quinta-feira, 6 de junho de 2013
O Especialista
Eles tinham sido responsáveis pela morte dos pais de May e ela agora sente que tem a oportunidade ideal para saciar sua sede de justiça. Outro personagem interessante na trama é Ned Trent (James Woods), também egresso das fileiras da CIA (onde trabalhou ao lado do personagem de Stallone) mas que agora se tornou membro da quadrilha da poderosa máfia local. “O Especialista” desperdiça bons atores como James Woods e Rod Steiger em papéis convencionais demais. A direção é burocrática, jamais ousando, nunca saindo do feijão com arroz dos filmes de ação da época, tudo obviamente seguindo a fórmula dos action movies da década de 80 por causa da presença de Stallone, o que de certa forma prejudicou o resultado. No final o interesse é todo desviado para o casal Stallone / Stone. Eles fazem tudo para elevar o nível de sensualidade do enredo mas o resultado se mostra bem morno. Sharon Stone estava lindíssima mas seu trabalho como atriz nesse filme é abaixo da média. Hoje em dia vale como curiosidade muito embora tenha envelhecido bastante em sua proposta.
O Especialista (The Specialist, Estados Unidos, 1994) Direção: Luis Llosa / Roteiro: John Shirley, Alexandra Seros / Elenco: Sylvester Stallone, Sharon Stone, James Woods, Rod Steiger, Eric Roberts / Sinopse: May Munro (Sharon Stone) tenta se vingar da morte de seus pais e para isso conta com a ajuda de um especialista em explosivos que havia trabalhado para a CIA, Ray Quick (Sylvester Stallone).
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Alvo Duplo
Assim começa “Alvo Duplo” mais uma produção de ação que agora mostra Stallone em um papel pouco comum na sua carreira, a de assassino profissional, um sujeito que faz o que deve ser feito, sem pensar muito em questões éticas ou morais. O principal antagonista de Stallone na trama é outro assassino profissional como ele, interpretado pelo ator havaiano Jason Momoa, o mesmo que recentemente tentou dar certo no cinema como Conan. Ele também é conhecido por fazer o papel de Khal Drogo em “Game of Thrones”. É um sujeito forte e com tipo ideal para filmes de ação e pancadaria mas não tem muito carisma para falar a verdade. Sua luta final com Stallone se dá com machados o que faz com que Sly pergunte ironicamente: “O que é isso?! Somos vikings agora?!”. Esse é um pequeno momento bem humorado em um filme seco, cru, de pura ação, sem qualquer tipo de preocupação em desenvolver melhor seus personagens. O diretor veterano Walter Hill entrega um filme típico de sua carreira. Cineasta que dirigiu no passado filmes famosos de ação como “Ruas de Fogo”, “Inferno Vermelho” e “O Último Matador” volta ao seu estilo preferido. Nada de perda de tempo, dando ao espectador o que ele espera de uma fita assim. O resultado dessa forma de pensar e dirigir é justamente um filme violento, forjado em muitos tiros, lutas corporais e sangue. Em certos momentos até me lembrei de “Os Senhores do Crime”, principalmente na cena em que Stallone luta ferozmente contra um inimigo numa sala de massagem. Todo tatuado a cena é bem parecida com a seqüência do filme de David Cronenberg. Deixando isso de lado acredito que “Alvo Duplo” irá agradar aos fãs de Stallone. Não é um grande filme e nem será considerado um de seus melhores no futuro, mas de um modo em geral consegue ao menos divertir em seus (poucos) 85 minutos de duração.
Alvo Duplo (Bullet to the Head, Estados Unidos, 2012) Direção: Walter Hill / Roteiro: Alessandro Camon, i baseado na graphic novel "Du Plomb Dans La Tête" de Alexis Nolent / Elenco: Sylvester Stallone, Sung Kang, Jason Momoa / Sinopse: Bonomo (Sylvester Stallone) é assassino profissional que se torna alvo após matar um policial corrupto a mando de um chefão do mundo crime. Agora ele próprio terá que sobreviver a uma caçada por sua cabeça, pois seu antigo cliente não quer deixar nenhuma pista no meio do caminho.
Pablo Aluísio.
domingo, 5 de maio de 2013
Rocky V
Ao que parece Stallone entendeu por essa época que já não tinha mais idade para subir ele próprio ao ringue e ao invés disso resolveu colocar essas cenas de luta nas costas de Tommy Morrison. Péssima idéia. No fritar dos ovos as únicas coisas boas que se salvam são alguns diálogos que saem da boca de Rocky. São pequenas lições de vida, coisas simples, mas que no meio do tédio que é o filme funcionam para acordar o espectador um pouquinho. De repente nos damos conta de que “isso” ainda é um filme da série Rocky. O excesso de melodrama também incomoda. Alguns fatos ocorrem na vida de Rocky que o deixam mais triste e abatido. De uma forma ou outra quando as luzes se acendem e chegamos ao fim ficamos meio em dúvida sobre o que realmente assistimos. A sensação de sentir saudades de “Rocky III” e até mesmo “Rocky IV” deixa um amargo sabor de decepção na boca. Nem a direção de John G. Avildsen, do primeiro filme da franquia, salva o desastre. Stallone voltaria ao personagem mais uma vez em “Rocky Balboa” que trataremos em breve. Por enquanto fica o conselho: só assista “Rocky V” se gostar muito, mas muito mesmo do personagem. Só assim você conseguirá chegar ao final dessa bocejante película sem cair no sono.
