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sexta-feira, 4 de março de 2016

Augustus - O Primeiro Imperador

Título no Brasil: Augustus - O Primeiro Imperador
Título Original: Imperium Augustus
Ano de Produção: 2003
País: Alemanha, Inglaterra, Espanha, Itália
Estúdio: EOS Entertainment, RAI Radiotelevisione Italiana
Direção: Roger Young
Roteiro: Eric Lerner
Elenco: Peter O'Toole, Charlotte Rampling, Vittoria Belvedere
  
Sinopse:
O velho Imperador Augustus Caesar (Peter O'Toole) resolve relembrar para sua frívola filha Júlia (Vittoria Belvedere), após a morte de seu marido Marcus Vipsanius Agrippa (Ken Duken), como se tornou o homem mais poderoso do Império Romano após vencer as tropas do general Marco Antônio (Massimo Ghini) e da Rainha do Egito Cleopatra (Anna Valle), após o assassinato de seu tio Julius Caesar (Gérard Klein). Filme baseado em fatos históricos reais.

Comentários:
Um telefilme que se propõe a contar a história de Caio Otaviano que passou para a história como Augusto César, aquele que é considerado o primeiro imperador de Roma. Já tinha lido uma extensa biografia sobre ele antes de assistir ao filme e talvez por essa razão fiquei com aquela sensação de que muita coisa foi deixada de fora pelo roteiro. Além disso um velho problema da indústria cultural americana se repetiu com uma certa insistência irritante no decorrer do filme - a de se unificar personagens diferentes da história em um só, com o objetivo de dar maior agilidade dramática ao desenrolar dos acontecimentos. Assim dois generais viram um só, ou senadores importantes na biografia de Augusto surgem na figura de apenas um político. Se de um certo ponto de vista isso é até aceitável, do outro deixa o resultado bem comprometido. No geral, como se trata de uma produção para a TV, não temos toda a opulência dos antigos épicos de Hollywood. Nada que venha a lembrar os filmes de Cecil B. DeMille. Isso porém não estraga o espetáculo já que o elenco procura compensar a falta de uma produção mais rica com um trabalho mais fiel ao modo de agir dos romanos antigos. E por falar em elenco temos o maravilhoso Peter O'Toole como o próprio Augusto, envelhecido e com uma certa melancolia pelos rumos que a vida tomou, mas mesmo assim muito enigmático e carismático em cena. Charlotte Rampling como Livia Drusilla também impressiona por sua classe e postura nobre. Um filme que se não consegue ser brilhante pelo menos conta com dignidade parte da biografia dessa importante figura da história da Roma Imperial.

Pablo Aluísio.

5 comentários:

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  3. Eu li a biografia do Augustus (Caio Julio Cesar Otaviano) e eu acho que, depois de Júlio César, este foi o melhor político da Roma Republicano/Imperial, a bem da verdade, muito melhor político que seu tio/avó o grande Júlio Cesar. Formou o segundo triunvirato (Marco Antônio, Otávio e Lépido) e, com esses, fundamentou o que seria conhecido como o Império Romano. Para se fazer justiça é bom lembrar que sem o primeiro triunvirato, Júlio Cesar Pompeu e Crasso, que, com muita violência, principalmente nas Gálias, "pacificou" os revoltosos, nada que Augustus realizou seria possível. Entretanto há de se louvar um homem relativamente frágil fisicamente, rico por ser herdeiro de banqueiros de Roma, abusado sexualmente inclusive pelo seu tio/avô Júlio César e por outros, sempre doente ao ponto de estar as portas morte várias vezes; entretanto, conseguiu com inteligência, astucia e persistência sobre humana, sedimentar o Império Romano de tal forma que esse resistiria mais de 300 anos, mesmo sendo vilipendiado por todos os imperadores psicopatas, fracos, retardados que viram ocupar o trono de Roma após a sua morte. Dificilmente um filme de Hollywood, mesmo uma superprodução, conseguiria fazer justiça a uma biografia tão extraordinária.

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  4. Há vários anos foi lançada uma coleção chamada grandes líderes. Até hoje tenho, entre outros, o volume sobre Augusto. Concordo plenamente com você. Em meu ponto de vista ele foi maior do que Júlio César que não tinha seu brilhantismo político - o que talvez explique porque foi esfaqueado nos idos de março no senado.

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  5. Exatamente, o assassinato me pleno senado demonstra, não somente a fragilidade política de Julio Cesar, como também a sua falta de sensibilidade para o momento polítoc em que vivia.

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