Páginas

terça-feira, 28 de setembro de 2021

A Menina que Matou os Pais

Eu sabia que mais cedo ou mais tarde o caso das mortes dos pais de Suzane von Richthofen iria virar filme, só que não podia antecipar que iria virar dois filmes! Isso mesmo, esse não é o único. Há ainda o segundo chamado "O Menino que Matou Meus Pais". Qual é a diferença entre eles? O primeiro é baseado no depoimento de Daniel Cravinhos, o segundo na versão da própria Suzane. Quem é do mundo jurídico sabe que em um tribunal de Júri surgem versões e mais versões sobre o crime, muitas delas dissonantes e contraditórias entre si. Então os produtores decidiram que iriam produzir dois filmes, um para cada versão contada.

Esse aqui, como já escrevi, é baseado nas palavras de Daniel Cravinhos. E o que ele tem a nos contar? Ele relembra seu namoro com Suzane von Richthofen, que ele conheceu nas aulas de aeromodelismo do irmão mais jovem dela, a resistência dos pais da garota por ele ser de uma classe social mais baixa e sem estudo universitário, as brigas para que eles ficassem juntos, etc. São três anos de namoro conturbado, tudo desencadeando naquele crime terrível quando Daniel e seu irmão mataram os pais de Suzane a pauladas. Quando o filme começou eu não levei muita fé na atuação dos jovens atores, eles pareciam um pouco nervosos, pelo menos eu tive essa percepção. Depois a coisa foi melhorando e quando o filme vai chegando ao final eles conseguem entregar um bom trabalho em cena. No final de tudo gostei do filme. O resultado é bem satisfatório.

A Menina que Matou os Pais (Brasil, 2021) Direção: Mauricio Eça / Roteiro: Ilana Casoy, Raphael Montes / Elenco: Leonardo Bittencourt, Carla Diaz, Kauan Ceglio / Sinopse: O filme conta a história do caso da morte dos pais da jovem Suzane von Richthofen. Ela, segundo o depoimento de seu namorado Daniel, armou um plano para matá-los a pauladas, durante à noite. Filme baseado em fatos reais.

Pablo Aluísio.

5 comentários:

  1. A Menina que Matou os Pais
    Pablo Aluísio.

    ResponderExcluir
  2. Pablo:
    Ao contrário do que se pregou na contra cultura, que era possível pessoas de classes socias diferentes se relacionarem, a vida provou o contrário, mais de uma vez.
    Esse menina rica se envolveu com essa gentalha, e ela já não era aquelas coisas...o combo perfeito para uma tragédia.
    Se esse povo retardado do cinema pensasse só um segundo, esse é um tipo de história pra ser esquecida e não transformado num episodio da novela adolescente "Malhação".
    Fazer apologia a gente que não presta virou moda. Pobre das vitimas.

    ResponderExcluir
  3. Eu temo que algum adolescente venha a se identificar com os criminosos, que também eram jovens quando os crimes foram cometidos. Essa é uma questão delicada.

    ResponderExcluir