Rocky V (Rocky V, Estados Unidos, 1990) Direção: John G. Avildsen / Roteiro: Sylvester Stallone / Elenco: Sylvester Stallone, Talia Shire, Burt Young, Tommy Morrison / Sinopse: Aposentado, o boxeador Rocky Balboa (Sylvester Stallone) resolve apostar suas fichas em Tommy 'Machine' Gunn (Tommy Morrison) que parecer ser o novo fenômeno do mundo do boxe internacional.
Pablo Aluísio.
sábado, 27 de abril de 2013
Rocky III
O roteiro se concentra nas lutas – todas excelentes e extremamente bem coreografadas. Stallone em excelente forma física e no auge da carreira resolveu apostar também em outros aspectos do filme, um deles a sua trilha sonora. Comprou os direitos da música "Eye of the Tiger" do Survivor e a lançou em single que virou um hit instantâneo, se tornando a canção definitiva do personagem até os dias de hoje. Tão marcante se tornou que conseguiu até mesmo ser nomeada ao Oscar na categoria “Melhor Canção Original”, perdendo infelizmente para outro também enorme sucesso daqueles anos, a marcante "Up Where We Belong" de “A Força do Destino” (An Officer and a Gentleman). A nota triste é que alguns dos personagens mais marcantes da série também deram adeus aqui em “Rocky III”. Mas isso é o de menos, o que vale mesmo aqui é ver as ótimas seqüências de boxe, tudo embalado ao som da imortal música do “Olho do Tigre”.
Rocky III – O Desafio Supremo (Rocky III, Estados Unidos, 1982) Direção: Sylvester Stallone / Roteiro: Sylvester Stallone / Elenco: Sylvester Stallone, Talia Shire, Burt Young, Carl Weathers, Burgess Meredith, Mr. T / Sinopse: Rocky Balboa (Stallone), o campeão de pesos pesados, resolve finalmente se aposentar. Após anunciar sua decisão surge um novo desafiante, um pugilista negro arrogante e ofensivo chamado Clubber Lang (Mr. T) que desafia Rocky publicamente para uma última e decisiva luta pelo título mais importante da categoria do boxe mundial.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 24 de abril de 2013
O Implacável
Aqui Stallone está em cena com um cavanhaque fora de moda em atuação muito fraca, realmente inexpressiva, se limitando a distribuir socos e pontapés por onde passa. Mickey Rourke volta a ser vilão em um filme de ação. O personagem de Rourke, Cyrus, não é muito relevante. Aqui ele é o antagonista para o astro Sylvester Stallone. Como seu personagem não era central ele pelo menos foi poupado de ser acusado de ser o culpado por mais esse fracasso em sua filmografia. Na época eram apenas dois astros da década de 80 tentando reencontrar o rumo do sucesso. Eles só voltariam a dar a volta por cima alguns anos depois. O curioso é saber que esse roteiro tão derivativo e sem imaginação foi escrito por um bom roteirista, David MacKeena, do excelente “Um Outra História Americana”. Pelo jeito nem sempre a união de estrelas, bons roteiristas e direção promissora resulta necessariamente em bons filmes.
O Implacável (Get Carter, Estados Unidos, 2000) Direção: Stephen Kay / Roteiro: David McKenna / Elenco: Sylvester Stallone, Miranda Richardson, Rachael Leigh Cook, Alan Cumming, Mickey Rourke, Michael Caine / Sinopse: Mafioso de Las Vegas descobre que o irmão não morreu em um acidente como foi levado a crer. Agora partirá para sua vingança pessoal contra os responsáveis pela morte dele.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 13 de março de 2013
Rocky II – A Revanche
A critica de uma forma em geral ainda gostou de Rocky II. Na época não se sabia que Stallone iria levar o personagem ao limite em várias continuações sucessivas e por isso o filme foi recebido com resenhas bastante favoráveis. O New York Times, por exemplo, elogiou o esforço dos realizadores em conseguirem manter o mesmo nível do primeiro filme. O público também prestigiou lotando os cinemas e dando a Stallone mais um grande sucesso de bilheteria. Já a Academia não gostou muito. Stallone tinha esperanças de repetir o que aconteceu com “O Poderoso Chefão II” que foi vencedor em dois Oscars seguidos, levantando os principais prêmios. Já “Rocky II” foi esnobado pelos membros da Academia e não conseguiu sequer indicações importantes. Isso certamente foi um desapontamento para o ator que havia se dedicado bastante na lapidação de seu roteiro. A direção de Stallone também foi solenemente ignorada pelo Oscar. No final o que se sobressaiu mesmo foi o excepcional retorno comercial (mais de 280 milhões de dólares em ingressos vendidos) e a aclamação popular. Stallone não perdeu muito tempo e logo anunciou que novos filmes viriam em breve e ele, como todos sabemos, cumpriria realmente essa promessa nos anos seguintes.
