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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

O Cangaceiro

Título no Brasil: O Cangaceiro
Título Original: O Cangaceiro
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Vera Cruz
Direção: Lima Barreto
Roteiro: Lima Barreto, Rachel de Queiroz
Elenco: Milton Ribeiro, Alberto Ruschel, Marisa Prado, Ricardo Campos, Neusa Veras, Zé do Norte

Sinopse:
No Nordeste brasileiro um bando de cangaceiros aterrorizam as pequenas cidades do interior pobre e miserável daquela região sem lei. Liderados pelo Capitão Galdino (Ribeiro) os cangaceiros raptam uma professora e são caçados por policiais por todo o sertão.

Comentários:
Esse é um dos grandes clássicos do cinema brasileiro, premiado em Cannes e lançado no exterior com grande sucesso da crítica internacional. É um filme produzido nos estúdios da Vera Cruz, uma companhia cinematográfica onde se buscava a qualidade acima de tudo. Os filmes da Vera Cruz eram muito bem produzidos, contando inclusive com equipe contratada no exterior. Realmente foi uma das melhores experiências em se fazer grande cinema no Brasil. O filme mostra bem esse aspecto, com ótima direção de fotografia e elenco inspirado. A história foi levemente baseada em Lampião e seu bando, mas os eventos que se assiste na tela é meramente ficcional. Enfim, excelente filme brasileiro. Marcou época e merece ser sempre revisto.

Pablo Aluísio.

Pixote: A Lei do Mais Fraco

Título no Brasil: Pixote - A Lei do Mais Fraco
Título Original: Pixote - A Lei do Mais Fraco
Ano de Produção: 1980
País: Brasil
Estúdio: Embrafilme
Direção: Hector Babenco
Roteiro: Hector Babenco, Jorge Durán
Elenco: Marília Pêra, Fernando Ramos da Silva, Jardel Filho, Rubens de Falco, Beatriz Segall, Tony Tornado

Sinopse:
O menino Pixote (Fernando Ramos da Silva) vive nas ruas e conhece toda a brutalidade do meio social de uma grande cidade. Depois que consegue fugir da FEBEM ele passa a viver com uma prostituta de bom coração chamada Sueli (Marília Pêra). Roteiro baseado no livro  "Infância dos Mortos" escrito por José Louzeiro.  

Comentários:
Esse filme é um triste retrato social da criança brasileira pobre, abandonada, entregue à própria sorte, marginalizada. O filme quando foi lançado no exterior causou forte impacto na crítica e no público estrangeiro. Os críticos de Nova Iorque, por exemplo, colocaram Pixote na lista dos melhores filmes estrangeiros da década de 1980. Com isso as portas do cinema americano se abriram para Hector Babenco. Além de toda a sua importância como obra cinematográfica o filme também se revelou bem trágico na vida real. O jovem Fernando Ramos da Silva, que interpretou Pixote nas telas, acabou sendo morto por policiais em 1987, revelando uma triste e lamentável semelhança entre a arte e a sua vida real. Enfim, é um retrato realista das misérias humanas que assolam o Brasil.

Pablo Aluísio.

domingo, 27 de fevereiro de 2022

171

Título no Brasil: 171
Título Original: Criminal
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Gregory Jacobs
Roteiro: Fabián Bielinsky
Elenco: John C. Reilly, Diego Luna, Maggie Gyllenhaal, Peter Mullan, Zitto Kazann, Jonathan Tucker

Sinopse:
Dois vigaristas tentam enganar um colecionador de moedas vendendo-lhe uma cópia falsificada de uma nota extremamente rara. Estelionato puro! E agora, o sujeito vai mesmo cair no golpe?

Comentários:
Veja que coisa sem noção. O titulo nacional desse filme norte-americano foi definido como "171". Ora, isso é uma referência ao código penal brasileiro, a um de seus artigos. O que isso tem a ver com uma história passada nos Estados Unidos, com personagens americanos? Nada, absolutamente nada! Esse é o tamanho da estupidez do título que o filme recebeu por aqui. Já em relação ao filme em si, não teria muito a criticar. É uma filme muito bem realizado, retirando o melhor desse subgênero dos filmes policiais. O elenco inclusive é dos melhores. O sempre ótimo e sempre subestimado John C. Reilly está perfeito em seu papel. O mesmo vale para Maggie Gyllenhaal, uma atriz que é puro talento. Enfim, deixo a recomendação. Ignore o estúpido título brasileiro e aprecie o filme pelo que realmente ele vale.

Pablo Aluísio.

A História de Brooke Ellison

Título no Brasil: A História de Brooke Ellison
Título Original: The Brooke Ellison Story
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: A+E Networks
Direção: Christopher Reeve
Roteiro: Camille Thomasson
Elenco: Mary Elizabeth Mastrantonio, John Slattery, Lacey Chabert, Vanessa Marano, Jenson Goins

Sinopse:
O filme conta a história real de uma menina chamada Brooke Ellison. Ela é tetraplégica e luta não apenas para se manter viva, mas também para levar uma vida mais próxima possível do normal com a ajuda de sua mãe dedicada e amorosa.

Comentários:
Esse filme é bem tocante. Não apenas em relação à história que vai sensibilizar muito quem for assistir a essa produção, mas também por trás das câmeras. O filme foi dirigido por Christopher Reeve. Como se sabe o ator ficou tetraplégico após cair de um cavalo. Foi um momento trágico em sua vida. Preso em uma cadeira de rodas decidiu que iria lutar pela causa das pessoas com necessidades especiais. Por essa razão resolveu dirigir esse filme sobre um caso semelhante ao seu. Impossível não ficar comovido com a bela lição de vida que o roteiro passa. Uma dessas histórias edificantes que emocionam e ensinam ao mesmo tempo. Esse filme seria o último a ser dirigido pelo eterno Superman. Infelizmente ele iria falecer no mesmo ano em que essa produção chegou ao público.

Pablo Aluísio.

sábado, 26 de fevereiro de 2022

O Anel de Noivado

Título no Brasil: O Anel de Noivado
Título Original: The Engagement Ring
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Bauman Entertainment
Direção: Steven Schachter
Roteiro: Rodney Patrick Vaccaro
Elenco: Patricia Heaton, Vincent Spano, Tony Lo Bianco

Sinopse:
Um anel de noivado perdido há muito tempo ainda divide namorados de infância que agora estão em seus anos dourados. Agora, sua filha (Heaton) e seu sobrinho se encontram e descobrem que sua atração é prejudicada pela antiga rixa.

Comentários:
Esse filme é na realidade uma produção feita para a televisão americana, tendo sido exibido originalmente no canal TNT (de propriedade de Ted Turner, ex-marido da estrela de Hollywood Jane Fonda). Como se trata de um telefilme não espere por uma grande produção. É um filme mais voltado para o público romântico, com roteiro que muitas vezes despenca para a pieguice, o que não chega a ser algo tão ruim já que o público (essencialmente feminino) que gosta desse tipo de filme vê algo assim como positivo. Então se é o seu caso, aproveite!

Pablo Aluísio.

Gigolô por Acidente

Título no Brasil: Gigolô por Acidente
Título Original: Deuce Bigalow - Male Gigolo
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Happy Madison Productions
Direção: Mike Mitchell
Roteiro: Harris Goldberg, Rob Schneider
Elenco: Rob Schneider, William Forsythe, Eddie Griffin

Sinopse:
Deuce Bigalow (Rob Schneider) é um daqueles caras dos mais comuns. Sua vida não tem nada de extraordinário. Ele trabalha como limpador de aquários. Imagine um tipo desses se tornando um gigolô!

Comentários:
Eu não sei se foi a idade chegando, mas o fato é que nunca consegui gostar muito dessa geração de comediantes que surgiram após os anos 90 e começo dos anos 2000. Esse filme, por exemplo, foi produzido pela empresa do Adam Sandler, então já deu para entender bem do que se trata. O Rob Schneider certamente tem o visual ideal para ser um comediante, mas nunca consegui mesmo achar ele um cara engraçado. Acho forçado, acima de tudo. De qualquer forma o tema central desse filme até que consegue ser divertido, lidando com o mundo dos gigolôs, das prostitutas, etc. É um dos filmes mais bonzinhos do Rob Schneider, o que não quer dizer que seja bom o suficiente, é bom frisar.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

O Caminho de Volta

Nesse filme o ator Ben Affleck interpreta um homem que está afundando. Após a morte de seu filho e do fim de seu casamento, ele se entrega ao alcoolismo. Arranja um emprego qualquer na construção civil apenas para sobreviver. Sua vida parece ter chegado a um beco sem saída, um destino que ninguém imaginava uma vez que no passado, quando era jovem, ele foi um excelente jogador de basquete. Diziam que iria entrar até mesmo na NBA, mas as coisas não foram por esse caminho. Então, enquanto afunda, ele recebe a ligação de um padre. O religioso o conhece há muitos anos e lembrou dele quando surgiu uma vaga de treinador da escola católica onde ele jogou no passado. Pode ser sua redenção pessoal, quem sabe... De qualquer forma é uma chance de recomeçar, encontrar uma razão para se levantar pela manhã para mais um dia de vida.

Bom, o roteiro desse filme não pode ser definido exatamente como algo original, mas mesmo assim devo dizer que funciona! É a velha história do homem que precisa de um novo sentido na vida e o encontra no esporte, treinando um time de jovens colegiais. É considerado o pior time da liga escolar, mas pode ser que as coisas mudem. Com dedicação e treinamento tudo pode mudar. E para o personagem de Ben Affleck é justamente isso o que importa. Esse filme é um bom drama esportivo, com algumas coisas manjadas, é preciso reconhecer, mas que ainda assim não deixa de ser um bom exemplo de vida.

O Caminho de Volta (The Way Back, Estados Unidos, 2020) Direção: Gavin O'Connor / Roteiro: Brad Ingelsby / Elenco: Ben Affleck, Al Madrigal, Janina Gavankar / Sinopse: Jack (Affleck) foi no passado um promissor jovem jogador de basquete. Agora, envelhecido e destruído emocionalmente, corroído pelo alcoolismo, ele vê uma chance de recomeçar ao se tornar treinador de um time de basquete escolar.

Pablo Aluísio.

