quarta-feira, 3 de julho de 2024

Godzilla Minus One

Título no Brasil: Godzilla Minus One 
Título Original: Gojira -1.0
Ano de Lançamento: 2023
País: Japão
Estúdio: Toho Studios
Direção: Takashi Yamazaki
Roteiro: Takashi Yamazaki
Elenco: Minami Hamabe, Ryunosuke Kamiki, Sakura Andô

Sinopse:
Em um Japão arrasado pelo fim da segunda guerra mundial, a população pobre do país tenta sobreviver de todas as formas, inclusive um jovem casal. E tudo fica ainda pior quando um monstro titã surge do oceano. Godzilla está de volta, arrasando as cidades japonesas já destruídas pela guerra. 

Comentários:
Esse filme foi produzido para celebrar os 70 anos do monstro Godzilla. Os japoneses, os verdadeiros criadores desse personagem, decidiram ignorar as versões americanas, voltando ao básico do filme original. E isso está em vários aspectos do filme, até mesmo no visual do monstro no melhor estilo de dublês vestindo roupas borrachudas. Faz parte do espírito trash que trouxe ao mundo esses filmes, vamos ser sinceros por aqui. E como sempre ele volta para destruir as cidades japonesas, que com o avanço da tecnologia digital já não são mais feitas com papelão e cola plástica como nos filmes pioneiros, mas sim com computadores de última geração. Eu confesso que achei bem exageradas as críticas positivas que foram feitas no lançamento desse filme. Li e ouvi muito exageros por aí. Cheguei a presenciar até marmanjo chorando na sessão do filme. Que coisa mais sem noção! Na opinião de pessoas assim existe muito mais fatores emocionais e nostálgicos do que uma visão objetiva e clara sobre o filme em si. Em meu ponto de vista o que temos aqui é apenas um filme OK. Nada demais, nenhuma obra-prima da sétima arte. E passa longe de ser o melhor filme já feito do Godzilla. É um filme mediano de nicho para quem curte o universo desse monstro e nada muito além disso. 

Pablo Aluísio.

Pray Away

Título no Brasil: Pray Away: A Ilusão da Cura Gay
Título Original: Pray Away
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Blumhouse Productions
Direção: Kristine Stolakis
Roteiro: Kristine Stolakis
Elenco: Yvette Cantu Schneider, Michael Bussee, John Paulk

Sinopse:
O documentário resgata uma prática ilegal e proibida que foi promovida por igrejas evangélicas nos Estados Unidos. Jovens com propensão à homossexualidade eram submetidos a falsos tratamentos psicológicos para deixarem de seguir suas naturezas sexuais. 

Comentários:
Existe uma variedade de imbecilidades no meio evangélico que me chocam. Uma das piores é a tal da "Cura Gay", um terrorismo psicológico que é feito contra adolescentes e jovens homossexuais, tudo travestido como teologia e psicologia, só que no fundo não passa de fanatismo perverso. E o resultado, após muitos anos, é dos piores. Muitos desses jovens se mataram por não aguentarem a pressão a que foram submetidos. Algo nojento mesmo. Esse filme assim traz depoimentos de pessoas que passaram por esse verdadeiro terror promovido por igrejas e espeluncas da fé. E o interessante é que também traz a versão de quem  promovia a cura gay. A maioria deles gays enrustidos. Um show de horrores. Felizmente tal prática atualmente é proibida nos principais países do mundo civilizado. Para desgosto de pastores endinheirados e medievais que perderam assim a chance de ganhar mais uma grana com a fé alheia. Que gente escrota, vou te contar...

Pablo Aluísio.

terça-feira, 2 de julho de 2024

A Glória de um Covarde

Título no Brasil: A Glória de um Covarde
Título Original: The Red Badge of Courage
Ano de Produção: 1951
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: John Huston
Roteiro: John Huston
Elenco: Audie Murphy, Bill Mauldin, Douglas Dick

Sinopse:
Henry Fleming (Audie Murphy) é um jovem soldado ianque durante a guerra civil americana. Seu regimento se prepara há tempos para entrar em combate mas esse dia sempre é adiado. Ao contrário de seus colegas de tropa, Fleming teme por sua vida no campo de guerra. Durante sua primeira batalha ele entra em pânico e com medo de morrer sai correndo do front. Isso lhe traz uma crise de consciência terrível que faz com que ele volte para enfrentar o inimigo com uma bravura jamais vista no fogo cruzado entre os soldados do norte e seus inimigos, os confederados do sul. Indicado ao BAFTA Awards na categoria Melhor Filme.

Comentários:
Uma pequena obra prima assinada pelo mestre John Huston. O cineasta resolveu roteirizar o famoso livro de autoria de Stephen Crane que explora os medos e anseios de um soldado comum durante a guerra civil americana. A estória se passa em 1862 e o enredo se desenvolve todo em apenas dois dias na vida daqueles homens. O grande diferencial desse "The Red Badge of Courage" em relação a outros filmes sobre a guerra civil  da época é que ele desenvolve excepcionalmente bem a personalidade do jovem soldado, mostrando seus pensamentos, seu receio e o terror frente ao inimigo e por fim sua redenção gloriosa. Todos os membros do pelotão são muito bem desenvolvidos psicologicamente e isso mostra muito bem como Huston era um gênio do cinema, um diretor realmente diferenciado. Em uma época em que os filmes de western mostravam homens bravos, sem máculas, ele ousou realizar um filme mostrando um sujeito com muitas dúvidas, agindo até mesmo como um covarde, temeroso por sua vida e seu destino. Outro aspecto digno de nota é a interpretação do ator Audie Murphy. Ele mesmo um veterano de guerra, se mostra excepcional em cena, algo que vai surpreender a muitos que o consideravam apenas como um ator mediano de faroestes B. Enfim, temos mesmo aqui uma obra de arte com a assinatura do genial Huston. Um belo filme que vai agradar em cheio os admiradores do mais americano dos gêneros cinematográficos.

Pablo Aluísio.

Django Desafia Sartana

Título no Brasil: Django Desafia Sartana 
Título Original: Django sfida Sartana
Ano de Produção: 1970
País: Itália
Estúdio: BCR Produzioni Cinematografiche
Direção: Pasquale Squitieri
Roteiro: Pasquale Squitieri
Elenco: George Ardisson, Tony Kendall, José Torres, Bernard Farber, Salvatore Billa, Augusto Pescarini

Sinopse:
Acusado de assalto a banco, o assassino de recompensas e irmão do pistoleiro Django, Steve, é linchado pela população. Django surge em busca de vingança, perseguindo o bandoleiro Sartana, o suposto culpado pelo crime. Quem vencerá esse mortal duelo nas ruas daquele lugar esquecido por Deus?

Comentários:
Dois dos mais conhecidos pistoleiros do western spaghetti em um mesmo filme! Pois é, e você aí pensando que crossover era coisa recente do cinema atual. Que nada, antes, muitos anos atrás, já havia esse recurso para atrair bilheterias. O elenco apresentava o loiro George Ardisson no papel de Sartana, enquanto o moreno Tony Kendall interpretava o temido Django. Um aspecto a se considerar sobre eles é que apesar dos nomes americanizados eram dois atores italianos. Bons atores, é bom salientar, fizeram muitos filmes de faroeste spaghetti em suas carreiras. Nem preciso dizer que a jogada comercial de colocar os dois pistoleiros se enfrentando deu certo. O filme foi muito bem nas bilheterias da Europa, em especial Itália e Espanha. E esse sucesso todo o qualificou para ser lançado nos cinemas americanos. No Brasil também ganhou espaço em nosso circuito comercial, atraindo os que gostavam desse tipo de produção. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Mares Violentos

Mares Violentos
John Wayne fazia questão de dizer que era um patriota e um conservador. Um americano acima de tudo. Chegava a ficar chato de tanto repetir isso. Por essa razão fiquei um tanto surpreso em ver ele nesse papel. No filme Wayne interpreta um capitão alemão durante a II Guerra Mundial. Isso por si só já fugia completamente do tipo de personagem padrão que era acostumado a interpretar. Mas havia mais. Como capitão desse navio mercante ele teria que levar uma espiã nazista de volta para a Alemanha. O problema é que ele passa a ser perseguido em sua jornada por um obstinado capitão inglês em seu navio de guerra. Antes da guerra eram até amigos próximos, mas com a declaração de guerra entre Inglaterra e Alemanha, a amizade ficava de lado, pois ambos agora eram inimigos. 