Rocky II (Rocky II, Estados Unidos, 1979) Direção: Sylvester Stallone / Roteiro: Sylvester Stallone / Elenco: Sylvester Stallone, Talia Shire, Burt Young, Carl Weathers, Burgess Meredith, Tony Burton / Sinopse: Após lutar contra o campeão mundial Apollo Creed (Carl Weathers) no primeiro filme o pugilista Rocky Balboa (Sylvester Stallone) é desafiado para uma revanche. Com problemas de saúde ele decide abandonar os ringues mas as necessidades financeiras acabam por lhe fazer mudar de idéia.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Rocky, Um Lutador
De fato muitos mostraram interesse. Os estúdios viram ali uma excelente estória mas queriam realizar o filme com um astro famoso e não com Stallone no papel principal, afinal ele era naquele momento um perfeito Zé Ninguém. Passando necessidades financeiras o ator teve que ter muita personalidade para bater de frente com os estúdios. Ou ele faria Rocky Balboa ou ninguém mais teria os direitos de filmagem daquele roteiro. Após uma verdadeira queda de braço, Stallone conseguiu vencer e foi escalado para interpretar o próprio personagem que criara. Foi a virada definitiva de sua carreira artística. Assim que chegou aos cinemas o filme estourou nas bilheterias. A estória muito tocante da vida de um boxeador desconhecido que conseguia vencer o grande campeão mundial de pesos pesados caiu no gosto de público e crítica. A própria vida de Stallone, aquele ator que ninguém conhecia, também serviu para abrilhantar ainda mais a promoção do filme. Todos queriam saber a história de sua vida pessoal. De certa forma o filme era também a história de sua vida, adaptada para o mundo dos esportes com um personagem de ficção. “Rocky, Um Lutador” se tornou um campeão de bilheteria em seu ano de lançamento e aclamado pela crítica conseguiu abocanhar os principais Oscars da Academia. Venceu nas categorias Melhor Filme, Melhor Diretor (John G. Avidsen) e Melhor Edição. O próprio Sylvester Stallone foi indicado ao Oscar de Melhor Ator mas não venceu (foi sua única indicação na carreira). No saldo final “Rocky, um Lutador” se tornou aquele tipo de filme onde fatos reais e ficção se misturam maravilhosamente bem, tudo resultando em um filme inesquecível na história do cinema.
Rocky, Um Lutador (Rocky, Estados Unidos, 1976) Direção: John G. Avildsen / Roteiro: Sylvester Stallone / Elenco: Sylvester Stallone, Talia Shire, Burt Young, Carl Weathers, Burgess Meredith, Thayer David, Joe Spinelli, Jimmy Gambina / Sinopse: Rocky Balboa (Sylvester Stallone) é um boxeador desconhecido que ganha a grande chance de sua vida ao enfrentar o campeão mundial de pesos pesados, Apollo Creed (Carl Weathers).
Pablo Aluísio.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Os Mercenários 2
O que vale mesmo a pena é rever todos os brucutus símbolos de uma era que já não existe mais. Nesse quesito três participações chamam mais a atenção. A mais divertida é a de Chuck Norris. A cena em que surge no filme é realmente hilariante. Além de uma sátira é também uma homenagem a esse ator que representou como ninguém os exageros dos filmes da década de 80. A própria cena em que aparece é bem bolada nesse sentido uma vez que Norris ficou mesmo conhecido por interpretar personagens que liquidavam sem muito esforço um exército inimigo inteiro praticamente sozinho. Como já fazia um bom tempo que tinha visto algo com ele o achei terrivelmente envelhecido - meio que escondido sob um figurino que tenta disfarçar o fato de ter mais de 70 anos de idade. Outras duas participações interessantes são as de Arnold Schwarzenegger e Bruce Willis. O bordão "I´ll Be Back" volta na boca do austríaco mas ele já o usou tantas vezes ao longo dos anos que já encheu a paciência. Willis segue com seus biquinhos, aqui tentando parecer menos canastrão do que o habitual. O vilão é feito por Jean Claude Van Damme. Achei injusto colocar apenas ele para enfrentar todos aqueles valentões da década de 80 - pareceu um jogo bem desigual! Pior é acreditar que ele apanharia tão feio de Stallone. Enfim, chega de maiores especulações. "Os Mercenários 2" é pipoca pura, diversão sem maiores pretensões. Talvez seja o último da franquia uma vez que não rendeu o esperado. Se for já está de bom tamanho até porque a aposentadoria já soa como uma ótima idéia para todos esses atores veteranos.
Os Mercenários 2 (The Expendables 2, Estados Unidos, 2012) Direção: Simon West / Roteiro: David Agosto, Ken Kaufman / Elenco: Jason Statham, Bruce Willis, Liam Hemsworth, Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, Jean-Claude Van Damme, Jet Li, Chuck Norris, Dolph Lundgren, Scott Adkins / Sinopse: Grupo de mercenários tenta recuperar carregamento de plutônio que está prestes a ser vendido para criminosos internacionais. O minério é matéria prima para a construção de armas nucleares.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Rambo IV
Muita gente reclamou da falta de roteiro em Rambo III. Pois bem, Rambo IV é ainda pior nesse aspecto. A impressão que se passa é que Stallone já não tem mais nenhuma ideia nova para o personagem. Ele como roteirista falha feio nessa nova produção. Na verdade é um prato requentado dos dois filmes anteriores, sem tirar nem colocar muita coisa nova. A ação obviamente ganha o primeiro plano e Stallone recria uma daquelas sequências que eram tão populares nos anos 80 quando um só homem com uma metralhadora matava um exército inteiro. O exagero hoje em dia incomoda a não ser que o espectador veja tudo sob os olhos de uma doce nostalgia. E foi justamente esse sentimento que acabou salvando o filme do desastre completo. Ao longo dos anos as pessoas criaram carinho pelo personagem Rambo. O carisma de Stallone também se mantém intacto. Olhando friamente foram essas as colunas que sustentaram Rambo IV. Tirando isso o que sobra realmente é um filme muito derivativo, com roteiro rasteiro e atuações abaixo da crítica. No fundo o filme serve apenas como lembrança de uma era passada quando Rambo era um ícone supremo dos filmes de ação. Espero que uma vez saciado esse tipo de sentimento deixem o velho boina verde em paz ou então que recriem a franquia do zero, em um novo recomeço. Para Stallone restam os agradecimentos por ele ter feito o personagem por tantos anos. A partir de agora porém é melhor ele pendurar a farda porque senão tudo ficará embaraçoso demais
Pablo Aluísio.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Falcão, O Campeão dos Campeões
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-ynsM7CYbYIFElCnGHxnKBKzYySA5PRneB8iTYUIUh6wOZG7eyIHXJi7-WEZhFu8E8sKy5KxcgLFcjUJrwLjWgOUDaCySv3eyACnGBOEilFZGr7HSPSvqU6jWQSPRZVXHwjKD2R7iUuSc/s320/Falc%25C3%25A3o+O+Campe%25C3%25A3o+dos+Campe%25C3%25B5es.jpg)
O filme foi dirigido por Menahem Golan. Ele era um dos donos da Cannon Group, produtora muito atuante no cinema de ação da década de 80. Tendo dirigido Chuck Norris no sucesso “Comando Delta”, Golan agora dava um passo ousado contratando o maior nome do cinema na época. Por um cachê milionário ele trouxe Stallone para a Cannon mas o resultado modesto de faturamento logo desfez a parceria. Pouco tempo depois a própria Cannon fecharia as portas encerrando definitivamente suas atividades. Visto hoje em dia “Falcão – O Campeão dos Campeões” se revela até um bom passatempo. Claro que os longos anos que separam de seu lançamento deixaram “Falcão” datado. De qualquer forma se o espectador deixar isso de lado pode até mesmo se divertir com as cenas de queda de braço, tudo com muito suor e caretas por parte de Stallone e elenco. Embora tenha rendido uma bilheteria de respeito no Brasil o filme anda esquecido. No saldo final não deixa de ser uma boa opção para se conhecer a fórmula Stallone de fazer cinema na década de 80. Um pipocão que apesar dos anos ainda pode funcionar caso você não seja demasiadamente exigente.