Amityville 4

Título no Brasil: Amityville 4 - A Fuga do Mal
Título Original: Amityville Horror - The Evil Escapes
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Spectacor Pictures
Direção: Sandor Stern
Roteiro: Sandor Stern
Elenco: Patty Duke, Jane Wyatt, Fredric Lehne, Lou Hancock, Norman Lloyd, Gloria Cromwell

Sinopse:
As forças demoníacas que no passado se manifestaram na casa assombrada de Amityville acabam assustando uma jovem menina que começa a ter visões de sua pai, há muitos anos falecido.

Comentários:
O terceiro filme da franquia Amityville até fez um apreciável sucesso nos cinemas. A quarta parte por outro lado já demonstrava o buraco em que os filmes tinham entrado. Quase um filme trash! É uma produção B muito fraca, tão fraca que os produtores decidiram lançar o filme na televisão nos Estados Unidos ao invés de bancar um lançamento no circuito comercial de cinemas da época. Aqui no Brasil não houve melhor sorte e esse terror foi parar direto nas prateleiras das locadoras de vídeos VHS. No meio de tanta ruindade esse quarto filme chama atenção pela presença da veterana atriz do cinema clássico Jane Wyatt. Ela que havia feito tantos bons filmes em sua longa carreira! Infelizmente acabou indo parar nesse terror B bastante esquecível. São as sombras do destino.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Demons 2

Título no Brasil: Demons 2 - Eles Voltaram
Título Original: Dèmoni 2... l'incubo ritorna
Ano de Produção: 1986
País: Itália
Estúdio: DACFILM
Direção: Lamberto Bava
Roteiro: Dario Argento, Lamberto Bava, Franco Ferrini
Elenco: David Edwin Knight, Nancy Brilli, Coralina Cataldi-Tassoni, Bobby Rhodes, Asia Argento  

Sinopse:
Durante uma festa de aniversário uma garota, sem ter consciência disso, invoca um demônio destrutivo e com sede de sangue. Depois disso tudo vira caos e morte dentro daquela casa.

Comentários:
Continuação de "Demons", filme de baixo orçamento que ganhou um certo status de cult movie nos anos 80. Essa produção italiana, rodada na Alemanha, procurava seguir os passos do primeiro filme, mas com um roteiro raso e primário não conseguiu convencer o público. É um filme notoriamente bem fraco que capricha apenas nas cenas de violência, a imensa maioria delas bem gratuita. Esse terror, assim como o primeiro, não conseguiu espaço nos cinemas brasileiros, sendo lançado diretamente no mercado de vídeo através do selo Transvídeo que nos anos 80 se especializou em lançar fitas de terror. Mesmo sendo um horror B fica aqui o registro.

Pablo Aluísio.

David e Lisa

Título no Brasil: David e Lisa
Título Original: David and Lisa
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Harpo Productions
Direção: Lloyd Kramer
Roteiro: Theodore Isaac Rubin
Elenco: Sidney Poitier, Lukas Haas, Brittany Murphy

Sinopse:
David, um gênio retraído, mas aparentemente próximo, que teme ser tocado. Brittney Murphy interpreta Lisa, uma jovem aparentemente sofrendo de dupla personalidade que fala apenas em rimas e se afasta de qualquer um que não fale com ela da mesma forma.

Comentários:
Filme produzido pela TV. Assisti em um canal a cabo em agosto de 2006. Geralmente eu não perderia tempo assistindo a um filme feito para a televisão nos anos 90. O que me chamou a atenção foi realmente o elenco, contando com o veterano Sidney Poitier, um dos atores negros mais importantes da história de Hollywood. A história do filme é até bobinha, mas bem intencionada, colocando duas pessoas, dois jovens, bem diferentes no modo de ser. Uma forma de trazer inclusão social no cinema, isso em uma época em que esse termo nem era muito usado. No mais é um filme que podemos definir como interessante, pelo menos.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Lore

Lore
Não conhecia essa série de terror, até que me foi recomendada por um amigo. Na opinião dele era uma das melhores coisas produzidas no gênero nos últimos anos. Depois de assistir ao primeiro episódio devo concordar. Realmente temos aqui um produto de excelente qualidade. A intenção é mesclar a linguagem dos documentários com a estética dos filmes de terror mais tradicionais. Assim vemos dramatizações, com atores, de histórias reais. Depois descobrimos a ligação dessas histórias com o surgimento dentro da cultura pop de personagens lendários, como Drácula, vampirismo, etc. A primeira temporada contou com apenas seis episódios. A razão? Eles são bem produzidos, usando inclusive de trechos com animação. Isso custa dinheiro e leva tempo para ficar pronto. O resultado não poderia ficar melhor. Aqui nessa postagem irei comentar todos os episódios da temporada, conforme for assistindo a eles. Segue abaixo reviews de cada um deles.

Lore 1.01 - They Made a Tonic
Esse primeiro episódio conta a história real da família Brown. Eles viveram no século XVIII, nos Estados Unidos. O pai era um homem bom, honesto e trabalhador. Só que nada disso fez diferença quando sua esposa morreu, vitimada pela tuberculose. Depois sua filha, também contaminada, faleceu do mesmo mal. Por fim o filho mais novo, que acabara de se casar e ter o primeiro filho também morreu da mesma doença. O patriarca assim viu todos os seus parentes morrerem em um curto espaço de tempo. Sem esperanças com a medicina tradicional ele acaba sendo convencido por um pastor de que sua família estaria amaldiçoada por um demônio e para dar fim a essa maldição satânica deveria exumar os corpos de todos os seus familiares para cravar uma estaca em seus corações. Caso contrário eles voltariam nas noites para sugar o sangue de pessoas indefesas. O coração também deveria ser arrancado e queimado. Das cinzas surgiria um chá que iria curar as pessoas doentes. Pensou na figura mitológica dos vampiros? É isso mesmo. O mais incrível é que toda a história narrada nesse primeiro episódio aconteceu mesmo, é história verídica. Uma tragédia causada pela ignorância. Esse mesmo caso acabaria inspirando o escritor Bram Stoker quando ele estava escrevendo seu livro "Drácula". Bom, não precisa dizer mais nada não é mesmo? Muito interessante e muito curioso tudo o que é contado aqui. Se você gosta de terror e quer conhecer de onde todas essas histórias e personagens surgiram, então não há recomendação mais certeira. Não deixe de conhecer essa série "Lore". / Lore 1.01 - They Made a Tonic (Estados Unidos, 2017) Direção: Darnell Martin / Roteiro: Jeff Eckerle, Marilyn Osborn / Elenco: Aaron Mahnke, Campbell Scott, Jason Davis.

Lore 1.02 - Echoes  
Esse episódio conta uma história real que no fundo é muito triste. Na década de 1940 um médico americano chamado Dr. Walter Freeman afirmou ter encontrado a cura para a loucura e diversos outros tipos de doenças mentais. Era um método cruel chamado Lobotomia. Um instrumento era enfiado entre os olhos para perfurar um osso craniano. Com algumas batidas e eletrochoques o paciente deixava de apresentar comportamentos depressivos ou violentos. No fundo isso não curava nada, apenas destruía a cognição dos que eram submetidos a esse tratamento violento. Uma das páginas mais lamentáveis da história da medicina moderna. Quando o episódio começou me lembrei imediatamente do caso envolvendo Rosemary Kennedy que passou por esse procedimento e teve sua vida destruída. E esse caso, um dos mais famosos envolvendo lobotomia, está no episódio. Enfim, é um daqueles momentos trágicos da medicina. A cena final, com o garotinho subindo na maca do Dr Freeman. é de cortar o coração do espectador. / Lore 1.02 - Echoes (Estados Unidos, 2017) Direção: Thomas J. Wright / Roteiro: Glen Morgan, Aaron Mahnke / Elenco: Aaron Mahnke, Colm Feore, Kristen Cloke.

Lore 1.03 - Black Stockings
O foco desse episódio é em cima de uma estranha superstição que era popular na Irlanda em seus velhos tempos. Acreditava-se que fadas e seres conhecidos como metamorfos tomavam conta dos corpos de certas pessoas, se fazendo passar por elas a partir dessa "possessão". Muito, muito estranho. E no roteiro vemos um caso absurdo que realmente aconteceu, envolvendo a morte de uma mulher que foi assassinada pelo próprio marido que acreditava que um metamorfo havia dominado o corpo dela. Absurdo, loucura, escolha a palavra que você quiser. No meu caso esse episódio demonstrou como uma crença pode se tornar perigosa... e fatal! / Lore 1.03 - Black Stockings (Estados Unidos, 2017) Direção: Thomas J. Wright / Roteiro: David Chiu, Patrick Wall / Elenco: Aaron Mahnke, Holland Roden, Cathal Pendred.

Lore 1.04 - Passing Notes
O tema desse episódio é o espiritismo. Na história um reverendo, homem respeitado, fica desesperado após a morte de sua esposa e decide tentar entrar em contato com ela através de sessões de espiritismo, onde evocaria a alma de sua esposa falecida. Como o próprio roteiro afirma, certas portas ficam trancadas por um motivo. E as coisas só pioram, a casa dele fica atormentada com batidas, estranhos acontecimentos. O pastor tenta entrar em contato com essa entidade espiritual, pensando ser uma bruxa enforcada no século 17, mas descobre que não se trata disso, mas sim de uma "alma condenada". Bom episódio que dá uma geral no contexto histórico do surgimento do espiritismo, com destaque para algumas pessoas que se envolveram nisso, como o criador do Sherlock Holmes, Arthur Conan Doyle e o mágico Houdini. / (Estados Unidos, 2017) Direção: Nick Copus / Roteiro: Glen Morgan, Aaron Mahnke / Elenco:  Aaron Mahnke, Robert Patrick, Bethany Anne Lind. 

