Título no Brasil: A Bússola de Ouro
Título Original: The Golden Compass
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Chris Weitz
Roteiro: Chris Weitz, baseado na obra de Philip Pullman
Elenco: Nicole Kidman, Daniel Craig, Dakota Blue Richards
Sinopse:
A garotinha Lyra Belacqua (Dakota Blue Richards) é uma órfã que descobre a existência de uma nova substância desconhecida da ciência e dos mestres de sabedoria de seu mundo. Em busca de respostas ela viaja para Londres e entra em contato com uma nova realidade mágica ao seu redor.
Comentários:
Embora muitos não parem para pensar sobre isso o fato é que cinema também é um negócio. Os investidores investem fortunas esperando ter um retorno espetacular de volta. Esse "A Bússola de Ouro" nasceu como um projeto ousado, que prometia se tornar uma nova franquia ao estilo "O Senhor dos Anéis" e "Harry Potter". Os produtores investiram 180 milhões de dólares na realização do filme (uma fortuna!) esperando um big hit, um enorme sucesso de bilheteria mas... o público desprezou o filme assim que chegou nas salas de cinema. O prejuízo foi enorme e praticamente levou a New Line Cinema à falência. A companhia só não fechou as portas porque rapidamente investiu numa série de remakes de filmes de terror famosos dos anos 80 para sobreviver ao tsunami financeiro. Em minha opinião foi um fracasso comercial injusto pois "The Golden Compass" tem uma produção muito bonita, de encher os olhos, com excelente elenco (Nicole Kidman está deslumbrante) e uma boa direção, que conseguiu adaptar muito bem a obra de Philip Pullman para o cinema (alguns arriscam a dizer que o filme consegue ser mesmo até superior ao livro). Assim o que era para ser o primeiro de uma longa franquia acabou ficando pelo meio do caminho. Os estúdios não querem nem ouvir falar em continuações desse filme hoje em dia. Uma pena porque tudo ficou pela metade, sem conclusão. O filme é bem feito e sinceramente não entendo porque ele não caiu no gosto do público. Tinha tudo para dar certo. Vai entender o que as pessoas querem... Eles deveriam agora tentar continuar o enredo em forma de animação - sairia mais barato e talvez criasse um grupo de fãs... quem sabe um dia...
Pablo Aluísio.
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sábado, 29 de março de 2014
sexta-feira, 28 de março de 2014
Hannibal
Título no Brasil: Hannibal
Título Original: Hannibal
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: NBC, AXN
Direção: Vários
Roteiro: Bryan Fuller (criador da série)
Elenco: Hugh Dancy, Mads Mikkelsen, Laurence Fishburne, Caroline Dhavernas
Sinopse:
Um novo serial killer começa a matar jovens numa grande cidade americana. Para solucionar o caso o agente do FBI Jack Crawford(Laurence Fishburne) resolve recrutar dois especialistas para prender o criminoso. O primeiro é Will Graham (Hugh Dancy) cuja especialidade é desvendar crimes investigando os locais onde eles foram cometidos. O segundo é o famoso doutor Hannibal Lecter (Mads Mikkelsen) cuja missão é traçar perfis psicológicos precisos sobre os psicopatas procurados pelo FBI.
Comentários:
Assim como aconteceu com Norman Bates na série "Bates Motel" aqui também temos a chegada na televisão de um famoso personagem psicopata do cinema. Hannibal Lecter, imortalizado por Anthony Hopkins em filmes como "O Silêncio dos Inocentes", está agora nessa série "Hannibal" do canal NBC. O episódio piloto já mostra claramente os rumos que teremos nos episódios seguintes. Lecter se une ao FBI para desvendar crimes envolvendo assassinos seriais. Jovens garotas de cabelos negros, da mesma faixa etária, começam a surgir assassinadas em estranhos rituais. Para desvendar o que pensa e como age o assassino um agente do FBI resolve trazer Lecter e outro investigador (bem perturbado aliás, com um "sexto sentido" para recriar cenas de crimes) para as investigações. A trama se passa antes de se descobrir que o próprio Lecter é um psicopata que gosta de comer carne humana. Na estória que acompanhamos ele ainda é apenas um prestigiado professor universitário. O mesmo se passa com o colega que também passa a ajudar na solução dos crimes. Há cenas violentas e tudo o mais que se espera de um material como esse mas o charme e o aspecto mais doentio de Hannibal Lecter não estão tão bem apurados nessa nova série. Isso é até muito fácil de entender uma vez que nenhum ator conseguirá atingir o mesmo patamar que Anthony Hopkins nesse papel. A comparação é simplesmente brutal sob esse ponto de vista. Mesmo assim vale a pena acompanhar. Não chega a ser melhor do que "Bates Motel" mas tem potencial. Vamos ver se a série decola mesmo daqui pra frente.
Pablo Aluísio.
Título Original: Hannibal
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: NBC, AXN
Direção: Vários
Roteiro: Bryan Fuller (criador da série)
Elenco: Hugh Dancy, Mads Mikkelsen, Laurence Fishburne, Caroline Dhavernas
Sinopse:
Um novo serial killer começa a matar jovens numa grande cidade americana. Para solucionar o caso o agente do FBI Jack Crawford(Laurence Fishburne) resolve recrutar dois especialistas para prender o criminoso. O primeiro é Will Graham (Hugh Dancy) cuja especialidade é desvendar crimes investigando os locais onde eles foram cometidos. O segundo é o famoso doutor Hannibal Lecter (Mads Mikkelsen) cuja missão é traçar perfis psicológicos precisos sobre os psicopatas procurados pelo FBI.
Comentários:
Assim como aconteceu com Norman Bates na série "Bates Motel" aqui também temos a chegada na televisão de um famoso personagem psicopata do cinema. Hannibal Lecter, imortalizado por Anthony Hopkins em filmes como "O Silêncio dos Inocentes", está agora nessa série "Hannibal" do canal NBC. O episódio piloto já mostra claramente os rumos que teremos nos episódios seguintes. Lecter se une ao FBI para desvendar crimes envolvendo assassinos seriais. Jovens garotas de cabelos negros, da mesma faixa etária, começam a surgir assassinadas em estranhos rituais. Para desvendar o que pensa e como age o assassino um agente do FBI resolve trazer Lecter e outro investigador (bem perturbado aliás, com um "sexto sentido" para recriar cenas de crimes) para as investigações. A trama se passa antes de se descobrir que o próprio Lecter é um psicopata que gosta de comer carne humana. Na estória que acompanhamos ele ainda é apenas um prestigiado professor universitário. O mesmo se passa com o colega que também passa a ajudar na solução dos crimes. Há cenas violentas e tudo o mais que se espera de um material como esse mas o charme e o aspecto mais doentio de Hannibal Lecter não estão tão bem apurados nessa nova série. Isso é até muito fácil de entender uma vez que nenhum ator conseguirá atingir o mesmo patamar que Anthony Hopkins nesse papel. A comparação é simplesmente brutal sob esse ponto de vista. Mesmo assim vale a pena acompanhar. Não chega a ser melhor do que "Bates Motel" mas tem potencial. Vamos ver se a série decola mesmo daqui pra frente.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 27 de março de 2014
Love, Marilyn
Título no Brasil: Love, Marilyn
Título Original: Love, Marilyn
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos, França
Estúdio: StudioCanal
Direção: Liz Garbus
Roteiro: Truman Capote, Liz Garbus
Elenco: F. Murray Abraham, Glenn Close, Elizabeth Banks, Adrien Brody, Ellen Burstyn, Viola Davis, Ben Foster, Lindsay Lohan
Sinopse:
Celebridades de hoje em dia interpretam textos e fragmentos de memórias escritos por pessoas que conheceram Marilyn Monroe, assim como seu recém-descoberto diário pessoal, além de cartas e registros deixados pela atriz. De todas as estrelas da história de Hollywood, ninguém tinha uma mistura mais potente de glamour e tragédia do que Marilyn Monroe. Através de leituras realizadas de seus documentos pessoais, este filme explora a vida e pensamentos íntimos desta grande estrela nesse filme seminal. Seus registros dão uma pista de como ela, com determinação e audácia, conseguiu se transformar na grande estrela de Hollywood. Além disso, através de leituras e entrevistas com seus colegas e conhecidos da época tenta-se revelar e entender os mecanismos que a levaram até sua morte prematura em 1962.
Comentários:
Embora tenha sido realizado em 2012 para celebrar os 50 anos da morte de Marilyn Monroe esse "Love, Marilyn" é um projeto antigo. Ele nasceu originalmente através do grande escritor Truman Capote. Ele queria que atores e atrizes famosas da época interpretassem frases e textos escritos por Marilyn em um documentário para celebrar um ano de sua morte. A ideia inicialmente contou com o apoio e simpatia de astros como Rock Hudson e Richard Widmark mas não foi em frente por questões legais e contratuais. Não havia como reunir tantas estrelas - como as que Capote desejava - em apenas um filme naqueles tempos. A maioria delas tinham assinado contratos de exclusividade que as impediam de participar de um filme como esse. Foi então necessário surgir outra data importante para que o projeto fosse finalmente finalizado. A boa notícia é que contamos agora com um grande time de astros em cena. Talentos como F. Murray Abraham e Glenn Close se unem a celebridades como Lindsay Lohan para darem vozes aos antigos pensamentos e devaneios da falecida atriz. O resultado é excelente. Assim Marilyn Monroe segue sendo celebrada como um dos maiores mitos da história de Hollywood. Pode-se até mesmo contestar esse seu status dentro da mitologia do cinema americano, mas não se pode negar sua influência duradora. 50 anos depois de sua morte Marilyn ainda vive!
Pablo Aluísio.
Título Original: Love, Marilyn
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos, França
Estúdio: StudioCanal
Direção: Liz Garbus
Roteiro: Truman Capote, Liz Garbus
Elenco: F. Murray Abraham, Glenn Close, Elizabeth Banks, Adrien Brody, Ellen Burstyn, Viola Davis, Ben Foster, Lindsay Lohan
Sinopse:
Celebridades de hoje em dia interpretam textos e fragmentos de memórias escritos por pessoas que conheceram Marilyn Monroe, assim como seu recém-descoberto diário pessoal, além de cartas e registros deixados pela atriz. De todas as estrelas da história de Hollywood, ninguém tinha uma mistura mais potente de glamour e tragédia do que Marilyn Monroe. Através de leituras realizadas de seus documentos pessoais, este filme explora a vida e pensamentos íntimos desta grande estrela nesse filme seminal. Seus registros dão uma pista de como ela, com determinação e audácia, conseguiu se transformar na grande estrela de Hollywood. Além disso, através de leituras e entrevistas com seus colegas e conhecidos da época tenta-se revelar e entender os mecanismos que a levaram até sua morte prematura em 1962.
Comentários:
Embora tenha sido realizado em 2012 para celebrar os 50 anos da morte de Marilyn Monroe esse "Love, Marilyn" é um projeto antigo. Ele nasceu originalmente através do grande escritor Truman Capote. Ele queria que atores e atrizes famosas da época interpretassem frases e textos escritos por Marilyn em um documentário para celebrar um ano de sua morte. A ideia inicialmente contou com o apoio e simpatia de astros como Rock Hudson e Richard Widmark mas não foi em frente por questões legais e contratuais. Não havia como reunir tantas estrelas - como as que Capote desejava - em apenas um filme naqueles tempos. A maioria delas tinham assinado contratos de exclusividade que as impediam de participar de um filme como esse. Foi então necessário surgir outra data importante para que o projeto fosse finalmente finalizado. A boa notícia é que contamos agora com um grande time de astros em cena. Talentos como F. Murray Abraham e Glenn Close se unem a celebridades como Lindsay Lohan para darem vozes aos antigos pensamentos e devaneios da falecida atriz. O resultado é excelente. Assim Marilyn Monroe segue sendo celebrada como um dos maiores mitos da história de Hollywood. Pode-se até mesmo contestar esse seu status dentro da mitologia do cinema americano, mas não se pode negar sua influência duradora. 50 anos depois de sua morte Marilyn ainda vive!
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 26 de março de 2014
O Retrato de Dorian Gray
Título no Brasil: O Retrato de Dorian Gray
Título Original: Dorian Gray
Ano de Produção: 2009
País: Reino Unido
Estúdio: Ealing Studios, Alliance Films
Direção: Oliver Parker
Roteiro: Toby Finlay, baseado na obra de Oscar Wilde
Elenco: Ben Barnes, Colin Firth, Rebecca Hall
Sinopse:
Dorian Gray é um homem moralmente corrupto. Apesar dos anos passados ele sempre surge com a mesma aparência jovial. Na verdade Gray esconde um grande segredo em sua vida. Escondido nas sombras de seus aposentos se encontra um quadro amaldiçoado que envelhece em seu lugar. Nele suas falhas de caráter, sua honra imersa em podridão e seus deslizes morais emergem na pintura que o retrata.
Comentários:
Remakes, remakes, para onde você olhar eles estarão lá. Acredito que as pessoas hoje tenham desenvolvido uma falsa noção de que tudo que é antigo deve ser refeito. Provavelmente não suportam mais assistir filmes em preto e branco ou que sejam marcados pelo tempo. Some-se a isso a falta de novas ideias e você terá o caldeirão onde essas refilmagens são cozinhadas e servidas à mesa como algo novo. Pena que o sabor de algo requentado não tenha como disfarçar. Assim chegamos a esse "Dorian Gray", mais uma adaptação modernosa do clássico texto de Oscar Wilde. No começo não queria conferir mas acabei vendo por desencargo de consciência. No começo até achei interessante, com aquela bonita direção de arte, figurinos luxuosos e tudo mais. Infelizmente era uma mera ilusão. Assim que o filme enveredou pelo abuso de efeitos digitais a coisa toda desandou. Para tornar tudo ainda mais ruim entregaram o complexo Dorian Gray a um ator medíocre chamado Ben Barnes! Sua atuação beira o constrangimento completo. No final tudo o que sobraram foram meros lampejos da obra imortal de Wilde. Só podemos lamentar o resultado nessa hora opaca.
Pablo Aluísio.
Título Original: Dorian Gray
Ano de Produção: 2009
País: Reino Unido
Estúdio: Ealing Studios, Alliance Films
Direção: Oliver Parker
Roteiro: Toby Finlay, baseado na obra de Oscar Wilde
Elenco: Ben Barnes, Colin Firth, Rebecca Hall
Sinopse:
Dorian Gray é um homem moralmente corrupto. Apesar dos anos passados ele sempre surge com a mesma aparência jovial. Na verdade Gray esconde um grande segredo em sua vida. Escondido nas sombras de seus aposentos se encontra um quadro amaldiçoado que envelhece em seu lugar. Nele suas falhas de caráter, sua honra imersa em podridão e seus deslizes morais emergem na pintura que o retrata.
Comentários:
Remakes, remakes, para onde você olhar eles estarão lá. Acredito que as pessoas hoje tenham desenvolvido uma falsa noção de que tudo que é antigo deve ser refeito. Provavelmente não suportam mais assistir filmes em preto e branco ou que sejam marcados pelo tempo. Some-se a isso a falta de novas ideias e você terá o caldeirão onde essas refilmagens são cozinhadas e servidas à mesa como algo novo. Pena que o sabor de algo requentado não tenha como disfarçar. Assim chegamos a esse "Dorian Gray", mais uma adaptação modernosa do clássico texto de Oscar Wilde. No começo não queria conferir mas acabei vendo por desencargo de consciência. No começo até achei interessante, com aquela bonita direção de arte, figurinos luxuosos e tudo mais. Infelizmente era uma mera ilusão. Assim que o filme enveredou pelo abuso de efeitos digitais a coisa toda desandou. Para tornar tudo ainda mais ruim entregaram o complexo Dorian Gray a um ator medíocre chamado Ben Barnes! Sua atuação beira o constrangimento completo. No final tudo o que sobraram foram meros lampejos da obra imortal de Wilde. Só podemos lamentar o resultado nessa hora opaca.
Pablo Aluísio.
Ronin
Título no Brasil: Ronin
Título Original: Ronin
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos, França
Estúdio: United Artists
Direção: John Frankenheimer
Roteiro: J.D. Zeik
Elenco: Robert De Niro, Jean Reno, Natascha McElhone
Sinopse:
Usando uma denominação medieval, Ronin, que significa Samurai desonrado, sem mestre e sem valores, os novos "Ronins" da nossa época são mercenários dispostos a executar qualquer tipo de serviço em troca de dinheiro e pagamentos vultuosos. Assim Dierdre resolve contratar um grupo formado apenas por Ronins modernos. Sua missão é recuperar uma mala que contém importantes dispositivos que estão sendo negociados com os russos.
Comentários:
Boa película, que mistura elementos de filmes de ação, espionagem e tramas criminais. É um thriller acima da média que conta com a assinatura do grande cineasta John Frankenheimer. O elenco reúne dois ícones, Robert De Niro e Jean Reno, pela primeira e única vez trabalhando juntos. A produção é muito boa, rodada em belas locações francesas e contando com cenas espetaculares de perseguições, carros e caminhões voando pelos ares e tudo mais que os fãs de action movies procuram. O curioso é que Frankenheimer tentou agradar a dois tipos de públicos diversos, os que gostam de muitos tiros e explosões e os que procuram apenas por tramas de espionagens bem arquitetadas. Robert De Niro deixa a sofisticação de lado e aparece atirando com bazucas modernas, mandando tudo para o inferno. Talvez por literalmente atirar para todos os lados o filme não tenha sido tão bem, comercialmente falando. Mesmo assim vale ter uma segunda chance.
Pablo Aluísio.
Título Original: Ronin
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos, França
Estúdio: United Artists
Direção: John Frankenheimer
Roteiro: J.D. Zeik
Elenco: Robert De Niro, Jean Reno, Natascha McElhone
Sinopse:
Usando uma denominação medieval, Ronin, que significa Samurai desonrado, sem mestre e sem valores, os novos "Ronins" da nossa época são mercenários dispostos a executar qualquer tipo de serviço em troca de dinheiro e pagamentos vultuosos. Assim Dierdre resolve contratar um grupo formado apenas por Ronins modernos. Sua missão é recuperar uma mala que contém importantes dispositivos que estão sendo negociados com os russos.
