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quarta-feira, 1 de junho de 2022

ID - As 93 vítimas de Samuel Little

Hoje eu assisti um documentário sobre um serial killer americano chamado Samuel Little. O sujeito ficou atuando como criminoso por mais de 40 anos! Até hoje não se sabe ao certo quantas mulheres ele matou. Estima-se que tenha sido 93 vítimas, o que aliás dá nome a esse documentário do Discovery Investigation pois se chama justamente de "As 93 vítimas de Samuel Little". O que me deixou surpreso nesse longo documentário dividido em 2 partes é que ele atravessava os Estados Unidos, ficava alguns meses em uma cidade, depois ia para a próxima e continuava sua rotina de matança. Por que nunca foi descoberto? A resposta pode vir do fato de que suas vítimas eram prostitutas de estrada. Assim como no Brasil, essas mulheres em situação de vulnerabilidade não chamam tanta atenção dos policiais. Uma prostituta morta a mais ou a menos para os policiais não importa muito. É uma constatação triste, mas quem estuda a vitimologia na matéria criminologia da faculdade de direito sabe bem que vítimas natas costumam chamar pouca atenção dos policiais. São as mulheres descartáveis na sociedade. Lamentável demais!

O documentário tem cenas reais captadas pelas depoimentos do assassino em série, trazendo também os desenhos que ele fazia das mulheres que matou. Inclusive entre as 93 vítimas fatais de sua carreira como serial killer, existem aquelas que até hoje não foram identificados pelas policiais dos estados americanos. Quem acredita que o sistema de repressão norte-americana é impecável e infalível, deveria dar uma olhada nesse documentário para ter uma ideia do que realmente se trata. Um assassino que viajou pelas principais estradas dos Estados Unidos, matando mulheres por onde passou e que só foi preso no final de sua vida, quando já estava velho, idoso, prova que o sistema de investigação das principais corporações policiais americanas não é isento de falhas. No final de tudo ele foi preso por causa dos avanços da ciência. Ele foi pego pelo sofisticado exame de DNA que o FBI aplica atualmente em casos arquivados. O DNA do criminoso foi encontrado em diversas cenas de crimes. É de se pensar que se não fosse o DNA, ele muito provavelmente iria morrer de velhice sem nunca ter se sido preso pela morte de todas aquelas mulheres.

Pablo Aluísio.

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