Os Monstros da Universal". Estão nessa lista o clássico filme de Drácula com Bela Lugosi e o primeiro filme sobre o Lobisomem. E foi justamente dentro dessa fase que surgiu essa adaptação para o cinema de "O Homem Invisível". Era uma ideia nova, que poderia ou não dar certo no cinema. O que iria acontecer é que não apenas o filme iria fazer muito sucesso como também iria abrir o caminho para outras adaptações do mesmo calibre. Afinal os produtores agora viam que havia público que tinha interesse em assistir a filmes assim. E havia mesmo muito público. As bilheterias e o lucro eram quase certos.

É impressionante saber que esse filme foi produzido em 1933, ou seja, está prestes a celebrar 100 anos de seu lançamento original! Tudo é tão criativo nesse filme, tão inventivo, que ficamos mesmo admirados em saber que tudo foi feito na distante década de 1930. Outro aspecto digno de nota é que embora fosse classificado na época como um filme de terror, essa produção não fica confinada apenas nesse gênero. É filme Sci-fi por excelência, dos bons e um clássico absoluto desse estilo. Enfim, o melhor de dois mundos.

O Homem Invisível (The Invisible Man, Estados Unidos, 1933) Direção: James Whale / Roteiro: R.C. Sherriff / Elenco: Claude Rains, Gloria Stuart, William Harrigan / Sinopse: Baseado na obra de H.G. Wells, o filme "O Homem Invisível" conta a história de um cientista que encontra uma maneira de se tornar invisível, mas ao fazer isso, ele se torna mortalmente louco.

Pablo Aluísio.

domingo, 21 de janeiro de 2024

A Morte de Alexandre I

O czar russo Alexandre I conseguiu vencer Napoleão Bonaparte. Ele teve o bom senso de entregar toda a estratégia aos seus generais, quando o imperador francês invadiu a Rússia. A tática usada ficou conhecida como "Terra arrasada", ou seja, não deixar nada para as tropas francesas. Nem comida, nem plantações, nem casas. Tudo destruído. Deu certo. Os franceses ficaram à mercê da natureza e foram duramente castigados quando se retiraram, em pleno inverno russo, sem comida, mantimentos e nem roupas adequadas. Milhares de soldados franceses morreram. Napoleão fora derrotado na Mãe Rússia, mostrando que ele não era invencível.

Depois disso as tropas russas tomaram a ofensiva e só pararam quando chegaram em Paris. Alexandre I acompanhou seus homens até a capital francesa. Uma vez lá sentiu-se como o dono do mundo. Um imperador que havia destruído Napoleão, não era realmente pouca coisa. Imediatamente o Czar propôs uma aliança de nações ao qual chamou de "Santa Aliança", uma maneira de impedir que novos líderes como Napoleão surgissem. Durante as negociações também foi decidido que Napoleão seria enviado para uma ilha distante, longe do continente europeu. Ele deveria ficar lá até sua morte. A intenção era não transformar o imperador francês em um mártir.

Depois da vitória o Czar Alexandre I aproveitou tudo o que podia da capital francesa. Promoveu bailes da vitória, se envolveu com mulheres lindas da corte, dançou, festejou, até não poder mais. A despeito de toda a farra havia também uma dualidade em sua alma. Fraco aos prazeres mundanos, o Czar começou a desenvolver uma mentalidade mística, se considerando um enviado de Deus ao mundo para destruir o diabólico Napoleão Bonaparte. A crise existencial entre aproveitar os prazeres da vida e o sentimento religioso iriam seguir com ele até sua morte.

De volta para a Rússia, Alexandre seguiu seu reinado, mas ele não viveu por muito tempo após a vitória sobre Napoleão. O imperador morreu aos 47 anos de idade, em dezembro de 1825, após apresentar uma estranha febre. A causa de sua morte segue sendo incerta. Para alguns ele morreu de febre tifoide, para outros malária que teria contraído no campo de batalha. Ele também faleceu longe de seu querido palácio, pois estava de viagem. Não foi uma morte feliz e nem tranquila. O imperador tinha ainda muitos planos para a Rússia.  Ele achava que viveria muitos anos ainda, porém seu destino era morrer cedo, cedo demais segundo alguns historiadores. De uma forma ou outra o Czar resolveu fazer de seu irmão, Nicolau, o seu sucessor. Na linha de sucessão o trono deveria ter sido passado para Constantino, mas esse já havia dito a Alexandre que não queria se tornar o imperador da Rússia. Assim Alexandre resolveu fazer de seu irmão mais jovem o próximo czar de todas as Rússias. Ele se tornaria o czar Nicolau I.

Pablo Aluísio. 

Napoleão Bonaparte e o Antigo Regime

Napoleão Bonaparte, conquistador de nações, quem diria, tinha vários complexos que ele foi adquirindo ao longo dos anos. O primeiro deles e mais enraizado vinha justamente de suas origens. O fato é que Napoleão havia nascido na ilha da Córsega, território que historicamente tinha laços com a Itália e não com a França. Isso o tornava um estrangeiro em solo francês? Não, porque em sua época a região estava sob domínio do Reino da França, porém culturalmente havia um fosso entre aquele que seria o futuro imperador e a nação que comandaria.

Na academia militar onde foi estudar era tratado pelos demais estudantes como "o corso", o que era de certa maneira uma maneira de rebaixa-lo dentro da hierarquia dos cadetes e uma barreira inequívoca para subir na carreira. Aliás em relação à sua terra natal o jovem Napoleão tinha sentimentos conflitantes. Seu pai era considerado um oportunista político por muitos. Se fosse interessante apoiar a libertação de sua terra natal ele o faria. Seria o líder pela independência. Porém o outro lado também era bem-vindo pois se fosse preciso abraçar o poder francês imperial  ele o faria também, sem remorsos ou culpas. Seria contra os republicanos sem nem piscar o olho. Mudava de lado quando era conveniente. Ele não tinha lados ideológicos, ele tinha apenas ambição pessoal. O que lhe fosse melhor, seria escolhido, independente de bandeiras ou nações. O importante era ele se dar bem de algum modo. Napoleão Bonaparte herdou muito da personalidade do velho, de seu pai.

Napoleão Bonaparte não foi um revolucionário de primeira ordem. Ele apenas surfou a onda revolucionária pois essa lhe era favorável. Como não tinha origens nobres e nem títulos importantes dentro da corte era conveniente a ele que o antigo regime viesse abaixo. Quando os principais líderes da revolução francesa foram executados na guilhotina, alvos de sua própria loucura ideológica, houve um vácuo de poder. Napoleão via tudo com interesse. Cada novo líder revolucionário que era jogado sem cabeça dentro de uma cova rasa lhe interessava. Era um concorrente a menos.. Foi nesse vácuo de poder absoluto que o jovem militar Napoleão Bonaparte tomou o destino em suas mãos. Aproveitou o momento, soube perceber que havia chegado sua oportunidade.

Porém pessoalmente ele nunca foi um fanático dos ideais da revolução francesa. Tanto isso é verdade que ao tomar outras nações procurou até mesmo formar alianças com antigas linhagens de nobreza, como a própria dinastia da casa de Habsburgo. Dentro da Europa poucas famílias representavam mais o antigo regime do que eles, mas Napoleão nem quis saber disso. Desposou uma das duquesas e teve um filho com ela. Agindo assim Napoleão procurava uma espécie de validação das linhagens nobres da antiga Europa. Nada poderia ser tão antirrevolucionário do que isso. Assim o que temos é realmente uma figura histórica contraditória, um misto de restos da revolução e busca por uma linhagem que nunca teve. O herói francês estava mesmo de calças curtas nesse aspecto pois os nobres da época o consideravam apenas um "vira-lata" vulgar, violento e obcecado pelo mesmo poder absoluto que um dia havia prometido combater.

Pablo Aluísio. 

sábado, 20 de janeiro de 2024

The Crown - Sexta Temporada

The Crown - Sexta Temporada
Outra série que finalizei nesse fim de semana. Aqui temos o final da sexta temporada e o final da série como um todo. Em relação a The Crown devo dizer que sempre preferi muito mais as primeiras temporadas e isso por uma questão conceitual. Elas traziam a juventude da rainha Elizabeth II, algo que não acompanhei e não vivenciei, bem ao contrário dessas últimas temporadas que já mostram o turbulento relacionamento entre Diana e Charles, a morte da princesa e a comoção mundial, algo que eu acompanhei na TV na época. Então essa sensação de certa familiaridade com os acontecimentos tira um pouco do charme da série. Já sobre a jovem Elizabeth tudo era novidade, tudo era informação histórica, muitas dos quais desconhecia. 

Nessa última temporada vemos os momentos finais de Diana, seu relacionamento conturbado com o filho de um imigrante milionário do Egito e sua morte naquele trágico acidente em Paris. Vemos também os momentos dramáticos de superação da morte da mãe por seus dois filhos e finalmente o casamento de Charles e Camilla Parker Bowles no episódio final. Sobre esse episódio final devo dizer também que a morte de Elizabeth II foi mostrada de uma forma bem poética e lírica, algo que me surpreendeu. Foi bonito, respeitoso e muito delicado. Não esperaria por nada muito diferente dessa série que se notabilizou pela elegância  em seu desenvolvimento. Uma pena que tenha chegado ao seu final. Agora é esperar por outras séries do mesmo tipo. Eu sou fã de carteirinha desse tipo de série. Enfim, baixem as cortinas para a rainha e toque a sua música final de despedida, claro, tudo no bom e velho estilo escocês. 

The Crown - Sexta Temporada (Reino Unido, 2023) Direção: Alex Gabassi, Stephen Daldry, dentre outros / Roteiro: Peter Morgan, Meriel Sheibani-Clare, dentre outros / Elenco: Imelda Staunton, Jonathan Pryce, Dominic West, Ed McVey / Sinopse: Temporada final da série The Crown. A princesa Diana, separada do marido Charles, morre em um acidente em Paris. A Rainha tenta manter a monarquia de pé, enquanto precisa lidar com uma nova crise causada pelo desejo de Charles de se casar com Camilla Parker Bowles. 

Pablo Aluísio.