Páginas

domingo, 28 de julho de 2013

O Santo

Nesse amplo universo de super-heróis de quadrinhos existe toda uma galeria de personagens secundários que obviamente nunca chegaram nos mesmos patamares de sucesso dos mais famosos como Batman ou Superman. Um desses heróis de segundo escalão é justamente esse “O Santo”. O auge de popularidade desse misto de detetive e herói de aventura ocorreu na TV, durante a década de 1960. Nessa série o Santo era interpretado por Roger Moore, antes de virar o mais bem sucedido sucessor de Sean Connery no papel de James Bond, 007. Foi de certa forma até mesmo um treinamento e aprendizado para anos depois assumir o famoso agente inglês criado por Ian Fleming. Como o sucesso de bilheteria do Batman o estúdio Paramount resolveu investir nesse personagem, obviamente pensando em ter mais um grande sucesso de bilheteria nas mãos. Esse herói aliás tinha certo ponto de contato com o próprio Batman. Ele não tinha poderes naturais, apenas usava de inteligência e astúcia para vencer seus inimigos. Na verdade seu grande trunfo era o poder de se passar por outras pessoas, usando inúmeros disfarces.

A Paramount investiu quase 70 milhões nessa produção, gastou bastante em um marketing agressivo e contratou o ator Val Kilmer para interpretar o personagem principal. Como não poderia deixar de ser contratou os melhores profissionais, o que resultou em uma bonita direção de arte e locações inéditas para o cinema americano até então, como a própria praça vermelha em Moscou (que após o fim da União Soviética abriu suas portas para as produções americanas). Tudo pelo visto caminhava muito bem mas o público simplesmente não se interessou pelo filme, deixando as salas de exibição completamente vazias. Muito provavelmente os jovens (a grande massa que frequenta cinemas) simplesmente desconhecia o personagem, uma vez que apenas os mais velhos que tinham assistido a série na década de 60 ainda se lembravam do Santo. Some-se a isso a interpretação pouco empenhada de Kilmer e você realmente terá um resultado final muito morno, sem pique e garra para de fato ser um verdadeiro sucesso comercial e de crítica. O filme, como já foi dito, tem excelentes locações e uma bonita fotografia mas não tem carisma, o que ajudou a afundar a obra como um todo.

O Santo (The Saint, Estados Unidos, 1997) Direção: Phillip Noyce / Roteiro: Jonathan Hensleigh, baseado nos personagens criados por Leslie Charteris / Elenco: Val Kilmer, Elisabeth Shue, Rade Serbedzija / Sinopse: O Santo (Val Kilmer) é um personagem que usa de inteligência e astúcia para vencer seus inimigos. Aqui ele se envolve numa disputa por uma importante fórmula criada por uma cientista russa.

Pablo Aluísio. 

Um comentário: