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sexta-feira, 30 de abril de 2021

Yellowstone - Segunda Temporada

Yellowstone - Segunda Temporada
O ator Kevin Costner pediu um aumento substancial em seu cachê para essa segunda temporada. Por isso a produção dos episódios de uma segunda temporada ficaram suspensos por alguns meses. Valores acertados, os episódios começaram a ser produzidos. Dessa vez foram rodados 10 episódios, uma a mais do que a primeira temporada. Foram exibidos inicialmente no canal a cabo Paramount entre os meses de maio a agosto de 2019. Segue abaixo reviews dos episódios já assistidos.

Yellowstone 2.01 - A Thundering
Primeiro episódio da segunda temporada com vários acontecimentos interessantes. Os cowboys do rancho acabam arranjando uma briga no bar. O pau quebra e eles são quebrados. Para vingar o grupo volta lá, mas dessa vez para soltar um touro dentro do estabelecimento. Conforme os caras saem correndo do bar encontram os cowboys com tacos de beisebol para arrebentar a cara deles! Outro momento divertido vem com o Cowboy Poker. O que é isso? Simples, todos ficam no meio de um curral com cartas de poker. Então um touro bravo é solto. O último a sair da mesa vence o jogo! Quem quer jogar? Por fim uma revelação: John Dutton não está com câncer, mas sim com um úlcera perfurada! Pois é, a série foi renovada para algumas temporadas. Não dava para matar o protagonista logo agora! / Yellowstone 2.01 - A Thundering (Estados Unidos, 2019) Direção: Ed Bianchi / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 2.02 - New Beginnings
O foco desse episódio é todo em cima de Kayce. O pai quer que ele assuma as rédeas do rancho, mas a realidade é que ele não é muito respeitado pelos cowboys que na verdade são comandados por Rip, o durão que manda em todos. E aí surge a necessidade de decidir quem manda no pedaço. Claro, ao estilo de Montana e do oeste, tudo passa a ser resolvido com os punhos. Eles quebram o pau para ver quem é que manda de verdade. O coronel John Dutton (Kevin Costner) assiste a tudo e não interfere. Em sua opinião aquela briga era algo que deveria acontecer mesmo. Só assim seu filho ganharia o devido respeito para mandar no rancho. E que vença o melhor, o que último a ficar em pé. / Yellowstone 2.02 - New Beginnings (Estados Unidos, 2019) Direção: Ed Bianchi / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 2.03 - The Reek of Desperation  
Construir um novo cassino e hotel de luxo em Montana pode despertar muitos inimigos, inclusive pessoas infiltradas no Estado que podem colocar tudo a perder. John Dutton (Kevin Costner) continua tendo problemas com os filhos. O seu filho que desejava concorrer ao cargo de procurador geral, mas isso não era o desejo de seu pai que começou uma série de boicotes contra sua candidatura. Ele tentou resistir por um tempo, mas nesse episódio finalmente jogou o chapéu, desistiu de seus planos. È o velho patriarcado rural onde a vontade do pai é uma ordem, sem direito a nenhuma contestação. / Yellowstone 2.03 - The Reek of Desperation (Estados Unidos, 2019) Direção: Stephen Kay / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 2.04 - Only Devils Left  
John Dutton (Kevin Costner) tem novos problemas. Parte de seu rebanho morre. Alguém jogou uma comida mortal para o seu gado. Quem foi? John tem quase certeira de onde partiu esse golpe, mas precisa de provas robustas. E os policiais, pelo visto, fazem corpo mole. Seu filho acaba entrando na força policial, de forma temporária, mas em um rancho próximo se envolve na morte de um rapaz. Ele não o matou, só estava na cena do crime, mas claro que isso também vai virar uma nova dor de cabeça para Dutton. Enquanto tudo isso acontece a implantação do novo cassino nas terras dos nativos segue de vento em popa. Quem vai conseguir parar tudo aquilo? / Yellowstone 2.04 - Only (Estados Unidos, 2019) Direção: Stephen Kay / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 2.05 - Touching Your Enemy
Rip e Beth tiveram um caso adolescente, quem diria. Isso é mostrado no episódio através de um flashback, com ambos jovens, dando o primeiro beijo de suas vidas! Olha que lindo! Só que Beth cresceu e acabou virando aquela mulher amarga que conhecemos. Enquanto isso seu irmão vai até a casa do empresário que quer colocar novos cassinos na região para um acerto de contas. O Pau quebra, mas tudo fica indefinido. Ele nega que tenha matado o gado de Yellowstone. A melhor cena do episódio porém é aquela que mostra uma disputa divertida entre os cowboys do rancho. Um novato entra, só para perder muito dinheiro! / Yellowstone 2.05 - Touching Your Enemy (Estados Unidos, 2019) Direção: John Dahl / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 2.06 - Blood the Boy  
Logo no começo do episódio o personagem de Kevin Costner diz para seu filho que ele vai para Harvard, uma das mais prestigiadas universidades dos Estados Unidos. O pai deseja que seu filho se torne advogado. E assim é feito. Os anos passam e Jamie já é um advogado. O pai pede que ele processe uma mulher que está o difamando, assim como a revista que está divulgando tudo. Só que Jimmie perde o controle quando a encontra no meio do nada. Ele acaba matando ela! E aí tudo começa a ser encoberto, como se ela tivesse morrido afogada em um dos rios da região. Mas será que algo assim vai colar? Complicado... Bom episódio, inclusive na cena final quando o personagem de Costner leva seu neto para matar o primeiro animal nos bosques. Uma cena simbólica, sem sombra de dúvidas. / Yellowstone 2.06 - Blood the Boy (Estados Unidos, 2019) Direção: John Dahl / Roteiro:  Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly; 

Yellowstone 2.07 - Resurrection Day 
Esse episódio é extremamente violento. E a violência acontece quando Beth é atacada em seu própiro escritório por dois brutamontes. Ela só não é morta porque Rip, o cowboy por quem ela sempre teve uma queda, a salva no último momento, mesmo sendo baleado pelos criminosos. O sangue vai jorrar da tela, pode ter certeza. Pelo lado mais ameno John Dutton (Costner) decide presentear seu neto com um cavalo. E por fim ele acaba salvando seu filho mais velho Jamie. Ele tira o rifle das mãos do rapaz que estava pensando em se matar com um tiro na boca. Tudo por causa do crime que cometeu ao matar aquela advogada no meio do parque nacional. A vergonha e o remorso o levou a esse ato de desespero extremo. / Yellowstone 2.07 - Resurrection Day (Estados Unidos, 2019) Direção: Ben Richardson / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco:  Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.   

Yellowstone 2.08 - Behind Us Only Grey
Algumas vezes a situação fica tão complicada que apenas uma decisão extrema pode ser tomada. É bem isso que John Dutton muito bem sabe. Ele quer se vingar das pessoas que deram uma surra brutal em sua querida filha (isso apesar dela ser uma verdadeira serpente, uma cobra venenosa). Ele sabe que mais cedo ou mais tarde os responsáveis vão ter que pagar e ele sabe quem fez aquele ato brutal. O pior é que seus inimigos não possuem limites, eles cogitam até mesmo pegar seu neto, fragilizando a posição da criança naquele vespeieo. E quando um vigilante é morto,durante a madrugada, o veterano rancheiro percebe que chegou a hora de agir, de uma vez por todas! / Yellowstone 2.08 - Behind Us Only Grey (Estados Unidos, 2019) Direção: Ben Richardson / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly. 

Yellowstone 2.09 - Enemies by Monday
O que dizer de gente preconceituosa e escrota? Nesse episódio a nora do John Dutton sofre preconceito ao entrar em uma pequena loja de roupas. A atendente, uma loira boçal, pensa que ela está roubando a loja. E por qual motivo? Simples preconceito razial já que ela é descendente de povos nativos da região. E o que dizer de gente que rapta crianças? O neto de John Dutton desaparece de noite na fazenda, quando havia ido dar ração ao seu cavalo. É uma criança, está desaparecida e tudo pode levar a crer que inimigos da família tenham feito isso. Um horror! / Yellowstone 2.09 - Enemies by Monday (Estados Unidos, 2019) Direção: Guy Ferland / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly. 

Yellowstone 2.10 - Sins of the Father
Esse episódio fecha a segunda temporada. Começa com uma cena muito tocante onde o personagem de Kevin Costner praticamente se despede do pai, um homem muito fragilizado pelo passar dos anos. Ele o abraça, no meio da imensidão de seu rancho, como que dizendo adeus ao velho homem. Depois voltamos ao presente. O episódio, intitulado "Os Pecados do Pai" vai expor toda a violência que o clã familiar pode se permitir quando um dos seus está raptado. Não sobra pedra sobre pedra. Os dois irmãos que bolaram o sequestro do garoto, neto do personagem de Costner, pagam caro por esse crime e por sua ousadia. São mortos brutalmente e o menino finalmente é resgatado. Naquele meio violento não há meio termo. Certos limites jamais podem ser cruzados pois a punição será nada mais, nada menos, do que a morte. / Yellowstone 2.10 - Sins of the Father (Estados Unidos, 2019) Direção: Stephen Kay / Roteiro: Stephen Kay / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Pablo Aluísio.

Yellowstone - Primeira Temporada

Yellowstone - Primeira Temporada
A primeira temporada da série "Yellowstone" foi exibida no canal a cabo Paramount Pictures nos Estados Unidos entre os meses de outubro a dezembro de 2018. No total foram exibidos 9 episódios nessa primeira temporada. Os resultados foram tão bons e a receptividade de crítica e público foram tão positivas que mal terminaram as exibições da primeira temporada, uma segunda foi confirmada pelos produtores. Segue abaixo os resumos dos principais episódios dessa "season".  