Comentários:
Boa película, que mistura elementos de filmes de ação, espionagem e tramas criminais. É um thriller acima da média que conta com a assinatura do grande cineasta John Frankenheimer. O elenco reúne dois ícones, Robert De Niro e Jean Reno, pela primeira e única vez trabalhando juntos. A produção é muito boa, rodada em belas locações francesas e contando com cenas espetaculares de perseguições, carros e caminhões voando pelos ares e tudo mais que os fãs de action movies procuram. O curioso é que Frankenheimer tentou agradar a dois tipos de públicos diversos, os que gostam de muitos tiros e explosões e os que procuram apenas por tramas de espionagens bem arquitetadas. Robert De Niro deixa a sofisticação de lado e aparece atirando com bazucas modernas, mandando tudo para o inferno. Talvez por literalmente atirar para todos os lados o filme não tenha sido tão bem, comercialmente falando. Mesmo assim vale ter uma segunda chance.
Pablo Aluísio.
Hannibal
Título no Brasil: Hannibal
Título Original: Hannibal
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), Universal Pictures
Direção: Ridley Scott
Roteiro: Thomas Harris, David Mamet
Elenco: Anthony Hopkins, Julianne Moore, Gary Oldman
Sinopse:
A continuação da saga de Hannibal Lecter (Anthony Hopkins), o canibal assassino. Ele agora está na Itália, trabalhando como curador em um museu. Clarice Starling (Julianne Moore), a agente do FBI a quem ele ajudou a prender um assassino em série, foi colocada no comando de uma operação, mas quando um de seus homens é encurralado ela precisa assumir todas as responsabilidades. Para piorar uma das vítimas de Lecter resolve usar a agente para atrair o famoso psicopata de volta aos Estados Unidos. O jogo de vida ou morte está prestes a começar.
Comentários:
Esse foi o segundo filme com o famoso personagem interpretado pelo ótimo ator Anthony Hopkins. As expectativas eram grandes, afinal "O Silêncio dos Inocentes" tinha sido tão bom, tão bem recebido pela crítica e público. O que poderia dar errado? Pois é, deu errado mesmo. Esse segundo filme não é bom. Em minha opinião aliás é bem ruim, não tenho receios de dizer. Entretanto não culpo os realizadores do filme, os atores, roteiristas, etc. Eu culpo o autor do livro original. A história já era ruim no livro - então o filme estava mesmo condenado. Se o material original é ruim, o que fazer? Não tem salvação. Há inclusive uma cena do Dr. Lecter praticamente fazendo uma refeição no cérebro aberto de uma vítima que me fez cair a ficha sobre a ruindade de tudo. Esse é um daqueles filmes que decepcionara muito quem esperava por um bom segundo filme. Ruim mesmo!
Pablo Aluísio.
Título Original: Hannibal
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), Universal Pictures
Direção: Ridley Scott
Roteiro: Thomas Harris, David Mamet
Elenco: Anthony Hopkins, Julianne Moore, Gary Oldman
Sinopse:
A continuação da saga de Hannibal Lecter (Anthony Hopkins), o canibal assassino. Ele agora está na Itália, trabalhando como curador em um museu. Clarice Starling (Julianne Moore), a agente do FBI a quem ele ajudou a prender um assassino em série, foi colocada no comando de uma operação, mas quando um de seus homens é encurralado ela precisa assumir todas as responsabilidades. Para piorar uma das vítimas de Lecter resolve usar a agente para atrair o famoso psicopata de volta aos Estados Unidos. O jogo de vida ou morte está prestes a começar.
Comentários:
Esse foi o segundo filme com o famoso personagem interpretado pelo ótimo ator Anthony Hopkins. As expectativas eram grandes, afinal "O Silêncio dos Inocentes" tinha sido tão bom, tão bem recebido pela crítica e público. O que poderia dar errado? Pois é, deu errado mesmo. Esse segundo filme não é bom. Em minha opinião aliás é bem ruim, não tenho receios de dizer. Entretanto não culpo os realizadores do filme, os atores, roteiristas, etc. Eu culpo o autor do livro original. A história já era ruim no livro - então o filme estava mesmo condenado. Se o material original é ruim, o que fazer? Não tem salvação. Há inclusive uma cena do Dr. Lecter praticamente fazendo uma refeição no cérebro aberto de uma vítima que me fez cair a ficha sobre a ruindade de tudo. Esse é um daqueles filmes que decepcionara muito quem esperava por um bom segundo filme. Ruim mesmo!
Pablo Aluísio.
terça-feira, 25 de março de 2014
Vikings
Título no Brasil: Vikings
Título Original: Vikings
Ano de Produção: 2013
País: Canadá, Irlanda
Estúdio: World 2000 Entertainment, Take 5 Productions
Direção: Vários
Roteiro: Michael Hirst
Elenco: Travis Fimmel, Katheryn Winnick, Clive Standen
Sinopse:
Ragnar Lothbrok (Travis Fimmel) vive numa comunidade Viking na Escandinávia, no norte gelado da Europa medieval. Como fazendeiro e navegador ele defende a ideia de que os barcos Vikings devem rumar em direção ao oeste onde há grandes cidades e riquezas a conquistar, locais perfeitos para as guerras e saques dos povos do norte. Seu pensamento inovador porém desperta a ira do senhor feudal da região, o corrupto Earl Haraldson (Gabriel Byrne), que defende que as expedições marinhas devem rumar para o leste, onde existem terras conhecidas pelos navegadores do clã. O confronto de pensamento logo se torna inevitável.
Comentários:
Série em dez episódios que foi exibida com grande sucesso pelo canal The History Channel nos Estados Unidos e no Brasil. A proposta é ensinar história de um jeito menos chato do que na escola. Assim o enredo se utiliza de personagens de ficção para mostrar aspectos reais da civilização Viking em seus primórdios. Um exemplo é o próprio Ragnar Lothbrok. Ele pensa além e deseja ir em viagens rumo ao oeste, em busca de terras desconhecidas. Para isso conta com a ajuda de um irmão e de um construtor de navios meio maluco, misto de engenheiro e mago, chamado Floki (Gustaf Skarsgård). Assim juntos eles acabam criando a nau que se tornaria famosa nos mares. Um navio com design moderno, muito rápido (próprio para guerras e fugas), com poucas velas e muita agilidade. Logo no episódio piloto eles conseguem tornar realidade essa embarcação inovadora e ganham os mares em busca de riquezas e ouro. Claro que a série faz concessões em busca de um maior divertimento. Existem até mesmo cenas de realismo fantástico, como quando após uma sangrenta batalha um dos deuses nórdicos surge em visão para Ragnar. Mais parecendo um anjo da morte negro ele sai recolhendo as almas dos mortos no conflito. No geral é uma série bem realizada que prende nossa atenção. Bom para criar gosto pela história verdadeira nos mais jovens.
Pablo Aluísio.
Título Original: Vikings
Ano de Produção: 2013
País: Canadá, Irlanda
Estúdio: World 2000 Entertainment, Take 5 Productions
Direção: Vários
Roteiro: Michael Hirst
Elenco: Travis Fimmel, Katheryn Winnick, Clive Standen
Sinopse:
Ragnar Lothbrok (Travis Fimmel) vive numa comunidade Viking na Escandinávia, no norte gelado da Europa medieval. Como fazendeiro e navegador ele defende a ideia de que os barcos Vikings devem rumar em direção ao oeste onde há grandes cidades e riquezas a conquistar, locais perfeitos para as guerras e saques dos povos do norte. Seu pensamento inovador porém desperta a ira do senhor feudal da região, o corrupto Earl Haraldson (Gabriel Byrne), que defende que as expedições marinhas devem rumar para o leste, onde existem terras conhecidas pelos navegadores do clã. O confronto de pensamento logo se torna inevitável.
Comentários:
Série em dez episódios que foi exibida com grande sucesso pelo canal The History Channel nos Estados Unidos e no Brasil. A proposta é ensinar história de um jeito menos chato do que na escola. Assim o enredo se utiliza de personagens de ficção para mostrar aspectos reais da civilização Viking em seus primórdios. Um exemplo é o próprio Ragnar Lothbrok. Ele pensa além e deseja ir em viagens rumo ao oeste, em busca de terras desconhecidas. Para isso conta com a ajuda de um irmão e de um construtor de navios meio maluco, misto de engenheiro e mago, chamado Floki (Gustaf Skarsgård). Assim juntos eles acabam criando a nau que se tornaria famosa nos mares. Um navio com design moderno, muito rápido (próprio para guerras e fugas), com poucas velas e muita agilidade. Logo no episódio piloto eles conseguem tornar realidade essa embarcação inovadora e ganham os mares em busca de riquezas e ouro. Claro que a série faz concessões em busca de um maior divertimento. Existem até mesmo cenas de realismo fantástico, como quando após uma sangrenta batalha um dos deuses nórdicos surge em visão para Ragnar. Mais parecendo um anjo da morte negro ele sai recolhendo as almas dos mortos no conflito. No geral é uma série bem realizada que prende nossa atenção. Bom para criar gosto pela história verdadeira nos mais jovens.
Pablo Aluísio.
Revolução
Título no Brasil: Revolução
Título Original: Revolution
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Hugh Hudson
Roteiro: Robert Dillon
Elenco: Al Pacino, Donald Sutherland, Nastassja Kinski
Sinopse:
Um caçador e homem do campo de Nova Iorque se torna um participante relutante na Revolução Americana depois que seu filho Ned é convocado para o Exército revolucionário. Juntos tentarão sobreviver aos horrores daquela guerra sangrenta e violenta. Filme indicado ao "prêmio" Framboesa de Ouro nas categorias de Pior Filme, Pior Ator (Al Pacino), Pior Diretor (Hugh Hudson) e Pior Trilha Sonora Original.
Comentários:
Foi um dos maiores fracassos comerciais da história do cinema americano. O desastre foi tão absoluto que conseguiu queimar o nome do grande Al Pacino dentro da indústria. De repente os produtores fugiam à simples menção de que Pacino poderia vir a estrelar um de seus projetos. Para se ter uma ideia do estrago o ator ficaria quatro longos anos sem realizar nenhum outro filme em Hollywood, apenas absorvendo a derrota de "Revolução". O pior de toda essa história é que se o filme fosse ao menos bom poderíamos sair em defesa de Al Pacino e do cineasta Hugh Hudson mas a verdade é que o fracasso foi merecido mesmo pois "Revolução" é de fato realmente muito ruim! O roteiro não tem uma linha narrativa precisa, tudo vai acontecendo de forma confusa e sem nexo. Pacino está perdido em cena, sem achar a essência de seu personagem, que ora age heroicamente, ora de forma covarde e cruel. Como se isso não fosse ruim o bastante o espectador ainda tem que encarar a péssima ideia do diretor Hugh Hudson em filmar tudo com a câmera na mão, correndo junto dos atores nas cenas de batalhas e conflitos. Poucos serão os espectadores que não sairão com tontura de uma experiência tão ruim como essa! Enfim, vale como curiosidade apenas pois como filme em si tudo é muito desastroso e péssimo. Fuja para longe dessa revolução que não deu certo.
Pablo Aluísio.
Título Original: Revolution
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Hugh Hudson
Roteiro: Robert Dillon
Elenco: Al Pacino, Donald Sutherland, Nastassja Kinski
Sinopse:
Um caçador e homem do campo de Nova Iorque se torna um participante relutante na Revolução Americana depois que seu filho Ned é convocado para o Exército revolucionário. Juntos tentarão sobreviver aos horrores daquela guerra sangrenta e violenta. Filme indicado ao "prêmio" Framboesa de Ouro nas categorias de Pior Filme, Pior Ator (Al Pacino), Pior Diretor (Hugh Hudson) e Pior Trilha Sonora Original.
Comentários:
Foi um dos maiores fracassos comerciais da história do cinema americano. O desastre foi tão absoluto que conseguiu queimar o nome do grande Al Pacino dentro da indústria. De repente os produtores fugiam à simples menção de que Pacino poderia vir a estrelar um de seus projetos. Para se ter uma ideia do estrago o ator ficaria quatro longos anos sem realizar nenhum outro filme em Hollywood, apenas absorvendo a derrota de "Revolução". O pior de toda essa história é que se o filme fosse ao menos bom poderíamos sair em defesa de Al Pacino e do cineasta Hugh Hudson mas a verdade é que o fracasso foi merecido mesmo pois "Revolução" é de fato realmente muito ruim! O roteiro não tem uma linha narrativa precisa, tudo vai acontecendo de forma confusa e sem nexo. Pacino está perdido em cena, sem achar a essência de seu personagem, que ora age heroicamente, ora de forma covarde e cruel. Como se isso não fosse ruim o bastante o espectador ainda tem que encarar a péssima ideia do diretor Hugh Hudson em filmar tudo com a câmera na mão, correndo junto dos atores nas cenas de batalhas e conflitos. Poucos serão os espectadores que não sairão com tontura de uma experiência tão ruim como essa! Enfim, vale como curiosidade apenas pois como filme em si tudo é muito desastroso e péssimo. Fuja para longe dessa revolução que não deu certo.
Pablo Aluísio.
Chicago PD
Título no Brasil: Chicago PD
Título Original: Chicago PD
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: NBC
Direção: Vários
Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas, Matt Olmstead, Dick Wolf
Elenco: Jason Beghe, Jesse Lee Soffer, Don Kress, Andre Bellos
Sinopse:
Após ser preso por corrupção, chantagem e desvios éticos em sua carreira o policial Hank Voight (Jason Beghe) retorna à ativa. Ele sai do departamento de homícidios para assumir a chefia do setor de inteligência da polícia de Chicago onde começa a liderar um grupo de jovens policiais no combate ao tráfico de drogas na grande cidade.
Comentários:
Em alguns episódios de "Chicago Fire" um dos bombeiros caía no jogo sujo de um tira corrupto, o dirty cop Hank Voight (Jason Beghe). No final de sua participação lá, sua trama corrupta finalmente era descoberta, e ele acabava sendo preso por isso. Pois bem, esse personagem, apesar de ser um vilão sem ética, acabou chamando a atenção dos espectadores e percebendo isso a NBC resolveu produzir uma série só para ele. Isso é o que os americanos chamam de Spin-off, quando uma série popular dá origem a outra. Em minha opinião ainda era cedo para "Chicago Fire" dar origem a outro seriado mas pelos bons índices de audiência conquistados a diretoria da NBC resolveu apostar alto. Logo no primeiro episódio o sargento Voight retorna triunfante. Ele consegue sair da prisão e mais do que isso, ganha uma promoção, se tornando chefe da inteligência do departamento de polícia de Chicago (pensou que só no Brasil os corruptos progrediam na vida pública?). Ele se torna o líder de um grupo de jovens policiais que investigam uma rede de tráfico comandado por um traficante latino conhecido como "Pulpo". Para Voight isso é fichinha pois ele não é um tira que segue a cartilha da academia policial ao pé da letra. Gostei do episódio piloto, esse é o tipo de série que tem potencial para crescer. O único porém que salientaria é o elenco dos jovens policiais. As garotas e os rapazes mais se parecem com modelos do que com policiais mas mesmo assim penso que vale a pena dar o benefício da dúvida. A série está começando agora então se você estiver com vontade de acompanhar algum seriado policial americano esse é o momento certo.
Pablo Aluísio.
Título Original: Chicago PD
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: NBC
Direção: Vários
Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas, Matt Olmstead, Dick Wolf
Elenco: Jason Beghe, Jesse Lee Soffer, Don Kress, Andre Bellos
Sinopse:
Após ser preso por corrupção, chantagem e desvios éticos em sua carreira o policial Hank Voight (Jason Beghe) retorna à ativa. Ele sai do departamento de homícidios para assumir a chefia do setor de inteligência da polícia de Chicago onde começa a liderar um grupo de jovens policiais no combate ao tráfico de drogas na grande cidade.
Comentários:
Em alguns episódios de "Chicago Fire" um dos bombeiros caía no jogo sujo de um tira corrupto, o dirty cop Hank Voight (Jason Beghe). No final de sua participação lá, sua trama corrupta finalmente era descoberta, e ele acabava sendo preso por isso. Pois bem, esse personagem, apesar de ser um vilão sem ética, acabou chamando a atenção dos espectadores e percebendo isso a NBC resolveu produzir uma série só para ele. Isso é o que os americanos chamam de Spin-off, quando uma série popular dá origem a outra. Em minha opinião ainda era cedo para "Chicago Fire" dar origem a outro seriado mas pelos bons índices de audiência conquistados a diretoria da NBC resolveu apostar alto. Logo no primeiro episódio o sargento Voight retorna triunfante. Ele consegue sair da prisão e mais do que isso, ganha uma promoção, se tornando chefe da inteligência do departamento de polícia de Chicago (pensou que só no Brasil os corruptos progrediam na vida pública?). Ele se torna o líder de um grupo de jovens policiais que investigam uma rede de tráfico comandado por um traficante latino conhecido como "Pulpo". Para Voight isso é fichinha pois ele não é um tira que segue a cartilha da academia policial ao pé da letra. Gostei do episódio piloto, esse é o tipo de série que tem potencial para crescer. O único porém que salientaria é o elenco dos jovens policiais. As garotas e os rapazes mais se parecem com modelos do que com policiais mas mesmo assim penso que vale a pena dar o benefício da dúvida. A série está começando agora então se você estiver com vontade de acompanhar algum seriado policial americano esse é o momento certo.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 24 de março de 2014
Ela
Título no Brasil: Ela
Título Original: Her
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros, Sony Pictures
Direção: Spike Jonze
Roteiro: Spike Jonze
Elenco: Joaquin Phoenix, Amy Adams, Scarlett Johansson
Sinopse:
Theodore (Joaquin Phoenix) tem uma vida das mais aborrecidas. Ele trabalha em um emprego chato onde escreve todos os dias cartas de pessoas que não querem escrever nada. Para piorar está solitário após se separar de sua esposa que está pedindo o divorcio. Um clima de melancolia e até depressão ronda sua existência. Trabalhando com computadores o dia todo ele se interessa por um novo programa, um sistema operacional de inteligência artificial que promete fazer companhia e trocar ideias com seu dono. Para sua completa surpresa o tal sistema operacional é muito mais do que ele esperava. Auto intitulado Samantha ela interage com ele, lhe dá dicas do dia a dia, organiza sua vida online e superando todas as suas expectativas começa a desenvolver um relacionamento em nível pessoal que vai muito além da simples amizade.
Comentários:
"Ela" é uma crônica dos dias atuais quando a tecnologia acaba virando uma muleta emocional para pessoas solitárias ou com problemas de relacionamento. Spike Jonze trata desse tema com sensibilidade mas como todos sabemos ele não é um cineasta para todos os públicos. Seus filmes estão cheios de ideias que para muitas pessoas são bizarras e estranhas demais para curtirem. Esse aqui é um pouco mais palatável do que os anteriores mas o sentimento de estar vendo algo bem surreal se mantém o tempo todo. O roteiro premiado com o Oscar de Spike Jonze tem sido louvado por ser muito original e criativo mas será mesmo? Computadores com personalidade não são novidade no mundo do cinema. Assim que o filme começou e Samantha deu inicio ao seu "relacionamento" com Theodore me lembrei imediatamente de HAL 9000, o computador de inteligência artificial de "2001 Uma Odisséia no Espaço". Tudo bem que o enfoque aqui é outro, mais centrado em relações humanas, mas no fundo ambos os roteiros são bem semelhantes.
Mesmo assim temos que reconhecer que é um filme por demais interessante, valorizado enormemente pela atuação inspirada de Joaquin Phoenix. Perceba que na maioria das cenas ele está praticamente sozinho, atuando apenas com uma voz. Esse tipo de trabalho como ator exige um nível de absorção e concentração no papel que realmente impressiona. Idem para a atriz Scarlett Johansson que interpreta Samantha. Ela tem uma voz ao mesmo tempo meiga, quase adolescente mas também astuta. Sua atuação é outro ponto muito impressionante do filme. De uma forma em geral gostei de muitas coisas. A direção de arte por exemplo recria um mundo onde Theodore vive que é tão asséptico e sem personalidade como ele próprio. O cineasta mostra ao fundo uma cidade americana sufocante, poluída, imersa em tecnologia mas também em profunda solidão. Isso foi algo que me chamou bastante a atenção. Talvez a única critica mais severa que faria a Spike Jonze seria sobre a duração do filme. Mais de duas horas me pareceu um pouco demais. Pelo contexto, tudo poderia ter um pouco mais de agilidade pois não há como negar que certas situações vão se repetindo ao longo da trama e isso deixa o filme um pouco cansativo a partir de determinado ponto. Outro aspecto que pode incomodar um pouco é a obsessão do roteiro com sexo virtual pois a relação entre homem e máquina poderia se desenvolver em um nível mais intelectual, vamos colocar desse modo. Dito isso quero deixar claro que, apesar dos deslizes, ainda tiro o meu chapéu para "Ela", um filme realmente tão emotivo e inteligente como a própria Samantha!
Pablo Aluísio.
Título Original: Her
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros, Sony Pictures
Direção: Spike Jonze
Roteiro: Spike Jonze
Elenco: Joaquin Phoenix, Amy Adams, Scarlett Johansson
Sinopse:
Theodore (Joaquin Phoenix) tem uma vida das mais aborrecidas. Ele trabalha em um emprego chato onde escreve todos os dias cartas de pessoas que não querem escrever nada. Para piorar está solitário após se separar de sua esposa que está pedindo o divorcio. Um clima de melancolia e até depressão ronda sua existência. Trabalhando com computadores o dia todo ele se interessa por um novo programa, um sistema operacional de inteligência artificial que promete fazer companhia e trocar ideias com seu dono. Para sua completa surpresa o tal sistema operacional é muito mais do que ele esperava. Auto intitulado Samantha ela interage com ele, lhe dá dicas do dia a dia, organiza sua vida online e superando todas as suas expectativas começa a desenvolver um relacionamento em nível pessoal que vai muito além da simples amizade.
Comentários:
"Ela" é uma crônica dos dias atuais quando a tecnologia acaba virando uma muleta emocional para pessoas solitárias ou com problemas de relacionamento. Spike Jonze trata desse tema com sensibilidade mas como todos sabemos ele não é um cineasta para todos os públicos. Seus filmes estão cheios de ideias que para muitas pessoas são bizarras e estranhas demais para curtirem. Esse aqui é um pouco mais palatável do que os anteriores mas o sentimento de estar vendo algo bem surreal se mantém o tempo todo. O roteiro premiado com o Oscar de Spike Jonze tem sido louvado por ser muito original e criativo mas será mesmo? Computadores com personalidade não são novidade no mundo do cinema. Assim que o filme começou e Samantha deu inicio ao seu "relacionamento" com Theodore me lembrei imediatamente de HAL 9000, o computador de inteligência artificial de "2001 Uma Odisséia no Espaço". Tudo bem que o enfoque aqui é outro, mais centrado em relações humanas, mas no fundo ambos os roteiros são bem semelhantes.
Mesmo assim temos que reconhecer que é um filme por demais interessante, valorizado enormemente pela atuação inspirada de Joaquin Phoenix. Perceba que na maioria das cenas ele está praticamente sozinho, atuando apenas com uma voz. Esse tipo de trabalho como ator exige um nível de absorção e concentração no papel que realmente impressiona. Idem para a atriz Scarlett Johansson que interpreta Samantha. Ela tem uma voz ao mesmo tempo meiga, quase adolescente mas também astuta. Sua atuação é outro ponto muito impressionante do filme. De uma forma em geral gostei de muitas coisas. A direção de arte por exemplo recria um mundo onde Theodore vive que é tão asséptico e sem personalidade como ele próprio. O cineasta mostra ao fundo uma cidade americana sufocante, poluída, imersa em tecnologia mas também em profunda solidão. Isso foi algo que me chamou bastante a atenção. Talvez a única critica mais severa que faria a Spike Jonze seria sobre a duração do filme. Mais de duas horas me pareceu um pouco demais. Pelo contexto, tudo poderia ter um pouco mais de agilidade pois não há como negar que certas situações vão se repetindo ao longo da trama e isso deixa o filme um pouco cansativo a partir de determinado ponto. Outro aspecto que pode incomodar um pouco é a obsessão do roteiro com sexo virtual pois a relação entre homem e máquina poderia se desenvolver em um nível mais intelectual, vamos colocar desse modo. Dito isso quero deixar claro que, apesar dos deslizes, ainda tiro o meu chapéu para "Ela", um filme realmente tão emotivo e inteligente como a própria Samantha!
Pablo Aluísio.
domingo, 23 de março de 2014
47 Ronins
Título no Brasil: 47 Ronins
Título Original: 47 Ronin
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Carl Rinsch
Roteiro: Chris Morgan, Hossein Amini
Elenco: Keanu Reeves, Hiroyuki Sanada, Ko Shibasaki
Sinopse:
Kai (Keanu Reeves) é filho de um marinheiro inglês e por isso é abandonado pela própria mãe em uma floresta remota no Japão em sua era feudal. Segundo a lenda acaba sendo criado por demônios mas depois consegue escapar e vai parar em um feudo dominado por Lord Asano (Min Tanaka). Muitos anos depois ele se torna um servo do feudo e assumirá posição de destaque na luta contra o tirânico Lord Kira (Tadanobu Asano). Kira domina com mão de ferro o feudo onde Kai cresceu e desposa a bela Mika (Ko Shibasaki) que ama o íntegro mestiço. Para piorar rebaixa todos os samurais da região que viram simples Ronins, guerreiros caídos em desgraça, sem honra, sem mestre e abandonados à própria sorte. Ao lado desses valorosos guerreiros ele lutará contra a tirania que agora domina seu antigo lar.
Comentários:
As expectativas não eram das melhores. Um filme com o tema de artes marciais estrelado pelo decadente Keanu Reeves e tudo mais. Porém é aquele tipo de produção que acaba surpreendendo. O fato é que "47 Ronins" é muito bem realizado, tanto do ponto de vista técnico como de roteiro. Sim, o texto pode até não apresentar maiores novidades mas é redondinho, bem conduzido e satisfaz plenamente os que desejam encontrar uma boa película com muita aventura, fantasia e cenas de lutas marciais. A direção de arte e figurinos são primorosos. Os efeitos digitais são excepcionalmente bons e utilizam como matéria prima o próprio folclore oriental. Há dragões, trogloditas, demônios e até mesmo um animal proveniente diretamente das antigas lendas populares japoneses, um monstro de seis olhos que é muito bem realizado. Keanu Reeves continua com sua falta de expressividade mas aqui seu jeito de ser acaba combinando com o personagem, um mestiço que é discriminado por isso e por essa razão adota sempre uma postura de superveniência e subordinação. Por fim é importante salientar que nem todos irão gostar plenamente do final do filme. Credito isso ao fato de que, como somos ocidentais, temos uma outra mentalidade sobre os acontecimentos. Os valores de honra e dignidade no oriente são bem diversas da que temos, por isso haverá certo estranhamento no desfecho de tudo. Isso porém não tira em nada os méritos do filme que, como já deixei claro, realmente surpreenderá positivamente o espectador.
Pablo Aluísio.
Título Original: 47 Ronin
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Carl Rinsch
Roteiro: Chris Morgan, Hossein Amini
Elenco: Keanu Reeves, Hiroyuki Sanada, Ko Shibasaki
Sinopse:
Kai (Keanu Reeves) é filho de um marinheiro inglês e por isso é abandonado pela própria mãe em uma floresta remota no Japão em sua era feudal. Segundo a lenda acaba sendo criado por demônios mas depois consegue escapar e vai parar em um feudo dominado por Lord Asano (Min Tanaka). Muitos anos depois ele se torna um servo do feudo e assumirá posição de destaque na luta contra o tirânico Lord Kira (Tadanobu Asano). Kira domina com mão de ferro o feudo onde Kai cresceu e desposa a bela Mika (Ko Shibasaki) que ama o íntegro mestiço. Para piorar rebaixa todos os samurais da região que viram simples Ronins, guerreiros caídos em desgraça, sem honra, sem mestre e abandonados à própria sorte. Ao lado desses valorosos guerreiros ele lutará contra a tirania que agora domina seu antigo lar.
Comentários:
As expectativas não eram das melhores. Um filme com o tema de artes marciais estrelado pelo decadente Keanu Reeves e tudo mais. Porém é aquele tipo de produção que acaba surpreendendo. O fato é que "47 Ronins" é muito bem realizado, tanto do ponto de vista técnico como de roteiro. Sim, o texto pode até não apresentar maiores novidades mas é redondinho, bem conduzido e satisfaz plenamente os que desejam encontrar uma boa película com muita aventura, fantasia e cenas de lutas marciais. A direção de arte e figurinos são primorosos. Os efeitos digitais são excepcionalmente bons e utilizam como matéria prima o próprio folclore oriental. Há dragões, trogloditas, demônios e até mesmo um animal proveniente diretamente das antigas lendas populares japoneses, um monstro de seis olhos que é muito bem realizado. Keanu Reeves continua com sua falta de expressividade mas aqui seu jeito de ser acaba combinando com o personagem, um mestiço que é discriminado por isso e por essa razão adota sempre uma postura de superveniência e subordinação. Por fim é importante salientar que nem todos irão gostar plenamente do final do filme. Credito isso ao fato de que, como somos ocidentais, temos uma outra mentalidade sobre os acontecimentos. Os valores de honra e dignidade no oriente são bem diversas da que temos, por isso haverá certo estranhamento no desfecho de tudo. Isso porém não tira em nada os méritos do filme que, como já deixei claro, realmente surpreenderá positivamente o espectador.
Pablo Aluísio.
sábado, 22 de março de 2014
Carruagens de Fogo
Título no Brasil: Carruagens de Fogo
Título Original: Chariots of Fire
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Hugh Hudson
Roteiro: Colin Welland
Elenco: Ben Cross, Ian Holm, John Gielgud, Brad Davis, Ian Charleson, Nicholas Farrell
Sinopse:
A história, contada em flashback, mostra dois jovens velocistas britânicos que competem por fama e reconhecimento nos Jogos Olímpicos de 1924. Eric Liddell (Ian Charleson) é um missionário escocês devoto, que se dedica aos esportes para agradar ao seu Deus. Já Harold Abrahams (Ben Cross) procura ser aceito dentro da sociedade inglesa mais tradicional uma vez que suas origens judaicas o impede de ser bem recebido em certos setores da esnobe alta sociedade de Cambridge. Filme baseado em fatos reais.
Comentários:
Apesar de consagrado na Academia, onde foi indicado a sete Oscars, vencendo em quatro categorias (Melhor Filme, Roteiro, Figurino e Trilha Sonora), o filme nunca conseguiu se tornar uma unanimidade perante o público. Todos os ingredientes para um grande filme parecem estar presentes mas o cineasta Hugh Hudson não conseguiu imprimir um bom ritmo à película que sofre de vários problemas no desenvolvimento de seu enredo. Aliás essa sempre foi uma crítica presente em praticamente todos os filmes do diretor. Hudson parece vacilante em vários momentos, sem saber direito que rumo tomar, algo que se tornaria um grave problema em um de seus filmes seguintes, o mega fracasso "Revolução" com Al Pacino, que praticamente enterraria suas pretensões de dirigir filmes de grandes orçamentos ao longo do resto de sua carreira (nenhum estúdio tinha mais coragem de arriscar verdadeiras fortunas em filmes assinados pelo diretor). De qualquer forma alguns aspectos salvam "Chariots of Fire" do esquecimento, o mais forte deles a inesquecível trilha sonora de Vangelis, até hoje presente em quaisquer daquelas coletâneas do tipo "Os maiores sucessos do cinema" e similares. No geral é um bom filme, com história edificante e inspiradora, embora tenha passado longe de se tornar uma verdadeira obra prima merecedora de todos os Oscars que venceu.
Pablo Aluísio.
Título Original: Chariots of Fire
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Hugh Hudson
Roteiro: Colin Welland
Elenco: Ben Cross, Ian Holm, John Gielgud, Brad Davis, Ian Charleson, Nicholas Farrell
Sinopse:
A história, contada em flashback, mostra dois jovens velocistas britânicos que competem por fama e reconhecimento nos Jogos Olímpicos de 1924. Eric Liddell (Ian Charleson) é um missionário escocês devoto, que se dedica aos esportes para agradar ao seu Deus. Já Harold Abrahams (Ben Cross) procura ser aceito dentro da sociedade inglesa mais tradicional uma vez que suas origens judaicas o impede de ser bem recebido em certos setores da esnobe alta sociedade de Cambridge. Filme baseado em fatos reais.
Comentários:
Apesar de consagrado na Academia, onde foi indicado a sete Oscars, vencendo em quatro categorias (Melhor Filme, Roteiro, Figurino e Trilha Sonora), o filme nunca conseguiu se tornar uma unanimidade perante o público. Todos os ingredientes para um grande filme parecem estar presentes mas o cineasta Hugh Hudson não conseguiu imprimir um bom ritmo à película que sofre de vários problemas no desenvolvimento de seu enredo. Aliás essa sempre foi uma crítica presente em praticamente todos os filmes do diretor. Hudson parece vacilante em vários momentos, sem saber direito que rumo tomar, algo que se tornaria um grave problema em um de seus filmes seguintes, o mega fracasso "Revolução" com Al Pacino, que praticamente enterraria suas pretensões de dirigir filmes de grandes orçamentos ao longo do resto de sua carreira (nenhum estúdio tinha mais coragem de arriscar verdadeiras fortunas em filmes assinados pelo diretor). De qualquer forma alguns aspectos salvam "Chariots of Fire" do esquecimento, o mais forte deles a inesquecível trilha sonora de Vangelis, até hoje presente em quaisquer daquelas coletâneas do tipo "Os maiores sucessos do cinema" e similares. No geral é um bom filme, com história edificante e inspiradora, embora tenha passado longe de se tornar uma verdadeira obra prima merecedora de todos os Oscars que venceu.
Pablo Aluísio.
Hannibal - A Origem do Mal
Título no Brasil: Hannibal - A Origem do Mal
Título Original: Hannibal Rising
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Dino De Laurentiis Company
Direção: Peter Webber
Roteiro: Thomas Harris
Elenco: Gaspard Ulliel, Rhys Ifans, Li Gong
Sinopse:
Durante a Segunda Guerra Mundial a família Lecter tenta sobreviver ao horror das mortes e atrocidades nazistas. Morando em uma região na Ucrânia todos os membros ficam expostos ao holocausto imposto pelas forças de ocupação do exército alemão. Um dos sobreviventes do massacre é Hannibal Lecter (Gaspard Ulliel) que consegue escapar para a França onde pretende reconstruir sua vida. Já adulto finalmente decide se vingar de todos aqueles que barbarizaram sua família no maior conflito armado da história.
Comentários:
De uns anos pra cá Hollywood descobriu um novo filão. A ideia é muito simples, pega-se franquias já esgotadas, que comercialmente não teriam mais o que render e recomeça-se tudo do zero, geralmente contando as origens dos personagens famosos. Um exemplo perfeito disso vemos aqui em "Hannibal Rising", onde o espectador é convidado a conhecer as origens do canibalismo e psicopatia do serial killer Hannibal Lecter (em fraca interpretação do ator Gaspard Ulliel). O filme obviamente não pode ser comparado a nenhum outro da franquia original. É uma produção até modesta com pretensões contidas. Foi filmado na bonita República Tcheca o que lhe dá pelo menos uma bonita fotografia pois o leste europeu de fato é esteticamente muito belo. O problema é que tudo é mal desenvolvido. As explicações sobre o que teria levado Lecter a ser o que é não são bem trabalhadas, criando uma sensação de que o roteiro está o tempo todo forçando uma barra daquelas. Já em termos de terror e suspense a produção também não convence muito, se tornando na maioria das vezes enfadonha e decepcionante. Mesmo com tantos pontos negativos a fita poderá servir ao menos como curiosidade para quem se tornou fã do infame personagem imortalizado nas telas pelo genial Anthony Hopkins.
Pablo Aluísio.