Lore 1.05 - The Beast Within 
Lobisomem existe? Esse episódio vai fundo nas origens dessa lenda do terror. O roteiro mostra que uma das histórias mais antigas sobre um homem que virava lobo tem mais de 2000 anos! E o mais incrível é que ela se parece demais com o conto infantil da Chapeuzinho Vermelho. Depois o episódio usa como linha narrativa principal um caso histórico real, envolvendo a aparição de um suposto lobisomem numa cidadezinha na Alemanha. Na verdade era um serial killer. E os psicopatas acabam sendo ligados diretamente a esse mito. Afinal mortes animalescas em série realmente fizeram parte da história de assassino em série ao longo da história. Muito bom esse episódio, com direito a contar uma lenda envolvendo São Patrício e uma aldeia de lobisomens. Arrepiante! / Lore 1.05 - The Beast Within (Estados Unidos, 2017) Direção: Darnell Martin / Roteiro: David Coggeshall, Aaron Mahnke / Elenco: Aaron Mahnke, Adam Goldberg, Clark Moore. 

Lore 1.06 - Unboxed
Fora da caixa! Esse último episódio da primeira temporada trata dos bonecos. Isso mesmo, usando como base a história de Robert, the doll, um boneco amaldiçoado, esse episódio vai mostrando algumas histórias assustadoras envolvendo esses brinquedos. Há a história do mexicano que vivia sozinho em uma ilha. Um dia ele achou o corpo de uma menina. Depois disso ele se convenceu que estava sendo assombrado pela alma da criança. Por isso encheu sua ilha de bonecas penduradas nas árvores. O local hoje é conhecido como "a ilha das bonecas". Outra história assombrosa envolveu um russo que levava corpos de crianças mortas para casa e as vestia com roupas de bonecas. Enfim, bom episódio para fechar a primeira temporada dessa excelente série de terror e suspense. / Lore 1.06 - Unboxed (Estados Unidos, 2017) Direção: Michael E. Satrazemis / Roteiro: Tyler Hisel, Aaron Mahnke / Elenco: Aaron Mahnke, Kristin Bauer van Straten, Joe Knezevich.

Pablo Aluísio.

Lovecraft Country

Essa nova série da Warner Bros em parceria com o canal HBO é baseada no livro escrito por Matt Ruff. Esse autor, por sua vez, escreveu sua obra procurando resgatar o universo criado por H. P. Lovecraft lá na primeira metade do século XX. Como se sabe Lovecraft é ainda hoje uma referência em termos de ficção, sendo considerado um dos escritores mais influentes da história nesse gênero. Falecido em 1937, ele viveu a era de ouro da literatura pulp. De certa forma nunca foi reconhecido em vida, porém sua obra foi ganhando cada vez mais importância ao longo das décadas.

Hoje em dia, Lovecraft tem sido contestado não por seus escritos, por sua obra na literatura, mas por suas opiniões pessoais racistas que inclusive chegou a divulgar em vida. Um lado lamentável de sua personalidade. Essa mancha em sua biografia não foi deixada de lado por Matt Ruff, que decidiu colocar protagonistas negros em suas histórias. Assim ele aproveitou o que havia de melhor no universo de Lovecraft, ao mesmo tempo em que modernizou e retirou dos textos originais essa grave falha de caráter do criador original. Essa primeira temporada conta com 10 episódios. Segue abaixo comentários sobre cada um dos episódios, que irei colocando periodicamente, conforme for assistindo.

Lovecraft Country 1.01 - Sundown
Esse primeiro episódio se passa na década de 1950. Um grupo de pessoas negras segue viagem de carro pelo interior do sul dos Estados Unidos. Terra de gente muito racista e violenta. Eles temem por sua segurança e até mesmo por suas vidas, pois por onde passam sofrem hostilizações dos brancos locais, um bando de caipirões mal encarados e armados. E a coisa só piora quando são parados por policiais, também extremamente racistas. Mesmo que não estejam cometendo crime algum, eles passam a ser perseguidos pelos tiras. E quando entram numa estrada que atravessa uma floresta no meio da noite são cercados pelos policiais que claramente estão ali para linchá-los. Só que algo muito obscuro se esconde entre as árvores da floresta, no melhor estilo lovecraftiano. Bom episódio que já deixa claro os elementos principais dessa nova série. Pelo que assisti a série toda promete muito. Vou acompanhar. / Lovecraft Country 1.01 - Sundown (Estados Unidos, 2020) Direção: Yann Demange / Roteiro: Misha Green / Elenco: Jurnee Smollett, Jonathan Majors, Aunjanue Ellis.

Lovecraft Country 1.02 - Whitey's on the Moon
Depois da correria do primeiro episódio temos uma pequena calmaria, mas só na primeira parte dessa história. Todos estão em uma estranha mansão, onde funciona a sede de uma seita bizarra, onde os membros dizem que são descendentes de Adão, o primeiro homem. Em sua doutrina eles almejam voltar ao jardim do Éden, onde todos são imortais. É a tal coisa. Todas as ideias que vemos nessa série nasceram, de uma maneira ou outra, na mente de HP Lovecraft. E, na minha opinião, nem todos os pontos eram impecáveis ou perfeitos. Havia sim sua dose de bobagens. Assisti ao episódio, mas confesso que não achei tão bom. Pode ser que não vá em frente por achar a série um pouco fantasiosa demais e até mesmo um tanto cansativa (e sonolenta). / Lovecraft Country 1.02 - Whitey's on the Moon (Estados Unidos, 2020) Direção: Daniel Sackheim / Roteiro: Misha Green / Elenco: Jurnee Smollett, Jonathan Majors, Aunjanue Ellis. 

Lovecraft Country 1.03 - Holy Ghost  
'Leti' Lewis resolve comprar uma velha casa vitoriana há muito abandonada. Ele fica extremamente feliz com a compra e chama sua irmã e outros amigos negros a morarem ao seu lado na grande casa. Só que há vários problemas. A vizinhança é toda formada por brancos racistas que não querem a presença deles ali. E como se isso não fosse ruim o bastante, a casa começa a ficar estranha, com o surgimento de várias manifestações paranormais por todos os seus quartos e principalmente no porão, onde no passado oito pessoas foram encontradas mortas. Bom episódio, que me animou a continuar assistindo a série. / Lovecraft Country 1.03 - Holy Ghost (Estados Unidos, 2020) Direção: Daniel Sackheim / Roteiro: Misha Green / Elenco: Jurnee Smollett, Jonathan Majors, Aunjanue Ellis. 

Lovecraft Country 1.04 - A History of Violence
Estou parando de assistir por aqui. Nesse quarto episódio já entendi que não é minha praia. A série pode ter várias referências à obra de Lovecraft, pode ter sido bastante elogiada pela crítica, mas não me pegou. Não gostei. Com quatro episódios assistidos já deu para entender isso. Nesse aqui há um clima que me lembrou dos velhos filmes de Indiana Jones, mas sem o mesmo charme. Há um texto, que está escondido numa velha câmara fechada há séculos, com uma sereia dentro... enfim, fantasia demais para o meu gosto. E para onde tudo isso vai parar? Penso que em lugar nenhum. Enfim, boa sorte para quem curtiu. Eu pessoalmente prefiro outros estilos de séries, mais dramáticas e menos fantasiosas. É isso. / Lovecraft Country 1.04 - A History of Violence (Estados Unidos, 2020) Direção: Victoria Mahoney / Roteiro: Misha Green, Wes Taylor / Elenco: Jurnee Smollett, Jonathan Majors, Aunjanue Ellis.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

O Massacre da Serra Elétrica

Temos aqui mais um filme da franquia de terror "Texas Chainsaw Massacre". É de se impressionar como uma linha de filmes que surgiu no distante ano de 1974 ainda desperte interesse dos mais jovens. Agora a produção é assinada pela Netflix. O interessante é que esse filme não é o único mais recente. Eu me recordo de pelo menos outros dois filmes da mesma marca que foram lançados há pouco tempo. E o mais estranho de tudo é que no geral não são filmes ruins, pelo contrário, conseguem manter um certo padrão de qualidade. Esse não foge à regra. Apesar do roteiro simples me senti perfeitamente satisfeito quando o filme chegou ao fim. Ele tem um clima retrô que me lembrou filmes de terror dos anos 80. O Leatherface assusta porque é completamente demente. Inspirado em um serial killer americano chamado Ed Gein, ele usa o rosto das vítimas em sua face! Isso, por si só, já é algo que impressiona ainda hoje o público em geral!

E, para surpresa geral, também tem boas sequências. Aqui eu destaco a cena do massacre no meio da plantação de roseiras amarelas. Para quem não sabe o símbolo do Texas é a rosa amarela. Violento ao extremo, a cena também lida muito bem com o suspense. E aquela "obra de arte" que o Leatherface faz com uma de suas vítimas é simplesmente assustadora! Outra cena que gostei foi a da carnificina no ônibus. Essa tem um diálogo para cair na gargalhada. Quando Leatherface entra no veículo um sujeito, tipicamente um desses riquinhos progressistas, diz a ele: "Veja lá o que você vai fazer hein! Qualquer coisa nos vamos te cancelar na net!". Não deu para segurar a risada depois dessa! Enfim, curti mesmo essa volta do Leatherface, um dos mais doentes psicopatas que já surgiram no cinema. Prepare-se para o banho de sangue e... divirta-se!

O Massacre da Serra Elétrica - O Retorno de Leatherface (Texas Chainsaw Massacre, Estados Unidos,2022) Direção: David Blue Garcia / Roteiro: Chris Thomas Devlin, Fede Alvarez / Elenco: Sarah Yarkin, Elsie Fisher, Mark Burnham / Sinopse: Após a morte de sua cuidadora, uma mulher que o criou desde os tempos de orfanato, Leatherface parte para a vingança sangrenta. O alvo dessa vez é um bando de pessoas da cidade grande, que vieram comprar tudo numa velha cidade abandonada do Texas, a mesma onde o psicopata agora vive, escondido de todos. A matança vai começar!

Pablo Aluísio.