Yellowstone 1.01 - Daybreak  
Primeiro episódio da série onde todos os principais personagens são devidamente apresentados ao espectador. Kevin Costner, outrora um grande astro do cinema americano, parece ter migrado definitivamente para as séries de TV. Nesse primeiro episódio ele surge como seu personagem pela primeira vez. Trata-se do fazendeiro John Dutton, dono do belo rancho "Yellowstone" em Montana, estado rural dos Estados Unidos. Um bom episódio que já traz todos os elementos que irão se desenvolver ao longo de toda essa série. / Yellowstone 1.01 - Daybreak (Estados Unidos, 2018) Direção: Taylor Sheridanm / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 1.03 - No Good Horses
Terra selvagem, terra brutal. Nesse episódio somos levados a um crime no meio do deserto, quando dois homens são mortos friamente. Outro bom aspecto desse terceiro episódio vem de um longo flashback mostrando a morte da esposa de John Dutton (Kevin Costner). Cavalgando ao lado das filhas em um lugar mais distante de sua fazenda seu cavalo se assusta e cai com ela. Pior do que isso, o pesado animal cai em cima dela, o que a deixa em situação complicada. Uma das filhas sai a galope em busca de ajuda, mas quando essa chega já é tarde demais. Ela morre em decorrência dos ferimentos. Isso abre uma chaga dentro da família. A filha que não conseguiu salvá-la da morte fica com um enorme trauma psicológico por tudo o que aconteceu. Os anos passam, mas a dor pela morte da mãe fica eternamente. E é justamente na data de sua morte que ela tem um colapso mental, indo nadar nua, na frente de todos, em uma rancheria para cavalos. É a forma dela expressar seu estado melancólico, psicologicamente falando. / Yellowstone 1.03 - No Good Horses (Estados Unidos, 2018) Estúdio: Paramount Network / Direção: Taylor Sheridan / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly, Wes Bentley, Cole Hauser. Kelsey Asbille

Yellowstone 1.04 -The Long Black Train
Esse é o episódio em que o neto de John Dutton (Kevin Costner) cai no rio. O avô se distrai, o garoto perde o equilibrio e cai no rio de corrente forte. Claro, o desespero se espalha, mas no final das contas tudo dá certo. Não brinque com uma correnteza daquelas, fica a lição. Dentro do rancho dois cowboys começam uma briga feroz. Algo que não é permitido por Dutton. O que causou a briga acabou violando uma norma não escrita, punida com execução. Isso mesmo, o tal valentão é levado até a beira de um morro no deserto e lá mesmo leva uma bala na cabeça. Seu corpo é jogado lá embaixo! No meio daquele deserto ninguém iria descobrir mesmo o corpo, pelo menos é nisso que o capanga do rancho confia. Terra violenta, terra de brutalidade, terra de acerto de contas. Isso é Yellowstone. / Yellowstone 1.04 - The Long Black Train (Estados Unidos, 2018) Direção: Taylor Sheridan / Roteiro: Taylor Sheridan, John Linson / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 1.05 - Coming Home  
John Dutton (Kevin Costner) decide enviar seu filho advogado para livrar a barra de outro filho, Kayce Dutton (Luke Grimes). Ele foi detido na reserva indígena porque está envolvido na morte de dois homens e na ocultação de seus cadáveres. E Kayce não esconde o jogo. Confessa que os matou. Eram predadores sexuais tentando estuprar uma jovem garota. Por causa de seu pai, homem rico e influente, logo deixa a delegacia, mas os problemas continuam. Pai e filho vivem sob tensão. Ele quer ser um homem independente , vivendo com sua esposa nativa. O pai adora o neto e se ressente com essa situação. Até ajuda arranjando um belo emprego para a nora numa excelente univerdiade da região, uma forma sutil de dobrar a opinião de Kacey. Outro aspecto interessante desse episódio é a forma como novos cowboys são admitidos no rancho de John Dutton. O novo empregado é recrutado na porta da prisão, só que para entrar no rancho precisa passar por um teste de fogo, literalmente, sendo marcado em ferro quente, como se fosse gado! / Yellowstone 1.05 - Coming Home (Estados Unidos, 2018) Direção: Taylor Sheridan / Roteiro:  Taylor Sheridan, John Linson / Elenco:  Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 1.06 - The Remembering
A vida pode ser traiçoeira. Que o diga o rancheiro John Dutton (Kevin Costner). Ele tem problemas com os filhos. A mais velha é um poço de traumas depois que a mãe morreu. O outro é revoltado com o pai, porque esse sugeriu que ele deveria ter feito aborto na namorada, agora sua esposa. E para piorar ele encontra dificuldades de emplacar uma carreira política para o mais promissor deles. No meio disso tudo ainda sobra questões sobre sua própria saúde pois ele escondeu da família o fato de estar sofrendo de câncer, algo que pode levá-lo à morte. Nesse episódio porém o fato mais marcante é a agressão que a esposa de seu filho sofre na escola. Ela leva um murro de um aluno ao tentar apartar uma briga. Cai e bate a cabeça no cimento. Tudo parece superado até que ela perde os sentidos e desmaia. Problemas sérios à vista! / Yellowstone 1.06 - The Remembering (Estados Unidos, 2018) Direção: Taylor Sheridan / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 1.07 - A Monster Is Among Us
Como diz o título original do episódio em inglês: "Há um monstro entre nós". E esse monstro tanto pode ser tanto um urso selvagem que entra no racho Yellowstone, para criar muitos problemas entre os cowboys e um grupo de turismo composto apenas por chineses, como também pode ser o câncer que começa a causar mal estar em John Dutton (Kevin Costner). São monstros diferentes, mas ambos levam à morte. Dutton faz um exame e ao que tudo indica parece bem, porém é só chegar em casa para começar a passar muito mal. Sua nora está hospitalizada, seu neto está faminto e ele precisa lidar com todos os tipos de problemas, tanto familiares como relativos ao rancho que tanto ama. Ser um proprietário rural em Montana também traz uma dose extra de dissabores. / Yellowstone 1.07 - A Monster Is Among Us (Estados Unidos, 2018) Direção: Taylor Sheridan / Roteiro:  Taylor Sheridan, John Linson / Elenco:  Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 1.08 - The Unravelling: Part 1
Rip é o cowboy que atirou no urso após os turistas chineses caírem abismo abaixo. Isso causa inúmeros problemas para John Dutton (Kevin Costner). Matar um urso, um animal em extinção, em suas terras, é um crime federal. Pior é que nesse episódio ficamos sabemos mais sobre o passado de Rip. Ele matou o pai, quando ainda era jovem. Seu pai estava espancando sua mãe. Dutton o livrou da cadeia. É um sujeito que trabalha há anos em Yellowstone. E Dutton fica irado porque seu filho advogado não estava lá para defender o seu capataz. E isso gera uma grande briga, com pai destruindo a campanha do filho que sonha em ser procurador. A discussão acaba em socos e pontapés. Mais um dia como qualquer outro naquele rancho onde as desavenças são resolvidas no punho. / Yellowstone 1.08 - The Unravelling: Part 1 (Estados Unidos, 2019) Direção: Taylor Sheridan / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Yellowstone 1.09 - The Unravelling: Part 2
Esse é o último episódio dessa primeira temporada. E o que acontece por aqui? Bom, John Dutton (Kevin Costner) está sentindo o cerco se fechar ao seu lado. Processos para todos os lados, tudo para que ele venda o rancho. Seus inimigos querem as terras onde irão construir um grande hotel, com mais de 400 quartos. Então Button manda seus homens fazerem o serviço sujo. O empresário que estava pressionando a situação é colocado sobre um cavalo. No pescoço uma corda de enforcamento. Basta espantar os animais para que tudo seja consumado. Um jeito antigo de se resolver algumas desavenças por aquelas bandas selvagens. / Yellowstone 1.09 - The Unravelling: Part 2 (Estados Unidos, 2018) Direção: Taylor Sheridan / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco: Kevin Costner, Luke Grimes, Kelly Reilly.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 29 de abril de 2021

O Mandaloriano - Segunda Temporada

O Mandaloriano - Segunda Temporada
Essa série, para surpresa de muita gente, é considerada hoje a melhor coisa produzida nos últimos anos com a marca milionária "Star Wars". Enquanto os filmes no cinema derrapavam, alguns com bilheterias bem ruins, a Disney colheu os frutos do sucesso justamente com essa série, que no começo foi feita sem muitas expectativas. Hoje em dia ela é dita como a única que consegue manter a qualidade e o estilo da primeira trilogia "Guerra nas Estrelas". E de fato não há o que dizer, pois é realmente muito boa, com ótimos episódios, valorizando o espírito original de "Star Wars" que parecia estar há muito perdido. Abaixo seguem comentários sobre a segunda temporada.

O Mandaloriano 2.01 - Chapter 9: The Marshal
Nesse episódio o caçador de recompensas mandaloriano vai parar em Tatooine, o mesmo planeta onde vivia Luke Skywalker no primeiro filme, "Guerra Nas Estrelas", de 1977. Ele está em busca de ouros membros de seu clã, quando descobre que o xerife de uma pequena cidade no meio do deserto não é realmente um mandaloriano, mas apenas usa a armadura que um dia pertenceu a um verdadeiro. Eles unem forças para destruir um verme gigante, que você provavelmente vai assosiar aos monstros de "Duna". Esse episódio resgata vários personagens ou tipos do primeiro "Star Wars", entre eles o povo da areia. Os nostálgicos e saudosistas, enfim, terão um prato cheio. / O Mandaloriano 2.01 - Chapter 9: The Marshal (Estados Unidos, 2020) Direção: Jon Favreau / Roteiro: Jon Favreau/ Elenco: Pedro Pascal, Timothy Olyphant, John Leguizamo, Amy Sedaris. 