Título Original: Hannibal Rising
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Dino De Laurentiis Company
Direção: Peter Webber
Roteiro: Thomas Harris
Elenco: Gaspard Ulliel, Rhys Ifans, Li Gong
Sinopse:
Durante a Segunda Guerra Mundial a família Lecter tenta sobreviver ao horror das mortes e atrocidades nazistas. Morando em uma região na Ucrânia todos os membros ficam expostos ao holocausto imposto pelas forças de ocupação do exército alemão. Um dos sobreviventes do massacre é Hannibal Lecter (Gaspard Ulliel) que consegue escapar para a França onde pretende reconstruir sua vida. Já adulto finalmente decide se vingar de todos aqueles que barbarizaram sua família no maior conflito armado da história.
Comentários:
De uns anos pra cá Hollywood descobriu um novo filão. A ideia é muito simples, pega-se franquias já esgotadas, que comercialmente não teriam mais o que render e recomeça-se tudo do zero, geralmente contando as origens dos personagens famosos. Um exemplo perfeito disso vemos aqui em "Hannibal Rising", onde o espectador é convidado a conhecer as origens do canibalismo e psicopatia do serial killer Hannibal Lecter (em fraca interpretação do ator Gaspard Ulliel). O filme obviamente não pode ser comparado a nenhum outro da franquia original. É uma produção até modesta com pretensões contidas. Foi filmado na bonita República Tcheca o que lhe dá pelo menos uma bonita fotografia pois o leste europeu de fato é esteticamente muito belo. O problema é que tudo é mal desenvolvido. As explicações sobre o que teria levado Lecter a ser o que é não são bem trabalhadas, criando uma sensação de que o roteiro está o tempo todo forçando uma barra daquelas. Já em termos de terror e suspense a produção também não convence muito, se tornando na maioria das vezes enfadonha e decepcionante. Mesmo com tantos pontos negativos a fita poderá servir ao menos como curiosidade para quem se tornou fã do infame personagem imortalizado nas telas pelo genial Anthony Hopkins.
Pablo Aluísio.
Eclipse Mortal
Título no Brasil: Eclipse Mortal
Título Original: Pitch Black
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Polygram Filmed Entertainment, Interscope Communications
Direção: David Twohy
Roteiro: Jim Wheat, Ken Wheat
Elenco: Vin Diesel, Radha Mitchell, Cole Hauser
Sinopse:
Durante uma expedição espacial uma pane faz com que a nave caia em um planeta desconhecido e hostil. Os tripulantes não fazem ideia de onde estão e precisam fazer um reconhecimento do local. O que irão descobrir naquelas paisagens Inóspitas é algo que jamais esperariam encontrar em qualquer lugar do universo conhecido.
Comentários:
"Eclipse Mortal" foi lançado sem muito alarde em 2000. A crítica não deu muita bola para uma fita de ação e ficção estrelada pelo brucutu Vin Diesel. Apesar da má vontade o filme aos poucos foi ganhando admiradores por causa de certos aspectos muito bem imaginativos de seu roteiro, que conseguia fugir dos padrões do que estava sendo feito na época. Curiosamente a fita acabou ganhando após todos esses anos um certo status cult, reforçada inclusive pelas duas boas continuações que se seguiram, "A Batalha de Riddick" e "Riddick 3". O personagem Richard B. Riddick interpretado por Vin Diesel acabou ganhando todo um universo próprio, em roteiros realmente bem interessantes. Outro fato que chama a atenção é que todos os filmes da franquia foram dirigidos pelo mesmo diretor, David Twohy, fruto da amizade que ele tem por Vin Diesel. Isso é bem raro em temos de Hollywood pois geralmente franquias de sucesso são entregues a cineastas mais comerciais ou mais experientes. Melhor para os fãs pois trouxe uma unidade a todas as produções da série. Assim deixamos essa boa dica para hoje, que tal conferir (ou rever) esse primeiro filme da saga? Certamente é uma boa opção de entretenimento para o sábado.
Pablo Aluísio.
Título Original: Pitch Black
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Polygram Filmed Entertainment, Interscope Communications
Direção: David Twohy
Roteiro: Jim Wheat, Ken Wheat
Elenco: Vin Diesel, Radha Mitchell, Cole Hauser
Sinopse:
Durante uma expedição espacial uma pane faz com que a nave caia em um planeta desconhecido e hostil. Os tripulantes não fazem ideia de onde estão e precisam fazer um reconhecimento do local. O que irão descobrir naquelas paisagens Inóspitas é algo que jamais esperariam encontrar em qualquer lugar do universo conhecido.
Comentários:
"Eclipse Mortal" foi lançado sem muito alarde em 2000. A crítica não deu muita bola para uma fita de ação e ficção estrelada pelo brucutu Vin Diesel. Apesar da má vontade o filme aos poucos foi ganhando admiradores por causa de certos aspectos muito bem imaginativos de seu roteiro, que conseguia fugir dos padrões do que estava sendo feito na época. Curiosamente a fita acabou ganhando após todos esses anos um certo status cult, reforçada inclusive pelas duas boas continuações que se seguiram, "A Batalha de Riddick" e "Riddick 3". O personagem Richard B. Riddick interpretado por Vin Diesel acabou ganhando todo um universo próprio, em roteiros realmente bem interessantes. Outro fato que chama a atenção é que todos os filmes da franquia foram dirigidos pelo mesmo diretor, David Twohy, fruto da amizade que ele tem por Vin Diesel. Isso é bem raro em temos de Hollywood pois geralmente franquias de sucesso são entregues a cineastas mais comerciais ou mais experientes. Melhor para os fãs pois trouxe uma unidade a todas as produções da série. Assim deixamos essa boa dica para hoje, que tal conferir (ou rever) esse primeiro filme da saga? Certamente é uma boa opção de entretenimento para o sábado.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 20 de março de 2014
Calígula
Título no Brasil: Calígula
Título Original: Caligola
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos, Itália
Estúdio: Penthouse Films International
Direção: Tinto Brass, Bob Guccione
Roteiro: Gore Vidal
Elenco: Malcolm McDowell, Peter O'Toole, Helen Mirren
Sinopse:
Filme que enfoca a história do imperador romano Calígula (12 d.C - 41 d.C). Após a morte de Tiberius (Peter O'Toole), seu tio, ele sobe ao poder máximo em Roma. Desde o começo seu desequilíbrio emocional e psicológico se mostra evidente. Dado a orgias extravagantes e assassinatos em série ele resolve testar todos os limites de seu poder absoluto, chegando ao ponto de nomear seu próprio cavalo como senador romano. Aos poucos suas loucuras o levam a um beco sem saída, com várias tramas para sua eliminação rondando seu poder imperial.
Comentários:
Esse é um daqueles filmes que até hoje me despertam a mesma pergunta: Por que deu errado? Uma história das mais interessantes, roteirizada pelo grande Gore Vidal, com um excelente elenco - incluindo os monstros da atuação Malcolm McDowell, Peter O'Toole e Helen Mirren - e um diretor de prestígio e mesmo assim as coisas desandaram de uma forma impressionante. Muitos apontam como culpado o produtor, dono do império adulto Penthouse, que inseriu cenas de sexo explícito no filme. Não penso que o problema de "Calígula" seja esse, na verdade isso fazia parte do dia a dia de todos aqueles imperadores depravados. O problema é estrutural pois o filme é mal editado, mal desenvolvido e para piorar com sérios problemas de direção (quem diria...). Malcolm McDowell defende bem sua atuação, até porque ele está na verdade soberbo em cena. Basta ver os antigos bustos do imperador louco de Roma para perceber a semelhança entre eles. Aquele olhar marcante, praticamente reptiliano é recriado com perfeição por Malcolm. O mesmo se pode dizer de Peter O'Toole como Tiberius, que era pedófilo, frívolo e maníaco. Seu olhar doentio, pálido e com gestos trêmulos mostra o grande ator que ele foi. Pena que o filme não se resume ao quesito atuação. Mesmo assim essa é uma produção que deve ser indicada aos fãs da sétima arte. Certamente os problemas são muitos, mas o filme acaba marcando, tanto de um ponto de vista positivo como negativo. Afinal de contas qualquer produção que enfoque o insano Caligula será sempre no mínimo interessante...
Pablo Aluísio.
Título Original: Caligola
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos, Itália
Estúdio: Penthouse Films International
Direção: Tinto Brass, Bob Guccione
Roteiro: Gore Vidal
Elenco: Malcolm McDowell, Peter O'Toole, Helen Mirren
Sinopse:
Filme que enfoca a história do imperador romano Calígula (12 d.C - 41 d.C). Após a morte de Tiberius (Peter O'Toole), seu tio, ele sobe ao poder máximo em Roma. Desde o começo seu desequilíbrio emocional e psicológico se mostra evidente. Dado a orgias extravagantes e assassinatos em série ele resolve testar todos os limites de seu poder absoluto, chegando ao ponto de nomear seu próprio cavalo como senador romano. Aos poucos suas loucuras o levam a um beco sem saída, com várias tramas para sua eliminação rondando seu poder imperial.
Comentários:
Esse é um daqueles filmes que até hoje me despertam a mesma pergunta: Por que deu errado? Uma história das mais interessantes, roteirizada pelo grande Gore Vidal, com um excelente elenco - incluindo os monstros da atuação Malcolm McDowell, Peter O'Toole e Helen Mirren - e um diretor de prestígio e mesmo assim as coisas desandaram de uma forma impressionante. Muitos apontam como culpado o produtor, dono do império adulto Penthouse, que inseriu cenas de sexo explícito no filme. Não penso que o problema de "Calígula" seja esse, na verdade isso fazia parte do dia a dia de todos aqueles imperadores depravados. O problema é estrutural pois o filme é mal editado, mal desenvolvido e para piorar com sérios problemas de direção (quem diria...). Malcolm McDowell defende bem sua atuação, até porque ele está na verdade soberbo em cena. Basta ver os antigos bustos do imperador louco de Roma para perceber a semelhança entre eles. Aquele olhar marcante, praticamente reptiliano é recriado com perfeição por Malcolm. O mesmo se pode dizer de Peter O'Toole como Tiberius, que era pedófilo, frívolo e maníaco. Seu olhar doentio, pálido e com gestos trêmulos mostra o grande ator que ele foi. Pena que o filme não se resume ao quesito atuação. Mesmo assim essa é uma produção que deve ser indicada aos fãs da sétima arte. Certamente os problemas são muitos, mas o filme acaba marcando, tanto de um ponto de vista positivo como negativo. Afinal de contas qualquer produção que enfoque o insano Caligula será sempre no mínimo interessante...
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 19 de março de 2014
Philomena
Título no Brasil: Philomena
Título Original: Philomena
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: The Weinstein Company
Direção: Stephen Frears
Roteiro: Steve Coogan, Jeff Pope
Elenco: Judi Dench, Steve Coogan, Sophie Kennedy Clark
Sinopse:
Quando jovem, Philomena (Judi Dench) acaba engravidando de um homem em um caso casual. Grávida e prestes a se tornar mãe solteira, sua família com medo e vergonha do escândalo resolve levar a garota para um convento católico onde ela acaba tendo seu filho. Sem possibilidades financeiras e emocionais de cuidar da criança resolve colocar ele para adoção. Um casal americano assim adota o garotinho e o leva para os Estados Unidos. Cinquenta anos depois Philomena decide que quer encontrar seu filho. Para isso pede ajuda a um escritor inglês, Martin Sixsmith (Steve Coogan), que fará de tudo para encontrá-lo. Filme indicado aos Oscars de Melhor Filme, Roteiro Original e Melhor Atriz (Judi Dench).
Comentários:
Certamente é um bom filme e não restam dúvidas que mereceu todos os prêmios e indicações. Há algumas escolhas bem interessantes, sendo uma delas a opção por realizar um filme curto já que o enredo assim se torna bem mais dinâmico. Isso só vem a provar que não é necessário realizar filmes longos demais, com quase três horas, para serem bons. Tudo pode ser contado com eficiência e sem perda de tempo - o que talvez melhor justifique a indicação para o Oscar de Melhor roteiro original. A história, baseada em fatos reais, é muito humana e rica em reflexões. A Igreja Católica pode parecer a grande vilã de tudo o que aconteceu mas essa seria uma visão simplista demais sobre os eventos mostrados no filme. Não se pode esquecer que a própria Philomena resolveu dar seu filho para doação e como ela própria deixou claro em uma das cenas não houve qualquer coação nesse sentido por parte da Igreja. O sigilo em questão de doação é até hoje um dos paradigmas desse instituto jurídico, então não há também como culpar a Igreja por ter mantido em segredo o paradeiro de seu filho nos Estados Unidos.
Dito isso a produção poderá levar os mais desavisados a qualificar as atitudes das freiras como algo horrível e até mesmo diabólico mas não existe razão de ser para tal pensamento. Fazia parte daquele contexto histórico e no final das contas o rapaz adotado teve uma vida familiar estruturada em sua nova família americana, algo que provavelmente não teria se tivesse ficado na Irlanda. A direção procura mostrar os eventos com imparcialidade e felizmente não toma o rumo de atacar a Igreja Católica de forma gratuita. Pelo bom gosto dessa decisão o próprio Papa Francisco recebeu a verdadeira Philomena no Vaticano recentemente. Em termos de elenco a atriz Judi Dench reina absoluta. Sua personagem tem um grande coração, fez escolhas erradas no passado mas assume todas as suas atitudes com coragem. No fundo é uma pessoa bem simples mas que tenta fazer as pazes com seu filho cujo paradeiro tenta descobrir. Assim no saldo final temos uma produção sensível, eficiente e humana, três qualidades que a cada dia se tornam cada vez mais raras dentro do cinema atual.
Pablo Aluísio.
Título Original: Philomena
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: The Weinstein Company
Direção: Stephen Frears
Roteiro: Steve Coogan, Jeff Pope
Elenco: Judi Dench, Steve Coogan, Sophie Kennedy Clark
Sinopse:
Quando jovem, Philomena (Judi Dench) acaba engravidando de um homem em um caso casual. Grávida e prestes a se tornar mãe solteira, sua família com medo e vergonha do escândalo resolve levar a garota para um convento católico onde ela acaba tendo seu filho. Sem possibilidades financeiras e emocionais de cuidar da criança resolve colocar ele para adoção. Um casal americano assim adota o garotinho e o leva para os Estados Unidos. Cinquenta anos depois Philomena decide que quer encontrar seu filho. Para isso pede ajuda a um escritor inglês, Martin Sixsmith (Steve Coogan), que fará de tudo para encontrá-lo. Filme indicado aos Oscars de Melhor Filme, Roteiro Original e Melhor Atriz (Judi Dench).
Comentários:
Certamente é um bom filme e não restam dúvidas que mereceu todos os prêmios e indicações. Há algumas escolhas bem interessantes, sendo uma delas a opção por realizar um filme curto já que o enredo assim se torna bem mais dinâmico. Isso só vem a provar que não é necessário realizar filmes longos demais, com quase três horas, para serem bons. Tudo pode ser contado com eficiência e sem perda de tempo - o que talvez melhor justifique a indicação para o Oscar de Melhor roteiro original. A história, baseada em fatos reais, é muito humana e rica em reflexões. A Igreja Católica pode parecer a grande vilã de tudo o que aconteceu mas essa seria uma visão simplista demais sobre os eventos mostrados no filme. Não se pode esquecer que a própria Philomena resolveu dar seu filho para doação e como ela própria deixou claro em uma das cenas não houve qualquer coação nesse sentido por parte da Igreja. O sigilo em questão de doação é até hoje um dos paradigmas desse instituto jurídico, então não há também como culpar a Igreja por ter mantido em segredo o paradeiro de seu filho nos Estados Unidos.
Dito isso a produção poderá levar os mais desavisados a qualificar as atitudes das freiras como algo horrível e até mesmo diabólico mas não existe razão de ser para tal pensamento. Fazia parte daquele contexto histórico e no final das contas o rapaz adotado teve uma vida familiar estruturada em sua nova família americana, algo que provavelmente não teria se tivesse ficado na Irlanda. A direção procura mostrar os eventos com imparcialidade e felizmente não toma o rumo de atacar a Igreja Católica de forma gratuita. Pelo bom gosto dessa decisão o próprio Papa Francisco recebeu a verdadeira Philomena no Vaticano recentemente. Em termos de elenco a atriz Judi Dench reina absoluta. Sua personagem tem um grande coração, fez escolhas erradas no passado mas assume todas as suas atitudes com coragem. No fundo é uma pessoa bem simples mas que tenta fazer as pazes com seu filho cujo paradeiro tenta descobrir. Assim no saldo final temos uma produção sensível, eficiente e humana, três qualidades que a cada dia se tornam cada vez mais raras dentro do cinema atual.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 18 de março de 2014
Chamas da Vingança
Título no Brasil: Chamas da Vingança
Título Original: Man on Fire
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox 2000 Pictures, Regency Enterprises
Direção: Tony Scott
Roteiro: A.J. Quinnell, Brian Helgeland
Elenco: Denzel Washington, Christopher Walken, Dakota Fanning
Sinopse:
Joyhn W. Creasy (Denzel Washington) é um veterano que aceita trabalhar para uma família rica na Cidade do México. A cidade, dominada pelo crime organizado, tem altos índices de assassinatos e sequestros. Para milionários ou estrangeiros ricos a situação se torna bem pior pois automaticamente viram alvos da criminalidade. Creasy então é designado para garantir a segurança da jovem Pinta Balleto (Dakota Fanning). Logo ambos criam uma amizade sincera que é interrompida brutalmente quando Pinta é violentamente sequestrada por criminosos. Agora Creasy terá que achar seu cativeiro, libertá-la e punir os sequestradores de forma exemplar.
Comentários:
"Chamas da Vingança" mostra a situação do México atualmente. O país está virando praticamente um narcoestado, dominado por grupos de criminosos poderosos e com influência em todos os setores, inclusive na alta esfera política. Assim o diretor Tony Scott achou o cenário ideal para desenvolver esse eficiente filme de ação que só não alcança maiores patamares por causa de sua decisão em realizar uma produção pipoca voltada para o puro entretenimento. Scott, que morreu tragicamente em agosto de 2012, ao cair (ou pular) de uma ponte, sempre procurou fazer um cinema bem menos pretensioso do que seu irmão Ridley Scott. Ele não procurava realizar exercícios estilísticos ou algo do tipo mas bons e movimentados filmes de ação para as massas. Esse aqui não foge muito disso e se apóia bastante no sempre presente carisma de Denzel Washington. Ator e diretor se deram tão bem que voltariam a trabalhar juntos em "Déjà Vu" e "Incontrolável", que se tornaria o último filme da carreira do cineasta. Assim, apesar de certos clichês, "Man on Fire" é certamente uma boa pedida para os fãs do estilo.
