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terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Crepúsculo de uma Raça

Título no Brasil: Crepúsculo de uma Raça
Título Original: Cheyenne Autumn
Ano de Produção: 1964
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Ford
Roteiro: Mari Sandoz, James R. Webb
Elenco: James Stewart, Richard Widmark, Karl Malden, Sal Mineo, Edward G. Robinson, Ricardo Montalban

Sinopse:
No ano de 1878, o governo decide deixar de doar os suprimentos e alimentos necessários para a sobrevivência da nação indígena Cheyenne, levando centenas de milhares de índios a saírem da reserva em Oklahoma até o Wyoming, local onde sempre viveram. Thomas Archer, Capitão da Cavalaria, recebe a tormentosa missão de vigiar e conter os anseios de guerra dos índios, mas durante esse processo de convivência durante o percurso, passa a nutrir um grande respeito pelos nativos americanos.

Comentários:
Foi um dos últimos filmes da carreira do diretor John Ford. Nessa produção ele novamente decidiu reunir um grande elenco para contar esse lado menos heroico da conquista do velho oeste dos Estados Unidos. Ao lado de grandes cenas, explorando novamente a beleza natural de lugares como o Monument Valley, o mestre do cinema também cometeu alguns erros. Não é um filme perfeito, tem suas falhas. Uma delas é a longa duração. Esse faroeste assim acaba parecendo mais longo do que deveria ser, com excesso de tramas secundárias que não adicionam muito ao resultado final. Há uma longa parte no meio do filme com James Stewart que exagera nas doses de humor, quebrando o ritmo de um filme que deveria ter um tom mais sério. John Ford sempre tentou trazer algum tipo de alívio cômico em seus filmes, mas aqui ele definitivamente errou a mão. De qualquer forma esse último western assinado por Ford se mantém relevante por causa do teor de seu roteiro que procurou trazer uma visão mais consciente e humana em relação aos nativos americanos. Salvo por suas boas intenções, prejudicado um pouco por alguns deslizes de seu diretor, o filme ainda é um marco importante nesse gênero cinematográfico tão importante dentro do cinema americano. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor direção de fotografia (William H. Clothier).

Pablo Aluísio.

5 comentários:

  1. Esse eu não vi ,aliás estou devendo ver vários do mestre Ford.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Bom Pablo:
    Quando é creditado ao John Wayne o aforismo "índio bom é índio morto", um filme desse vindo justamente do John Ford, que dirigiu grandes westerns, é praticamente um milagre.

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  4. Acredito que tenha surgido uma certa crise de consciência nele depois de passar anos e anos matando índios de ficção em seus filmes. Antes tarde do que nunca.

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