Anjos da Noite 4

Essa franquia "Anjos da Noite" não se endireita mesmo. Quando pensamos que vai melhor a coisa desanda e cai na vala do lugar comum. Os últimos filmes até que conseguiam manter o mínimo interesse na luta entre lobisomens e vampiros mas esse "Anjos da Noite 4" coloca tudo a perder. O roteiro é muito vazio, derivativo e nulo para ser levado a sério. Ao que tudo indica houve problemas de negociação com o ator Scott Spedman (que faz um dos principais personagens da franquia, o híbrido Michael). Sem ele os roteiristas tiveram que rebolar para eliminar sua presença em cena (seu personagem aparece apenas congelado no filme). Segundo algumas fontes Spedman teria pedido um cachê maior e também maior destaque ao seu personagem nesse quarto filme e como não conseguiu chegar a um acordo foi eliminado da estória. Isso criou um buraco tão grande em "Anjos da Noite 4" que o filme ficou totalmente à deriva - fora o quase plágio com outra franquia, Aliens, pois aqui resolveram colocar também uma garotinha (interpretada pela inexpressiva atriz mirim India Eisley) para acompanhar a protagonista Selene (Kate Beckinsale)

Assim, com tantos problemas de roteiro, não me admirei em nada ao assistir ao filme. Eu já não esperava grande coisa, isso é certo, mas ficou pior do que pensei. Na falta de uma estrutura de roteiro melhor os diretores Måns Mårlind e Björn Stein (ambos de Identidade Paranormal) partiram para o uso e abuso de efeitos especiais em cada tomada. É verdade que alguns monstros são bem realizados, incluindo um mega lycan de 3 metros de altura, mas sem desenvolvimento maior tudo fica com cara de vídeo game mesmo. Nem sequer a mitologia que acompanha a franquia aqui foi minimamente desenvolvida, resultado numa obra oca em demasia. Para piorar o que já era bem ruim "Anjos da Noite 4" tem outro problema: é inconclusivo, deixando todos os desfechos para uma próxima continuação! Obviamente os produtores querem faturar mais uma grana numa possível quinta continuação! Haja paciência para agüentar tanto oportunismo.

Anjos da Noite 4 (Underworld: Awakening, Estados Unidos, 2012) Direção: Måns Mårlind, Björn Stein / Roteiro: :Len Wiseman, John Hlavin / Elenco: Kate Beckinsale, Michael Ealy, India Eisley / Sinopse: Forças humanas descobrem a existência dos clãs de vampiros e Lycons (lobisomens). Emcurralados os vampiros começam os planos de contra ataque contra sua existência.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Lucy in the Sky

Filme baseado em uma história real. Quando começa, logo na primeira cena, encontramos a astronauta Lucy Cola (Natalie Portman) no espaço olhando para nosso planeta. Ela participa de uma missão da NASA como tripulante de um ônibus espacial. Fica completamente extasiada ao ver a imensidão do universo e a beleza da Terra vista do espaço! Um momento de pura contemplação interior! É o auge de sua vida! De volta ao lar, em Houston, Texas, ela precisa voltar para a vida normal. Ela tem um casamento que já caiu no tédio. Sua sobrinha vem morar ao lado dela pois o pai sumiu! Sempre foi um irresponsável! Durante os treinamentos para uma nova viagem espacial na NASA ela acaba se apaixonando por um astronauta mais velho e veterano, Mark Goodwin (Jon Hamm), um sujeito bonitão que está se divorciando da esposa. Lucy sempre foi muito focada na vida profissional e pessoal, deixando tudo muito bem equilibrado e organizado em sua vida, mas começa a se apaixonar de forma desesperada por Mark. A NASA sempre determinou vários protocolos de comportamento que impediam relacionamentos amorosos entre astronautas. Mesmo assim ela continua a se encontrar, às escondidas, com sua nova paixão, ainda que sendo uma mulher casada.

Não demora muito e Lucy fica completamente obcecada pelo novo amante, que tem fama de mulherengo. E enquanto tenta ser escalada para a próxima viagem espacial, ela descobre que ele tem outra amante. É o gatilho para ela começar a perder completamente sua razão! Muito bom filme. Gostei de praticamente tudo. Elenco afinado, direção segura e um roteiro preciso. Como o título original do filme faz uma referência óbvia a uma das mais conhecidas músicas dos Beatles, Lucy in the sky with diamonds, ela também está presente na trilha sonora. Enfim, temos aqui uma história que parece de pura ficção, mas que foi verdade, o que não deixa de ser surpreendente.

Lucy in the Sky (Estados Unidos, 2019) Direção: Noah Hawley / Roteiro: Brian C. Brown, Elliott DiGuiseppi / Elenco: Natalie Portman, Jon Hamm, Zazie Beetz, Dan Stevens, Pearl Amanda Dickson, Ellen Burstyn / Sinopse: A história da paixão avassaladora de uma astronauta por um colega durante os preparativos de uma nova viagem espacial da NASA.

Pablo Aluísio.

Misteriosa Paixão

A atriz Ellen DeGeneres ficou muito famosa e popular com um programa de TV nos Estados Unidos. Porém nunca conseguiu se firmar no cinema americano, mesmos sendo muito talentosa, principalmente no humor. Esse filme que aqui tratamos foi uma das tentativas dela em emplacar uma carreira na indústria cinematográfica. Conta a história de uma mulher que se apaixona... pela mulher do próprio irmão. Pois é, uma história protagonizada por uma lésbica, tal como a própria Ellen DeGeneres em sua vida pessoal. Como o tema LGBT ainda era uma novidade e tanto no cinema dos anos 90 o filme acabou não fazendo sucesso. Preconceito do público? Certamente pode ter sido uma das razões.

Tirando um pouco esse aspecto de lado temos que admitir que o filme realmente não ficou muito bom. Há sempre uma tentativa de se fazer humor, mas ao mesmo tempo o filme quer ser levado mais à sério. Complicado. A Ellen DeGeneres interpreta uma policial que precisa desvendar um caso envolvendo o aparecimento de dois corpos na floresta e Patricia Arquette é a loira fatal que vem embolar o meio de campo. Ela usa uma peruca loira channel durante todo o filme. Não ficou bonita, apenas esquisita. Então é isso, mais uma produção que veio demonstrar que fazer sucesso no cinema é bem mais complicado do que se pensa.

Misteriosa Paixão (Goodbye Lover, Estados Unidos, 1998) Direção: Roland Joffé / Roteiro: Ron Peer, Alec Sokolow / Elenco: Patricia Arquette, Ellen DeGeneres, Dermot Mulroney, Mary-Louise Parker, Ray McKinnon, Alex Rocco / Sinopse: Rita Pompano (Ellen DeGeneres) é uma policial que precisa solucionar um caso de duplo assassinato enquanto tenta resolver sua caótica vida pessoal.

Pablo Aluísio.

domingo, 20 de fevereiro de 2022

Falcão e o Soldado Invernal

Mais uma série nova da Marvel. Já perdeu a conta? Eu também... São tantas séries e filmes com o selo Marvel que está ficando quase impossível acompanhar tudo! Nem a rival DC Comics consegue chegar perto. Pois bem, aqui mais dois personagens secundários ganham suas próprias séries. O Falcão é um herói bem coadjuvante dos Vingadores. O Soldado Invernal é um vilão dos quadrinhos do Capitão América. Ele é tão forte como o seu inimigo, igualmente velho, mas basicamente um vilão. Um sujeito que faz trabalhos para a Hydra. Curiosamente aqui tentaram desenvolver melhor sua personalidade, trazendo mais conteúdo. Ele não tem amigos, exceto um senhor idoso oriental que lhe aconselha arranjar uma namorada. Algo para sair da solidão. Coisa um pouco complicada de se fazer quando se tem mais de 100 anos de idade!

Em relação ao Falcão também somos apresentados à sua família, uma irmã em dificuldades financeiras e tudo mais. O Falcão inclusive protagoniza a melhor cena da série, um resgate em pleno ar, tentando tirar de dentro de um avião cargueiro um sujeito que é importante para o governo dos Estados Unidos. A cena é excepcionalmente bem produzida. Cheia de efeitos visuais de primeira linha poderia estar em qualquer filme da Marvel para o cinema sem problemas. Investiram alto, investiram pesado nessa série, uma das grandes apostas da Marvel nesse setor. Só nos resta aguardar para ver se vai dar certo.

Falcão e o Soldado Invernal (The Falcon and the Winter Soldier, Estados Unidos, 2021) Direção: Kari Skogland / Roteiro: Malcolm Spellman, Ed Brubaker / Elenco: Anthony Mackie, Sebastian Stan, Wyatt Russell, Erin Kellyman / Sinopse: O herói voador Falcão está sempre pronto para ajudar a combater o mal, ainda mais depois do desaparecimento do Capitão América. Enquanto isso o Soldado Invernal, um antigo vilão, tenta reconstruir sua vida pessoal de alguma forma.  

Pablo Aluísio. 

Guia de Episódios - Falcão e o Soldado Invernal:

Falcão e o Soldado Invernal 1.02 - The Star-Spangled Man
O novo Capitão América parece ser um cara legal. Ele não tem a força descomunal do herói original, nem é um super soldado, mas condecorado no passado é considerado o homem ideal para herdar o escudo e o título de Steve Rogers. E isso não quer dizer que seja do agrado de Buck, o Soldado Invernal. Para quem não sabe ele foi o fiel escudeiro do Capitão em um passado distante e fica muito contrariado quando descobre que o escudo será usado pelo novo Capitão América. Pior quando o Falcão, Buck, o Capitão América e outros aliados decidem enfrentar um grupo de super soldados da Hydra. Eles levam uma tremenda surra! Quem poderia imaginar algo assim? / Falcão e o Soldado Invernal 1.02 - The Star-Spangled Man (Estados Unidos, 2021) Direção: Kari Skogland / Roteiro: Michael Kastelein / Elenco: Anthony Mackie, Sebastian Stan, Wyatt Russell. 

Falcão e o Soldado Invernal 1.03 - Power Broker
Vejo sinais de desgaste nesse episódio? Sim, vejo. E é muito cedo para isso acontecer, vamos convir. O roteiro agora parece se resumir a colocar os heróis em busca dos soros que transformou seres humanos normais em super soldados e o pior de tudo é que eles parecem estar a serviço da Hydra! Então nesse episódio o Falcão e o Soldado Invernal vão até um laboratório escondido que supostamente teria produzido 20 fracos do soro! Claro que os inimigos também chegam por lá e tudo vai para os ares - explosões por todos os lados! A novidade nesse episódio é a participação da atriz Emily VanCamp no papel de Sharon Carter. Sua personagem pode tanto estar do lado do bem, como do mal. É o que veremos nos proximos episódios. / Falcão e o Soldado Invernal 1.03 - Power Broker (Estados Unidos, 2021) Direção: Kari Skogland / Roteiro: Derek Kolstad / Elenco: Anthony Mackie, Emily VanCamp, Sebastian Stan, Daniel Brühl. 