Pablo Aluísio.
Título Original: Man on Fire
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox 2000 Pictures, Regency Enterprises
Direção: Tony Scott
Roteiro: A.J. Quinnell, Brian Helgeland
Elenco: Denzel Washington, Christopher Walken, Dakota Fanning
Sinopse:
Joyhn W. Creasy (Denzel Washington) é um veterano que aceita trabalhar para uma família rica na Cidade do México. A cidade, dominada pelo crime organizado, tem altos índices de assassinatos e sequestros. Para milionários ou estrangeiros ricos a situação se torna bem pior pois automaticamente viram alvos da criminalidade. Creasy então é designado para garantir a segurança da jovem Pinta Balleto (Dakota Fanning). Logo ambos criam uma amizade sincera que é interrompida brutalmente quando Pinta é violentamente sequestrada por criminosos. Agora Creasy terá que achar seu cativeiro, libertá-la e punir os sequestradores de forma exemplar.
Comentários:
"Chamas da Vingança" mostra a situação do México atualmente. O país está virando praticamente um narcoestado, dominado por grupos de criminosos poderosos e com influência em todos os setores, inclusive na alta esfera política. Assim o diretor Tony Scott achou o cenário ideal para desenvolver esse eficiente filme de ação que só não alcança maiores patamares por causa de sua decisão em realizar uma produção pipoca voltada para o puro entretenimento. Scott, que morreu tragicamente em agosto de 2012, ao cair (ou pular) de uma ponte, sempre procurou fazer um cinema bem menos pretensioso do que seu irmão Ridley Scott. Ele não procurava realizar exercícios estilísticos ou algo do tipo mas bons e movimentados filmes de ação para as massas. Esse aqui não foge muito disso e se apóia bastante no sempre presente carisma de Denzel Washington. Ator e diretor se deram tão bem que voltariam a trabalhar juntos em "Déjà Vu" e "Incontrolável", que se tornaria o último filme da carreira do cineasta. Assim, apesar de certos clichês, "Man on Fire" é certamente uma boa pedida para os fãs do estilo.
Pablo Aluísio.
Bad Ass - Acima da Lei
Título no Brasil: Bad Ass - Acima da Lei
Título Original: Bad Ass
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Amber Lamps, Silver Nitrate
Direção: Craig Moss
Roteiro: Craig Moss, Elliot Tishman
Elenco: Danny Trejo, Charles S. Dutton, Ron Perlman
Sinopse:
Frank Vega (Danny Trejo) volta da sangrenta Guerra do Vietnã mas não encontra mais espaço dentro da sociedade americana. Desempregado e sem um relacionamento sério, ele tenta viver dentro do possível. Isso muda quando um incidente com um ônibus o torna um herói. Vega porém não quer reconhecimento mas apenas uma oportunidade. Quando seu melhor amigo é morto de forma covarde ele resolve ir atrás dos assassinos diante da falta de vontade da polícia em solucionar o crime.
Comentários:
Tirando as devidas proporções o ator Danny Trejo está ocupando o nicho que um dia pertenceu a Charles Bronson. Com um rosto que parece uma rocha dinamitada (definição que Bronson um dia usou para si mesmo), Trejo tem realizado filmes que são pura ação e pancadaria. Esse aqui obviamente não foge à regra. O próprio título original - Bad Ass - já entrega tudo, pois seu personagem é justamente isso, um sujeito durão que não leva desaforos para casa. Curiosamente aqui ele trabalha ao lado de outro ator que faz o estilo "troglodita com bom coração", o carismático Ron Perlman (para quem não está ligando o nome à pessoa, o próprio Hellboy). Eles inclusive trabalham juntos na série "Sons of Anarchy" onde Trejo interpreta um agente do DEA disfarçado e Perlman um ex-presidente dos Sons em queda. Assim "Bad Ass - Acima da Lei" traz muita pancadaria, porrada, cenas de ação e tiroteios. É o que eu chamo de filme de ação stricto sensu, por isso não vá assistir esperando por um grande roteiro e atuações shakesperianas. Aqui é soco na cara e nada mais. Divertido, se você souber o que vai encontrar pela frente.
Pablo Aluísio.
Título Original: Bad Ass
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Amber Lamps, Silver Nitrate
Direção: Craig Moss
Roteiro: Craig Moss, Elliot Tishman
Elenco: Danny Trejo, Charles S. Dutton, Ron Perlman
Sinopse:
Frank Vega (Danny Trejo) volta da sangrenta Guerra do Vietnã mas não encontra mais espaço dentro da sociedade americana. Desempregado e sem um relacionamento sério, ele tenta viver dentro do possível. Isso muda quando um incidente com um ônibus o torna um herói. Vega porém não quer reconhecimento mas apenas uma oportunidade. Quando seu melhor amigo é morto de forma covarde ele resolve ir atrás dos assassinos diante da falta de vontade da polícia em solucionar o crime.
Comentários:
Tirando as devidas proporções o ator Danny Trejo está ocupando o nicho que um dia pertenceu a Charles Bronson. Com um rosto que parece uma rocha dinamitada (definição que Bronson um dia usou para si mesmo), Trejo tem realizado filmes que são pura ação e pancadaria. Esse aqui obviamente não foge à regra. O próprio título original - Bad Ass - já entrega tudo, pois seu personagem é justamente isso, um sujeito durão que não leva desaforos para casa. Curiosamente aqui ele trabalha ao lado de outro ator que faz o estilo "troglodita com bom coração", o carismático Ron Perlman (para quem não está ligando o nome à pessoa, o próprio Hellboy). Eles inclusive trabalham juntos na série "Sons of Anarchy" onde Trejo interpreta um agente do DEA disfarçado e Perlman um ex-presidente dos Sons em queda. Assim "Bad Ass - Acima da Lei" traz muita pancadaria, porrada, cenas de ação e tiroteios. É o que eu chamo de filme de ação stricto sensu, por isso não vá assistir esperando por um grande roteiro e atuações shakesperianas. Aqui é soco na cara e nada mais. Divertido, se você souber o que vai encontrar pela frente.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 17 de março de 2014
A Lista
Título no Brasil: A Lista
Título Original: Bad Country
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Chris Brinker
Roteiro: Jonathan Hirschbein, Tom Abernathy
Elenco: Willem Dafoe, Matt Dillon, Tom Berenger, Amy Smart
Sinopse:
O ano é 1983. O lugar, a Louisiana. O detetive Bud Carter (Willem Dafoe) investiga um grupo criminoso que vende pedras preciosas contrabandeadas. São esmeraldas e diamantes de ótima procedência. Após prender os atravessadores, Bud se convence que eles fazem parte de algo maior, de uma grande organização criminosa que atua na região. Suas investigações finalmente o levam até Jesse Weiland (Matt Dillon), veterano da guerra do Vietnã e ex-presidiário que parece ser um elo de ligação entre os vendedores e os chefões do crime. O que Bud descobre se torna apenas a ponta do iceberge de uma extensa rede criminosa que atua por todo o estado.
Comentários:
Vejam que surpresa, três ótimos atores que tiveram o auge de suas carreiras nos anos 1980 reunidos novamente nessa boa fita policial. Willem Dafoe e Tom Berenger, ambos de "Platoon" se unem a Matt Dillon, de "O Selvagem da Motocicleta", entre outros, para trazer novamente à tona esse caso real ocorrido no sul pantanoso dos Estados Unidos. Do ponto de vista puramente técnico, "Bad Country" não traz maiores surpresas. Ele apresenta um aspecto geral bem comum, até burocrático, mas que compensa tudo com o carisma dos atores e a boa trama, que vai descendo aos poucos as várias camadas do mundo do crime. O enredo se passa nos anos 80 e o figurino e o jeitão de filme policial antigo certamente atrairá a atenção dos mais saudosistas. Por falar em anos 80 Willem Dafoe e Matt Dillon parecem estar competindo entre si para ver quem desfila o bigode mais exótico em cena! Bobagens à parte vale a pena conhecer esse policial que andou bem subestimado desde que foi lançado. Bem escrito, com doses exatas de violência, ação e desenvolvimento dos personagens, "Bad Country" no final das contas se mostra um veículo muito competente e eficaz.
Pablo Aluísio.
Título Original: Bad Country
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Chris Brinker
Roteiro: Jonathan Hirschbein, Tom Abernathy
Elenco: Willem Dafoe, Matt Dillon, Tom Berenger, Amy Smart
Sinopse:
O ano é 1983. O lugar, a Louisiana. O detetive Bud Carter (Willem Dafoe) investiga um grupo criminoso que vende pedras preciosas contrabandeadas. São esmeraldas e diamantes de ótima procedência. Após prender os atravessadores, Bud se convence que eles fazem parte de algo maior, de uma grande organização criminosa que atua na região. Suas investigações finalmente o levam até Jesse Weiland (Matt Dillon), veterano da guerra do Vietnã e ex-presidiário que parece ser um elo de ligação entre os vendedores e os chefões do crime. O que Bud descobre se torna apenas a ponta do iceberge de uma extensa rede criminosa que atua por todo o estado.
Comentários:
Vejam que surpresa, três ótimos atores que tiveram o auge de suas carreiras nos anos 1980 reunidos novamente nessa boa fita policial. Willem Dafoe e Tom Berenger, ambos de "Platoon" se unem a Matt Dillon, de "O Selvagem da Motocicleta", entre outros, para trazer novamente à tona esse caso real ocorrido no sul pantanoso dos Estados Unidos. Do ponto de vista puramente técnico, "Bad Country" não traz maiores surpresas. Ele apresenta um aspecto geral bem comum, até burocrático, mas que compensa tudo com o carisma dos atores e a boa trama, que vai descendo aos poucos as várias camadas do mundo do crime. O enredo se passa nos anos 80 e o figurino e o jeitão de filme policial antigo certamente atrairá a atenção dos mais saudosistas. Por falar em anos 80 Willem Dafoe e Matt Dillon parecem estar competindo entre si para ver quem desfila o bigode mais exótico em cena! Bobagens à parte vale a pena conhecer esse policial que andou bem subestimado desde que foi lançado. Bem escrito, com doses exatas de violência, ação e desenvolvimento dos personagens, "Bad Country" no final das contas se mostra um veículo muito competente e eficaz.
Pablo Aluísio.
Titãs - A Vida Até Parece uma Festa
Título no Brasil: Titãs - A Vida Até Parece uma Festa
Título Original: Titãs - A Vida Até Parece uma Festa
Ano de Produção: 2008
País: Brasil
Estúdio: Academia de Filmes, Casa Cinco
Direção: Oscar Rodrigues Alves, Branco Mello
Roteiro: Oscar Rodrigues Alves, Branco Mello
Elenco: Arnaldo Antunes, Tony Bellotto, Sérgio Britto, Marcelo Fromer, Charles Gavin, Branco Mello, Paulo Miklos, Nando Reis
Sinopse:
Documentário musical que resgata a história do grupo de rock brasileiro, Titãs, desde os seus primórdios, passando por sua consagração popular durante os anos 80 até os dias de hoje. A amizade e o laço de união que une todos os integrantes são mostrados atrávés de raras filmagens amadoras feitas pelo próprio grupo ao longo de sua carreira.
Comentários:
Muito bom esse documentário dirigido por Branco Mello sobre o Titãs. Quem foi jovem nos anos 80 certamente acompanhou o grupo, mesmo que não fosse fã e nem comprasse os discos da banda. Isso porque havia no ar todo aquele movimento do rock nacional que tomou as paradas e as rádios pelo Brasil afora. Cenas curiosas - como a participação do conjunto em programas de tv como "Qual é a Música" de Sílvio Santos, clips de músicas e cenas amadoras captadas por filmadoras VHS - compõe um acervo rico e variado dos rumos que os rapazes percorreram por todos esses anos. O interessante é que a edição é ágil, bem bolada, e nada burocrática, evitando aquele clima de tédio que muitas vezes acompanha esse tipo de produção. No saldo geral é divertido, engraçado e até dramático em certos momentos (como na morte precoce de Marcelo Fromer). No final das contas quem melhor resume tudo é o guitarrista Tony Bellotto explicando que montar um grupo de rock tem muito a ver com aquele sonho juvenil que todos um dia tiveram e que esse sentimento segue em frente com os músicos mesmo após tantos anos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Titãs - A Vida Até Parece uma Festa
Ano de Produção: 2008
País: Brasil
Estúdio: Academia de Filmes, Casa Cinco
Direção: Oscar Rodrigues Alves, Branco Mello
Roteiro: Oscar Rodrigues Alves, Branco Mello
Elenco: Arnaldo Antunes, Tony Bellotto, Sérgio Britto, Marcelo Fromer, Charles Gavin, Branco Mello, Paulo Miklos, Nando Reis
Sinopse:
Documentário musical que resgata a história do grupo de rock brasileiro, Titãs, desde os seus primórdios, passando por sua consagração popular durante os anos 80 até os dias de hoje. A amizade e o laço de união que une todos os integrantes são mostrados atrávés de raras filmagens amadoras feitas pelo próprio grupo ao longo de sua carreira.
Comentários:
Muito bom esse documentário dirigido por Branco Mello sobre o Titãs. Quem foi jovem nos anos 80 certamente acompanhou o grupo, mesmo que não fosse fã e nem comprasse os discos da banda. Isso porque havia no ar todo aquele movimento do rock nacional que tomou as paradas e as rádios pelo Brasil afora. Cenas curiosas - como a participação do conjunto em programas de tv como "Qual é a Música" de Sílvio Santos, clips de músicas e cenas amadoras captadas por filmadoras VHS - compõe um acervo rico e variado dos rumos que os rapazes percorreram por todos esses anos. O interessante é que a edição é ágil, bem bolada, e nada burocrática, evitando aquele clima de tédio que muitas vezes acompanha esse tipo de produção. No saldo geral é divertido, engraçado e até dramático em certos momentos (como na morte precoce de Marcelo Fromer). No final das contas quem melhor resume tudo é o guitarrista Tony Bellotto explicando que montar um grupo de rock tem muito a ver com aquele sonho juvenil que todos um dia tiveram e que esse sentimento segue em frente com os músicos mesmo após tantos anos.
Pablo Aluísio.
domingo, 16 de março de 2014
O Conselheiro do Crime
Título no Brasil: O Conselheiro do Crime
Título Original: The Counselor
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Ridley Scott
Roteiro: Cormac McCarthy
Elenco: Michael Fassbender, Penélope Cruz, Cameron Diaz, Javier Bardem, Brad Pitt
Sinopse:
Michael Fassbender interpreta um jovem e bem sucedido advogado que atua na fronteira entre Estados Unidos e México. Planejando casar com sua noiva ele acaba entrando em um jogo mortal. Seus principais clientes são traficantes e membros do submundo do crime na região. Após um carregamento de caminhão com 20 milhões de dólares em cocaína sumir de seu trajeto as suspeitas acabam caindo sobre o advogado que agora terá que lutar para continuar vivo pois ele acaba virando alvo de poderosos traficantes da região.
Comentários:
Ridley Scott faz parte daquele seleto grupo de cineastas que você tem que assistir todo e qualquer filme dele que for lançado. Mesmo que seus dias de glória tenham ficado para trás não há como deixar de conferir suas novas produções. Esse "The Counselor" foi uma grata surpresa. Scott foca suas câmeras para a fronteira entre México e Estados Unidos. Como todos sabemos o México hoje está dominado por poderosos cartéis que controlam o tráfico na região (importante entreposto para levar os carregamentos de drogas para as principais cidades americanas onde estão situadas os mercados consumidores). Nessa terra praticamente não existe lei. A traição é punida com morte e nenhuma vida humana tem valor. A criminalidade é tão acentuada que mesmo não tenho qualquer culpa qualquer um acaba virando alvo. O enredo do filme não é seu grande mérito. De certa forma é até mesmo levemente banal. O que vale a pena mesmo aqui é a riqueza dos diálogos e atuações. O elenco é excepcionalmente bom mas curiosamente Michael Fassbender não se destaca. Quem rouba as atenções de fato são Brad Pitt (seu personagem não tem muito espaço mas ele está excepcionalmente bem), Javier Bardem (o figurino exagerado e brega, estilo novo rico ajuda bastante) e, acredite se quiserem, Cameron Diaz (envelhecida mas mandando muito bem em suas cenas). A direção de Ridley Scott não traz maiores inovações técnicas e seu conhecido estilo com influência do mundo da publicidade não se faz muito presente mas mesmo assim ele consegue manter o interesse da primeira à última cena. O resultado é violento e cru mas também inteligente. Esse é um daqueles filmes que você não desviará a atenção da tela. O bom e velho Scott pelo visto ainda tem alguns trunfos em sua cartola - ainda bem!
Pablo Aluísio.
Título Original: The Counselor
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Ridley Scott
Roteiro: Cormac McCarthy
Elenco: Michael Fassbender, Penélope Cruz, Cameron Diaz, Javier Bardem, Brad Pitt
Sinopse:
Michael Fassbender interpreta um jovem e bem sucedido advogado que atua na fronteira entre Estados Unidos e México. Planejando casar com sua noiva ele acaba entrando em um jogo mortal. Seus principais clientes são traficantes e membros do submundo do crime na região. Após um carregamento de caminhão com 20 milhões de dólares em cocaína sumir de seu trajeto as suspeitas acabam caindo sobre o advogado que agora terá que lutar para continuar vivo pois ele acaba virando alvo de poderosos traficantes da região.
