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segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Cry Macho

Clint Eastwood não desiste e nem pensa em aposentadoria. Aos 91 anos de idade ele surge com esse novo filme nos cinemas. Minhas impressões são de que talvez seja a hora do ator e diretor pensar em descansar mesmo. O corpo humano tem seus limites. Clint surge na tela com os sinais do tempo. Ele está encurvado, com dificuldade de falar seus diálogos. O olhar algumas vezes fica perdido. Natural para uma pessoa de sua idade. Será que não seria hora mesmo de abandonar as telas? Eu penso que sim. Afinal Clint Eastwood já escreveu seu nome na história do cinema. Não precisa provar mais nada e há muitos anos. O roteiro o coloca até mesmo em situações de luta, algo que sinceramente não cabe mais a um idoso em idade avançada como ele.

O filme "Cry Macho" também não vai acrescentar muto em sua filmografia. É um filme meramente mediano. A história é simples. Ele é um velho cowboy que atende o pedido de seu ex-patrão (ele acabou de ser demitido!). O sujeito que que o personagem de Clint viaje até o México para trazer seu filho que vive com a mãe. Não vai ser fácil. A mãe do rapaz não quer que ele cruze a fronteira rumo aos Estados Unidos. Os federais ficam no encalço de Clint nas estradas da fronteira e ele mesmo precisa se livrar de vários problemas. Acaba reencontrando o amor com uma viúva, dona de um restaurante mexicano. Uma fita rápida, direta no ponto, mas sem grande carga dramática. Clint novamente esbanja carisma, mas o peso dos anos realmente se torna bem perceptível na tela.

Cry Macho: O Caminho para Redenção (Cry Macho, Estados Unidos, 2021) Direção: Clint Eastwood / Roteiro: Nick Schenk, N. Richard Nash / Elenco: Clint Eastwood, Dwight Yoakam, Daniel V. Graulau / Sinopse:  Mike Milo (Clint Eastwood) é um velho cowboy de rodeios, viúvo, que viaja até o México para trazer aos Estados Unidos o filho de seu ex-patrão que mora com a mãe. E os problemas logo surgem nas curvas das estradas da fronteira.

Pablo Aluísio.


3 comentários:

  1. A decrepitude do Clint Eastwood já estava evidente no filme A Mula, eu imagino como deve estar nesse. Se ele, por prazer, não quer parar de trabalhar como ator, poderia pelo menos escolher papeis mais adequados e críveis para os seus 91 anos de idade.

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  2. Eu acredito que ele poderia continuar trabalhando como produtor e diretor dos filmes de sua companhia, sem problemas. Como ator as coisas complicam. Exige-se muito. Ele já apresenta problemas ao caminhar, falar, etc.

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