O filme é por demais interessante. O capitão interpretado por John Wayne não era um nazista convicto. E penso que isso foi colocado no roteiro como uma imposição do próprio ator. Ao invés disso era um velho lobo do mar que tinha que seguir ordens do III Reich, pois era acima de tudo um patriota alemão. Não aceitar ordens era o mesmo que trair sua pátria, na mentalidade desse velho marinheiro. 

Apesar do enredo parecer explosivo esse não é bem um filme de guerra com batalhas navais, etc. Está mais para um tipo de drama e romance em Alto-Mar. Até porque durante a viagem, o capitão de Wayne acaba se apaixonando pela espiã de Lana Turner, que já estava mais velha, mesmo que ainda mantivesse sua beleza do passado intacta na tela. Assim, entre perseguições navais e amores proibidos, o grandalhão Wayne defendeu seu personagem, um tipo fora do comum, pois apesar de ser alemão, não era um nazista e nem aceitava mentir em prol dos asseclas de Hitler. Um tipo de dilema moral e ético que o filme também traz em seu roteiro, mas sem se aprofundar muito sobre ele ao longo do filme. 

Mares Violentos (The Sea Chase, Estados Unidos, 1955) Direção: John Farrow / Roteiro: James Warner Bellah, John Twist, Andrew Geer / Elenco: John Wayne, Lana Turner, David Farrar / Sinopse: Nesse filme o ator John Wayne interpreta um capitão alemão da marinha, durante a segunda guerra mundial. Ele precisa lidar com um novo amor e o fim de uma velha amizade com um capitão inglês após o estouro do conflito entre seus dois países. 

Pablo Aluísio.


Cinco Covas no Egito

O diretor Billy Wilder construiu um verdadeiro clássico com foco na Segunda Guerra Mundial: "Cinco Covas no Egito" (Five Graves to Cairo - 1943). O longa, com uma bela fotografia em preto e branco do mestre John Seitz, discorre sobre a história do cabo inglês John Bramble que logo depois de ser derrotado na Batalha de Tobruk para as forças alemães de Rommel, foge pelo deserto utilizando um tanque de guerra. Extremamente fragilizado e moribundo, Bramble consegue milagrosamente chegar à Argélia e ser acolhido num pequeno hotel localizado no vilarejo de Sidi Halfaya pelo proprietário Farid e a bela camareira, Mouche, uma francesa nascida em Marselha. As coisas começam a complicar para Bramble quando Rommel - depois de arrasar Tobruk - se volta para a conquista do Cairo e de Alexandria. Mas antes dos ataques, a "raposa do deserto", decide descansar justamente no hotel onde está Bramble.

Com a chegada da comitiva alemã, o Cabo inglês, encurralado e correndo sério risco de vida, assume a identidade de Paul Davos, um dublê de informante nazista e garçom que havia trabalhado neste mesmo hotel antes de ser morto pelos ingleses no dia anterior.Bramble agora, corre contra a tempo, não só para eliminar Rommel e fugir dali, como também descobrir o quanto antes o significado da senha alemã: "Cinco Covas no Egito". Um filme excelente, com um grande elenco, um roteito maravilhoso e um show à parte do ator austríaco, Erich von Strohein no papel de Rommel.

Cinco Covas no Egito (Five Graves to Cairo, EUA, 1943) Direção: Billy Wilder / Roteiro: Charles Brackett, Billy Wilder / Elenco: Franchot Tone, Anne Baxter, Akim Tamiroff, Erich von Stroheim / Sinopse: "Cinco Covas no Egito" mostra a história do cabo inglês John Bramble (Franchot Tone) que logo depois de se ver derrotado juntamente com as tropas inglêsas na Batalha de Tobruk, na Líbia (norte da África) para as forças alemães de Rommel (Erich von Stroheim), foge pelo deserto utilizando um tanque de guerra.

Telmo Vilela Jr.