Comentários:
Ridley Scott faz parte daquele seleto grupo de cineastas que você tem que assistir todo e qualquer filme dele que for lançado. Mesmo que seus dias de glória tenham ficado para trás não há como deixar de conferir suas novas produções. Esse "The Counselor" foi uma grata surpresa. Scott foca suas câmeras para a fronteira entre México e Estados Unidos. Como todos sabemos o México hoje está dominado por poderosos cartéis que controlam o tráfico na região (importante entreposto para levar os carregamentos de drogas para as principais cidades americanas onde estão situadas os mercados consumidores). Nessa terra praticamente não existe lei. A traição é punida com morte e nenhuma vida humana tem valor. A criminalidade é tão acentuada que mesmo não tenho qualquer culpa qualquer um acaba virando alvo. O enredo do filme não é seu grande mérito. De certa forma é até mesmo levemente banal. O que vale a pena mesmo aqui é a riqueza dos diálogos e atuações. O elenco é excepcionalmente bom mas curiosamente Michael Fassbender não se destaca. Quem rouba as atenções de fato são Brad Pitt (seu personagem não tem muito espaço mas ele está excepcionalmente bem), Javier Bardem (o figurino exagerado e brega, estilo novo rico ajuda bastante) e, acredite se quiserem, Cameron Diaz (envelhecida mas mandando muito bem em suas cenas). A direção de Ridley Scott não traz maiores inovações técnicas e seu conhecido estilo com influência do mundo da publicidade não se faz muito presente mas mesmo assim ele consegue manter o interesse da primeira à última cena. O resultado é violento e cru mas também inteligente. Esse é um daqueles filmes que você não desviará a atenção da tela. O bom e velho Scott pelo visto ainda tem alguns trunfos em sua cartola - ainda bem!
Pablo Aluísio.
sábado, 15 de março de 2014
Jogos Vorazes - Em Chamas
Título no Brasil: Jogos Vorazes - Em Chamas
Título Original: The Hunger Games - Catching Fire
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: Francis Lawrence
Roteiro: Simon Beaufoy, Michael Arndt
Elenco: Jennifer Lawrence, Philip Seymour Hoffman, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Woody Harrelson, Donald Sutherland, Stanley Tucci
Sinopse:
Após os acontecimentos dos Jogos Vorazes do filme anterior a jovem Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) se torna um ícone dos sentimentos que norteiam os grupos que desejam uma revolução dentro dos distritos. Isso é muito preocupante para o regime que resolve levar a garota em uma turnê de propaganda pelos distritos prestes a se rebelarem. O tiro porém sai pela culatra. Desesperados para se livrarem de Katniss, o presidente Snow (Donald Sutherland) resolve reunir os campeões dos últimos Jogos Vorazes para que lutem entre si naquele que promete ser o maior programa de sua história.
Comentários:
Para falar a verdade gostei mais dessa sequência do que do primeiro filme. Passada a necessidade de apresentar um novo universo aos cinéfilos a trama acaba fluindo muito melhor, sem aquela preocupação em explicar tudo nos mínimos detalhes para que os que não leram os livros possam entender do que se trata. Esse "Jogos Vorazes - Em Chamas" tem três aspectos que achei superiores ao primeiro filme. O primeiro deles foi a maior preocupação em mostrar os contextos políticos e sociais que rondam aquela sociedade. Há uma clara tentativa em mostrar isso em detrimento dos jogos propriamente ditos. Para se ter uma idéia em um filme que tem 140 minutos de duração, pelo menos mais da metade foi dedicada apenas ao clima de tensão e rebelião que rondam os distritos. O segundo ponto a se elogiar foi o maior equilíbrio alcançado dentro da produção. No primeiro filme tínhamos um certo exagero nos figurinos e na direção de arte, que soava muito kitsch - já aqui tudo está bem mais contido, demonstrando um melhor bom gosto nesses aspectos puramente técnicos.
Por fim, o mais importante: esse filme conta no elenco com o magistral Philip Seymour Hoffman em um de seus últimos trabalhos no cinema. Ele interpreta o personagem Plutarch Heavensbee. Dentro desse mundo de "Jogos Vorazes" todos concordam que ele é uma das peças mais importantes do quebra-cabeças que move toda a trama da série. No começo isso é bem fácil de entender. Inicialmente ele é um sujeito completamente comprometido com o sucesso dos Jogos transmitidos pela TV mas logo depois descobrimos que nem tudo é o aparenta ser. Com a trágica morte de Seymour não sei como a produtora levará seu personagem daqui em diante. A única coisa que sei é que não será nada fácil arranjar um ator à altura de Philip Seymour Hoffman que era realmente um talento fantástico, único. "Jogos Vorazes - Em Chamas" assim fica bem acima do que era esperado. Um blockbuster bem realizado que cumpre aquilo que promete muito bem: diversão pipoca sem culpas!
Pablo Aluísio.
Título Original: The Hunger Games - Catching Fire
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: Francis Lawrence
Roteiro: Simon Beaufoy, Michael Arndt
Elenco: Jennifer Lawrence, Philip Seymour Hoffman, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Woody Harrelson, Donald Sutherland, Stanley Tucci
Sinopse:
Após os acontecimentos dos Jogos Vorazes do filme anterior a jovem Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) se torna um ícone dos sentimentos que norteiam os grupos que desejam uma revolução dentro dos distritos. Isso é muito preocupante para o regime que resolve levar a garota em uma turnê de propaganda pelos distritos prestes a se rebelarem. O tiro porém sai pela culatra. Desesperados para se livrarem de Katniss, o presidente Snow (Donald Sutherland) resolve reunir os campeões dos últimos Jogos Vorazes para que lutem entre si naquele que promete ser o maior programa de sua história.
Comentários:
Para falar a verdade gostei mais dessa sequência do que do primeiro filme. Passada a necessidade de apresentar um novo universo aos cinéfilos a trama acaba fluindo muito melhor, sem aquela preocupação em explicar tudo nos mínimos detalhes para que os que não leram os livros possam entender do que se trata. Esse "Jogos Vorazes - Em Chamas" tem três aspectos que achei superiores ao primeiro filme. O primeiro deles foi a maior preocupação em mostrar os contextos políticos e sociais que rondam aquela sociedade. Há uma clara tentativa em mostrar isso em detrimento dos jogos propriamente ditos. Para se ter uma idéia em um filme que tem 140 minutos de duração, pelo menos mais da metade foi dedicada apenas ao clima de tensão e rebelião que rondam os distritos. O segundo ponto a se elogiar foi o maior equilíbrio alcançado dentro da produção. No primeiro filme tínhamos um certo exagero nos figurinos e na direção de arte, que soava muito kitsch - já aqui tudo está bem mais contido, demonstrando um melhor bom gosto nesses aspectos puramente técnicos.
Por fim, o mais importante: esse filme conta no elenco com o magistral Philip Seymour Hoffman em um de seus últimos trabalhos no cinema. Ele interpreta o personagem Plutarch Heavensbee. Dentro desse mundo de "Jogos Vorazes" todos concordam que ele é uma das peças mais importantes do quebra-cabeças que move toda a trama da série. No começo isso é bem fácil de entender. Inicialmente ele é um sujeito completamente comprometido com o sucesso dos Jogos transmitidos pela TV mas logo depois descobrimos que nem tudo é o aparenta ser. Com a trágica morte de Seymour não sei como a produtora levará seu personagem daqui em diante. A única coisa que sei é que não será nada fácil arranjar um ator à altura de Philip Seymour Hoffman que era realmente um talento fantástico, único. "Jogos Vorazes - Em Chamas" assim fica bem acima do que era esperado. Um blockbuster bem realizado que cumpre aquilo que promete muito bem: diversão pipoca sem culpas!
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 14 de março de 2014
As Bem-Armadas
Título no Brasil: As Bem-Armadas
Título Original: The Heat
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Paul Feig
Roteiro: Katie Dippold
Elenco: Sandra Bullock, Melissa McCarthy, Marlon Wayans
Sinopse:
Ashburn (Sandra Bullock) é uma agente do FBI carreirista, arrogante e nerd que só pensa em ser promovida. Após prender um serial killer ela é designada para uma nova missão em Boston. Há um chefão de drogas atuando na cidade que a agência há muito tempo tenta descobrir a identidade. Lá acaba tendo que trabalhar ao lado da detetive Mullins (Melissa McCarthy) da polícia de Boston. Ela é o extremo oposto da engomadinha do FBI. É grosseirona, tem a boca suja e um jeito bem truculento de lidar com a bandidagem da localidade.
Comentários:
Pensei que fosse bem pior. Tudo bem, certamente é uma bobagem mas tenho que reconhecer que é uma bobagem divertida. Na realidade o roteiro tem mais clichês do que as novelas da Globo mas pelo menos existem momentos e cenas que vão lhe proporcionar algumas risadas. A fórmula é obviamente muito batida, essa coisa de comédia policial que reúne dois tiras de personalidades bem opostas já era coisa antiga nos anos 80, então imagine nos dias de hoje! Mesmo assim a presepada funciona. Credito isso ao carisma de Sandra Bullock e Melissa McCarthy. A Bullock deve sofrer de algum transtorno, deve ser bipolar ou algo assim, só isso explica o fato de sua carreira ser tão irregular. No mesmo ano em que concorre ao Oscar com chances reais ele me sai com uma bobeirinha como esse filme. Vai entender a cabeça da moça! Já a gordinha Melissa McCarthy está impagável como a policial boca suja, mal educada e casca grossa Mullins! Foi justamente com ela que dei algumas boas gargalhadas pois seus diálogos são pra lá de toscos! Enfim, pipocão americano com jeitão de anos 80. Se você gosta do estilo certamente vai gostar.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Heat
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Paul Feig
Roteiro: Katie Dippold
Elenco: Sandra Bullock, Melissa McCarthy, Marlon Wayans
Sinopse:
Ashburn (Sandra Bullock) é uma agente do FBI carreirista, arrogante e nerd que só pensa em ser promovida. Após prender um serial killer ela é designada para uma nova missão em Boston. Há um chefão de drogas atuando na cidade que a agência há muito tempo tenta descobrir a identidade. Lá acaba tendo que trabalhar ao lado da detetive Mullins (Melissa McCarthy) da polícia de Boston. Ela é o extremo oposto da engomadinha do FBI. É grosseirona, tem a boca suja e um jeito bem truculento de lidar com a bandidagem da localidade.
Comentários:
Pensei que fosse bem pior. Tudo bem, certamente é uma bobagem mas tenho que reconhecer que é uma bobagem divertida. Na realidade o roteiro tem mais clichês do que as novelas da Globo mas pelo menos existem momentos e cenas que vão lhe proporcionar algumas risadas. A fórmula é obviamente muito batida, essa coisa de comédia policial que reúne dois tiras de personalidades bem opostas já era coisa antiga nos anos 80, então imagine nos dias de hoje! Mesmo assim a presepada funciona. Credito isso ao carisma de Sandra Bullock e Melissa McCarthy. A Bullock deve sofrer de algum transtorno, deve ser bipolar ou algo assim, só isso explica o fato de sua carreira ser tão irregular. No mesmo ano em que concorre ao Oscar com chances reais ele me sai com uma bobeirinha como esse filme. Vai entender a cabeça da moça! Já a gordinha Melissa McCarthy está impagável como a policial boca suja, mal educada e casca grossa Mullins! Foi justamente com ela que dei algumas boas gargalhadas pois seus diálogos são pra lá de toscos! Enfim, pipocão americano com jeitão de anos 80. Se você gosta do estilo certamente vai gostar.
Pablo Aluísio.
Trem Noturno para Lisboa
Título no Brasil: Trem Noturno para Lisboa
Título Original: Night Train to Lisbon
Ano de Produção: 2013
País: Alemanha, Suíca, Portugal
Estúdio: Lionsgate
Direção: Bille August
Roteiro: Pascal Mercier, Greg Latter
Elenco: Jeremy Irons, Christopher Lee, Charlotte Rampling, Lena Olin
Sinopse:
Raimund Gregorius (Jeremy Irons) é um tímido professor de história do ensino médio que, ao ir para a escola dar sua aula diária, acaba encontrando uma garota prestes a pular de uma ponte em Berna, na Suíça. Desesperado ele ainda consegue salvar a jovem da morte. Depois de recuperada ela some mais uma vez e deixa para trás um casaco vermelho, com um livro dentro dele e uma passagem de trem para Lisboa, Portugal. Intrigado o professor em um impulso resolve seguir os passos da misteriosa suicida e viaja até Portugal onde começa a descobrir mais sobre o passado do autor do livro que estava com ela.
Comentários:
Já fazia um bom tempo que tinha visto pela última vez um filme assinado pelo talentoso cineasta dinamarquês Bille August. Três de seus filmes considero verdadeiras obras primas do cinema, "A Casa dos Espíritos" (1993), "Pelle, o Conquistador" (1987) e "Os Miseráveis" (1998). Aqui ele foca suas lentes para um filme sui generis em sua carreira. Apoiado no brilhante trabalho de composição de Jeremy Irons, August conta uma estória que mescla paixão e nostalgia, passado e presente, com raro brilhantismo. O roteiro é muito bem escrito, com ótimas linhas de diálogo, e uma sempre presente sensação de mistério e descobrimento ao longo da trama. É um tipo de argumento que só funciona dentro do cinema europeu pois certamente faltam classe e sofisticação intelectual aos americanos para gostar de uma obra cinematográfica como essa. O ritmo é contemplativo, algumas vezes soturno, e explora os traumas do povo português em relação ao seu passado ditatorial. O ditador Salazar e seu regime opressor é uma presença constante nas lembranças e recordações dos personagens portugueses que desfilam pela tela, cujas feridas emocionais e físicas ainda se mostram bem presentes. Além de Jeremy Irons, como sempre excelente, o filme ainda traz no elenco Christopher Lee, interpretando o Padre Bartolomeu, cujas lembranças ajudam o espectador a compreender o grande mosaico que se forma no desenrolar da trama. Uma obra sensível, muito consistente e que merece ser conhecida, pelo menos para o público mais intelectualmente engajado sobre o passado e seus desdobramentos no futuro.
Pablo Aluísio.
Título Original: Night Train to Lisbon
Ano de Produção: 2013
País: Alemanha, Suíca, Portugal
Estúdio: Lionsgate
Direção: Bille August
Roteiro: Pascal Mercier, Greg Latter
Elenco: Jeremy Irons, Christopher Lee, Charlotte Rampling, Lena Olin
Sinopse:
Raimund Gregorius (Jeremy Irons) é um tímido professor de história do ensino médio que, ao ir para a escola dar sua aula diária, acaba encontrando uma garota prestes a pular de uma ponte em Berna, na Suíça. Desesperado ele ainda consegue salvar a jovem da morte. Depois de recuperada ela some mais uma vez e deixa para trás um casaco vermelho, com um livro dentro dele e uma passagem de trem para Lisboa, Portugal. Intrigado o professor em um impulso resolve seguir os passos da misteriosa suicida e viaja até Portugal onde começa a descobrir mais sobre o passado do autor do livro que estava com ela.
Comentários:
Já fazia um bom tempo que tinha visto pela última vez um filme assinado pelo talentoso cineasta dinamarquês Bille August. Três de seus filmes considero verdadeiras obras primas do cinema, "A Casa dos Espíritos" (1993), "Pelle, o Conquistador" (1987) e "Os Miseráveis" (1998). Aqui ele foca suas lentes para um filme sui generis em sua carreira. Apoiado no brilhante trabalho de composição de Jeremy Irons, August conta uma estória que mescla paixão e nostalgia, passado e presente, com raro brilhantismo. O roteiro é muito bem escrito, com ótimas linhas de diálogo, e uma sempre presente sensação de mistério e descobrimento ao longo da trama. É um tipo de argumento que só funciona dentro do cinema europeu pois certamente faltam classe e sofisticação intelectual aos americanos para gostar de uma obra cinematográfica como essa. O ritmo é contemplativo, algumas vezes soturno, e explora os traumas do povo português em relação ao seu passado ditatorial. O ditador Salazar e seu regime opressor é uma presença constante nas lembranças e recordações dos personagens portugueses que desfilam pela tela, cujas feridas emocionais e físicas ainda se mostram bem presentes. Além de Jeremy Irons, como sempre excelente, o filme ainda traz no elenco Christopher Lee, interpretando o Padre Bartolomeu, cujas lembranças ajudam o espectador a compreender o grande mosaico que se forma no desenrolar da trama. Uma obra sensível, muito consistente e que merece ser conhecida, pelo menos para o público mais intelectualmente engajado sobre o passado e seus desdobramentos no futuro.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 13 de março de 2014
De Repente Pai
Título no Brasil: De Repente Pai
Título Original: Delivery Man
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks SKG, Touchstone Pictures
Direção: Ken Scott
Roteiro: Ken Scott
Elenco: Vince Vaughn, Chris Pratt, Cobie Smulders
Sinopse:
Quando jovem, David (Vince Vaughn) descobriu uma forma fácil de ganhar dinheiro: doando esperma para uma clínica de infertilidade masculina. Vinte anos depois, já quarentão, David recebe uma notícia bomba: seus filhos que foram gerados através de inseminação artificial estão lutando na justiça para descobrir sua verdadeira identidade. E para piorar a situação de David ele descobre que há 533 descendentes dele à espera de lhe conhecer pessoalmente! Imaginem a saia justa!
Comentários:
Certamente uma comédia bem melhor do que o filme anterior de Vince Vaughn, aquele morno "Os Estagiários". Aqui o grande mérito vem da estória bem bolada que é divertida por si só - certamente você deve ter rido ao ler a sinopse dessa produção. Imagine ser um sujeito como David, que vive como entregador de carnes da empresa do pai, de repente descobrir que existem mais de 500 filhos seus por aí. Apesar do argumento escrachado há ainda uma (boa) tentativa de mostrar aspectos ternos da vida do personagem principal ao mostrar seus esforço em fazer valer seu conturbado relacionamento com uma policial que fica grávida dele. Pessoalmente gostei bastante da perfomance de Vince Vaughn. Ele está sutil e no tom ideal. Sempre gostei de seu trabalho como comediante mesmo quando apareceu em filmes menores e fracos. Aqui ele encontrou um bom material para mostrar seu carisma, cortesia de Steven Spielberg e seu estúdio Dreamworks. Em suma, pode assistir sem receios, "Delivery Man" é simpático, tem bons momentos e um roteiro bem redondinho, sem arestas. Um filme leve e muito agradável.
Pablo Aluísio.
Título Original: Delivery Man
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks SKG, Touchstone Pictures
Direção: Ken Scott
Roteiro: Ken Scott
Elenco: Vince Vaughn, Chris Pratt, Cobie Smulders
Sinopse:
Quando jovem, David (Vince Vaughn) descobriu uma forma fácil de ganhar dinheiro: doando esperma para uma clínica de infertilidade masculina. Vinte anos depois, já quarentão, David recebe uma notícia bomba: seus filhos que foram gerados através de inseminação artificial estão lutando na justiça para descobrir sua verdadeira identidade. E para piorar a situação de David ele descobre que há 533 descendentes dele à espera de lhe conhecer pessoalmente! Imaginem a saia justa!