Falcão e o Soldado Invernal 1.04 - The Whole World Is Watching
O soro dos super soldados foi tomado por um grupo de jovens que se dizem revolucionários, que dizem lutar contra o sistema! O Falcão abre uma linha de conversação com a líder deles que se autodenominam "Os Apátridas", só que o novo Capitão América não pensa dessa forma, acha que são meros terroristas e precisam ser detidos de qualquer forma. E durante uma luta, por um lance de sorte, ele acaba pegando um dos frascos com o soro, algo que se tomado o transformará em um super soldado, tal como o Capitão América original. Só que sua sorte está selada quando é filmado por pessoas numa praça, usando o famoso escudo para matar um inimigo. Ele é filmado com o escudo manchado de sangue de sua brutalidade. No mínimo sua imagem pública está destroçada para sempre! / Falcão e o Soldado Invernal 1.04 - The Whole World Is Watching (Estados Unidos, 2021) Direção: Kari Skogland / Roteiro: Derek Kolstad / Elenco: Anthony Mackie, Sebastian Stan, Daniel Brühl. 

Falcão e o Soldado Invernal 1.05 - Truth
O novo Capitão América cai em desgraça. Ele perde o escudo e o direito de usar a roupa do Capitão. Também se dá mal em seu julgamento militar, perdendo todos os benefícios a que teria direito. O Falcão também perde, só que suas asas, perdidas numa briga ferrenha. E o Soldado Invernal, ou melhor dizendo, o Buck. Aparece bem boa praça aqui, ajudando na reforma do barco da família do Falcão. O escudo vai parar nas mãos justamente do Falcão e ele começa a treinar com simbólico escudo que um dia pertenceu ao Capitão. Seria o nascimento de um Capirão América negro? Complicado, um veterano super soldado lhe diz que isso seria impossível, por causa do preconceito. Teria ele razão? / Falcão e o Soldado Invernal 1.05 - Truth (Estados Unidos, 2021) Direção: Kari Skogland / Roteiro: Dalan Musson / Elenco: Anthony Mackie, Sebastian Stan, Daniel Brühl.

Falcão e o Soldado Invernal 1.06 - Episódio final sem grandes surpresas de uma série que tem roteiros meramente regulares que são realizados com boa produção. Nesse final o Falcão Negro agora vestido de uma versão negra do Capitão América, enfrenta os super soldados. Tem muita pancadaria e efeitos especiais de primeira, mas é como eu disse, a série não chega a empolgar em momento algum. Eu não me arrependi de assistir, mas dessas séries Marvel que venho acompanhando até agora, essa certamente tem se revelada uma das séries mais fracas. Valeu, mas não recomendo muito. / Falcão e o Soldado Invernal 1.06 (Estados Unidos, 2021) Direção: Kari Skogland / Roteiro: Malcolm Spellman / Elenco: Anthony Mackie, Sebastian Stan, Emily VanCamp.

Pablo Aluísio.

sábado, 19 de fevereiro de 2022

Loki

A Marvel virou mesmo uma mina de ouro com seus velhos personagens de quadrinhos. Até mesmo os secundários agora já ganham série própria. Dessa vez foi o Loki, o irmão vilão do Thor. Quando o primeiro episódio começou eu devo dizer que fiquei completamente surpreso. A série é mais louca (e ousada) do que eu poderia imaginar. Há uma atmosfera retrô, como se eu estivesse assistindo a uma obscura produção Sci-fi dos anos 50! O roteiro também foge completamente do convencional, jogando com a ideia de multi universos de uma maneira nova. Aliás é bom salientar que essa coisa de histórias em universos paralelos é algo antigo dentro da Marvel. Costumava começar bem e virar o caos depois de um certo tempo. Nos quadrinhos eles se enrolaram tanto dentro desse conceito que precisaram dar um reboot alguns anos atrás. Ficou complexo, confuso e impossível de seguir o fio da meada. Mas continuemos...

O Loki dá um jeito de sair das mãos dos Vingadores, mas nesse processo acaba indo parar em outro universo e por romper uma suposta linha temporal sagrada ele acaba sendo preso por estranhas pessoas, que mais parecem burocratas entediados de alguma autarquia, alguma entidade pública mofada. E precisa agora lidar com funcionários públicos tediosos. E o poderoso deus de repente se vê sem seus poderes, sem ter capacidade de fugir daquela insanidade. É realmente de enervar qualquer um. Enfim, esse primeiro episódio é muito sui generis, demonstrando que apesar da saturação a Marvel não teve medo de ir além do esperado. O resto da série vai se sair bem? Só assistindo mesmo os demais episódios para chegar em uma conclusão. Vamos aguardar.

Loki (Estados Unidos, 2021) Direção: Kate Herron / Roteiro: Michael Waldron / Elenco: Tom Hiddleston, Owen Wilson, Gugu Mbatha-Raw, Sophia Di Martino / Sinopse: Nessa nova série, uma produção em parceria da Disney com a Marvel, o irmão malvado do Thor, Loki, o deus das trapaças e das ilusões, vai parar em um estranho universo, onde burocratas controlam a linha temporal que eles consideram sagrada!

Pablo Aluísio. 

Guia de Episódios - Loki:

Loki 1.02 - The Variant
Qual seria a melhor maneira de capturar e neutralizar uma variante do Loki na linha temporal? Ora, usando o próprio Loki. E eles viajam a alguns lugares no tempo justamente com essa missão. Vão ao planeta Terra no ano de 1985. Nada acontece. Vão até Pompeia no mesmo dia em que o vulcão Vesúvio entrou em erupção, matando todas as pessoas da cidade. Na verdade só encontram a variante do Loki no Alabama no ano de 2050, bem no dia que um furacão devastou a região. E para decepção dos homens da AVT, Loki se alia com sua variante e viajam novamente no tempo. Lugar e tempo desconhecidos. / Loki 1.02 - The Variant (Estados Unidos, 2021) Direção: Kate Herron / Roteiro: Elissa Karasik / Elenco: Tom Hiddleston, Sophia Di Martino, Owen Wilson.

Loki 1.03 - Lamentis
Loki e sua variante seguem fugindo. Agora estão em uma Lua que está sendo engolida por um planeta em roda de colisão. Algo normal, já que a variante sempre surge em momentos de apocalipse pelo universo. Enquanto correm grandes meteoros caem do céu. E eles discutem muito entre si, ainda mais agora que a variante do Loki decidiu assumir as formas de uma mulher guerreira. No fundo os dois querem chegar até os guardiões do tempo. O cheiro de vingança chega em suas narinas a todo momento. Querem acabar com essas estranhas e misteriosas figuras. Só que antes disso precisam saber onde eles estão! Como posso resumir esse episódio? Bem movimentado! / Loki 1.03 - Lamentis (Estados Unidos, 2021) Direção:     Kate Herron / Roteiro: Bisha K. Ali/ Elenco: Tom Hiddleston, Sophia Di Martino, Gugu Mbatha-Raw.

Loki 1.04 - The Nexus Event
Loki e sua variante são localizados e presos. Complicado, mas eles possuem uma carta explosiva na manga. E eles soltam a informação: Todos os que trabalham para os guardiões do tempo são na verdade variantes que foram reaproveitados por esses estranhos seres. E tem mais: suas memórias pessoais foram apagados, seu passado, sua história, sua personalidade, tudo foi deletado. E agora? Alguns ficam chocados com a informação. E os guardiões do tempo? Existem mesmo? Ou são apenas andróides? Algumas pistas e respostas você encontrará justamente nesse episódio da série. / Loki 1.04 - The Nexus Event (Estados Unidos, 2021) Direção: Kate Herron / Roteiro: Eric Martin / Elenco: Tom Hiddleston, Sophia Di Martino, Owen Wilson.

Loki 1.05 - Journey Into Mystery
Em minha opinião essa série Loki perdeu a mão. Essa coisa de multiversos pode facilmente se transformar em uma grande chatice quando os roteiristas exageram na dose. Exatamente o que vejo acontecer aqui. Nesse episódio Loki vai parar nos confins do universo onde encontra diversas variantes bizarras de si mesmo, como um Loki mais velho, um Loki garoto e até um Loki animal, um crocodilo... vejam que coisa mais nonsense. E todos eles juntos precisam vencer um monstro em forma de tempestade. Deu para sentir o nível do absurdo? Durma-se com um barulho desses! / Loki 1.05 - Journey Into Mystery(Estados Unidos, 2021) Direção: Kate Herron / Elenco: Tom Hiddleston, Sophia Di Martino.

Loki 1.06 - For All Time. Always.
A série chega ao final nesse episódio. Não fique muito ansioso. Tudo termina mal em meu ponto de vista. Na realidade, a história não vai a lugar nenhum. Isso parece se confirmar também nesse episódio final da primeira temporada. E o que acontece no final de contas? Loki e sua amiga vão parar em um lugar muito longe dos universos paralelos. E lá encontra o ser que parece dominar tudo. É um cara normal, sentado em uma cadeira, com papo furado, papo de malandro. E eles ficam assim diante dele, meio abismados, tentando matá-lo. Afere. Não há um final definitivo na realidade. Existe uma brecha para uma segunda temporada que eu definitivamente não vou perder tempo para assistir. / Loki 1.06 - For All Time. Always.(Estados Unidos, 2021) Direção: Kate Herron / Elenco: Tom Hiddleston, Sophia Di Martino, Owen Wilson.

Pablo Aluísio.

Walker

Achei fraco, pelo menos o primeiro episódio dessa nova série. Eu tenho lembranças antigas do Texas Ranger Walker. Para quem é mais velho vai ser fácil se lembrar da série original que passava no SBT e era estrelada por Chuck Norris, o baixinho mais enfezado dos filmes de ação dos anos 80. Na realidade tirando a presença do Norris não havia nada de muito especial naquele antigo programa de TV. Só que agora os produtores resolveram trazer o mesmo projeto de volta, mas claro, com mudanças significativas. A primeira delas é que eles estão tentando fazer uma nova série que não seja só pancadaria, chutes e pontapés. Eles querem mais conteúdo, um trabalho a mais para os roteiristas.