Falcão – O Campeão dos Campeões (Over The Top, Estados Unidos, 1987) Direção: Menahem Golan / Roteiro: Sylvester Stallone, Gary Conway, David Engelbach, Stirling Silliphant / Elenco: Sylvester Stallone, Robert Loggia, Susan Blakely, Rick Zumwalt / Sinopse: Lincoln Hawk (Sylvester Stallone) é um caminhoneiro que participa de competições de quedas de braço. Agora terá que lidar com seu filho que não vê há muito tempo.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Rambo II - A Missão
Após os acontecimentos do primeiro filme John Rambo (Sylvester Stallone) é enviado em uma missão secreta pelo governo norte-americano para o sudeste asiático. Seu objetivo é se infiltrar na selva para confirmar ou não a existência de campos de prisioneiros americanos da guerra do Vietnã. Tudo que deveria fazer era fotografar os campos caso existentes e retornar para os EUA. Porém Rambo tem outros planos para seus antigos companheiros de guerra, agora prisioneiros em condições deploráveis. "Rambo II - A Missão" é até hoje considerado um dos melhores filmes da franquia. Não há a carga dramática do primeiro filme, aqui o foco é realmente na ação pura e simples. Rambo surge finalmente com as características que iriam lhe definir nos filmes seguintes, ou seja, um super soldado, treinado nas melhores técnicas e que de posse de material de alta tecnologia era capaz de enfrentar sozinho todo um exército. Quando lançado o filme fez tanto sucesso de bilheteria que no Brasil ocorreu um fenômeno raro, a produtora a pedido dos exibidores, promoveu um relançamento do primeiro filme nos cinemas, um fato único ocorrido naquela época.
Além do relançamento do filme original o sucesso de Rambo II consolidou o personagem como herói multimídia no mercado. Rambo virou coleção de brinquedos, desenho animado e marca para licenciamento de produtos como lancheiras, cadernos e tudo o mais que se possa imaginar. Nascido como personagem de literatura Rambo virou ícone da cultura pop moderna. Muito disso se deve a visão dos produtores Mario Kassar e Andrew G Vajna que sabiam que poderiam transformar Rambo em um produto de sucesso no mercado. Outro aspecto curioso de Rambo II é que ele virou tema de uma boba patrulha ideológica em seu lançamento. O personagem Rambo logo foi associado ao setor mais reacionário da política externa americana, sendo ligado ideologicamente ao estilo linha dura do presidente americano Ronald Reagan (que chegou a declarar publicamente que Rambo era um de seus personagens preferidos). Pura bobagem. "Rambo II - A Missão" é apenas um competente filme de ação dirigido com maestria pelo especialista George P. Cosmatos (falecido em 2005). Qualquer leitura política ou social de Rambo é mera bobagem. O que vale em si é a aventura e o entretenimento aqui, coisa que o filme cumpre muito bem, diga-se de passagem.
Rambo II - A Missão (Rambo: First Blood Part II, Estados Unidos, 1985) Direção: George P. Cosmatos / Roteiro: Sylvester Stallone, Kevin Jane e James Cameron baseados no personagem criado por David Morrell / Elenco: Sylvester Stallone, Richard Grenna, Charles Napier, Steven Berkof / Sinopse: Após os acontecimentos do primeiro filme John Rambo (Sylvester Stallone) é enviado em uma missão secreta pelo governo norte-americano para o sudeste asiático. Seu objetivo é se infiltrar na selva para confirmar ou não a existência de campos de prisioneiros americanos da guerra do Vietnã. Tudo que deveria fazer era fotografar os campos caso existentes e retornar para os EUA. Porém Rambo tem outros planos para seus antigos companheiros de guerra, agora prisioneiros em condições deploráveis.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Rambo - Programado Para Matar
John Rambo (Sylvester Stallone) é um veterano da guerra do Vietnã que chega em uma pequena cidade do interior dos EUA e acaba sendo hostilizado pelo xerife local, o truculento policial Teasle (Brian Dennehy). Caçado como um criminoso Rambo acaba utilizando seu treinamento militar para se defender e dar o troco ao corrupto tira. "Rambo - First Blood" mudou o cinema de ação no começo da década de 80. O filme inovava em vários aspectos, entre eles a forma como o roteiro lidava com a situação do personagem principal, John Rambo, que naquele momento era a personificação da derrota americana no Vietnã. Culpado e tratado como um derrotado pelos caipirões de uma cidadezinha do interior só lhe restava se defender da melhor forma possível, mesmo que isso significasse praticamente varrer a cidade do mapa.