The Mandalorian 2.02 - Chapter 10: The Passenger 
Ótimo segundo episódio da segunda temporada. E quem é afinal a passageira citada no título original em inglês? Uma estranha criatura, que se assemelha a um lagarto que o Mandaloriano precisa transportar a um planeta distante. O problema é que ela carrega ovos pois pretende ao lado de seu companheiro colonizar esse novo mundo. E os ovos delas se tornam deliciosos elementos de um menu apreciado pelo Baby Yoda! De qualquer forma eles são perseguidos por dois caças das forças rebeldes e caem em um planeta gelado onde vivem estranhas aranhas gigantes. Aqui estão todos os elementos que vão fazer a festa dos fãs de "Star Wars". Gostei bastante, pura diversão! / The Mandalorian 2.02 - Chapter 10: The Passenger (Estados Unidos, 2020) Direção: Peyton Reed / Roteiro: Jon Favreau / Elenco: Pedro Pascal, Amy Sedaris, Misty Rosas. 

The Mandalorian 2.03 - Chapter 11: The Heiress
Essa série não tem episódios ruins, só episódios excelentes. É a conclusão que vai se firmando em minha mente após assistir novos capítulos dessa ótima série. Chega a ser inacreditável perceber que nessa série se tem todos os elementos que tanto fazem falta nos filmes Star Wars para o cinema. Parece que na tela grande a magia se foi, algo que não acontece em "The Mandalorian". Pois bem, nesse episódio o Mandaloriano chega em um planeta infestado de criminosos. Quase é morto em um navio de pescadores e depois se une a um grupo de outros de seu povo para um assalto numa nave imperial que está transportando armas de guerra para o império. O que dizer? Mais um episódio realmente ótimo, com aventura, humor e muita magia (Jedi). / The Mandalorian 2.03 - Chapter 11: The Heiress (Estados Unidos, 2020) Direção:  Bryce Dallas Howard / Roteiro:  Jon Favreau, Jon Favreau / Elenco:  Pedro Pascal, Misty Rosas, Sasha Banks. 

The Mandalorian 2.04 - Chapter 12: The Siege
O Mandaloriano, acompanhado do Baby Yoda, precisam voltar a um planeta por onde já passaram antes para consertar sua nave. Depois de ser convidado para participar de uma missão com locais, ele parte em direção ao deserto, onde existe uma base abandonada pelo Império. Só que essa á uma informação errada. A base não foi abandonada. Está cheio de troppers e esconde um laboratório de experiências biológicas, ainda desconhecidas, mas claramente importantes para o desenvolvimento do enredo da série a partir daqui. Também captei nesse episódio  uma sutil referência aos experimentos dos nazistas. Sim, o Império nada mais é do que uma grande representação do que foi o regime nazista na história da humanidade. / The Mandalorian 2.04 - Chapter 12: The Siege (Estados Unidos, 2020) Direção: Carl Weathers / Roteiro: Jon Favreau / Elenco: Pedro Pascal, Gina Carano, Carl Weathers. 

The Mandalorian 2.05 - Chapter 13: The Jedi
Quem é o Baby Yoda? Claro que esse apelido nasceu na internet e não faz parte do roteiro original da série. Pois bem, nesse episódio temos as respostas (ou parte delas). A jovem criança foi criada em um templo Jedi onde aprendeu a dominar a força. O nome da criaturinha é Grogu. E como o Mandaloriano descobre isso? Ele vai até um planeta dominado por uma tirana violenta, um lugar que poderia ser muito bucólico com suas casas ao estilo oriental. Pois nesse lugar existe uma Jedi chamada Ahsoka Tano (Rosario Dawson) que desafia essa ditadora infame. E o Mandaloriano vai até ela e descobre uma série de coisas sobre o Baby Yoda. E entre as revelações mais interessantes descobrimos que a história que é contada nessa série se passa no futuro da trilogia original Star Wars. Como sabemos disso? A própria guerreira Jedi explica ao Mandaloriano sobre um homem sábio que viveu no passado. Seu nome? Sim, o mestre Yoda. Assim temos um episódio que revela muito sobre o contexto geral dessa ótima série. Não vá perder! / The Mandalorian 2.05 - Chapter 13: The Jedi (Estados Unidos, 2020) Direção: Dave Filoni / Roteiro:  Dave Filoni, Jon Favreau / Elenco: Pedro Pascal, Michael Biehn, Rosario Dawson. 

The Mandalorian 2.06 - Chapter 14: The Tragedy
O Baby Yoda (sim, eu vou continuar chamando a criaturinha assim, mesmo sabendo que ele tem outro nome) acaba caindo nas garras do império. Mas como isso foi acontecer? Ora, o Mandaloriano leva ele até um planeta onde existe um velho templo Jedi. Talvez algum Jedi apareça com ele aí, sentindo as vibrações da força. Só que ao invés disso surge o Boba Fet em pessoa (pois é, dos filmes originais Star Wars). Ele quer a armadura que está com o Mandaloriano. Só que isso nem é o pior. Naves de tropas do Império também pousam no planeta, com o firme propósito de levar o Baby Yoda para o cruzador imperial que está em órbita. Qual seria o interesse do império em relação ao Baby Yoda? Falam nele como um doador! Doador de quê? A resposta estará certamente nos próximos episódios. / The Mandalorian 2.06 - Chapter 14: The Tragedy (Estados Unidos, 2020) Direção: Robert Rodriguez / Roteiro: Jon Favreau / Elenco: Pedro Pascal, Temuera Morrison, Ming-Na Wen. 

The Mandalorian 2.07 - Chapter 15: The Believer
Que tal se passar por soldados do império, dirigindo um veículo para entrar numa base do inimigo? É justamente isso que o Mandaloriano, mais um condenado que agora ganha uma chance, fazem. Eles se disfarçam de militares do império para entrar dentro de uma base imperial. Querem informações que levem ao paradeiro do Baby Yoda. O maior destaque desse episódio é a perseguição que um grande veículo de transporte imperial sofre quando eles são atacados por verdadeiros piratas daquele distante planeta. Olha, nem nos filmes mais recentes da saga Star Wars no cinema vimos algo tão bom. Aliás verdade seja dita, em muitos momentos essa série dá mesmo um baile em todos esses filmes recentes. Os diretores de cinema deveriam aprender mais com essa série para trazer de volta o verdadeiro espírito de Star Wars. A série realmente é muito melhor. / The Mandalorian 2.07 - Chapter 15: The Believer (Estados Unidos, 2020) Direção: Rick Famuyiwa / Roteiro: Rick Famuyiwa / Elenco: Pedro Pascal, Bill Burr, Gina Carano. 

The Mandalorian 2.08 - Chapter 16: The Rescue
E assim chegamos ao final dessa série. E o que acontece no final de "O Mandaloriano"? O grupo parte em resgate do Baby Yoda que está em mãos de homens do imperador. No momento ele viaja dentro de uma nave imperial. Um resgate mais do que complicado se não fosse a presença de um Jedi" E não é qualquer Jedi, mas sim Luke Skywalker que surge ao lado de R2D2 para resgatar o pequenino. E ele enfrenta uma tropa inteira de Dark Troopers apenas com seu sabre de luz verde. Claro que os fãs de Star Wars, da trilogia original, foram à loucura! Quer algo melhor do que isso? Não tem. No final a série merece mesmo todos os nossos aplausos. / The Mandalorian 2.08 - Chapter 16: The Rescue  (Estados Unidos, 2020) Direção: Peyton Reed / Roteiro: Jon Favreau / Elenco: Pedro Pascal, Mark Hamill.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 28 de abril de 2021

O Leão do Deserto

Filme que apresenta em seu elenco um formidável grupo de atores de excepcional talento dramático. Vários deles com sólida formação teatral em Shakespeare, como por exemplo, John Gielgud. Curiosamente o astro principal Anthony Quinn seria o menos qualificado em termos de currículo e formação em arte dramática nesse sentido. Ele sempre foi um ator de cinema e não de teatro. Sua escola, sendo realista, foram os filmes e não uma série de peças teatrais de literatura clássica. Porém dentro do contexto de seu personagem dentro desse filme, até que está bem adequado, pois ele interpreta um líder tribal chamado Omar Mukhtar, um homem que resiste no campo de batalha ao domínio do imperialismo italiano, representado na figura do líder fascista Benito Mussolini. Homem rude, violento, forjado na guerra contra os colonizadores europeus.

A história do filme se desenvolve nas areias escaldantes do deserto da Líbia, naquela ocasião histórica (estamos nos referindo ao ano de 1929) sendo dominada pelos imperialistas da Itália. É a velha política de colonização de nações africanas por países europeus. A velha luta entre metropóle e colônia, que tantos males, mortes e destruição trouxeram à história da humanidade. O filme, como não poderia deixar de ser, foi todo rodado no deserto do Norte da África, uma região inóspita. Por isso a equipe de filmagem encontrou todos os tipos de problemas para terminar o filme. O resultado ficou muito bom no meu ponto de vista. Não pode ser considerado um filme à altura de grandes épicos do passado nesse estilo como "Lawrence da Arábia", mas certamente estava acima da média das produções realizadas no começo da década de 1980.

O Leão do Deserto (Lion of the Desert, Estados Unidos, 1980) Direção: Moustapha Akkad / Roteiro: David Butler, H.A.L. Craig / Elenco: Anthony Quinn, Oliver Reed, Rod Steiger, John Gielgud / Sinopse: A história do filme se passa em 1929, no norte da África, na região que hoje é conhecida como Líbia. Nesse posto colonial da Itália fascista de Mussolini, um novo general é designado para conter uma série de rebeliões do povo local liderado pelo líder rebelde tribal Omar Mukhtar (Quinn).

Pablo Aluísio.

Portal do Paraíso

Até hoje o filme consta na lista dos maiores fracassos comerciais da história de Hollywood, o que não deixa de ser lamentável. Na verdade o que chegou ao público foi uma colcha de retalhos montado pelos executivos da United Artists. O que de fato aconteceu? "Portal do Paraíso" foi uma produção cara, que levou bastante tempo para ficar pronta. Quando finalmente o diretor Michael Cimino apresentou seu primeiro corte para os produtores, esses ficaram chocados. Tudo havia resultado em um filme com mais de 4 horas de duração. Inviável comercialmente para ser exibido nos cinemas da época.