Assim o novo Texas Ranger Walker tem vários problemas emocionais. Após a morte da esposa, um caso aberto que ele não conseguiu resolver, o policial partiu para um retiro que durou longos onze meses. Deixou para trás os dois filhos adolescentes e foi afogar sua depressão em bebida, muita bebida. Quando retorna tem um monte de problemas familiares a resolver. Os filhos ficaram traumatizados, estão depressivos e a filha acaba se envolvendo até mesmo com problemas com a lei. Para um Texas Ranger nada poderia ser pior que isso. Enfim, ao contrário do Walker de Chuck Norris que resolvia tudo na porrada, esse aqui tem crises existenciais. Derrama até lágrimas dos olhos. Homem sensível. Já imaginaram o Norris chorando em algum momento? Eu não! É o sinal dos novos tempos!

Walker (Estados Unidos, 2021) Direção: Steve Robin / Roteiro: Christopher Canaan / Elenco: Jared Padalecki, Molly Hagan, Keegan Allen, Violet Brinson / Sinopse: A vida dura de um Texas Ranger que precisa resolver casos policiais perigosos ao mesmo tempo em que tenta superar problemas familiares envolvendo a morte de sua esposa.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Os Imperdoáveis

Título no Brasil: Os Imperdoáveis
Título Original: Unforgiven
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: David Webb Peoples
Elenco: Clint Eastwood, Gene Hackman, Morgan Freeman, Richard Harris, Jaimz Woolvett, Saul Rubinek

Sinopse:
Velho pistoleiro aposentado é contratado para um último e decisivo serviço. Vencedor dos Oscars de Melhor Filme, Edição, Direção, Ator Coadjuvante (Gene Hackman), com indicações aos Oscars de Melhor Ator (Clint Eastwood), Direção de Arte, Fotografia, Som e Roteiro Original. Vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Direção e Melhor Ator Coadjuvante (Gene Hackman).

Comentários:
A história de "Os Imperdoáveis" (The Unforgiven -1992) é ambientada em 1880 na belíssima região do Wyoming e discorre sobre a vida de William Munny (Clint Eastwood) um ex-pistoleiro que carrega em seu macabro currículo, assassinatos de mulheres e crianças. Depois de casar-se com o seu grande amor, Claudia, Munny resolve regenerar-se: abandona a vida pistoleiro, a bebida e decide levar uma vida correta cuidando de esposa e filhos. No entanto sua esposa depois de contrair uma grave doença, não resiste e morre. Sozinho, um misantropo Munny segue sua vida de amargura, cuidando de suas terras, de seus porcos e de seus dois filhos. Tempos depois, Munny é surpreendido em sua própria fazenda pela visita de um jovem e inexperiente pistoleiro, Schofield Kid (Jaimz Woolvett). Kid, conhecendo a fama e o passado de Munny, tenta convencê-lo a partir junto com ele atrás de uma recompensa de mil dólares em troca da eliminação de dois vaqueiros que retalharam, de forma covarde, o rosto da prostituta Delilah Fitzgerald (Anna Levine) na pequena cidade de Big Whiskey. No início Munny resiste à proposta, mas seus graves problemas financeiros fazem com que o velho e amargurado pistoleiro mude de idéia. Mais velho e destreinado, Munny, depois de um pequeno treino de tiro ao alvo, descobre que não é mais aquele pistoleiro de outrora.

Com uma trêmula e péssima pontaria além de uma enorme dificuldade para subir em seu próprio cavalo, o pistoleiro, inseguro, resolve dividir a recompensa por três e convoca seu velho companheiro para ajudá-lo nessa caçada humana: Ned Logan (Morgan Freeman). No princípio, Logan, enfrentando a reprovação de sua mulher, também pensa em rejeitar a proposta, mas, precisando do dinheiro alia-se à Munny e Kid e juntos partem para a pequena Big Whiskey em busca da tão sonhada recompensa que será paga pelas próprias prostitutas. Porém, a vida da dupla não será nada fácil, pois além de lutarem contra as suas próprias dificuldades, decorrente da idade e de uma vida de aposentados, os dois terão que aturar o jovem Schofield Kid, um guri falastrão e sem experiência alguma como pistoleiro. Além disso, a polpuda recompensa atrai outros candidatos a vingadores da prostituta como o janota e posudo Bob -"o inglês"- (Richard Harris). A partir daí a pequena Big Whiskey não será mais a mesma pois os candidatos à recompensa terão que enfrentar antes a ira do xerife Little Bill Daggett (Gene Hackman) um sujeito violento, covarde e impiedoso e que não admite ninguém armado em sua pequena cidade.

O longa - eleito como um dos cem maiores filmes de todos os tempos - não tem heróis ou bandidos e nem mesmo a bela mocinha a ser beijada e conquistada. Todos são um pouco de cada coisa e parecem viver no mesmo limbo, entre a desgraça e o mínimo de decência. A ambientação lúgubre e o colorido pálido das tomadas em planos mais fechados soma-se a uma atmosfera triste e desvanecida, aumentando assim a aura de melancolia e desesperança. O viés antipoético e antifilosófico do roteiro funciona para aumentar ainda mais a tensão avassaladora da vingança funesta e inevitável. Clint Eastwood é um gênio corrosivo e implacável; e foi justamente essa verve idiossincrática do diretor que construiu William Munny: um homem de alma ácida que vive os dias soterrado pelo seu próprio passado. Uma mortalha recortada e descarnada pelas dores da lembrança de dias gloriosos como pistoleiro que ficaram para trás e também pela perda trágica do amor de sua vida. O velho pistoleiro depois de alguns goles virará um monstro travestido de drama, dores, mistério e vingança e que inexoravelmente ficará frente a frente com o xerife Litlle Bill em um dos finais mais assombrosos e espetaculares da história dos filmes de faroeste. Depois de ser recusado por vários produtores durante vinte anos, o roteiro de "Os Imperdoáveis" (Unforgiven -1992), escrito magistralmente por David Webb Peoples, acabou caindo nas mãos do alquimista Clint Eastwood que resolveu bancar o filme, escolher o elenco e de quebra assinar a direção. Trata-se de um monumento à sétima arte. Vencedor de 4 Oscars (filme, diretor, edição e ator coadjuvante para Gene Hackman) o longa é uma obra-prima do cinema e um show de interpretações magistrais - não só de Eastwood, mas também dos excepcionais Gene Hackman, Morgan Freeman e do grande e saudoso irlandês, Richard Harris.

Telmo Vilela Jr.

Tiro de Misericórdia

Baseando-se num filme de gângster que ele mesmo dirigiu, com Humphrey Bogart e Ida Lupino, "Seu Último Refúgio" (High Serra - 1941) - Raoul Walsh conseguiu, mesmo em preto e branco, construir uma obra extraordinária: "Tiro de Misericórdia" (Colorado Territory - 1949). O longa conta a incrível história de Wess McQuenn (Joel McCrea) que depois de fugir da cadeia, parte em direção ao Território do Colorado - mais precisamente para uma antiga Missão Espanhola abandonada pelos índios. Chegando lá, McQuenn encontra dois companheiros foras-da-lei na companhia de uma linda mulher e dançarina de saloon, Colorado Carson (Virginia Mayo). McQuenn, já cansado da vida de bandido, planeja, juntamente com a quadrilha, aquele que seria o seu último assalto - pois ele sonhava em voltar a viver uma vida digna e honesta. Este último plano consistia em assaltar 100 mil dólares de um trem pagador do governo.

A cena do assalto ao trem é fantástica e extremamente bem dirigida. Todo o filme gravita em torno da figura classuda e imponente de McQuenn - uma atuação de gala do grande Joel McCrea. Sua figura, ao mesmo tempo que atemoriza deixa transparecer uma verve decente com contornos éticos indiscutíveis. Walsh, a uma certa altura e com extrema maestria, passa a dissecar a personalidade de McQuenn fragmentando o bandoleiro até as raias de um ser humano frágil e com sonhos de casamento e de família. Ou seja, uma injeção quase letal de paradoxo, no músculo e no corpo cansado do pistoleiro embrutecido. Mas ainda existia uma outra bela mulher: Julie Ann (Dorothy Malone) - praticamente estreando no cinema. MacQuenn conhecera Julie Ann e seu pai, dentro de uma carruagem, assim que fugiu da cadeia. McQuenn chegou a pensar em casar-se com Julie, mas ela logo mostrou quem era: uma mulher interesseira e vingativa. A força do roteiro juntamente com a enorme categoria de Walsh na direção, convergem todos os olhares vidrados e suas enormes expectativas para um final eletrizante e surpreendente. Não é à toa que Tiro de Misericórdia é um dos filmes preferidos do grande diretor Martin Scorcese. Nota 10.

Tiro de Misericórdia (Colorado Territory, Estados Unidos, 1949) Direção: Raoul Walsh / Roteiro de Edmund H. North e John Twist / Elenco: Joe McCrea, Virginia Mayo. Doroth Malone / Sinopse: Fora da lei, Wes McQueen (Joel McCrea) foge da prisão e se encontra com seu parceiro e velho amigo Dave Rickard (Basil Ruysdael).

Telmo Jr.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Vidas em Alerta

Esse filme traz mais um daqueles roteiros em mosaico. Várias histórias paralelas são mostradas, sem nenhuma ligação aparente entre si. Tudo passado em um futuro próximo. O fio condutor do roteiro é a história do astronauta que fica vagando no espaço após uma tempestade elétrica no espaço. Ele estava consertando um satélite quando é atingido em cheio. Em volta dessa situação limites todos os demais personagens são apresentados. Uma das mais interessantes é uma jovem mulher que usa um aparelho e um aplicativo chamado "Deus". Todos os dias pela manhã ela precisa que "Deus" lhe traga alguma frase motivacional, de auto ajuda. Sem isso ela não consegue ter nem ânimo para sair da cama. Tudo vai bem até o dia que o aparelho quebra. E agora, como ela ficará sem "Deus"? Em outra história interessante um vendedor de robôs usados fica sem saber o que fazer com um velho modelo. Um robô com boa conversação, humor negro, mas algo antigo que ninguém se interessa mais. Provavelmente ele será enviado para o ferro velho.