Muita gente não parou para pensar sobre isso mas "Rambo" pode ser considerado facilmente como um dos filmes mais influentes do moderno cinema americano. Depois dele criou-se toda uma estética de filmes de ação, de pura violência e pirotecnia, que fez escola e que de tanto ser imitado acabou desgastando o produto original. Rambo marcou o cinema na década de 80 de forma definitiva, para o bem ou para o mal. Essa produção e sua continuação, "Rambo II a Missão", redefiniram os filmes de ação e criaram uma infinidade de imitações. Era o típico "filme pra macho", muita porrada, muita ação e pouco papo. Fez escola e de tão copiado ao longo dos anos virou clichê. A ironia disso tudo é que essa nunca foi a intenção do criador do personagem Rambo, pois o livro foi escrito para ser um retrato da volta dos veteranos da guerra do Vietnã aos EUA. Claro que havia ação também no livro mas o aspecto humano do militar que volta derrotado para sua nação era o mais importante. O aspecto dramático do veterano Rambo era tão acentuado na literatura que ele inclusive morria no final da estória.
Era um personagem em essência dramático que procurava denunciar uma situação pela qual vivia os ex-combatentes da guerra do Vietnã. No cinema porém a coisa foi bem diferente. Rambo virou uma máquina de guerra, quase um super herói para dizer a verdade. Vendo o potencial de bilheteria, Stallone e os produtores modificaram a natureza do personagem e no filme Rambo sobreviveria, literalmente destruindo a cidadezinha. O filme fez tanto sucesso que virou marca registrada de Stallone, que inclusive jamais conseguiu se desvincular da força do personagem nas bilheterias tanto que recentemente voltou ao papel no improvável Rambo IV. Há inclusive projeto para um Rambo V. É de se perguntar aonde isso tudo vai parar? É uma pena que Stallone não saiba nunca o limite da saturação, algo bem nítido nessa franquia Rambo. O fato é que mesmo influenciando tantos filmes Rambo já deu o que tinha que dar nas telas. O veterano merece agora descansar após tantas guerras em que foi inserido nos cinemas. A hora de pendurar a bazuca já passou há muito tempo.
Rambo - Programado Para Matar (First Blood, Estados Unidos, 1982) Direção: Ted Kotchef / Roteiro: Sylvester Stallone, Michael Kozoll, William Sackheim baseados no livro de David Morrell / Elenco: Sylvester Stallone, Richard Crenna, Brian Dennehy, David Caruso, Bill McKinney / Sinopse: John Rambo (Sylvester Stallone) é um veterano da guerra do Vietnã que chega em uma pequena cidade do interior dos EUA e acaba sendo hostilizado pelo xerife local, o truculento policial Teasle (Brian Dennehy). Caçado como um criminoso Rambo acaba utilizando seu treinamento militar para se defender e dar o troco ao corrupto tira.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 3 de julho de 2012
Rambo III
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiocEKhFQ5QAlyDpfkCByVDeO5wGDFQsznO2XF2GqBTYMcnWomSMax2cYELsWqRWOfa7bOdmzoltNDPY_BtKInRe5ROBFO100S2n__ITTnJYOpRE5vXfoPehDNUvKk4AZ91Fz6KkR_Gsz_8/s320/rambo+3.jpg)
É ou não é um amontoados de absurdos? O que será que deu na cabeça do Stallone em escrever tantas cenas impossíveis? Para piorar o filme levou uma rasteira da história. Nele acompanhamos a aliança entre Rambo e os rebeldes afegãos, mostrados como heróis da liberdade contra o invasor soviético. O problema é que esses mesmos rebeldes iriam dar origem ao regime brutal dos Talibãs anos depois quando os russos finalmente deixaram o Afeganistão de lado, ou seja, Rambo aqui se alia com um grupo que anos depois seria uma das bases de sustentação de grupos terroristas como a Al-Qaeda (o próprio Bin Laden tinha no Afeganistão uma de suas bases mais sólidas). Acredito que por isso Rambo III seja um dos filmes ideologicamente mais incorretos da história do cinema americano. Talvez por essa razão Stallone nem o cite mais atualmente provavelmente por se sentir constrangido pelo roteiro que escreveu. Enfim, "Rambo III" é aquele tipo de produção que entornou o caldo, transformando o personagem em uma mera caricatura, tudo sob uma verniz ideológica muito infeliz.