Assim Cimino foi afastado e o estúdio contratou uma equipe especial para a edição de uma nova versão. Essa que chegou até nós era realmente péssima. Muitas cenas importantes foram cortadas e outras, nem tão importantes assim, ficaram. Tudo remendado, mal posicionado. Um trabalho mal feito ao meu ver. O resultado foi um filme com história confusa que foi malhado impiedosamente pela crítica e abandonado pelo público que deixou as salas de cinemas vazias. Em poucos dias o filme saiu de cartaz nos Estados Unidos e Europa. No Brasil foi exibido rapidamente em poucas salas. A péssima bilheteria quebrou financeiramente a United Artists. Um desastre completo. Uma pena porque tinha potencial para virar uma obra-prima.

Portal do Paraíso (Heaven's Gate, Estados Unidos, 1980) Estúdio: United Artists / Direção: Michael Cimino / Roteiro: Michael Cimino / Elenco: Kris Kristofferson, Christopher Walken, Jeff Bridges, John Hurt, Mickey Rourke, Brad Dourif, Geoffrey Lewis / Sinopse: Durante a Guerra do Condado de Johnson em 1890, no Wyoming, um xerife nascido na riqueza faz o seu melhor para proteger os fazendeiros imigrantes dos ricos interesses dos pecuaristas da região..Filme indicado ao Oscar na categoria de mlehor direção de arte (Tambi Larsen e James L. Berkey).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 27 de abril de 2021

Minari

Título no Brasil: Minari - Em Busca da Felicidade
Título Original: Minari
Ano de Produção: 2020
País: Estados Unidos, Coreia do Sul
Estúdio: Plan B Entertainment
Direção: Lee Isaac Chung
Roteiro: Lee Isaac Chung
Elenco: Steven Yeun, Yeri Han, Alan S. Kim, Noel Cho, Darryl Cox, Esther Moon

Sinopse:
Uma família coreana se muda para os Estados Unidos em busca de um recomeço. O marido compra uma pequena propriedade rural onde pretende plantar frutas coreanas para serem vendidas aos imigrantes que moram na América, só que nem tudo acaba saindo como planejado.

Comentários:
Esse filme teve a façanha de ter sido indicado a seis categorias no Oscar 2021, vencendo em melhor atriz coadjuvante (Yuh-Jung Youn). Em meu ponto de vista foi um exagero, principalmente na categoria de melhor filme. Embora "Minari" seja até um bom filme, não consigo ver nele tantos méritos a ponto de ser colocado entre os melhores do ano. Até mesmo a premiação da atriz veterana Yuh-Jung Youn me causou uma certa perplexidade. Ela é talentosa, carismática e em muitos aspectos se torna a alma do filme, porém vamos ser bem sinceros, havia pelo menos duas outras atrizes que mereciam vencer mais do que ela. Outro problema em "Minari" é seu ritmo (ou a falta dele) no desenvolvimento da história. As coisas acontecem lentamente, o que vai deixar muito espectador com tédio, ainda mais nos dias atuais onde as pessoas estão cada vez menos propensas a encarar esse tipo de situação. Enfim, de todos os candidatos a melhor filme do Oscar desse ano que já assisti, esse foi o que menos me agradou. Não é um filme ruim, longe disso, mas é inegavelmente um exagero colocá-lo na seleta lista dos melhores do ano no Oscar.

Pablo Aluísio.

Uma Cidade Que Surge

Título no Brasil: Uma Cidade Que Surge
Título Original: Dodge City
Ano de Produção: 1939
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Michael Curtiz
Roteiro: Robert Buckner
Elenco: Errol Flynn, Olivia de Havilland, Ann Sheridan, Bruce Cabot, Frank McHugh, Alan Hale

Sinopse:
Dodge City é uma das cidades mais violentas do velho oeste. Famosa pelos duelos de pistoleiros na rua principal, ela se torna alvo de disputas de grupos rivais, cada um querendo controlar a rica e próspera via de carregamento de gado. Wade Hatton (Errol Flynn) chega na cidade pela ferrovia para ser o novo xerife. Impor ordem e lei em um lugar conhecido justamente por não ter nenhuma das duas coisas. Sua tarefa certamente não será das mais fáceis.

Comentários:
A dupla Errol Flynn e Michael Curtiz se notabilizou pelos filmes de aventura que fizeram. Produções de capa e espada, com piratas, lendas medievais e temas semelhantes. No final da década de 1930 os executivos da Warner decidiram que era hora deles também enveredarem pelo universo dos filmes de cowboy. Também pudera, o western havia se tornado sinônimo de sucesso de bilheteria. Assim Flynn pendurou a espada, subiu em um cavalo, colocou esporas e foi dar uma de cowboy nesse "Dodge City". Sendo sincero não achei Errol Flynn muito convincente nessa película. Não era seu estilo. Ele era ótimo para representar Robin Hood, piratas do Caribe e personagens desse naipe mas homens do oeste bravio não! Isso porque Errol não parecia com um pioneiro, não tinha aquela presença rústica que esse tipo de papel exigia. Acreditar que Flynn é um ás do gatilho, um xerife da famosa Dodge City, fica complicado. Talvez Michael Curtiz também tenha entendido isso e resolveu encaixar alguns momentos de humor para combinar melhor com o sorriso irônico de Flynn. O saldo final soa meio artificial. O filme não fez o sucesso esperado e o ator voltou para seu gênero habitual. Melhor assim, afinal de contas ele nunca foi um John Wayne e nem um Randolph Scott.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Oscar 2021

Particularmente gostei bastante dessa cerimônia do Oscar. A pandemia mudou várias coisas e devo dizer que para melhor. Ao invés de todo aquele exagero (e breguice) dos anos anteriores, ontem tudo transcorreu de maneira bem mais simples, elegante, com sobriedade. O cineasta Steven Soderbergh dirigiu o show e acertou muito. Ao invés um palco imenso, optou-se por um palco pequeno, quase um tablado. Apenas os profissionais que concorriam ao Oscar (com no máximo dois acompanhantes) ocuparam as mesas. O interessante de tudo é que esse estilo, com mesas separadas, abajures elegantes e tudo mais, foi claramente inspirado na primeira noite do Oscar, em 1929 Na ocasião a entrega dos prêmios foi anunciada como um "jantar dançante".

Igualmente gostei da lista dos premiados. Não houve injustiças históricas e nem bobagens. Só ganhou quem realmente merecia ganhar. "Nomadland" foi o grande vencedor da noite. Foi premiado como melhor filme, melhor atriz (Frances McDormand, em excelente atuação) e melhor direção (para a mais do que talentosa Chloé Zhao). Todos os prêmios mais do que merecidos, em todos os aspectos. O filme é realmente muito bom, mostrando o lado mais sofrido dos Estados Unidos, com a pobreza, a falta de esperança e a adoção de uma vida nômade como meio de sobrevivência.

Anthony Hopkins venceu o Oscar de melhor ator pelo filme "Meu Pai". Eu torcia por ele, não vou negar. Quando escrevi sobre o filme disse que ele merecia o prêmio, era a melhor atuação do ano e uma das mais primorosas de toda a sua carreira. Também se tornou o ator mais velho a ser premiado, com 83 anos de idade. Não chegou a assistir à cerimônia, segundo seu agente. Quando seu nome foi anunciado, o bom e velho Hopkins estava dormindo em sua casa. Só veio a saber de seu prêmio hoje pela manhã. Ele já conquistou tudo na carreira, não precisa mais fazer média com ninguém (aliás nunca precisou!).

Youn Yuh-jung, também na terceira idade, venceu o Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo seu papel de vovó fora dos padrões no drama coreano "Minari". De fato ela é alma desse filme sobre uma família de imigrantes coreanos tentando vencer na vida nos Estados Unidos. Daniel Kaluuya venceu o Oscar de melhor ator coadjuvante por sua atuação visceral no filme sobre os panteras negras, "Judas e o messias negro". Filmão politicamente consciente. "Druk - Mais uma rodada" o filme da Dinamarca que resenhei há poucos dias aqui no blog venceu na categoria de Melhor filme internacional. Quem diria... o diretor fez um longo discurso, logo no começa da cerimônia, o que assustou os produtores da festa pois se todo mundo seguisse seu exemplo o Oscar iria estourar seu tempo determinado pelo roteiro.

"Bela vingança", filme que anda muito elogiado, não saiu de mãos vazias. Levou o prestigiado Oscar de melhor roteiro original. O Oscar de melhor roteiro adaptado foi para "Meu pai". Ambas as premiações foram certeiras. Nada a criticar. A animação "Soul" levou dois prêmios, a de melhor trilha sonora e a de melhor animação. Justo demais. O estranho "Tenet" levou o Oscar de melhores efeitos especiais. De roteiro é que ele não iria levar de jeito nenhum pois foi um dos roteiros mais confusos dos últimos tempos. Por fim o tão badalado "Mank" que liderava em número de indicações ficou apenas no meio do caminho. Foi premiado em melhor direção de fotografia e melhor design de produção (direção de arte). A Netflix esperava por muito mais. Então é isso, um Oscar diferente, sóbrio, justo e bem realizado. Gostei de maneira em geral. 

