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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

John Lennon e a Heroína

John Lennon e a Heroína - Um fato interessante revelado no livro "A Batalha pela Alma dos Beatles" do autor Peter Doggett, mostra ao leitor como John Lennon estava debilitado física e emocionalmente depois de anos de abuso da terrível droga chamada Heroína. Desde a fase final do grupo John já não conseguia mais compor ou cantar com a mesma qualidade, simplesmente porque passava por longos períodos de abuso de drogas.

É interessante que de todos os membros dos Beatles ele foi aquele que caiu mais fundo nas drogas. Seu estado era tão precário que em determinado momento sua esposa Yoko Ono resolveu fretar um avião para levá-lo até as ilhas Virgens onde John teria que passar por um tratamento de recuperação. O problema é que ele não queria largar as drogas e como todos sabemos uma rehab desse tipo só traz bons resultados quando se conta com a vontade de se libertar do próprio viciado.

John porém se sentia muito bem abusando de várias drogas ao mesmo tempo. Além da sempre presente heroína ele ainda usava maconha, cocaína e LSD em doses fartas. Era como se diz no meio um verdadeiro junkie! Sua dependência era tamanha que nem quando ia até a Apple - a empresa que controlava os negócios dos Beatles - ele conseguia ficar sem se drogar. Inevitavelmente John pedia por comprimidos contra dor de cabeça e laxantes, pois estava sempre passando mal, vomitando, por causa das drogas. Em certo momento durante uma reunião com homens de negócios ele declarou, sem vergonha alguma: "Esperem, preciso de cocaína para levar essa reunião em frente. Vou até o banheiro e já volto".

Essa pasmaceira artística se refletiu em sua carreira solo. Em termos absolutos, de vendas de discos, John foi o menos bem sucedido dos Beatles. Seus primeiros discos venderam mal, pois o público não aguentava muito a presença completamente opressora e invasiva de Yoko Ono nesses primeiros trabalhos. John em determinado momento decidiu que seria um artista de vanguarda, mas isso definitivamente não vendia bem. Quando George Harrison conseguiu transformar seu primeiro disco solo em um dos mais vendidos dos anos 70, John reagiu com fúria, dizendo que o ex-colega de banda não tinha nem dez por cento de seu talento. Pois é, além de abusar muito das drogas John não conseguia também controlar seu lado mais mesquinho.

Pablo Aluísio.

6 comentários:

  1. Agora está explicado a falta de inspiração de Lennon em sua fase solo. A heroína é um opiáceo absolutamente devastador para sistema nervoso central e consequentemente para o cérebro. A longo prazo todo o organismo vai sendo destruído. Eu não sabia dessa volúpia de Lennon pela heroína mas com certeza se Chapman não o tivesse assassinado, a heroína se encarregaria disso. Parabéns pelo texto, Pablo.

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  2. Pablo: a Yoko era um súcubo que macerou o Lennon, tanto na alma, quanto no físico e o bagaço que sobrou o Mark David Chapman exterminou. Triste fim para um homem que apesar de sempre meio triste, muito dinâmico.

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  3. É verdade Telmo e Serge. E o devastador é que o Lennon nunca conseguiu largar a heroína, tanto que, como salientou o Serge, ele virou um bagaço por causa da droga. Tem umas fotos tiradas dele em 1980, pouco antes de ser morto,que mostra bem isso. John tinha apenas 40 anos, mas estava com aspecto de 60 ou mais. É o preço que se paga por usar esse tipo de droga pesada.

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  4. Pablo. Posso quase afirmar que se Lennon não morresse assassinado, morreria pela heroína. Dificilmente alguém se livra do vício desta droga. A heroína é a morfina desdobrada quimicamente, mais purificada e mais mortal. Por isto é tão difícil livrar-dela. Não basta apenas uma temporada num Renan. É preciso entregar-se a Deus, estreitar ao máximo as relações com o Pai Celestial, senão não adianta.

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  5. Concordo com você Telmo. O John Lennon realmente não iria muito longe. O organismo não aguenta tantas agressões à saúde.

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