Rambo III (Idem, Estados Unidos, 1988) Direção: Peter MacDonald / Roteiro: Sylvester Stallone, Sheldon Lettich baseados no personagem criado por David Morrell / Elenco: Sylvester Stallone, Richard Crenna, Marc De Jonge / Sinopse: John Rambo (Sylvester Stallone) é enviado ao Afeganistão numa missão não oficial para libertar o seu antigo mentor, o Coronel Trautman (Richard Crenna) que agora se encontra prisioneiro das tropas de ocupação soviética naquele país.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Os Mercenários
Stallone não desiste. Já prestes a entrar na terceira idade o ator não se rende ao peso dos anos, sempre procurando se reinventar. Quem diria que nessa altura de sua vida ele conseguiria emplacar uma nova franquia de sucesso? Pois é, ele conseguiu. Se não já bastassem as franquias Rocky e Rambo, o idoso astro emplaca agora mais esse "Os Mercenários". De certa forma o grande problema aqui é o atraso. Essa produção deveria ter estreado há 25 anos pelo menos, em pleno anos 80. Se tivesse sido lançado naquela época seria um estouro certamente. Maior do que foi agora. Claro que na época seria impossível reunir tantos astros de ação em apenas um filme pois na década de 80 eles ganhavam cachês milionários (algo que hoje em dia não se repete mais). Lançado agora o filme soa apenas como uma aventura retrô, com muita testosterona mas pouquíssima qualidade cinematográfica. De certa forma ele só funciona como produto de nostalgia para quem era jovem ou criança na década de 80 e cresceu assistindo aqueles filmes violentos de ação de Stallone e cia. É curioso porque naqueles tempos Stallone lutava muito para trazer melhores roteiros para seus filmes que sempre eram criticados severamente nesse aspecto. Em uma atitude quase de mea culpa Stallone literalmente jogou o balde aqui e resolveu assumir esse tipo de defeito em "Os Mercenários" pois o roteiro é tão fraquinho!
Basicamente se trata de uma premissa bem básica para servir de estopim para a pancadaria e as pirotecnias habituais. Praticamente não há atuação ou qualquer argumento mais trabalhado. O ùnico ator que traz alguma coisa próxima de uma "atuação" é Mickey Rourke (em determinada cena ele mostra seu grande talento e declama o texto mais longo do filme enquanto Stallone fica olhando com cara de bobão). Há ainda a reunião tão falada dos três maiores ícones dos filmes de ação dos anos 80: Sylvester Stallone, Arnold Scharzenegger e Bruce Willis. Para quem é fã do estilo isso era algo esperado há muitos anos. A cena em si é até bacaninha mas menos engraçada ou marcante do que poderia ser. O resto do filme é pura action movie ao estilo anos 80 (muito tiro, chute, explosões e inimigos morrendo a atacado). Quando o personagem de Stallone resolve matar ele detona uns 400 caras de uma vez só! Me lembrou até de "Comando Para Matar" o mais exagerado filme daquela década. É aquele tipo de coisa que todo já viu e reviu muitas e muitas vezes, então sem surpresas. Senti falta também de vilões melhores. Eric Roberts é muito sem expressão e o general do terceiro mundo (obviamente uma caricatura) não consegue ser marcante. No mais uma curiosidade: nos últimos 25 minutos de filme quase não há diálogos - só porrada. É isso, "Os Mercenários" é um filme da década de 80 que não foi produzido nos anos 80. Vale como nostalgia mas com cara de prato requentado. E que venha a continuação agora, com o Chuck Norris! Pelo menos promete ser bem mais divertido do que esse primeiro.
Os Mercenários (Expendables, Estados Unidos, 2010) Direção: Sylvester Stallone / Roteiro: Dave Callaham, Sylvester Stallone / Elenco: Sylvester Stallone, Jason Statham, Jet Li, Dolph Lundgren, Eric Roberts, Steve Austin, Mickey Rourke, Bruce Willis, Arnold Scharzenegger / Sinopse: Um grupo de mercenários são contratados para derrubar um corrupto governo militar numa ilha do terceiro mundo.
Pablo Aluísio.
domingo, 20 de maio de 2012
Rocky IV
Já sob a ótica da ideologia política Rocky IV realmente não tem nenhum mistério. É uma apologia aos ideais da América, sem sombra de dúvidas. Stallone surge enrolado na bandeira americana, seu uniforme esportivo segue o padrão listas e estrelas da mesma bandeira, enfim tudo remete ao American Way Of Life. Em certos aspectos a produção é ainda mais ufanista do que Rambo III, que também seguia essa mesma linha mais patriótica. O problema é que o bloco soviético ruiu em 1989 e o suporte ideológico que sustentava esse tipo de filme deixou de existir. Assim os filmes ficaram sem esse conflito de ideologias, se tornando politicamente obsoletos, tanto que Stallone deixaria esse tipo de roteiro para trás definitivamente - Rocky V voltaria para o lado mais dramático dos primeiros filmes, por exemplo. De qualquer modo como o roteiro é muito enxuto e eficiente Rocky IV até hoje consegue funcionar muito bem. Stallone soube revitalizar antigos mitos como a luta de Davi contra Golias. Colocando seu personagem como um lutador desacreditado que luta sozinho, treinando com dificuldades ele criou uma simpatia imediata com o público. O lutador soviético Drago é um produto do Estado soviético, anabolizado, altamente preparado, sem um pingo de emoção; No fim das contas a luta acaba sendo não apenas entre USA x URSS mas também entre a paixão e o coração americano contra a frieza e a tecnologia dos russos. De certa forma quem acaba ganhando ao final é o público pois Rocky IV é divertido e empolgante, mesmo nos dias de hoje.
