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domingo, 3 de março de 2024

O Segundo Rei Franco

O Segundo Rei Franco
Quildeberto I é considerado o segundo Rei da França, filho do primeiro, Clóvis I. Historicamente falando é um monarca tão remoto, que viveu e reinou há 1500 anos, que fica até mesmo complicado afirmar que ele tenha sido Rei da França. O conceito de França é moderno, de um Estado moderno. No tempo desse rei o que existia era uma proliferação de reinos bárbaros que lutavam entre si após o colapso do Império Romano. Assim, embora a história da França o trate como o segundo Rei da França, penso que uma classificação melhor seria situa-lo apenas como o segundo Rei dos Francos. A transformação do Reino dos Francos em França, só iria acontecer alguns séculos depois. De qualquer forma, respeitando a classificação oficial dos historiadores franceses, vou tratar ele aqui como o segundo Rei da França. 

Pois bem, esse monarca passou toda a sua vida em cima de um cavalo, em batalhas sem fim pelo solo daquele território que depois seria a França moderna que conhecemos. Na era em que viveu aquele era um tempo de barbarismo. Para se ter uma ideia ele enfrentou no campo de batalha os mesmos bárbaros que tinham lutado contra os imperadores romanos. Travou sangrentas batalhas contra visigodos e ostrogodos. Invadiu terras que hoje em dia pertencem à Itália que naquelas eras distantes estavam nas mãos de inúmeros reinos de bárbaros. 

Saqueou cidades prósperas como Veneza e Florença e só parou quando se prostrou doente, em uma das suas inúmeras batalhas no campo de guerra. Havia rumores que tinha sido envenenado por seus próprios generais. Outros apontam até mesmo a sua Rainha como a pessoa que teria colocado veneno em sua taça de vinho. 

Quildeberto foi um monarca da baixa idade média. O conceito de governo naqueles tempos era muito frágil. Segurava a coroa quem conseguia vencer e destruir os demais aspirantes ao trono. Embora não haja provas concretas ou documentos oficiais, ele provavelmente matou dois de seus irmãos, também filhos do Rei Clóvis. Era um tempo de barbarismo, onde o Rei nada mais era do que aquele que conseguia se impor no trono com a força de sua espada. E assim era naquelas monarquias antigas, irmão matava irmão e geralmente acabava sendo morto também pelas mãos de algum parente. 

Pablo Aluísio. 

3 comentários:

  1. Se tem uma coisa que aprendemos com esses conquistadores é que a grande alavanca de enriquecimento das nações é o roubo, o saque, o botim. E isso até hoje permanece acontecendo.

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  2. Se formos pensar bem você tem toda a razão. Esses reis entravam nas cidades, saqueavam tudo, tocavam o terror na população civil e o mundo não melhorou muito desde então...

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