O filme é uma ficção que se passa em 2028. O curioso é que foi o primeiro filme que assisti que faz referência ao Covid-19. Durante uma viagem de carro um dos personagens liga o rádio, onde está passando as notícias. E uma delas diz que a OMS já está tomando todas as providências para um novo surto de "Covid-28". Sinceramente falando dá um certo arrepio nesse momento já que é uma história ficcional sim, mas com toda a pinta de futuro plausível. Por fim só achei fraco mesmo o final do filme. Me soou sem novidades, apelativo e sem muito sentido. Algo que já foi usado recentemente, de maneira mais talentosa, em filmes como "Não Olhe Para Cima". Com isso o final que deveria ter maior impacto pareceu ser apenas mais do mesmo. Bola fora, realmente.

Vidas em Alerta (Warning, Estados Unidos, 2021) Direção: Agata Alexander / Roteiro: Agata Alexander, Jason Kaye / Elenco: Thomas Jane, Rupert Everett, Alice Eve, James D'Arcy, Patrick Schwarzenegger / Sinopse: Um astronauta fica perdido no espaço enquanto vidas humanas seguem em seu curso natural em um planeta Terra prestes a chegar ao seu final definitivo.

Pablo Aluísio.

Barba Negra

Os piratas eram, em essência, ladrões dos mares. Hoje em dia há um certo romantismo dessas figuras históricas, mas a verdade é apenas essa: Ladrões! Um dos piratas reais mais famosos que existiram na chamada "Era de Ouro da Pirataria" foi o Barba Negra. Até hoje sua história é cercada de mistérios. Os historiadores ainda não possuem certeza sobre qual era o seu nome verdadeiro ou de onde veio. Algo comum em se tratando de criminosos pois esses possuem a tendência óbvia de apagar seus rastros, suas origens. O que se sabe é que Barba Negra atacou e roubou várias embarcações na região do Caribe. Sim, ele foi um verdadeiro pirata do Caribe. Nada de Disney, nada de fantasia, ele foi pra valer mesmo.

Barba Negra também conhecia o poder de se criar uma imagem assombrosa em torno de si. Além da violência sem limites, pois ele foi sabiamente o assassino de muitos marujos e oficiais que encontrou pela frente, havia também algo de teatral em suas aparições. Ele costumava colocar dois maços de corda ou pólvora em torno do pescoço, para que quando surgisse na frente de seus inimigos soasse como uma aparição sobrenatural, envolta de fumaça escura. Era obviamente um cascateiro, mas que sabia o que fazia. Esse filme é muito bom e se destaca por ter um roteiro fincado na história original. Tudo verdade histórica, como se pode bem perceber.

Barba Negra: O Verdadeiro Pirata do Caribe (Blackbeard: Terror at Sea, Estados Unidos, 2006) Direção: Richard Dale, Tilman Remme / Roteiro: Andrew Bampfield / Elenco: James Purefoy, Tyler Butterworth, Mark Noble / Sinopse: Esse filme, feito em parceria com a National Geographic, conta a história do famoso pirata do Caribe Barba Negra.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Reacher

Sujeito alto, forte, casca grossa, chega em uma cidadezinha do interior dos Estados Unidos. Para seu azar ele coloca suas botas naquele lugar na mesma noite em que um corpo é encontrado nas redondezas. Os policiais então colocam ele como investigado e suspeito. Depois de pouco tempo ele é preso sob custódia e enviado para uma prisão barra pesada. Só que Reacher não é um sujeito qualquer. Ele é veterano do exército, soldado condecorado, membro de tropas especiais. E na prisão demonstra bem suas habilidades com os punhos, colocando alguns prisioneiros no chão, apenas usando sua força física. Como se encontra numa situação mais do que delicada ele só conta mesmo com sua brutalidade natural naquele meio brutalizado.

Nova série chegando. O primeiro episódio se passa todo numa cidadezinha chamada Margrave, Georgia. Cara durão chegando em um lugar daqueles logo chama a atenção e ele acaba virando bode expiatório de tiras locais que não parecem muito competentes. Primeiro episódio bom, bem desenvolvido. Essa nova série é especialmente indicada para pessoas que gostam de ação, pancadaria, porrada! Alan Ritchson interpreta o protagonista brutamontes. Fala pouco, mas distribuiu muitos socos e chutes. Quem aprecia o estilo vai curtir, certamente.

Reacher (Estados Unidos, 2022) Direção: Norberto Barba, M.J. Bassett, entre outros / Roteiro: Lee Child, Cait Duffy / Elenco: Alan Ritchson, Malcolm Goodwin, Willa Fitzgerald, Hugh Thompson / Sinopse: Veterano do exército americano é confundido com o assassino de duas pessoas e acaba preso. Agora ele vai precisar usar a força física para se manter vivo no meio de criminosos que querem sua morte.

Pablo Aluísio. 


Guia de Episódios - Reacher:

Reacher 1.02 - First Dance
As investigações sobre a morte do irmão de Reacher continuam. Mas há mais mortos na pequena cidade. E agora a vítima é o próprio chefe de polícia. Claro que uma morte assim alarma os moradores. O prefeito decide assumir a chefia policial da cidade. Péssima ideia. Ele não tem experiência de investigação. Já começa errado, dizendo que o assassino provavelmente é algum criminoso que havia sido preso pelo chefe da polícia. Um mero caso de vingança. Reacher decide levar em frente suas próprias investigações, uma vez que agora os policiais estão com as mãos amarradas. E ele está certo, há algo muito maior acontecendo naquela cidade. / Reacher 1.02 - First Dance (Estados Unidos, 2022) Direção: Sam Hill / Roteiro: Lee Child / Elenco: Alan Ritchson, Malcolm Goodwin, Willa Fitzgerald.

Reacher 1.03 - Spoonful  
Vamos lá, mais um episódio dessa série sobre esse personagem Jack Reacher que já fez sucesso no cinema anteriormente com Tom Cruise. Não há maiores surpresas no roteiro desse terceiro episódio. Reacher continua buscando a identidade dos assassinos de seu irmão. Acaba descobrindo coisas interessantes, como por exemplo, um grupo de falsificadores agindo naquela região. Teria algo a ver com a morte do irmão? Quem poderia responder essa pergunta? No mais, é um episódio de investigação, com destaque para a cena em que Jack coloca um advogado contra a parede em busca de informações. Truculência pura! / Reacher 1.03 - Spoonful  (Estados Unidos, 2022) Direção: Stephen Surjik / Elenco: Alan Ritchson, Willa Fitzgerald.

Reacher 1.04 - In a Tree 
Reacher, outra série que venho acompanhando, baseada no personagem Jack Reacher, que já foi interpretado no cinema por atores como Tom Cruise. Nesse episódio quarto da primeira temporada ele segue seguindo pistas sobre a morte de seu irmão. Tem gente graúda envolvida, inclusive e provavelmente o prefeito da cidade, pois ele sempre está atrapalhando as investigações. Nesse episódio também o clima de pensão sexual entre Reacher e a a policial Roscoe tem um desfecho. Eles se hospedam no mesmo apartamento e ela nem se faz de rogada, entrando debaixo do chuveiro com ele. Eu considero essa atriz bem bonitinha, realmente ela não parece ser tão durona assim! / Reacher 1.04 - In a Tree (Estados Unidos, 2021) Direção: Christine Moore.

Reacher 1.05 - No Apologies
A série vai juntando os pedaços nesse novo episódio. Reacher tenta criar um link ou uma ligação entre os diversos acontecimentos. E ele tenta chegar na verdade da morte de seu irmão. O que inclui estranhas compras de ração para gado, envolvimento com dinheiro falsificado e até mesmo a questão política envolvendo os líderes daquela cidadezinha. E acaba sobrando para a pobre policial Roscoe,  que acaba sendo demitida justamente por estar envolvida nessa investigação. Ela já havia sido alertada que não deveria participar disso. Jogos marcados, jogos sujos, cartas escondidas debaixo da mesa, tudo no mesmo balaio. Reacher vai ter que ser empenhar muito para resolver tantos problemas e tantas confusões. / Reacher 1.05 - No Apologies (Estados Unidos, 2022) Direção: Norberto Barba / Elenco: Alan Ritchson, Malcolm Goodwin, Willa Fitzgerald.

Reacher 1.06 - Papier
Qual é o segredo da morte do irmão de Reacher? Aqui, descobrimos tudo. Há uma organização internacional de lavagem de dinheiro com dinheiro falso. Um jovem contador, especialmente brilhante, consegue jogar no mercado Internacional milhões de dólares falsificados. Apesar disso e de deixar seu chefe muito contente, ele acaba sendo morto. Afinal, é um arquivo vivo que precisa ser tirado de circulação. O irmão de Reacher estava justamente estudando essa questão na universidade. Chamou a atenção dos criminosos Internacionais. Por isso ele acabou sendo eliminado. Assim essa questão está fechada agora, ele precisa apenas ir atrás dos assassinos do seru irmão para fazer justiça com suas próprias mãos ou pelo menos implantar sua vingança pessoal contra aqueles que fizeram todo o mal para seu querido irmão, que já se foi. Um bom episódio que explica tudo desta primeira temporada e não pode ser perdido por quem vem acompanhando a série. / Reacher 1.06 - Papier (Estados Unidos, 2022) Direção: Omar Madha / Elenco: Alan Ritchson, Malcolm Goodwin, Willa Fitzgerald.


Reacher. Episódio Final.
Como termina a série Reacher? Bom, parte do mistério já havia sido revelado, mas tudo fica mais claro no episódio final. Era uma grande operação de fabricação de dinheiro falso, usando cédulas verdadeiras que eram apagadas por processos químicos para em cima delas se imprimirem cédulas de maior valor. A tal ração de gado que tanto intrigou Reacher nada mais era do que o produto químico usado para essa verdadeira lavagem de dinheiro falso. Claro que por se tratar de uma série de ação tudo terminaria em um grande confronto entre o protagonista e os vilões. E depois de eliminá-los ele pega de novo a estrada, sem rumo certo, apenas com a roupa do corpo. Será que havera uma segunda temporada? Só nos resta esperar...

Pablo Aluísio.