Rocky IV (Rocky IV, Estados Unidos, 1985) Direção: Sylvester Stallone / Roteiro: Sylvester Stallone / Elenco: Sylvester Stallone, Talia Shire, Burt Young, Brigitte Nielsen, Dolph Lundgren, Carl Weathers / Sinopse: No quarto filme do personagem Rocky Balboa para o cinema, o lutador americano terá que enfrentar o boxeador soviético Drago (Dolph Lundgren), um atleta sem emoções e programado para vencer a todo custo.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 13 de março de 2012
Condenação Brutal
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjofkJVJhqaWFesD-cR1guiGNj3OuqB4NNpfj_4guiCvZKG8mzeFRvGv051XRVMZBAff5P5-2mpErTF-DAHHifWME18hzQpJw6htxeTso9TMcMH8hJWE_jHGV2Cizg9Splc3tjQZWVs4hQ/s320/Condena%25C3%25A7%25C3%25A3o-Brutal.jpg)
A diferença aqui é que Stallone é prisioneiro de uma cadeia cujo diretor sádico (Donald Sutherland) quer se vingar dele por um evento que os ligou no passado. Esse tipo de filme de prisão acabou virando um subgênero cinematográfico e todos os ingredientes que já conhecemos estão aqui (os prisioneiros durões, os guardas corruptos e masoquistas, a lei da selva que impera entre os detentos, o diretor torturador, etc, etc). O grande problema de "Condenação Brutal" na minha opinião nem é tanto essa falta de maiores surpresas mas sim seu final. Muito anticlimático, tenta resolver vários problemas de forma muito simplista (e irreal). Talvez se o roteirista tivesse sido mais ousado o filme teria marcado mais. Como ficou o filme serviu apenas como mais um veículo promocional do ator.
Condenação Brutal (Lock Up, Estados Unidos, 1989) Direção: John Flynn / Roteiro: Richard Smith, Jeb Stuart / Elenco: Sylvester Stallone, Donald Sutherland, John Amos / Sinopse: Frank Leone (Sylvester Stallone) é um prisioneiro que tem que lidar com um diretor sádico (Donald Sutherland) que quer vingança contra ele por causa de um evento ocorrido no passado.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Tango & Cash
Raymond Tango (Sylvester Stallone) e Gabriel Cash (Kurt Russell) são dois policiais que trabalham numa investigação que tem como alvo o crime organizado. Incrimados por envolvimento nessa rede criminosa eles terão que lutar para limpar seus nomes novamente. Revi hoje Tango & Cash. Seguramente fazia uns bons dez anos que tinha visto pela última vez. Na minha opinião continua divertido. É um filme que de certa forma auto ironiza o próprio gênero a que pertence - a dos filmes de ação dos anos 80. Está tudo lá, os tiroteios, as cenas inverossímeis, os vilãos caricaturais e as famosas piadinhas no meio da troca de tiros (algumas piadinhas aqui, devo confessar, são muito boas). A sensação que tive ao rever Tango & Cash foi que a intenção de seus realizadores era mesmo de inaugurar uma nova franquia na carreira de Stallone. Obviamente que o filme bebe diretamente da fonte de "Máquina Mortifera", pois aqui também temos a dupla de tiras formada por pessoas bem opostas (Stallone interpreta Tango, bem vestido, metido a intelectual e Russell faz Cash, policial porra louca ao estilo do personagem de Mel Gibson onde até os cabelos são iguais).
Mas ao contrário de "Máquina Mortífera" "Tango & Cash" jamais se leva à sério e não tem preocupações em desenvolver os personagens principais. Na realidade tudo é mero pretexto para a ação pura e simples. De certa forma esse talvez seja o principal problema do filme. Ao vermos Stallone e Russell trocando farpas e ironias entre si percebemos que se a amizade deles fosse melhor desenvolvida certamente teríamos um filme melhor. Outro que é desperdiçado em cena é o grande Jack Palance. Seu personagem, o vilão, é sem conteúdo. É só um cara mau fazendo maldades e nada mais. Deveriam ter aproveitado um pouco melhor sua presença em cena. Enfim, "Tango & Cash" é um filme de ação escapista, feito para divertir e nada mais. Como não foi muito bem nas bilheterias não houve mais continuações com a dupla, uma pena, pois provavelmente esses personagens poderiam ser melhor desenvolvidos em continuações.
Tango & Cash (Tango e Cash, Estados Unidos, 1989) Direção: Andrey Konchalovskiy / Roteiro: Randy Feldman / Elenco: Sylvester Stallone, Kurt Russell, Jack Palance, Teri Hatcher / Sinopse: Raymond Tango (Sylvester Stallone) e Gabriel Cash (Kurt Russell) são dois policiais que trabalham numa investigação que como alvo o crime organizado. Incrimados por envolvimento nessa rede criminosa eles terão que lutar para limpar seus nomes novamente.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Stallone Cobra
Já que o assunto filmes de ação e pancadaria da década de 80 vieram á tona me lembrei de uma das produções mais famosas daqueles anos: "Stallone Cobra". Na época em que o filme chegou nos cinemas pela primeira vez houve uma avalanche de reações extremas em relação ao seu lançamento. Os fãs de Stallone obviamente adoraram ver o ator distribuindo sua cota de sopapos nos vilões em cenas cada vez mais violentas. Já os que acusavam esses filmes de incidar a violência na sociedade foram à luta e aqui no Brasil o filme saiu em diversas versões, várias delas censuradas: uma para menores de 18 anos (com cenas cortadas), outra para maiores de 18 anos (com todas as cenas de sangue) e por fim uma versão para menores de 16 anos com cortes amenizados. Uma coisa de louco! O resultado foi que a bilheteria do filme praticamente triplicou porque o público acabou indo ao cinema várias vezes para conferir todas as versões - o que no fundo era uma bobagem pois os cortes somados não chegam nem a dois minutos. O sucesso continuou depois quando a fita chegou nas locadoras, liderando por semanas o ranking das mais alugadas. Não há como negar que se viveu uma verdadeira febre de popularidade de "Stallone Cobra" no país. Os críticos obviamente ficaram loucos e arrancaram os cabelos pois não se cansavam de criticar tudo na produção.