 

Oscar 2021 - Lista de Indicados - Em negrito os VENCEDORES:

Melhor filme

    "Meu pai"
    '"Judas e o messias negro"
    "Mank"
    "Minari"
    "Nomadland"
    "Bela vingança"
    "O som do silêncio"
    "Os 7 de Chicago"

Melhor atriz

    Viola Davis - "A voz suprema do blues"
    Andra Day - "Estados Unidos Vs Billie Holiday"
    Vanessa Kirby - "Pieces of a woman"
    Frances McDormand - "Nomadland"
    Carey Mulligan - "Bela vingança"

Melhor ator

    Riz Ahmed - "O som do silêncio"
    Chadwick Boseman - "A voz suprema do blues"
    Anthony Hopkins - "Meu pai"
    Gary Oldman - "Mank"
    Steve Yeun - "Minari"

Melhor direção

    Thomas Vinterberg - "Druk - Mais uma rodada"
    David Fincher - "Mank"
    Lee Isaac Chung - "Minari"
    Chloé Zhao - "Nomadland"
    Emerald Fennell - "Bela vingança"

Melhor atriz coadjuvante

    Maria Bakalova - "Borat: fita de cinema seguinte"
    Glenn Close - "Era uma vez um sonho"
    Olivia Colman - "Meu pai"
    Amanda Seyfried - "Mank"
    Youn Yuh-jung - "Minari"

Melhor ator coadjuvante

    Sacha Baron Cohen - "Os 7 de Chicago"
    Daniel Kaluuya - "Judas e o messias negro"
    Leslie Odom Jr. - "Uma noite em Miami"
    Paul Raci - "O som do silêncio"
    Lakeith Stanfield - "Judas e o messias negro"

Melhor filme internacional

    "Druk - Mais uma rodada" (Dinamarca)
    "Shaonian de ni" (Hong Kong)
    "Collective" (Romênia)
    "O homem que vendeu sua pele" (Tunísia)
    "Quo vadis, Aida?" (Bósnia e Herzegovina)

Melhor roteiro adaptado

    "Borat: fita de cinema seguinte"
    "Meu pai"
    "Nomadland"
    "Uma noite em Miami"
    "O tigre branco"

Melhor roteiro original

    "Judas e o Messias negro"
    "Minari"
    "Bela vingança"
    "O som do silêncio"
    "Os 7 de Chicago"

Melhor figurino

    "Emma"
    "A voz suprema do blues"
    "Mank"
    "Mulan"
    "Pinóquio"

Melhor trilha sonora

    "Destacamento blood"
    "Mank"
    "Minari"
    "Relatos do mundo"
    "Soul"

Melhor animação

    "Dois irmãos: Uma jornada fantástica"
    "A caminho da lua"
    "Shaun, o Carneiro: O Filme - A fazenda contra-ataca"
    "Soul"
    "Wolfwalkers"

Melhor curta de animação

    "Burrow"
    "Genius Loci"
    "If anything happens I love you"
    "Opera"
    "Yes people"

Melhor curta-metragem em live action

    "Feeling through"
    "The letter room'"
    "The present"
    '"wo distant strangers"
    "White Eye"

Melhor documentário

    "Collective"
    "Crip camp"
    "The mole agent"
    "My octopus teacher"
    "Time"

Melhor documentário de curta-metragem

    "Collete"
    "A concerto is a conversation"
    "Do not split"
    "Hunger ward"
    "A love song for Natasha"

Melhor som

    "Greyhound: Na mira do inimigo"
    "Mank"
    "Relatos do mundo"
    "Soul"
    "O som do silêncio"

Canção original

    "Fight for you" - "Judas e o messias negro"
    "Hear my voice" - "Os 7 de Chicago"
    "Husa'vik" - "Festival Eurovision da Canção: A saga de Sigrit e Lars"
    "Io sì" - "Rosa e Momo"
    "Speak now" - "Uma noite em Miami"

Maquiagem e cabelo

    "Emma"
    "Era uma vez um sonho"
    "A voz suprema do blues"
    "Mank"
    "Pinóquio"

Efeitos visuais

    "Problemas monstruosos"
    "O céu da meia-noite"
    "Mulan"
    "O grande Ivan"
    "Tenet"

Melhor fotografia

    "Judas e o messias negro"
    "Mank"
    "Relatos do mundo"
    "Nomadland"
    "Os 7 de Chicago"

Melhor edição

    "Meu pai"
    "Nomadland"
    "Bela vingança"
    "O som do silêncio"
    "Os 7 de Chicago"

Melhor design de produção

    "Meu pai"
    "A voz suprema do blues"
    "Mank"
    "Relatos do mundo"
    "Tenet"

Pablo Aluísio.

Um Estranho Casal

Após o fim de seu casamento de longos anos Felix Ungar (Jack Lemmon) está disposto a acabar com sua própria vida. Ele aluga um quarto barato de um hotel no nono andar para se jogar de lá. Na última hora a janela emperra e ele tem que cancelar seus planos suicidas. Assim resolve ir até a casa de seu amigo Oscar Madison (Walter Matthau), onde encontra todos os seus velhos amigos jogando poker. Arrasado, compartilha de seu drama pessoal. Tentando ser solidário Oscar sugere que Felix fique em seu apartamento até que as coisas melhorem, uma sugestão da qual irá se arrepender muito depois!

O melhor filme com a dupla Lemmon / Matthau. Escrito pelo ótimo Neil Simon o enredo é uma comédia de costumes das mais bem boladas. Assim que Felix (Lemmon) se muda para o apartamento de Oscar (Matthau) sua vida vira um inferno. Oscar é um divorciado beberrão, que adora passar as noites jogando com seus amigos. Seu lar mais parece uma lata de lixo com pedaços de comida pelo chão, roupas espalhadas e caos completo. Já Felix é um obcecado por limpeza e ordem (uma das razões que levaram seu casamento ao fim).

O choque dessas duas personalidades tão diferentes convivendo em um mesmo espaço acaba sendo o mote das principais situações engraçadas de todo o filme. Neil Simon usou o texto para criticar de forma muito bem humorada o próprio casamento tradicional como um todo, mas ao invés de usar um casal comum formado por marido e esposa, colocou dois amigos divorciados para viverem juntos, compartilhando das mesmas situações! O resultado é hilário, com excelentes diálogos e ótimas interpretações da dupla central (em especial Walter Matthau que deita e rola com seu tipo habitual, a do sujeito bonachão, que não está nem aí para nada). Juntos os atores fizeram vários filmes mas nenhum melhor do que esse aqui, que afinal de contas tem um roteiro primoroso com a assinatura de Neil Simon. Diversão garantida.

Um Estranho Casal (The Odd Couple, Estados Unidos, 1968) Estúdio: Paramount Pictures / Direção: Gene Saks / Roteiro: Neil Simon / Elenco: Jack Lemmon, Walter Matthau, John Fiedler / Sinopse: Dois amigos acabam indo morar juntos e sem querer desenvolvem cacoetes de um casal normal, como se fosse marido e mulher! Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Roteiro e Melhor Edição. Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme (comédia ou musical) e Melhor ator (Walter Matthau e Jack Lemmon).

Pablo Aluísio.

domingo, 25 de abril de 2021

Nomadland

O filme conta a história de Fern (Frances McDormand). Ela perdeu o marido, que morreu de câncer. Sem filhos e sem emprego, teve que sair de casa por não conseguir pagar o aluguel. O único bem de valor que lhe sobrou foi sua van. Sem ter onde morar passou a morar dentro do carro. Viajando sempre pelo país, ela procura sobreviver com empregos temporários, bicos e alguma ajuda que encontra pelas estradas. Também passa a conhecer outras pessoas que estão na mesma situação. Pessoas mais velhas que o mercado de trabalho não quer. Desempregados errantes em busca de alguma esperança.

O filme "Nomadland" mostra o outro lado dos Estados Unidos. O lado dos pobres, dos excluídos, dos que não tem casa, nem endereço fixo. A crise econômica criou toda uma geração de pessoas que vivem como nômades, morando em seus carros, procurando por algum tipo de trabalho que conseguem encontrar. São professores, profissionais, pessoas inteligentes, mas que foram cuspidas fora pelo sistema capitalista. Alguns, mais velhos e sem família, vão vivendo um dia de cada vez. Não é uma vida fácil, mas é o que lhes sobrou em uma vida dura, cheia de privações.

O mais interessante é que existem apenas três atores profissionais em cena. O restante do elenco é formado por pessoas reais que vivem nessa situação, são verdadeiros nômades modernos. Vivem pelas estradas, em busca de alguma oportunidade. A atriz Frances McDormand interage com todos esses excluídos do sistema, muitas vezes sem script, apenas na base da conversação comum, na improvisação. O resultado ficou excelente. O espectador nem se dá conta do estilo do filme, que pode ser encarado também como sendo quase um documentário. Enfim, excelente filme, mostrando a pior face do capitalismo selvagem dos Estados Unidos e sua exclusão social.

Nomadland (Estados Unidos, 2020) Direção: Chloé Zhao / Roteiro: Jessica Bruder, Chloé Zhao / Elenco: Frances McDormand, David Strathairn, Linda May, Angela Reyes, / Sinopse: O filme mostra a vida de uma nômade moderna, que vive pelas estradas dos Estados Unidos, morando em seu próprio carro, sempre em busca de algum trabalho para sobreviver. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor atriz (Frances McDormand), melhor direção, melhor roteiro adaptado, melhor edição e melhor direção de fotografia (Joshua James Richards). Filme vencedor do Globo de Ouro nas categorias de melhor filme - Drama e melhor direção (Chloé Zhao).

Pablo Aluísio.

Fama

Título no Brasil: Fama
Título Original: Fame
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Alan Parker
Roteiro: Christopher Gore
Elenco: Eddie Barth, Irene Cara, Lee Curreri, Laura Dean, Antonia Franceschi, Boyd Gaines

Sinopse:
Uma crônica da vida de vários adolescentes que frequentam uma escola de segundo grau em Nova York para alunos talentosos nas artes cênicas e dança, sempre a dança, como forma de expressão de todos eles. Filme vencedor do Oscar na categoria de melhor música original.