Comentários:
Certamente uma comédia bem melhor do que o filme anterior de Vince Vaughn, aquele morno "Os Estagiários". Aqui o grande mérito vem da estória bem bolada que é divertida por si só - certamente você deve ter rido ao ler a sinopse dessa produção. Imagine ser um sujeito como David, que vive como entregador de carnes da empresa do pai, de repente descobrir que existem mais de 500 filhos seus por aí. Apesar do argumento escrachado há ainda uma (boa) tentativa de mostrar aspectos ternos da vida do personagem principal ao mostrar seus esforço em fazer valer seu conturbado relacionamento com uma policial que fica grávida dele. Pessoalmente gostei bastante da perfomance de Vince Vaughn. Ele está sutil e no tom ideal. Sempre gostei de seu trabalho como comediante mesmo quando apareceu em filmes menores e fracos. Aqui ele encontrou um bom material para mostrar seu carisma, cortesia de Steven Spielberg e seu estúdio Dreamworks. Em suma, pode assistir sem receios, "Delivery Man" é simpático, tem bons momentos e um roteiro bem redondinho, sem arestas. Um filme leve e muito agradável.
Pablo Aluísio.
A Um Passo do Estrelato
Título no Brasil: A Um Passo do Estrelato
Título Original: Twenty Feet from Stardom
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Gil Friesen Productions, Tremolo Productions
Direção: Morgan Neville
Roteiro: Morgan Neville
Elenco: Darlene Love, Merry Clayton, Lisa Fischer
Sinopse:
O filme acompanha o cotidiano de um grupo de talentosas cantoras americanas que mesmo sendo grandes artistas vocais não conseguiram se tornar estrelas dentro da indústria fonográfica dos Estados Unidos. Assim vão vivendo na sombra de grandes astros, geralmente fazendo vocal de apoio para os famosos e idolatrados mitos do mundo da música.
Comentários:
Um filme muito tocante que traz algumas verdades sobre o mundo musical. Dentre elas a mais importante talvez seja a conscientização de que nem sempre os melhores talentos vencem na arena do sucesso no mundo da música. Aqui temos uma amostra disso. Cantoras talentosas, carismáticas, com lindas vozes, mas que mesmo assim não conseguiram encontrar o caminho do sucesso comercial para suas carreiras. É a tal coisa, assim como acontece no mundo lá fora, no mundo da indústria fonográfica a situação se repete. Medíocres viram ídolos enquanto os verdadeiros talentos muitas vezes são esquecidos ou ignorados. Uma triste realidade? Certamente sim, mas algo que infelizmente acontece. Esse documentário musical joga uma luz sobre essa questão mas não se preocupe com melodramas em excesso pois tudo foi realizado com uma elegância fora do comum. A produção vem colecionando prêmios pelo mundo afora e acabou de ser consagrada na última entrega dos prêmios da Academia onde venceu o Oscar na categoria de Melhor Documentário. Muito justo aliás, pois mostra uma realidade que muitos simplesmente ignoram ou fingem desconhecer.
Pablo Aluísio.
Título Original: Twenty Feet from Stardom
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Gil Friesen Productions, Tremolo Productions
Direção: Morgan Neville
Roteiro: Morgan Neville
Elenco: Darlene Love, Merry Clayton, Lisa Fischer
Sinopse:
O filme acompanha o cotidiano de um grupo de talentosas cantoras americanas que mesmo sendo grandes artistas vocais não conseguiram se tornar estrelas dentro da indústria fonográfica dos Estados Unidos. Assim vão vivendo na sombra de grandes astros, geralmente fazendo vocal de apoio para os famosos e idolatrados mitos do mundo da música.
Comentários:
Um filme muito tocante que traz algumas verdades sobre o mundo musical. Dentre elas a mais importante talvez seja a conscientização de que nem sempre os melhores talentos vencem na arena do sucesso no mundo da música. Aqui temos uma amostra disso. Cantoras talentosas, carismáticas, com lindas vozes, mas que mesmo assim não conseguiram encontrar o caminho do sucesso comercial para suas carreiras. É a tal coisa, assim como acontece no mundo lá fora, no mundo da indústria fonográfica a situação se repete. Medíocres viram ídolos enquanto os verdadeiros talentos muitas vezes são esquecidos ou ignorados. Uma triste realidade? Certamente sim, mas algo que infelizmente acontece. Esse documentário musical joga uma luz sobre essa questão mas não se preocupe com melodramas em excesso pois tudo foi realizado com uma elegância fora do comum. A produção vem colecionando prêmios pelo mundo afora e acabou de ser consagrada na última entrega dos prêmios da Academia onde venceu o Oscar na categoria de Melhor Documentário. Muito justo aliás, pois mostra uma realidade que muitos simplesmente ignoram ou fingem desconhecer.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 12 de março de 2014
Ases Indomáveis
Título no Brasil: Ases Indomáveis
Título Original: Top Gun
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Tony Scott
Roteiro: Jim Cash, Jack Epps Jr
Elenco: Tom Cruise, Tim Robbins, Kelly McGillis, Val Kilmer, Anthony Edwards, Meg Ryan
Sinopse:
O piloto de caças Maverick (Tom Cruise) entra na escola de elite da Marinha americana. Seu objetivo é se tornar um ás de sua categoria, um verdadeiro Top Gun. Lá se torna amigo de Goose (Anthony Edwards), seu co-piloto. A concorrência entre os alunos é feroz e todos querem ser o primeiro da turma. Iceman (Val Kilmer) se torna seu principal rival por ser um piloto arrojado e ousado. Cabe a Maverick superar esse desafio enquanto tenta conquistar o coração de Charlie (Kelly McGillis), sua instrutora de aviação militar.
Comentários:
Finalmente Tom Cruise encontra o filme que mudaria toda a sua carreira. Grande sucesso de bilheteria o transformou em astro de primeira grandeza! O filme continua muito bom, com ótimas cenas de combates entre caças F14 da marinha americana e um pano de fundo para trazer humanidade aos pilotos. Além disso o filme tem um bom romance envolvendo o personagem Maverick (Tom Cruise) e sua instrutora (a bonita Kelly MgGillis). Vendo hoje, depois de tantos anos, cheguei na conclusão que esse realmente deve ser um dos primeiros "filmes clips" da história do cinema. Essa denominação eu uso porque ele tem muito da linguagem MTV, tudo muito rápido, com edição esperta, trilha sonora de FM e nada de muito profundo ou pesado (mesmo quando seu companheiro de vôo Goose morre nada fica muito dramático).
Até hoje eu não entendi porque Top Gun nunca ganhou uma continuação na época. Todo mundo sabe que nos anos 80 todos os grandes sucessos do cinema (Rambo, Caça Fantasmas, De Volta Para o Futuro, A Hora do Espanto, etc) tiveram sequências mas Top Gun não. Complicado entender. De qualquer forma foi melhor assim. Em breve teremos um remake, algo que acho sem sentido uma vez que esse filme pop dos anos 80 só funcionaria bem mesmo naquela década, onde todo mundo usava roupas pra lá de estranhas e penteados diferentes. Além disso canções como as do grupo Berlim (da famosa canção tema Take Me Breath Away) soam datadas hoje em dia. Vamos esperar pra ver no que dá. Esse original pelo menos ainda continua muito divertido e marcante.
Pablo Aluísio.
Título Original: Top Gun
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Tony Scott
Roteiro: Jim Cash, Jack Epps Jr
Elenco: Tom Cruise, Tim Robbins, Kelly McGillis, Val Kilmer, Anthony Edwards, Meg Ryan
Sinopse:
O piloto de caças Maverick (Tom Cruise) entra na escola de elite da Marinha americana. Seu objetivo é se tornar um ás de sua categoria, um verdadeiro Top Gun. Lá se torna amigo de Goose (Anthony Edwards), seu co-piloto. A concorrência entre os alunos é feroz e todos querem ser o primeiro da turma. Iceman (Val Kilmer) se torna seu principal rival por ser um piloto arrojado e ousado. Cabe a Maverick superar esse desafio enquanto tenta conquistar o coração de Charlie (Kelly McGillis), sua instrutora de aviação militar.
Comentários:
Finalmente Tom Cruise encontra o filme que mudaria toda a sua carreira. Grande sucesso de bilheteria o transformou em astro de primeira grandeza! O filme continua muito bom, com ótimas cenas de combates entre caças F14 da marinha americana e um pano de fundo para trazer humanidade aos pilotos. Além disso o filme tem um bom romance envolvendo o personagem Maverick (Tom Cruise) e sua instrutora (a bonita Kelly MgGillis). Vendo hoje, depois de tantos anos, cheguei na conclusão que esse realmente deve ser um dos primeiros "filmes clips" da história do cinema. Essa denominação eu uso porque ele tem muito da linguagem MTV, tudo muito rápido, com edição esperta, trilha sonora de FM e nada de muito profundo ou pesado (mesmo quando seu companheiro de vôo Goose morre nada fica muito dramático).
Até hoje eu não entendi porque Top Gun nunca ganhou uma continuação na época. Todo mundo sabe que nos anos 80 todos os grandes sucessos do cinema (Rambo, Caça Fantasmas, De Volta Para o Futuro, A Hora do Espanto, etc) tiveram sequências mas Top Gun não. Complicado entender. De qualquer forma foi melhor assim. Em breve teremos um remake, algo que acho sem sentido uma vez que esse filme pop dos anos 80 só funcionaria bem mesmo naquela década, onde todo mundo usava roupas pra lá de estranhas e penteados diferentes. Além disso canções como as do grupo Berlim (da famosa canção tema Take Me Breath Away) soam datadas hoje em dia. Vamos esperar pra ver no que dá. Esse original pelo menos ainda continua muito divertido e marcante.
Pablo Aluísio.
A Batalha de Seattle
Título no Brasil: A Batalha de Seattle
Título Original: Battle in Seattle
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Hyde Park Entertainment, Insight Film Studios
Direção: Stuart Townsend
Roteiro: Stuart Townsend
Elenco: Charlize Theron, Channing Tatum, Ray Liotta, Woody Harrelson, Joshua Jackson, Michelle Rodriguez
Sinopse:
O filme retrata aspectos das vidas de várias pessoas que acabaram se envolvendo numa das maiores manifestações já realizadas nos Estados Unidos, em Seattle no ano de 1999. Na ocasião milhares de manifestantes tomaram as ruas em protesto contra medidas tomadas pela Organização Mundial de Comercio (OMC). O problema é que o que era para ser um protesto pacífico acabou em muita confusão e pancadaria.
Comentários:
Já que as manifestações de rua continuam na ordem do dia no Brasil, nada melhor do que assistir (ou rever) a esse "Battle in Seattle" que mostra como algo que originalmente foi planejado para ser pacífico pode se tornar literalmente uma guerra campal entre manifestantes radicais e forças policiais. O roteiro é do estilo mosaico, ou seja, vários personagens, sem quaisquer ligações entre si, acabam convergindo para um único momento comum na trama. O elenco é muito bom a começar pela maravilhosa Charlize Theron, uma atriz que além de linda sempre foi muito inteligente e envolvida em causas sociais e políticas. Inclusive ela abriu mão de grande parte de seu cachê para participar dessa produção por acreditar na mensagem política que o roteiro tenta passar ao público. Muitos vão reclamar de uma certa falta de foco maior do texto mas essa é uma questão menor. O que vale mesmo é a oportunidade de conhecer mais a fundo esse evento - que embora tenha se passado nas ruas americanas poderia ter acontecido em qualquer outro lugar do mundo. Que o diga os brasileiros...
Pablo Aluísio.
Título Original: Battle in Seattle
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Hyde Park Entertainment, Insight Film Studios
Direção: Stuart Townsend
Roteiro: Stuart Townsend
Elenco: Charlize Theron, Channing Tatum, Ray Liotta, Woody Harrelson, Joshua Jackson, Michelle Rodriguez
Sinopse:
O filme retrata aspectos das vidas de várias pessoas que acabaram se envolvendo numa das maiores manifestações já realizadas nos Estados Unidos, em Seattle no ano de 1999. Na ocasião milhares de manifestantes tomaram as ruas em protesto contra medidas tomadas pela Organização Mundial de Comercio (OMC). O problema é que o que era para ser um protesto pacífico acabou em muita confusão e pancadaria.
Comentários:
Já que as manifestações de rua continuam na ordem do dia no Brasil, nada melhor do que assistir (ou rever) a esse "Battle in Seattle" que mostra como algo que originalmente foi planejado para ser pacífico pode se tornar literalmente uma guerra campal entre manifestantes radicais e forças policiais. O roteiro é do estilo mosaico, ou seja, vários personagens, sem quaisquer ligações entre si, acabam convergindo para um único momento comum na trama. O elenco é muito bom a começar pela maravilhosa Charlize Theron, uma atriz que além de linda sempre foi muito inteligente e envolvida em causas sociais e políticas. Inclusive ela abriu mão de grande parte de seu cachê para participar dessa produção por acreditar na mensagem política que o roteiro tenta passar ao público. Muitos vão reclamar de uma certa falta de foco maior do texto mas essa é uma questão menor. O que vale mesmo é a oportunidade de conhecer mais a fundo esse evento - que embora tenha se passado nas ruas americanas poderia ter acontecido em qualquer outro lugar do mundo. Que o diga os brasileiros...
Pablo Aluísio.
O Bebê de Rosemary
Título no Brasil: O Bebê de Rosemary
Título Original: Rosemary's Baby
Ano de Produção: 1968
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Roman Polanski
Elenco: Mia Farrow, John Cassavetes, Ruth Gordon
Sinopse:
Rosemary (Mia Farrow) e Guy Woodhouse (John Cassavetes) formam um jovem e aparentemente feliz casal. O marido está tentando conseguir levantar sua carreira de ator e para isso ambos decidem se mudar para Nova Iorque. Na nova cidade vão morar no sinistro prédio Dakota, bem ao lado do Central Park. Tudo começa a correr muito bem até Rosemary começar a ter estranhas alucinações - algo que parece estar ligado ao fato dela estar grávida de alguns meses. Aos poucos delírios e realidade começam a se misturar em sua mente, a levando para um caminho sem volta...
Comentários:
"Rosemary's Baby" pode não ser o melhor filme da carreira do cineasta Roman Polanski mas certamente é o mais lembrado. Baseado no livro de Ira Levin, o filme consegue levar um enredo até singelo, simples, com muita simbologia e tensão. Aqui se prova que para se realizar um bom filme de terror e suspense não é necessário toneladas de efeitos digitais e nem excesso de cenas sensacionalistas. Tudo pode ser levado com a singeleza de uma simples sugestão. Polanski também respeita profundamente a inteligência do espectador, procurando não expor de forma explícita o que realmente está acontecendo. Um exemplo perfeito de direção de bom gosto. Já quem brilha no elenco é a atriz Mia Farrow. Seu tipo mais exótico caiu como uma luva na pela da estranha - e complexa - Rosemary. Além de ser muito bem dirigido e atuado "Rosemary's Baby" também entrou na história do cinema por causa das várias lendas que fazem parte de seus bastidores. Filmado no Dakota (o mesmo prédio onde o ex-Beatle John Lennon seria assassinado anos depois), a produção foi complicada e cheia de eventos estranhos e inexplicáveis. Só as filmagens já dariam assunto para um livro inteiro mas por enquanto ignore isso e aproveite para assistir esse que é considerado um dos melhores filmes de suspense de todos os tempos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Rosemary's Baby
Ano de Produção: 1968
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Roman Polanski
Elenco: Mia Farrow, John Cassavetes, Ruth Gordon
Sinopse:
Rosemary (Mia Farrow) e Guy Woodhouse (John Cassavetes) formam um jovem e aparentemente feliz casal. O marido está tentando conseguir levantar sua carreira de ator e para isso ambos decidem se mudar para Nova Iorque. Na nova cidade vão morar no sinistro prédio Dakota, bem ao lado do Central Park. Tudo começa a correr muito bem até Rosemary começar a ter estranhas alucinações - algo que parece estar ligado ao fato dela estar grávida de alguns meses. Aos poucos delírios e realidade começam a se misturar em sua mente, a levando para um caminho sem volta...
Comentários:
"Rosemary's Baby" pode não ser o melhor filme da carreira do cineasta Roman Polanski mas certamente é o mais lembrado. Baseado no livro de Ira Levin, o filme consegue levar um enredo até singelo, simples, com muita simbologia e tensão. Aqui se prova que para se realizar um bom filme de terror e suspense não é necessário toneladas de efeitos digitais e nem excesso de cenas sensacionalistas. Tudo pode ser levado com a singeleza de uma simples sugestão. Polanski também respeita profundamente a inteligência do espectador, procurando não expor de forma explícita o que realmente está acontecendo. Um exemplo perfeito de direção de bom gosto. Já quem brilha no elenco é a atriz Mia Farrow. Seu tipo mais exótico caiu como uma luva na pela da estranha - e complexa - Rosemary. Além de ser muito bem dirigido e atuado "Rosemary's Baby" também entrou na história do cinema por causa das várias lendas que fazem parte de seus bastidores. Filmado no Dakota (o mesmo prédio onde o ex-Beatle John Lennon seria assassinado anos depois), a produção foi complicada e cheia de eventos estranhos e inexplicáveis. Só as filmagens já dariam assunto para um livro inteiro mas por enquanto ignore isso e aproveite para assistir esse que é considerado um dos melhores filmes de suspense de todos os tempos.
Pablo Aluísio.
Velozes e Furiosos
Título no Brasil: Velozes e Furiosos
Título Original: The Fast and the Furious
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Rob L. Cohen
Roteiro: Ken Li, Gary Scott
Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, Michelle Rodriguez
Sinopse:
Dominic Toretto (Vin Diesel) é líder de uma gangue que se reúne com carros possantes na noite para disputar rachas e corridas em alta velocidade, tudo realizado sem autorização das autoridades, de forma ilegal. Após vários casos envolvendo roubos de caminhões com cargas valiosas a polícia de Los Angeles resolve enviar um tira disfarçado, Brian (Paul Walker), para se infiltrar entre os corredores. Lá ele tentará descobrir quem realmente está por trás dos roubos de carga.