O público por sua vez adorou e quebrou cada novo recorde de bilheteria da semana anterior que já havia sido quebrada pelo próprio filme! "Cobra" foi sem dúvida um filme de extremos, quem odiava não perdoava nada e quem adorava Stallone simplesmente idolatrou a fita e ignorou todo o resto! E no meio desse cabo de batalha quem afinal tinha razão? Nenhuma posição extrema ou radical consegue ter razão no final das contas. Os críticos que pareciam ter uma rixa pessoal com o ator americano exageraram nas críticas ferozes e o público tampouco conseguiu ver os defeitos do filme meio que hipnotizados pela incrível popularidade que Sylvester Stallone tinha na ocasião. Na verdade "Stallone Cobra" é uma boa fita de ação policial com um personagem muito carismático, principalmente para a população que muitas vezes sente falta de um "justiceiro" como ele. A mesma coisa aconteceu recentemente com o Capitão Nascimento de "Tropa de Elite". São tiras que querem resolver o problema da criminalidade se tornando eles mesmos a cura para a situação. Cobra não se importa em pendurar um bandido em um gancho, assim como o Capitão Nascimento também não se importa em dar uns "corretivos" na malandragem do morro! O povo obviamente adora esse tipo de personagem! São duas facetas da mesma moeda. De certa forma são todos filhos de Dirty Harry, o policial politicamente incorreto feito por Clint Eastwood na década de 70 que provocava os bandidos dizendo "Faça o meu dia, punk!". Em outras palavras "reaja para que eu possa mandar você para o buraco logo!". Claro que qualquer pessoa pode ser contra esse tipo de atitude. Agora, o que não vale a pena é censurar personagens de ficção como Cobra ou Capitão Nascimento como forma de dar alguma lição de moral para a sociedade, aí sinceramente já foge do que seria razoável. Censura no Brasil nunca mais!
Stallone Cobra (Cobra, Estados Unidos, 1986) Direção: George P. Cosmatos / Roteiro: Sylvester Stallone baseado na novela de Paula Gosling / Elenco: Sylvester Stallone, Brigitte Nielsen, Reni Santoni / Sinopse: Marion 'Cobra' Cobretti (Sylvester Stallone) é um tira de métodos poucos usuais que não perdoa bandidos e meliantes em geral.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Falcões da Noite
Deke DaSilva (Sylvester Stallone) é um policial que tem que lidar com um perigoso terrorista internacional conhecido como Wulfgar (Rutger Hauer). Essa é uma antiga produção policial estrelado por Stallone. Ele já era um ator bem conhecido na época mas ainda não era o mega astro de sucessos de bilheteria que viria a ser na década que nascia, os anos 80, onde iria estrelar um sucesso atrás do outro, colecionando fartas bilheterias e polpudos cachês. Quando "Falcões da Noite" estreou Stallone era basicamente aquele ator que havia estrelado o primeiro filme da série Rocky. Esse policial então veio bem a calhar para a carreira do ator, não há como negar.
Revendo ele hoje se percebe que ainda é um eficiente thriller policial. Stallone usa uma caracterização que bebe diretamente da fonte de Serpico, com Al Pacino. Apesar disso ambos os filmes são bem diferentes. Serpico era baseado numa história real e mostrava os dramas do cotidiano de um policial de Nova Iorque lutando contra a corrupção na corporação. Era basicamente um drama policial. Já em Falcões da Noite Stallone também incorpora um tira, mas sem qualquer aprofundamento do personagem. Aqui temos um filme policial de ação. Na essência ele é um caçador, que sai ao encalço de um terrorista vivido por Rutger Hauer (também prestes a estourar com Blade Runner e Feitiço de Áquila). Para quem gosta de boas cenas de ação e pirotecnia, é um prato cheio. De quebra ainda tem uma cena final surpreendente que acabou se tornando uma das mais lembradas da carreira de Sly.
Falcões da Noite (Nighthawks, Estados Unidos, 1981) Direção: Bruce Malmuth / Roteiro: David Shalber / Elenco: Sylvester Stallone, Rutger Hauer, Billy Dee Williams, Lindsay Wagner / Sinopse: Deke DaSilva (Sylvester Stallone) é um policial que tem que lidar com um perigoso terrorista internacional conhecido como Wulfgar (Rutger Hauer)
Pablo Aluísio.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Risco Total
As filmagens foram complicadas mas Stallone estava disposto a voltar ao topo (da carreira, não das montanhas onde o filme foi realizado). A produção ficou a cargo da Carolco, a mesma que havia realizado os filmes da série Rambo. Stallone quis realizar ele próprio várias das cenas mas foi convencido a não ir em frente pois nenhuma seguradora do mundo bancaria o filme assim. Ao custo de 65 milhões de dólares as filmagens tiveram início nos famosos estúdios Cinecittà em Roma. Já as cenas externas, onde foram capturadas as melhores sequências de alpinismo, foram realizadas nas Montanhas Rochosas no Colorado e em Dolomites na Itália. O resultado foi muito bom, tanto em termos de bilheteria como de crítica. O filme rendeu mais de 250 milhões apenas no mercado externo e os jornais especializados pouparam Stallone de mais um massacre, elogiando a boa fotografia do filme e o fato dele ser um produto diferente, que fugia dos costumeiros Rambos e Rockys. Em suma, um bom momento na carreira de Sly, que recuperou assim seu prestígio e seu sucesso nos cinemas.
Risco Total (Cliffhanger, EUA, 1993) Direção: Renny Harlin / Roteiro: John Long, Michael France / Elenco: Sylvester Stallone, John Lithgow, Michael Rooker / Sinopse: Um famoso alpinista, Gabe Walker (Sylvester Stallone) é contratado para levar uma equipe de resgate que parte em busca de um grupo desaparecido nas montanhas. Durante a jornada porém Gabe acaba descobrindo que nada é o que aparentava ser.
Pablo Aluísio.