Comentários:
Muitos acreditam que o primeiro grande musical dos anos 80 foi "Flashdance". O pioneiro, o primeiro de uma linha de musicais de sucesso. Essa opinião está errada. O primeiro grande musical dos anos 80 foi "Fama", um excelente filme dirigido por Alan Parker, que não canso de dizer sempre foi um dos meus diretores preferidos. Parker, genial como ele era, resolveu inovar bastante nesse filme. Ora, se o roteiro contava a história de um grupo de jovens em busca do sucesso e da fama no meio artístico, nada melhor do que contratar para atuar no filme esses mesmos jovens que viviam isso em suas vidas reais. Pois é, praticamente todo o elenco foi escolhido em escolas de dança e academias de Nova Iorque. Uma moçada jovem, alguns em seu primeiro filme no cinema. O resultado não se mostrou apenas verdadeiro como cheio de alma. E, para encerrar, não poderia deixar de citar a trilha sonora com pelo menos três grandes sucessos, big hits mesmo. Quem viveu aquela época lembrará imediatamente nos primeiros acordes. A nostalgia dos anos 80 certamente vai bater forte ao ouvir esses sucessos.

Pablo Aluísio.

sábado, 24 de abril de 2021

O Resgate do Titanic

Título no Brasil: O Resgate do Titanic
Título Original: Raise the Titanic
Ano de Produção: 1980
País: Inglaterra
Estúdio: ITC Films
Direção: Jerry Jameson
Roteiro: Adam Kennedy, Eric Hughes
Elenco: Jason Robards, Alec Guinness, Richard Jordan, David Selby, Anne Archer, Bo Brundin

Sinopse:
Um grupo de pesquisadores se une a uma equipe especializada em mergulho em águas profundas para tentar localizar o Titanic, afundando em abril de 1912 após colidir com um iceberg no Atlântico Norte. A missão, considerada pioneira, começa então a enfrentar inúmeras dificuldades.

Comentários:
Então você pensava que o filme de James Cameron havia sido o primeiro a tratar esse tema? Melhor repensar seus conceitos cinéfilos, meu caro. Esse filme do começo dos anos 80 já trazia todos os elementos que Cameron depois iria utilizar novamente em seu blockbuster de 200 milhões de dólares. Revendo esse "O Resgate do Titanic", filme inglês muito bom, fiquei com a clara sensação de que o diretor James Cameron não apenas assistiu a essa produção, como também, na cara de pau, roubou vários elementos de seu roteiro. Algo que beira o plágio mesmo. Claro que no começo dos anos 80 não havia ainda a tecnologia necessária para se fazer um filme tão grandioso como "Titanic", mas os elementos, a ideia central, já era essa mesma vista nesse filme. Com um bom elenco em cena, com destaque para Sir Alec Guinness, esse filme merece ser redescoberto não apenas pelos cinéfilos, como também pelos que se interessam pelo tema envolvendo esse colosso dos mares que foi a pique após bater em uma gigantesca pedra de gelo nos mares gelados do norte. O TItanic era, segundo seu próprio construtor, um "navio que nem Deus poderia afundar". Deu no que deu.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Druk - Mais Uma Rodada

Título no Brasil: Druk - Mais Uma Rodada
Título Original: Druk, Another Round (EUA)
Ano de Produção: 2020
País: Dinamarca
Estúdio: Zentropa Entertainments
Direção: Thomas Vinterberg
Roteiro: Thomas Vinterberg, Tobias Lindholm
Elenco: Mads Mikkelsen, Thomas Bo Larsen, Magnus Millang, Lars Ranthe, Maria Bonnevie, Susse Wold

Sinopse:
Tanto a vida pessoal como a vida profissional vão mal para o professor de ensino médio Martin (Mads Mikkelsen). Os pais de alunos até mesmo andaram reclamando de seu trabalho na escola. Ao lado de amigos Martin decide beber antes da aulas, para melhorar seu desempenho, algo que definitivamente não dará muito certo.

Comentários:
Mais um bom exemplo do cinema escandinavo. O filme é estrelado pelo ator Mads Mikkelsen, um nome internacional, muito conhecido do público americano. Ele interpreta esse professor que é considerado um chato insuportável por seus próprios alunos. Durante um jantar com amigos ele descobre que existe uma pesquisa que afirma que o corpo humano tem uma defasagem de álcool em seu organismo. Assim uma dose ou duas por dia ajudaria melhor na conversação, no humor, etc. Então Martin decide beber todos os dias antes de dar aula. O que começa como algo inofensivo logo desanda. Seus amigos, também professores, embarcam nessa teoria maluca e começam a encher a cara. Não é complicado imaginar os problemas que vão surgir daí. Filme bom, que apesar do tema consegue ser até leve e divertido, embora também tenha seus momentos de drama. Só achei estranha a mensagem um tanto dúbia desse roteiro. Ao mesmo tempo que tenta demonstrar que a bebida pode trazer problemas na vida dos personagens, há algo ali que também corrobora a tese de que alguns drinks antes do trabalho também podem ajudar bastante.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 22 de abril de 2021

O Nimitz Volta ao Inferno

Título no Brasil: O Nimitz Volta ao Inferno
Título Original: The Final Countdown
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Bryna Productions
Direção: Don Taylor
Roteiro: Thomas Hunter, Peter Powell
Elenco: Kirk Douglas, Martin Sheen, Katharine Ross, James Farentino, Ron O'Neal, Charles Durning

Sinopse:
Rompendo as barreiras que separam o tempo e o espaço, o USS Nimitz, Um porta-aviões moderno da Marinha dos Estados Unidos é lançado no tempo até 1941, perto do Havaí, poucas horas antes do ataque japonês a Pearl Harbor.

Comentários:
Muita gente ficou surpresa com esse filme em seu lançamento original nos cinemas, no começo da década de 1980. Isso porque o público em geral pensava que iria assistir a um filme de guerra convencional. Afinal era estrelado pelo veterano Kirk Douglas. A história se passava em um porta-aviões da US Navy. Porém na realidade não era disso que o filme tratava. Era uma ficção, muito fora dos padrões da época, envolvendo viagem no tempo, noções de física quântica e tudo o mais que ninguém tinha a menor ideia em ver nesse tipo de filme. E assim esse estranho "O Nimitz Volta ao Inferno" virou uma peça rara dentro do cinema americano. Claro que os antigos fãs de Kirk Douglas não gostaram da proposta do filme. Porém os mais jovens curtiram, livrando o filme de se tornar um fracasso de bilheteria. Embora não tenha sido sucesso, se pagou e gerou um pequeno lucro para o estúdio. E, apesar de tudo, não podemos deixar de reconhecer a coragem de Kirk Douglas. Naquela fase da carreira ele teve ousadia em atuar aqui. Mostrou que não tinha receios de inovar, procurar por novos rumos em sua filmografia.

Pablo Aluísio.

A Última Missão

Título no Brasil: A Última Missão
Título Original: The Last Detail
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Hal Ashby
Roteiro: Robert Towne, Darryl Ponicsan
Elenco: Jack Nicholson, Randy Quaid, Otis Young, Clifton James, Carol Kane, Michael Moriarty

Sinopse:
Dois marujos da Marinha são obrigados a trazer um jovem infrator para a prisão, mas decidem mostrar-lhe uma última boa oportunidade ao longo do caminho. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator (Jack Nicholson), melhor ator coadjuvante (Randy Quaid) e melhor roteiro adaptado (Robert Towne).

Comentários:
Apesar de ter sido indicado em três categorias ao Oscar, esse filme segue sendo pouco conhecido, até mesmo pelos fãs do trabalho de Jack Nicholson. Foi um de seus primeiros sucessos na carreira, em um ponto de sua vida que ele ainda não era um dos grandes nomes de Hollywood. O filme tem uma linha de bom humor, mas não pode ser considerado uma comédia. Essa premissa de jovens marujos e irresponsáveis desfrutando de uma Nova Iorque deslumbrante já havia sido usada pelo cinema antes. A maior referência vem de um velho filme com Frank Sinatra e Gene Kelly chamado "Um Dia em Nova Iorque". Só que esse clássico era um musical, cheio de canções e danças e esse filme dos anos 70 com Jack Nicholson era puro deboche e cinismo. Tempos diferentes, épocas diversas, exigindo mesmo novas abordagens. De qualquer maneira esse "A Última Missão" não deixa de ser mais uma amostra do grande talento do bom e velho Jack Nicholson.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de abril de 2021

Ak-47

Título no Brasil: Ak-47 - A Arma Que Mudou o Mundo
Título Original: Kalashnikov
Ano de Produção: 2020
País: Rússia
Estúdio: RB Production
Direção: Konstantin Buslov
Roteiro: Sergei Gorbunov, Anatoliy Usov
Elenco: Yuriy Borisov, Olga Lerman, Artur Smolyaninov, Sergey Gazarov, Vitaliy Khaev, Valeriy Barinov

Sinopse:
O filme conta a história do sargento russo Mikhail Kalashnikov (Yuriy Borisov). Durante a II Guerra Mundial ele presenciou a morte de um colega de farda por nazistas porque sua metralhadora engasgou. Assim ele colocou na mente a ideia de construir uma arma eficiente e que não falhasse no campo de batalha. Acabou criando então a Ak-47, uma das mais populares armas do mundo, até mesmo nos dias atuais.

Comentários:
O cinema produzido atualmente na Rússia não fica em nada a dever para os países europeus. Nos últimos anos os cineastas russos estão contando parte da história do país em bem produzidos filmes, com roteiros historicamente precisos. O enfocado da vez foi o militar russo Mikhail Kalashnikov. Ele foi sargento na divisão de tanques do exército vermelho durante a invasão alemã ao seu país, na II Guerra Mundial. Dado a inventor desde a juventude ele começou a fabricar, por conta própria, um projeto de arma automática. Era leve, eficaz e com ótima linha de mira. O tipo de arma ideal para os soviéticos naquele momento crucial da guerra. Essa arma que depois iria se chamar Ak-47, ainda hoje é uma das mais populares do mundo, com milhões de cópias vendidas. Depois que ele fabricou a primeira arma levou até seus superiores que viram ali potencial. Ele foi tirado do front, enviado para um centro de produções de armas do exército russo e o resto é história. O roteiro abre também espaço para contar uma pequena história de amor entre Kalashnikov e a desenhista que foi trabalhar com ele no projeto de sua arma. No meio de tanta violência e guerra, quem poderia imaginar que ainda haveria espaço para uma Love Story como essa?

Pablo Aluísio.

Sob a Névoa da Guerra

Título no Brasil: Sob a Névoa da Guerra
Título Original: The Fog of War
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Classics
Direção: Errol Morris
Roteiro: Errol Morris
Elenco: Robert McNamara, John F. Kennedy, Fidel Castro, Lyndon B. Johnson, Nikita Khrushchev, Richard Nixon     

Sinopse:
O documentário histórico "The Fog of War: Eleven Lessons from the Life of Robert S. McNamara" é baseado na história do Secretário de Defesa dos Estados Unidos durante os anos de 1961 a 1968, durante as presidências de John F. Kennedy e Lyndon B. Johnson.  

Comentários:
Robert S. McNamara era considerado um gênio da raça quando assumiu o posto de Secretário de Defesa do governo JFK. Porém qual foi o seu verdadeiro legado? Esse documentário discute essa questão. Em meu ponto de vista não foi nada positivo. O fato histórico incontestável é que McNamara foi um dos responsáveis por afundar os Estados Unidos na guerra do Vietnã. Com o objetivo oficial de impedir que aquele país se tornasse comunista ele enviou milhares de jovens americanos para morrerem nas selvas úmidas e tropicais daquele país distante e que no fundo não tinha a menor importância para os Estados Unidos. Foi um erro histórico que levou os americanos para a pior derrota militar de sua história. Assim, embora esse filme tente, em alguns momentos elogiar McNamara, não o vejo de forma positiva, de maneira nenhuma. Se ele era tão gênio e inteligente como diziam na época por que cometeu um erro tão primário? O custo de sua falta de visão global custou caro para a América. Em minha opinião ele simplesmente foi um vilão da história e nada muito além disso.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de abril de 2021

As Estrelas Brilham na Cidade

Título no Brasil: As Estrelas Brilham na Cidade
Título Original: The Chaperone
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Fibonacci Films
Direção: Michael Engler
Roteiro: Julian Fellowes, Laura Moriarty
Elenco: Elizabeth McGovern, Haley Lu Richardson, Géza Röhrig, Victoria Hill, Campbell Scott, Blythe Danner

Sinopse:
Durante a década de 1920 a jovem adolescente Louise Brooks vai até Nova Iorque para estudar dança em uma das melhores escolas do país. Como é menor de idade, sua mãe pede para que a senhora Norma Carlisle (Elizabeth McGovern) a acompanhe. Na grande cidade Norma vai atrás de seu próprio passado.

Comentários:
Você conhece Louise Brooks? Já ouviu falar dela? Ela foi uma das atrizes mais populares da era do cinema mudo. Foi uma das grandes estrelas daquele período da história do cinema americano. Esse filme aqui conta os primeiros passos de sua carreira, quando ainda era bem jovem e foi estudar dança moderna em Nova Iorque. Ao seu lado foi também a madame Norma Carlisle pois Brookes era jovem demais para ir para Nova Iorque sozinha. Só que Norma também tinha muitos interesses em ir até lá. No passado ela foi órfã em uma das instituições católicas de Nova Iorque. Assim ela aproveita para tentar descobrir que eram os seus pais biológicos. E de quebra, mesmo sendo uma mulher casada, com um casamento de fachada, acaba encontrando um novo amor. Filme muito bom, calcado na história dessa diva do cinema mudo. O roteiro é especialmente indicado para quem adora saber mais sobre a história do cinema e também para quem é fã da série "Downton Abbey". A personagem interpetada pela atriz Elizabeth McGovern tem suas semelhanças com Lady Cora Crawley que ela interpretou na popular série inglesa.

Pablo Aluísio.

Amor a Toda Prova

Título no Brasil: Amor a Toda Prova
Título Original: Crazy, Stupid, Love
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Glenn Ficarra, John Requa
Roteiro: Dan Fogelman
Elenco: Steve Carell, Ryan Gosling, Julianne Moore, Emma Stone, Marisa Tomei, Analeigh Tipton

Sinopse:
A vida de um marido de meia-idade muda drasticamente quando sua esposa lhe pede o divórcio. Então ele parte para uma nova vida. A partir daí vai precisar aprender tudo de novo para conquistar as mulheres e para isso contará com a ajuda de um amigo, "especialista" nessa questão. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator (Ryan Gosling).

Comentários:
Quem poderia imaginar que uma parceria entre Steve Carell e Ryan Gosling iria funcionar? Pois deu muito certo, nesse filme que agrada pelas boas atuações e também pelo bom roteiro. A velha situação de homens mais velhos que precisam voltar para o "mercado", em busca de mulheres, após um divórcio desastroso. Praticamente todo mundo conhece uma história assim. Curiosamente quem surge mais engraçado em cena é justamente Ryan Gosling que interpreta o amigo mais jovem que vai dar dicas para seu amigo mais velho, aqui sendo vivido por Steve Carell, que fez a carreira interpretando homens sérios, envolvido em situações absurdas. O elenco coadjuvante, com destaque para a talentosa Emma Stone, também adiciona muito ao filme. Enfim, um exemplo de que se pode fazer boas comédias românticas com roteiros inteligentes.

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de abril de 2021

Na Mira do Perigo

Título no Brasil: Na Mira do Perigo
Título Original: The Marksman
Ano de Produção: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Cutting Edge Group
Direção: Robert Lorenz
Roteiro: Chris Charles, Danny Kravitz
Elenco: Liam Neeson, Jacob Perez, Juan Pablo Raba, Teresa Ruiz, Katheryn Winnick, Jose Vasquez

Sinopse:
Um rancheiro americano todos os dias vê imigrantes ilegais tentando pular a cerca que separa os países dos Estados Unidos e México. O velho problema da imigração que já dura há anos. Só que naquela manhã algo sai completamente errado. Uma mãe e seu filho fogem de traficantes de um violento cartel de drogas. E o rancheiro decide proteger o menino, mesmo que isso lhe custe muito caro!

Comentários:
Depois do governo Trump e sua perseguição contra imigrantes, Hollywood resolve tratar a questão. O roteiro do filme obviamente foge de maiores questões sociais, mas coloca no mesmo barco um americano que ama a bandeira tentando salvar um menino, imigrante ilegal, cuja mãe foi morta por traficantes. Liam Neeson, que trabalha mais do que todo mundo na indústria cinematográfica americana, decidiu atuar nesse filme como uma resposta a Trump e sua política de imigração. O resultado foi um bom filme, embora não saia da rotina dos filmes de ação mais recentes do ator. Aliás aqui cabe uma observação interessante. Achei a história por demais parecida com o novo filme de Tom Hanks. Tire o contexto histórico do velho oeste de "Relatos do Mundo" para perceber que as histórias são extremamente semelhantes, ou seja, homem adulto ao lado de uma criança em busca de seus parentes após a morte de seus pais. E também há vilões tentando matar a dupla durante sua jornada. Quem é esse roteirista que andou repetindo o roteiro dos filmes alheios? Pois é, parece que andou levando à sério demais aquela famosa frase do Lavoisier...

Pablo Aluísio.

A Caixa

Título no Brasil: A Caixa
Título Original: The Box
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Richard Kelly
Roteiro: Richard Kelly, Richard Matheson
Elenco: Cameron Diaz, James Marsden, Frank Langella, James Rebhorn, Holmes Osborne, Gillian Jacobs

Sinopse:
Um casal  recebe uma estranha caixa em sua casa. Eles não sabem quem mandou aquilo. Em cima da caixa há um botão. Um homem se apresenta e lhes faz uma proposta. Caso apertem o botão receberão 1 milhão de dólares. Porém não é só isso. Caso apertem o botão uma pessoa morrerá. Eles vão sacrificar a vida desse ser humano apenas por dinheiro?

Comentários:
Filme esquisito, coloca esquisito nisso. No começo a premissa parece interessante. Um jogo onde o que está na berlinda é a ética daquele casal formado por pessoas comuns. Por 1 milhão de dólares eles apertariam um botão mesmo sabendo que isso iria significar a morte de uma pessoa? Ora, ora... para muitas pessoas isso não seria problema. Afinal vivemos em um mundo cruel. Porém para os protagonistas isso vira uma questão crucial. Pois bem, esse filme começa bem, com o que eu gosto de chamar de roteiro tese, onde um ponto de vista tenta ser provado. Porém a coisa sai dos trilhas. Depois de um tempo o roteiro viaja fartamente na maionese. Entram teorias da conspiração e até ETs para explicar tudo o que acontece. É dose pra leão. O espectador precisa ter uma cumplicidade fora do comum para embarcar no enredo proposto por esse roteiro. Mesmo que você goste de Sci-fi vai ser complicado engolir tanta maluquice. Assim me senti assistindo a um episódio de "Além da Imaginação" escrito por um roteirista internado em um hospício. Olha o tamanho do problema...

Pablo Aluísio.

sábado, 17 de abril de 2021

Radioactive

O filme conta a história de um casal de cientistas no começo do século XX que começou a realizar uma série de pesquisas em metais raros de se encontrar na natureza. Eles descobriram que havia elementos instáveis em sua composição. Na verdade descobriram dois elementos desconhecidos pela ciência até então, o Rádio e o Polônio. Esses dois elementos irradiavam radiação, algo ainda novo para os cientistas. Eram radioativos, causavam grandes problemas de saúde em quem os manipulasse sem proteção.

Isso porém só seria descoberto algum tempo depois. Marie Curie (Rosamund Pike), por exemplo, pegava pedaços de Rádio com as mãos nuas. Seu marido Pierre Curie (Sam Riley) não demorou muito a ficar doente. Antes de morrer ele venceu o prêmio Nobel, embora os créditos das descobertas também eram em grande parte de sua esposa. As pesquisas seguiram em frente. As descobertas do casal deram origem ao surgimento da tecnologia nuclear. Foi uma revolução científica. Elementos nucleares poderiam ser usados tanto para o bem (como no tratamento de câncer) como para o mal (com a invenção da bomba atômica).