Comentários:
A ideia do filme nasceu de uma operação policial real realizada pelo departamento de Los Angeles que conseguiu desmontar o esquema de roubo de caminhões na cidade. Para surpresa de todos os criminosos eram em sua maioria filhos de famílias bem estruturadas, algumas até ricas da região. Assim o roteiro foi escrito com obviamente mais adrenalina sendo injetada ao longo do argumento. Vin Diesel lidera o elenco como um sujeito que adora corridas ilegais de carros e rachas com máquinas possantes. Na época de lançamento do filme alguns críticos americanos reclamaram de seu personagem, que apesar de ser um criminoso, era retratado pelo diretor como um sujeito cool e descolado! Já Paul Walker interpreta o tira infiltrado na gangue de viciados em velocidade. Por uma dessas trágicas ironias do destino o próprio ator seria vítima de uma morte terrível ocasionada também por excesso de velocidade em um carro possante. Isso como era de se esperar reacendeu o interesse nessa franquia que agora tem praticamente todos os seus filmes reprisados na TV a cabo. Não deixa de ser um boa oportunidade para rever
Pablo Aluísio.
Título Original: The Fast and the Furious
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Rob L. Cohen
Roteiro: Ken Li, Gary Scott
Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, Michelle Rodriguez
Sinopse:
Dominic Toretto (Vin Diesel) é líder de uma gangue que se reúne com carros possantes na noite para disputar rachas e corridas em alta velocidade, tudo realizado sem autorização das autoridades, de forma ilegal. Após vários casos envolvendo roubos de caminhões com cargas valiosas a polícia de Los Angeles resolve enviar um tira disfarçado, Brian (Paul Walker), para se infiltrar entre os corredores. Lá ele tentará descobrir quem realmente está por trás dos roubos de carga.
Comentários:
A ideia do filme nasceu de uma operação policial real realizada pelo departamento de Los Angeles que conseguiu desmontar o esquema de roubo de caminhões na cidade. Para surpresa de todos os criminosos eram em sua maioria filhos de famílias bem estruturadas, algumas até ricas da região. Assim o roteiro foi escrito com obviamente mais adrenalina sendo injetada ao longo do argumento. Vin Diesel lidera o elenco como um sujeito que adora corridas ilegais de carros e rachas com máquinas possantes. Na época de lançamento do filme alguns críticos americanos reclamaram de seu personagem, que apesar de ser um criminoso, era retratado pelo diretor como um sujeito cool e descolado! Já Paul Walker interpreta o tira infiltrado na gangue de viciados em velocidade. Por uma dessas trágicas ironias do destino o próprio ator seria vítima de uma morte terrível ocasionada também por excesso de velocidade em um carro possante. Isso como era de se esperar reacendeu o interesse nessa franquia que agora tem praticamente todos os seus filmes reprisados na TV a cabo. Não deixa de ser um boa oportunidade para rever
Pablo Aluísio.
terça-feira, 11 de março de 2014
Titus
Título no Brasil: Titus
Título Original: Titus
Ano de Produção: 1999
País: Itália / EUA / Reino Unido
Estúdio: Clear Blue Sky Productions, Overseas FilmGroup
Direção: Julie Taymor
Roteiro: Julie Taymor
Elenco: Anthony Hopkins, Jessica Lange, Raz Degan.
Sinopse:
Depois de derrotar os inimigos do império, o vitorioso general Titus Andronicus (Anthony Hopkins), retorna à Roma com Tamora (Jessica Lange), a Rainha dos Godos, seus filhos e o mouro Aaron (Harry J. Lenix), como prisioneiros. Mal sabe o general o destino que lhe espera. Adaptação da peça de Shakespeare "Titus Andronicus."
Comentários:
É o que costumamos chamar de adaptação "robusta" de William Shakespeare. E o que isso exatamente significa? Significa que não há maiores concessões ao público pois se trata de uma adaptação bem fiel ao texto do famoso autor. Obviamente que a linguagem rica (para alguns muito rebuscada) vai afastar parte do público. Além disso não se engane, aquela impressão de teatro filmado ficará o tempo todo presente na duração do filme. Já para os estudiosos da obra de Shakespeare será uma ótima oportunidade para conferir "Titus Andronicus" nas telas, já que esse não é dos textos mais populares dele. Outras tentativas foram feitas mas essa aqui conta com um elenco primoroso. Anthony Hopkins prova mais uma vez que ele não pode ser resumido apenas como aquele ator que interpretou Hannibal Lecter com raro brilhantismo. Hopkins é muito mais do que isso. Um ator versátil e muito talentoso que, aos longos dos últimos anos tem se descuidado um pouco na escolha dos filmes que realiza, mas que apesar disso mantém seu status de grande intérprete intacto. Se ainda tiver alguma dúvida sobre isso não deixe de conferir seu trabalho aqui, no mínimo você ficará mais respeitoso em relação ao seu grande talento dramático como ator.
Pablo Aluísio.
Título Original: Titus
Ano de Produção: 1999
País: Itália / EUA / Reino Unido
Estúdio: Clear Blue Sky Productions, Overseas FilmGroup
Direção: Julie Taymor
Roteiro: Julie Taymor
Elenco: Anthony Hopkins, Jessica Lange, Raz Degan.
Sinopse:
Depois de derrotar os inimigos do império, o vitorioso general Titus Andronicus (Anthony Hopkins), retorna à Roma com Tamora (Jessica Lange), a Rainha dos Godos, seus filhos e o mouro Aaron (Harry J. Lenix), como prisioneiros. Mal sabe o general o destino que lhe espera. Adaptação da peça de Shakespeare "Titus Andronicus."
Comentários:
É o que costumamos chamar de adaptação "robusta" de William Shakespeare. E o que isso exatamente significa? Significa que não há maiores concessões ao público pois se trata de uma adaptação bem fiel ao texto do famoso autor. Obviamente que a linguagem rica (para alguns muito rebuscada) vai afastar parte do público. Além disso não se engane, aquela impressão de teatro filmado ficará o tempo todo presente na duração do filme. Já para os estudiosos da obra de Shakespeare será uma ótima oportunidade para conferir "Titus Andronicus" nas telas, já que esse não é dos textos mais populares dele. Outras tentativas foram feitas mas essa aqui conta com um elenco primoroso. Anthony Hopkins prova mais uma vez que ele não pode ser resumido apenas como aquele ator que interpretou Hannibal Lecter com raro brilhantismo. Hopkins é muito mais do que isso. Um ator versátil e muito talentoso que, aos longos dos últimos anos tem se descuidado um pouco na escolha dos filmes que realiza, mas que apesar disso mantém seu status de grande intérprete intacto. Se ainda tiver alguma dúvida sobre isso não deixe de conferir seu trabalho aqui, no mínimo você ficará mais respeitoso em relação ao seu grande talento dramático como ator.
Pablo Aluísio.
Drácula
Nascido com o nome de Be'la Ferenc Dezso Blasko, o húngaro Bela Lugosi (1882 - 1956) foi um dos grandes intérpretes do personagem "Drácula" nos cinemas. Ele trouxe uma elegância sinistra para sua atuação e essa característica acabou sendo tão marcante que acabou influenciando gerações de atores que interpretaram o conde vampiro nas telas durante as décadas que viriam."Drácula" de 1931 foi o grande divisor de sua carreira. O filme, uma adaptação muito bem realizada da obra de Bram Stoker, mostrava um nobre europeu que era ao mesmo tempo um monstro e uma vítima.
Monstro porque percorria as vielas escuras em busca de sangue para continuar sua existência macabra e sinistra; vítima porque não conseguia se libertar de sua melancólica vida terrena e solitária. Dirigido por Tod Browning, o roteiro mostrava todos os personagens secundários que fizeram a lenda de Drácula atravessar os séculos como a bela Nina, o jovem John Harker e o caçador de criaturas da noite, Van Helsing. Um maravilhoso filme que até hoje é referência para os fãs do personagem e da mitologia dos vampiros que parecem nunca sair de moda, mesmo após tantos anos.
Drácula (Dracula, EUA, 1931) Direção: Tod Browning / Roteiro: Hamilton Deane / Elenco: Bela Lugosi, Helen Chandler, David Manners / Sinopse: Drácula (Lugosi) é um nobre europeu misterioso que tenciona comprar uma propriedade na Inglaterra. Ele viaja de navio até Londres e durante a viagem todos os tripulantes são mortos pelo vampiro. Na capital inglesa ele passa a se interessar por uma jovem, chamada Nina.
Pablo Aluísio.
Monstro porque percorria as vielas escuras em busca de sangue para continuar sua existência macabra e sinistra; vítima porque não conseguia se libertar de sua melancólica vida terrena e solitária. Dirigido por Tod Browning, o roteiro mostrava todos os personagens secundários que fizeram a lenda de Drácula atravessar os séculos como a bela Nina, o jovem John Harker e o caçador de criaturas da noite, Van Helsing. Um maravilhoso filme que até hoje é referência para os fãs do personagem e da mitologia dos vampiros que parecem nunca sair de moda, mesmo após tantos anos.
Drácula (Dracula, EUA, 1931) Direção: Tod Browning / Roteiro: Hamilton Deane / Elenco: Bela Lugosi, Helen Chandler, David Manners / Sinopse: Drácula (Lugosi) é um nobre europeu misterioso que tenciona comprar uma propriedade na Inglaterra. Ele viaja de navio até Londres e durante a viagem todos os tripulantes são mortos pelo vampiro. Na capital inglesa ele passa a se interessar por uma jovem, chamada Nina.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 10 de março de 2014
X-Men - O Confronto Final
Título no Brasil: X-Men - O Confronto Final
Título Original: X-Men - The Last Stand
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Brett Ratner
Roteiro: Simon Kinberg, Zak Penn
Elenco: Patrick Stewart, Hugh Jackman, Halle Berry, Anna Paquin, Ben Foster, Famke Janssen
Sinopse:
Há uma nova mudança no mundo da ciência. Pesquisas demonstram que finalmente existe uma cura para os mutantes ao redor do mundo. Agora eles simplesmente poderão levar vidas normais caso queiram, mas será que todos querem mesmo que isso venha a acontecer? Essa porém não é apenas a única nova mudança na vida do professor Xavier (Patrick Stewart) e seus X-Men. Ao contrário do que todos pensavam Jean Grey (Famke Janssen) ressurge viva! Ela não havia morrido como todos pensavam. O problema é que não parece mais a mesma pessoa.
Comentários:
Esse novo filme dos personagens X-Men inovou em vários aspectos. Saiu o diretor Brian Singer, que havia feito um belo trabalho nos filmes anteriores e entrou Bratt Ratner, o que inicialmente desagradou muitos fãs. Depois o roteiro foi escrito para incorporar novos personagens na saga, entre eles o Fera (Kesley Grammer) e o Anjo (Ben Foster). Houve também uma clara preocupação em explorar ainda mais o conflito entre mutantes e pessoas normais dentro da sociedade, uma óbvia metáfora sobre o mundo em que vivemos e a forma como são tratadas as minorias. Embora o retorno de Jean Grey tenha parecido uma jogada forçada de marketing para promover o filme com a presença da personagem, sempre tão carismática, o fato é que se trata de um dos bons filmes da franquia X-Men. Tem um roteiro sem pontas soltas e bem equilibrado no desenvolvimento dos personagens em doses exatas (realizar qualquer filme com tantos personagens sempre é complicado).
Pablo Aluísio.
Título Original: X-Men - The Last Stand
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Brett Ratner
Roteiro: Simon Kinberg, Zak Penn
Elenco: Patrick Stewart, Hugh Jackman, Halle Berry, Anna Paquin, Ben Foster, Famke Janssen
Sinopse:
Há uma nova mudança no mundo da ciência. Pesquisas demonstram que finalmente existe uma cura para os mutantes ao redor do mundo. Agora eles simplesmente poderão levar vidas normais caso queiram, mas será que todos querem mesmo que isso venha a acontecer? Essa porém não é apenas a única nova mudança na vida do professor Xavier (Patrick Stewart) e seus X-Men. Ao contrário do que todos pensavam Jean Grey (Famke Janssen) ressurge viva! Ela não havia morrido como todos pensavam. O problema é que não parece mais a mesma pessoa.
Comentários:
Esse novo filme dos personagens X-Men inovou em vários aspectos. Saiu o diretor Brian Singer, que havia feito um belo trabalho nos filmes anteriores e entrou Bratt Ratner, o que inicialmente desagradou muitos fãs. Depois o roteiro foi escrito para incorporar novos personagens na saga, entre eles o Fera (Kesley Grammer) e o Anjo (Ben Foster). Houve também uma clara preocupação em explorar ainda mais o conflito entre mutantes e pessoas normais dentro da sociedade, uma óbvia metáfora sobre o mundo em que vivemos e a forma como são tratadas as minorias. Embora o retorno de Jean Grey tenha parecido uma jogada forçada de marketing para promover o filme com a presença da personagem, sempre tão carismática, o fato é que se trata de um dos bons filmes da franquia X-Men. Tem um roteiro sem pontas soltas e bem equilibrado no desenvolvimento dos personagens em doses exatas (realizar qualquer filme com tantos personagens sempre é complicado).
Pablo Aluísio.
Trapaça
Título no Brasil: Trapaça
Título Original: American Hustle
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: David O. Russell
Roteiro: Eric Warren Singer, David O. Russell
Elenco: Christian Bale, Amy Adams, Bradley Cooper, Jennifer Lawrence, Jeremy Renner
Sinopse:
Um casal de vigaristas, fingindo serem grandes investidores internacionais, caem na malha do FBI. Para não serem presos por um longo período fazem um acordo com a agência para ajudar na prisão de outros trapaceiros e estelionatários como eles. O alvo acaba sendo o prefeito de uma cidade que precisa investir pesado na construção de novos cassinos. Assim é armada toda uma farsa envolvendo um sheik árabe milionário que supostamente estaria interessado em investir na região. A trapaça porém começa a ganhar novos rumos quando a máfia italiana e vários congressistas entram na jogada visando ganhar muito dinheiro com isso.
Comentários:
Após assistir "Trapaça" cheguei na conclusão de que o filme anda muito superestimado desde o seu lançamento. Pelo que tinha lido até agora fiquei com a impressão que iria assistir uma verdadeira obra prima. Ledo engano. "Trapaça" certamente passa longe de ser um filme ruim mas também não é nada daquilo que dizem dele. Credito esse tipo de reação ao simples fato de termos hoje em dia uma ausência quase absoluta de roteiros inteligentes no mercado. Quando surge um mais bem escrito, com uma trama mais bem desenvolvida e complexa, é logo endeusado. Na verdade, apesar das inegáveis qualidades do texto, "Trapaça" é um filme meramente divertido, que brinca o tempo todo com seus personagens vigaristas mas que não consegue ser tão marcante como alguns queriam levar a crer. Entre seus méritos estão a boa reconstituição de época, com aqueles típicos exageros de figurino dos anos 70 e a trilha sonora, com vários hits daqueles tempos de discoteca. O elenco também ajuda. Christian Bale está ótimo como o sujeito careca (que usa uma peruca ridícula), gordo e trapaceiro que sempre procurou levar vantagem em tudo. Bradley Cooper também surpreende, pois está muito intenso em cada momento. Já Jennifer Lawrence, que interpreta uma mulher brega e vulgar, embora bonita, não merecia tanto sua indicação ao Oscar. Houve um certo exagero nessa nova indicação. No geral o filme tem pequenos toques que nos lembram de filmes clássicos sobre o tema como por exemplo "Um Golpe de Mestre" mas claro sem o mesmo talento. A palavra que o define realmente é essa: superestimado!
Pablo Aluísio.
Título Original: American Hustle
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: David O. Russell
Roteiro: Eric Warren Singer, David O. Russell
Elenco: Christian Bale, Amy Adams, Bradley Cooper, Jennifer Lawrence, Jeremy Renner
Sinopse:
Um casal de vigaristas, fingindo serem grandes investidores internacionais, caem na malha do FBI. Para não serem presos por um longo período fazem um acordo com a agência para ajudar na prisão de outros trapaceiros e estelionatários como eles. O alvo acaba sendo o prefeito de uma cidade que precisa investir pesado na construção de novos cassinos. Assim é armada toda uma farsa envolvendo um sheik árabe milionário que supostamente estaria interessado em investir na região. A trapaça porém começa a ganhar novos rumos quando a máfia italiana e vários congressistas entram na jogada visando ganhar muito dinheiro com isso.
Comentários:
Após assistir "Trapaça" cheguei na conclusão de que o filme anda muito superestimado desde o seu lançamento. Pelo que tinha lido até agora fiquei com a impressão que iria assistir uma verdadeira obra prima. Ledo engano. "Trapaça" certamente passa longe de ser um filme ruim mas também não é nada daquilo que dizem dele. Credito esse tipo de reação ao simples fato de termos hoje em dia uma ausência quase absoluta de roteiros inteligentes no mercado. Quando surge um mais bem escrito, com uma trama mais bem desenvolvida e complexa, é logo endeusado. Na verdade, apesar das inegáveis qualidades do texto, "Trapaça" é um filme meramente divertido, que brinca o tempo todo com seus personagens vigaristas mas que não consegue ser tão marcante como alguns queriam levar a crer. Entre seus méritos estão a boa reconstituição de época, com aqueles típicos exageros de figurino dos anos 70 e a trilha sonora, com vários hits daqueles tempos de discoteca. O elenco também ajuda. Christian Bale está ótimo como o sujeito careca (que usa uma peruca ridícula), gordo e trapaceiro que sempre procurou levar vantagem em tudo. Bradley Cooper também surpreende, pois está muito intenso em cada momento. Já Jennifer Lawrence, que interpreta uma mulher brega e vulgar, embora bonita, não merecia tanto sua indicação ao Oscar. Houve um certo exagero nessa nova indicação. No geral o filme tem pequenos toques que nos lembram de filmes clássicos sobre o tema como por exemplo "Um Golpe de Mestre" mas claro sem o mesmo talento. A palavra que o define realmente é essa: superestimado!
Pablo Aluísio.