A Super Fêmea

Título no Brasil: A Super Fêmea
Título Original: A Super Fêmea
Ano de Produção: 1973
País: Brasil
Estúdio: Cinedistri
Direção: Anibal Massaini Neto
Roteiro: Lauro César Muniz, Anibal Massaini Neto
Elenco: Vera Fischer, Perry Salles, Walter Stuart, John Herbert, Geórgia Gomide, Adoniram Barbosa

Sinopse:
Linda modelo é contratada para estrelar uma campanha de venda de um novo produto: a pílula anticoncepcional masculina. Mas não é fácil conquistar a confiança de seu mercado alvo, pois as pessoas acreditam que isso causaria impotência.

Comentários:
A linda Vera Fischer no auge de sua beleza e jovialidade levou muita gente ao cinema com esse filme que pode ser considerado bem fraco, mas que ainda assim tinha seu apelo popular na época. Essa geração de filmes seria colocada anos depois no rótulo de pornochanchada. Eram filmes apelativos, massacrados pela crítica, mas que fazia muito sucesso nas salas de cinema da época. Com erotismo suave e muitas piadinhas engraçadinhas, todo mundo ia mesmo conferir os dotes estéticos da Vera Fischer. Esse filme tinha ainda outras curiosidades em sua equipe. O roteiro foi escrito por Lauro César Muniz que iria se tornar autor de novelas de sucesso na Rede Globo. E para quem gosta da música popular o filme ainda trazia uma divertida aparição do consagrado compositor Adoniram Barbosa, de saudosa memória. Enfim é isso, uma pornochanchada típica daqueles anos. Um filme brasileiro bem sucedido nas bilheterias.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Pam & Tommy

Tommy Lee, baterista de uma banda de metal de sucesso, se casou com Pamela Anderson, modelo e atriz. Eram os anos 90. Eles tinham uma combinação explosiva. Era muito ricos e muito estúpidos. Quando a série começa encontramos o casal dentro de sua mansão. O lugar passa por reformas, há trabalhadores por todos os lados. Tommy Lee é um perfeito idiota, andando de lá pra cá com uma cueca fio dental, o corpo cheio de tatuagens. Além das drogas a mansão era cheia de armas. Tommy não se importava de andar com rifles e espingardas na mão, de vez em quando ameaçando algum desses trabalhadores da construção civil que trabalhavam em sua mansão. Era um sujeito assumidamente escroto e imbecil, para todo mundo ver. Dinheiro e imbecilidade juntos não costuma dar muito certo!

O interessante dessa série "Pam & Tommy" é que esse casal não é o protagonista da história. Esse papel cabe a um pequeno empreiteiro que trabalhava na mansão deles. Um homem que tinha que lidar com as imbecilidades e abusos do tal de Tommy Lee. Ele não pagava direito os serviços, estava sempre mudando de ideia, era uma figura lamentável e detestável. Depois de ser despedido e humilhado, esse sujeito precisava dar o troco para o Tommy, o roqueiro de fio dental. E ele decidiu que iria invadir a casa de noite para pegar suas ferramentas de trabalho que tinham ficado na mansão. Só que ele encontrou muito mais, uma fita VHS contendo cenas de sexo entre o casal. Bom, o resto é história. O material iria ser vazado na internet, sendo o primeiro de muito casos semelhantes. Eu curti esse primeiro episódio, o que me fez convencer a continuar assistindo o resto da série. Penso que vai ser no mínimo interessante.

Pam & Tommy (Estados Unidos, 2022) Direção: Craig Gillespie, Lake Bell, entre outros / Roteiro: Amanda Chicago, Robert Siegel / Elenco: Seth Rogen, Sebastian Stan, Lily James / Sinopse: A história do vazamento de uma fita de cunho íntimo do casal Tommy Lee e Pamela Anderson nos anos 90.

Pablo Aluísio. 

Guia de Episódios - Pam & Tommy:

Pam & Tommy 1.02 - I Love You, Tommy
Estou chegando na conclusão que essa série é realmente muito boa. Nesse segundo episódio vemos como o casal se conheceu. Dois cabeças ocas, mas muito divertidos. Ela oferece uma bebida grátis a ele em uma balada e o Tommy perde completamente o juízo por ela. Pam viaja até Cancun e ele segue atrás, de forma obsessiva. O começo do namoro é alucinado, com muitas baladas, bebidas e drogas. Acabam se casando no calor do momento, no México mesmo. Só que no fundo nem se conhecem direito. Ela curte filmes românticos, ele filmes de terror. Há duas cenas bizarras e bem curiosas nesse segundo episódio. Na primeira Tommy conversa com seu próprio pênis (há cenas com nudez frontal) e na segunda ela canta uma música de um antigo musical de Hollywood. Diante dos envolvidos nada poderia soar mais bizarro! / Pam & Tommy 1.02 - I Love You, Tommy (Estados Unidos, 2022) Direção: Craig Gillespie / Roteiro: Amanda Chicago Lewis / Elenco: Lily James, Sebastian Stan, Nick Offerman. 

Pam e Tommy 1.03 - Jane Fonda
E um dia, imagine você, a Pamela Anderson sonhou em ser a Jane Fonda. A pobrezinha só esqueceu de dois detalhes importantes: A Jane Fonda era uma mulher inteligente e talentosa, tudo que faltava na cabeça de vento da Pam. Ela fica empolgada com um monólogo para falar em cena, mas na última hora os produtores cortam suas asinhas. Ela teve, ao invés disso, apenas correr pela praia, balançando seus peitões cheios de silicone. Pois é. Enquanto isso os dois paspalhos tentam vender as fitas caseiras de sexo de Pam e Tommy, mas nenhum produtor quer comprar com medo de processos. Eles encontram a solução no recente surgimento da internet! Jogar as cenas na net e ganhar muito dinheiro com isso. Esse é o plano principal, financiado com dinheiro de um mafioso! / Pam e Tommy 1.03 - Jane Fonda (Estados Unidos, 2022) Direção: Craig Gillespie / Roteiro: D.V. DeVincentis / Elenco: Lily James, Seth Rogen, Sebastian Stan, Nick Offerman.

Pam & Tommy 1.04 - The Master Beta 
O casal Pamela Anderson e seu marido, o idiota do Tommy Lee descobrem que a fita foi roubada de sua casa. Pior do que isso. Descobrem que a fita vazou geral, sendo vendida em cópias piratas por todas as ruas de Los Angeles e até mesmo na internet, em um site pirata. A Pamela entra em desespero com tudo o que está acontecendo. Tommy então contrata os serviços de um detetive particular violento e truculento que logo descobre que o tal sujeito que os roubou foi o mesmo que estava fazendo uma reforma na casa deles. O tempo fecha! Enquanto o Randy tenta escapar, o casal sofre uma dura perda quando descobrem que ela perdeu o bebê que estava esperando. Ela estava grávida! / Pam & Tommy - The Master Beta (Estados Unidos, 2022) Direção: Lake Bell / Roteiro: Matthew Bass / Elenco: Lily James, Sebastian Stan, Nick Offerman.

Pam & Tommy 1.05 - Uncle Jim and Aunt Susie in Duluth 
Assisti ainda ao quinto episódio primeira temporada de Pam & Tommy, uma série muito boa sobre esse casamento insano entre o baterista de uma banda de rock e a estrela bombshell loira Pamela Anderson, símbolo sexual nos anos 90. Nesse episódio ja não há mais como controlar o vazamento da fita íntima do casal, que cai na internet em seus primórdios, espalhando rapidamente seu conteúdo pornográfico. É curioso porque o Tommy Lee tenta parar a disseminação e divulgação da fita, mas a partir de um determinado momento isso fica impossível. E tudo acontece quando a sua banda começa a afundar. O Mötley Crüe foi uma banda muito popular nos anos 80, mas nos anos 90 com o aparecimento de bandas novas como Nirvana eles foram deixados de lado. Assim como todas as bandas de rock farofa dos anos 80, eles também ficaram muito ridículos. Com isso a carreira de sucesso acabou indo pelo ralo. / Pam & Tommy 1.05 - Uncle Jim and Aunt Susie in Duluth (Estados Unidos, 2022) Direção: Gwyneth Horder-Payton.

Pam & Tommy 1.06 - Pamela in Wonderland 
Sexto episódio dessa temporada única, mostrando um pouco do passado da modelo Pamela Anderson. Ela Foi descoberta ao acaso durante um jogo de uma partida de futebol americano no Canadá, quando seu rosto foi escolhido pelas câmeras como a mais bonita jovem da plateia. Depois disso foi uma escalada, Ela foi contratada para fazer uma sessão de fotos convencional como modelo, depois sendo convidada pela Playboy para tirar suas primeiras fotos nua. Claro que toda a Riqueza e a grande mansão da Playboy a deixou completamente extasiada e deslumbrada. O dono da playboy por sua parte foi retratado no episódio como um homem elegante, um verdadeiro gentleman. Ja na linha narrativa do presente, vemos o constrangedor depoimento de Pamela na audiência e tratativas iniciais do processo aberto envolvendo ela e o marido. Incertezas jurídicas pela frente. / Pam & Tommy 1.06 - Pamela in Wonderland (Estados Unidos, 2022) Direção: Hannah Fidell. 

Pam e Tommy 1.07 - Destroyer of Worlds
Essa série foi apenas razoável. Conta bem sua história e chega a ser facilmente um bom entretenimento, mas fica nisso. Nesse episódio Pam e seu marido Tommy perdem o processo contra a Penthouse. Questão de Liberdade de expressão garantida pela Constituição Americana. E as más notícias não param por aí, ela começa a atuar em um filme muito ruim, que é massacrado pela crítica e que arranca gargalhadas do público no cinema. Já o rapaz que roubou a fita do casal se dá mal. Ele agora tem de se entender com os mafiosos que querem o valor de volta, o dinheiro que investiram, já que ninguém consegue mais parar a comercialização pirata da fita. Só que um dos caras responsáveis pela fita se mandou para bem longe, para a Holanda. Quem ficou no Estados Unidos que resolva a confusão. / Pam e Tommy 1.07 - Destroyer of Worlds (Estados Unidos, 2022) Direção: Lake Bell / Elenco: Lily James, Sebastian Stan, Nick Offerman.

Pablo Aluísio.