O filme é muito bem produzido e roteirizado, mostrando os principais momentos da vida dos cientistas. Também resgata a importância de Marie Curie que no fundo era a verdadeira mente pensante do casal. Outro aspecto muito positivo do roteiro é que ele não apenas mostra as primeiras pesquisas como também onde tudo aquilo iria parar. Assim o espectador também é levado no tempo, mostrando entre outros momentos o ataque nuclear americano sobre duas cidades japonesas durante a II Guerra Mundial, o uso da radioatividade em tratamentos médicos e também o desastre na usina nuclear de Chernobyl, considerado o pior da história. Excelente filme enfim, vale todas as recomendações, em especial para quem se interessa pela história da ciência.

Radioactive (Estados Unidos, França, Inglaterra, 2019) Direção: Marjane Satrapi / Roteiro:Jack Thorne, Lauren Redniss / Elenco: Rosamund Pike, Sam Riley, Yvette Feuer, Katherine Parkinson, Harriet Turnbull, Mirjam Novak / Sinopse: O filme conta a história do casal de cientistas Currie que no começo do século XX desenvolveram uma série de pesquisas com elementos instáveis, dando origem à tecnologia nuclear tal como conhecemos nos dias atuais. Filme premiado pela Women Film Critics Circle Awards.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 16 de abril de 2021

O Retorno de Ben

Título no Brasil: O Retorno de Ben
Título Original: Ben Is Back
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Black Bear Pictures
Direção: Peter Hedges
Roteiro: Peter Hedges
Elenco:  Julia Roberts, Lucas Hedges, Courtney B. Vance, Kathryn Newton, Rachel Bay Jones, David Zaldivar

Sinopse:
Após ficar meses internado em uma clínica de recuperação de drogados, o jovem Ben retorna para a casa de sua mãe. É um retorno complicado. Antes de ser internado Ben se envolveu em todos os tipos de problemas, chegando inclusive a traficar drogas para sustentar seu vício. E a tensão só aumenta quando antigos conhecidos de seu passado voltam para assustar e ameaçar seus familiares.

Comentários:
Filme muito bom, drama estrelado por Julia Roberts que toca em assunto importante. A questão da dependência química é muito mais ampla. Ela não atinge apenas a vida do viciado, mas também de todos os seus familiares, não raro colocando em risco a vida de todos. Com a droga vem também o traficante e as dívidas não pagas. E quem não paga a traficante, já sabe, corre grande risco de ser morto. A atriz Julia Roberts interpreta a mãe do Ben, o jovem que procura escapar de seu passado. O filme assim explora a dor das mães que precisam lidar com os problemas, inúmeros deles, que envolvem filhos que são viciados em drogas. Não raro eles entram na criminalidade para manter o vício, para pagar dívidas. E uma vez no mundo do crime é complicado escapar desse meio. Embora o protagonista queira deixar a sarjeta que sua vida virou no passado, ela sempre volta para assombrá-lo. E há também a eterna tentação, que faz com que ele lute dia a dia para não ter uma recaída. Fazia tempo que não assistia filmes com Julia Roberts. Ela havia dado mesmo um tempo na carreira. Aqui, nesse seu retorno, acertou na escolha de um bom roteiro. Enfim, um drama de que gostei bastante.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Menina de Ouro

Um ano após Charlize Theron ganhar seu Oscar de melhor atriz por "Monster" chegou a vez de Hilary Swank levantar a estatueta por esse drama "Menina de Ouro". Certamente estamos aqui na presença de um dos mais controvertidos filmes de Clint Eastwood. A trama em si e seu desenrolar não foge muito do que estamos acostumados a ver em filmes sobre boxe. A diferença central surge na conclusão do filme que deixou muitas pessoas aborrecidas pelo clímax nada feliz. Certamente "Menina de Ouro" não é uma produção de fácil digestão. Há muito que Clint Eastwood abandonou as soluções fáceis e os epílogos rotineiros. Aqui ele ousou contar uma estória nada edificante, daquelas que os espectadores saem do cinema com a alma lavada. Na verdade o público levou mesmo foi um choque de realidade cruel no desfecho do enredo. A trama para quem ainda não conhece é a seguinte: Frankie Dunn (Clint Eastwood) é um treinador veterano que aceita treinar a jovem Maggie Fitzgerald (Hilary Swank). Ela está disposta a tudo para se tornar uma lutadora de boxe profissional. Frankie, após muita insistência por parte da atleta, resolve acreditar em seu potencial. Ao lado do treinamento também acaba surgindo uma bela amizade entre ambos. Há muito que o velho treinador não vê sua filha. Extremamente fechado no modo de ser, é complicado para ele manter um bom relacionamento com sua própria filha. Assim sua aproximação com Maggie acaba criando um reflexo do tipo de envolvimento que gostaria de ter com sua distante família.

O elenco de apoio é excelente. Morgan Freeman está em cena, com toda aquela dignidade que lhe é peculiar. Hilary Swank também está muito bem mas sua atuação seria mesmo digna de um Oscar? Há uma velha máxima dentro da Academia que diz que todo ator que interprete qualquer personagem com problemas físicos ou mentais tem grande chance na disputa pelo Oscar. Não entrarei em maiores detalhes sobre o destino da personagem de Hilary Swank para não estragar o final de quem ainda não assistiu "Menina de Ouro", mas fica claro que seu papel caiu como uma luva nessa definição. Hilary Swank defende seu trabalho com unhas e dentes mas devo confessar que naquele ano minha favorita era mesmo Catalina Sandino Moreno por "Maria Cheia de Graça", um filme socialmente muito relevante, tocando em um assunto importante. Infelizmente a premiação do Oscar tem muita política envolvida e dessa forma uma atriz latina jamais tiraria o Oscar de Hilary, ainda mais porque "Menina de Ouro" acabou vencendo todos os prêmios importantes da Academia naquele ano. Em suma, temos aqui um filme corajoso realmente, com temática instigante e final surpreendente. Provavelmente muita gente vá torcer o nariz para a ética (ou falta dela) na conclusão do filme mas mesmo assim essa obra é um ótimo representante daquele tipo de produção que nos mostra que nem todos os finais são felizes.

Menina de Ouro  (Million Dollar Baby, Estados Unidos, 2004) Direção: Clint Eastwood / Roteiro: Paul Haggis / Elenco: Clint Eastwood, Hilary Swank, Morgan Freeman, Jay Baruchel, Mike Colter, Lucia Rijker / Sinopse: Jovem garota é aceita por veterano treinador de boxe. Seu sonho é se tornar uma lutadora profissional do esporte. Seu caminho até lá porém não será feito de flores. Filme vencedor dos Oscars de Melhor Filme, Direção, Melhor Atriz (Hilary Swank) e Ator Coadjuvante (Morgan Freeman).

Pablo Aluísio. 

Glimmer Man - O Homem das Sombras

Título no Brasil: Glimmer Man - O Homem das Sombras
Título Original: The Glimmer Man
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Gray
Roteiro: Kevin Brodbin
Elenco: Steven Seagal, Keenen Ivory Wayans, Bob Gunton, Brian Cox, John M. Jackson, Stephen Tobolowsky

Sinopse:
Dois policiais são forçados a trabalharem juntos para resolver uma cadeia de assassinatos misteriosos cometidos por um assassino apelidado de "O Homem de Família" ou "O Homem das Sombras".

Comentários:
Muitos críticos de cinema consideram esse filme simplesmente muito ruim. Mas quem liga? Se formos pensar bem o ator Steven Seagal fez toda a sua carreira em cima de filmes malhados impiedosamente pelos críticos de cinema, tanto nos Estados Unidos, como na Europa e no Brasil. Sim, a maioria dos filmes são ruins, mas os que curtem filmes de lutas apreciam o estilo desse ator. Na verdade os fãs de filmes de lutas marciais como esse, não estão interessados nas opiniões dos críticos de cinema. Eles querem apenas se divertir e no meio disso tudo curtir algumas lutas bem coreografadas pelo Seagal e seu time. E para falar a verdade esse filme aqui nem é dos piores de sua filmografia pois ainda tem uma boa trama por trás, além de ter sido produzido pela Warner, o que seguramente sempre foi fator de garantia de boa produção. Então se você gosta meu caro, sirva-se à vontade desse menu.  

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Cães de Guerra

Título no Brasil: Cães de Guerra
Título Original: The Dogs of War
Ano de Produção: 1980
País: Inglaterra
Estúdio: Juniper Films
Direção: John Irvin
Roteiro: Gary DeVore, George Malko
Elenco: Christopher Walken, Tom Berenger, Colin Blakely, Hugh Millais, Paul Freeman, JoBeth Williams

Sinopse:
O mercenário James Shannon (Christopher Walken) é contratado para atuar em um trabalho de reconhecimento na nação africana de Zangaro. As coisas porém fogem do controle e ele é torturado e deportado. Agora ele está de volta para liderar um golpe.

Comentários:
Antes de qualquer coisa não vá confundir com outro filme de guerra chamado "Os Selvagens Cães de Guerra". São dois filmes completamente diferentes. Esse aqui é uma produção inglesa classe B que não traz maiores destaques. O filme é estrelado pelo ator Christopher Walken, aqui menos estranho do que o habitual. Ele tem um bom parceiro de cena, o ator Tom Berenger que alguns anos depois iria se consagrar por seu trabalho de atuação no filme "Platoon". A direção dessa fita é do cohecido diretor de filmes de ação John Irvin. Sempre que vejo seu nome nos créditos de algum filme me lembro de "Jogo Bruto", filme dos anos 80 estrelado pelo brucutu  Arnold Schwarzenegger. Enfim, um filme de ação feito na Inglaterra que pode até ter alguns bons momentos, mas que no quadro geral ficou bastante datado e envelhecido.

Pablo Aluísio.