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sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Marilyn Monroe - Adorável Pecadora

Esse foi o penúltimo filme de Marilyn Monroe. O estúdio Fox queria realizar mais um grande musical, só que numa levada mais moderna, deixando de lado as plumas e paetês dos antigos filmes de Marilyn nesse gênero. Era para ser algo mais moderno, mais de acordo com a época. Para tanto a Fox não mediu esforços e nem dinheiro. Contratou o diretor George Cukor para a direção e importou o galã francês Yves Montand para ser o par romântico de Marilyn. Como coadjuvante o sempre bom e correto Tony Randall também foi escalado.

Tudo estava bem organizado e pronto para se tornar um novo clássico do cinema, só que Marilyn não estava bem. Por essa época ela havia perdido o controle sobre as pílulas que tomava. Se antes isso já lhe causava problemas no set de filmagens, agora a situação piorou. Marilyn não conseguia chegar na hora certa para filmar suas cenas e esquecia completamente seus diálogos. Era uma bomba relógio. Logo pela manhã, para se levantar, ela tomava uma grande taça de champanhe que misturava com remédios. Uma péssima combinação.

A vida pessoal da atriz também vinha mal. Seu casamento com Arthur Miller estava por um fio. Ela havia se cansado dele, de sua personalidade tímida e introvertida, além do estado de submissão que havia entrado em seu relacionamento. Segundo pessoas próximas Arthur Miller havia se transformado em um carregador de malas de Marilyn. Cansada dele ela decidiu ter outros casos amorosos, o traindo de forma ostensiva e pública. O próprio Yves Montand se tornou um de seus amantes. Ele também era casado, mas para Marilyn isso tinha pouca importância. Ela queria ainda se provar como mulher, de que podia ter o homem que quisesse como bem entendesse.

No meio de tantos problemas o filme não ficou bom. Os atrasos e os problemas de produção se refletiram na tela. Marilyn estava fora de forma o que levou o diretor a optar que ela usasse um figurino que escondesse suas gordurinhas a mais. Longos casacos de lã na cor escura foram usados. Tudo para esconder o fato de que também ela estivesse grávida durante as filmagens. Seria mais uma gravidez mal sucedida da atriz? Até hoje os biógrafos discutem isso, já que Marilyn deixou tudo escondido, longe da imprensa. De qualquer forma Adorável Pecadora segue importante por afinal trazer Marilyn Monroe em um dos seus últimos papéis no cinema. Como puro musical porém deixa inegavelmente a desejar.

Pablo Aluísio.

4 comentários:

  1. Cinema Clássico
    Marilyn Monroe
    Pablo Aluísio.

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  2. Não é a toa que na animação Happy Feet, os pais do pinguim Mumble são o Elvis Presley e a Marilyn Monroe: como esses dois são parecidos em tudo.

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  3. Duas pessoas famosas mundialmente. Duas pessoas bem sucedidas nas respectivas carreiras. Dois símbolos sexuais. Duas almas fragilizadas que precisavam de pílulas para enfrentar o mundo. O fim foi inevitável. Duas mortes precoces.

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