Páginas

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Atrás das Linhas Inimigas

Outro filme que também marcou a despedida de um grande ator. Durante as entrevistas de lançamento dessa produção, Gene Hackman anunciou que estava se aposentando. De fato ele só retornaria dois anos depois para um último adeus em "O Júri" para só então se dedicar apenas a desfrutar dos frutos de sua longa carreira no cinema. Pena que "Atrás das Linhas Inimigas" não seja tão bom quanto se esperava. Na verdade é um filme cheio de problemas, em especial em termos de roteiro, arrastado e confuso, e falta de ritmo. Além disso o elenco não parece bem escalado. O comediante Owen Wilson, por exemplo, foi pessimamente escalado para o papel do tenente Chris Burnett. Ele parece nada convincente. Hackman, um ator que era praticamente à prova de falhas, precisou então segurar o filme praticamente sozinho em suas costas, o que nem sempre é um bom sinal.

Basicamente é um filme de guerra e ação que mostra as dificuldades de um oficial americano em sobreviver após ser praticamente abandonado em pleno território inimigo. A sinopse parece bem mais interessante do que se vê na tela. As cenas não são empolgantes e a dificuldade de se acertar no enredo coloca quase tudo praticamente a perder. Isso parece ser uma constante na carreira do diretor John Moore, algo que se repetiu em pequena escala em outros filmes seus como "O Vôo da Fênix" e "Max Payne". Só em "Duro de Matar: Um Bom Dia para Morrer" ele conseguiu em parte superar isso, talvez por se tratar de uma super produção. Enfim, temos aqui um filme que prometia bastante, mas que no final de tudo se revela apenas de mediano para fraco. O veterano e talentoso Gene Hackman merecia mais, muito mais do que apenas isso.

Atrás das Linhas Inimigas (Behind Enemy Lines, Estados Unidos, 2001) Direção: John Moore / Roteiro: Jim Thomas, John Thomas / Elenco: Gene Hackman, Owen Wilson, Gabriel Macht, Joaquim de Almeida / Sinopse: Um filme de guerra mostrando uma operação das mais perigosas no front de batalha.

Pablo Aluísio.

Um comentário: