Páginas

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

King Kong

Para muitos quando se fala no "King Kong original" o que lhe vem na cabeça é justamente essa versão dos anos 70. Também pudera, o verdadeiro filme original sobre o gorila gigante é da década de 30, quando esses nem eram nascidos. Esse também é o meu caso. O primeiro filme com o personagem King Kong que assisti foi justamente esse. É uma produção do famoso produtor Dino De Laurentiis feito em parceria com a Paramount Pictures. Dino havia comprado os direitos do gorilão dois anos antes. Inicialmente ele pensou em rodar um filme em Roma, mas com o interesse dos americanos ele resolveu produzir o filme em Hollywood mesmo. Embora King Kong tivesse sido explorado em uma série de filmes japoneses (ao estilo trash), De Laurentiis queria uma produção classe A, para ser lançado no natal daquele ano.

Para modernizar a história tudo foi mudado, mantendo-se apenas as linhas básicas da trama. No primeiro filme tudo se passava na década de 30 (algo que seria mantido por Peter Jackson anos depois em sua versão), mas aqui o enredo se passa na atualidade. Kong não enfrenta mais aviões antigos, da I Guerra Mundial (os teco-tecos nostálgicos), mas sim aviões modernos. Ele também não sobe no Empire State, mas sim no World Trade Center (as torres gêmeas que seriam destruídas em 11 de setembro). O elenco também tinha atrativos. Jeff Bridges, ainda bem jovem e com cabelão, chamava a atenção, porém quem roubava a cena era mesmo a loira Jessica Lange, no auge de sua beleza. Suas cenas sensuais até hoje chamam a atenção. No final o diretor John Guillermin realmente fez um belo trabalho. Haveria ainda uma continuação, já nos anos 80, mas dessa é melhor esquecer.

King Kong (King Kong, Estados Unidos, 1976)  Direção: John Guillermin / Roteiro: James Ashmore Creelman, Ruth Rose / Elenco: Jeff Bridges, Charles Grodin, Jessica Lange / Sinopse: Um grupo avançado acaba descobrindo numa ilha remota do pacífico um monstro, um gorila gigante chamado King Kong. Eles então resolvem levá-lo de volta à civilização para explorar economicamente suas aparições públicas, mas tudo acaba saindo do controle, levando caos e destruição a Nova Iorque. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais (Carlo Rambaldi, Glen Robinson e Frank Van der Veer). Também indicado nas categorias de Melhor Fotografia (Richard H. Kline) e Melhor Som. Vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Jessica Lange).

Pablo Aluísio.

10 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Pablo:

    A Jessica Lange com aquela cara safada, e com aquelas pernas maravilhosas naquele shortinho do "Tchan" nunca sairá da minha memória.

    O que aconteceu com o World Trade Center é, para mim, a coisa mais extraordinária da nossa era e marcou o inicio do fim do império americano e, também, o início desta nossa era de anarquia e falta de bom senso, como você pode acompanhar pelos noticiários destes últimos dias nos EUA; a presença do World Trade Center neste filme me causa uma certa tristeza.

    ResponderExcluir
  3. E o WTC está no poster do filme... Virou um símbolo da Nova Iorque pré 11 de setembro...

    ResponderExcluir
  4. Numa época de internet discada, em 2001, eu estava no meu escritório na Rua Augusta em São Paulo e um amigo me ligou e disse apavorado: "atacaram o World Trade Center e o Pentágono!". A internet caiu e tudo parecia um pesadelo. Horas depois quando finalmente eu vi na TV as torres caindo fiquei perplexo e aterrorizado e até hoje me abalo com essa cena. Não tanto pela queda dos prédios, que mais parecia uma das inúmeras implosões que já havia visto, mas pela frieza dos terroristas em levar a cabo uma ação tão impactante e surpreendente daquelas e, também, pelo fato dos inexpugnáveis Estados Unidos terem sido pegos de calças na mão. Foi um misto de decepção e um sopro de realidade. A nação invencível estava mais vulnerável que o menor dos países do mundo. O sonho acabou.

    ResponderExcluir
  5. Eu achei que se tratava inicialmente de um ataque de radicais dentro do próprio EUA, só depois as informações foram chegando e aí todos descobriram que havia sido obra de um fanático islâmico, o Bin Laden (até aquele momento eu desconhecia completamente seu nome).

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pensei em misseis com ogivas nucleares, o que seria o fim do mundo, mas não, era um "religioso" fundamentalista/terrorista usando a mais audaciosa e fabulosa tática de guerrilha que se tem noticia em todos os tempos.
      Ficou claro que James Bond, Ethan Hunt, Sherlock Holmes e Jack Ryan, realmente, só existem na ficção.

      Excluir
  6. Pablo, hoje faz 40 anos que o Elvis morreu.

    ResponderExcluir