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segunda-feira, 3 de junho de 2013

A Jóia do Nilo

Já que “Tudo Por Uma Esmeralda” se tornou um grande sucesso de bilheteria sua continuação viria mais cedo ou mais tarde, era apenas uma questão de tempo. Afinal de contas em Hollywood nada se desperdiça, até filmes que não dão margem a seqüências acabam ganhando novas produções, tudo obviamente em busca de gordas bilheterias. Michael Douglas não queria voltar ao personagem do aventureiro cínico Jack T. Colton. Em entrevistas na época o ator explicou que fazer o primeiro filme tinha sido muito divertido mas que aquilo certamente não era bem o caminho que ele queria seguir como intérprete sério. De fato Douglas estava obcecado em ganhar um Oscar para ser finalmente reconhecido dentro da indústria não apenas como um astro de sucesso mas também como um profissional respeitado no meio. Era óbvio que ele não chegaria nesse status interpretando personagens como Jack T. Colton, um “Indiana Jones” mais ácido e falastrão.

O estúdio porém não desistiu. As ofertas continuaram a chegar na mesa de Michael Douglas até o ponto em que a proposta, segundo as próprias palavras do ator “se tornou indecente”. O cachê era milionário! Com todo aquele dinheiro sobre a mesa Michael Douglas finalmente disse sim ao projeto. Também ganhou partes na bilheteria, caso o filme se tornasse um novo sucesso. De certa forma esse “A Jóia do Nilo” faz parte daquele tipo de continuação que conhecemos bem, ou seja, é um filme feito para ser igual ao primeiro, com mudanças pontuais aqui e acolá, para ficar tudo menos óbvio demais. Ao invés da estória se passar na América do Sul temos agora o casal de aventureiros na África, em busca novamente de uma jóia maravilhosa e rara, tal como acontecia na primeira aventura.  O fã de “Tudo Por Uma Esmeralda” certamente não teve o que reclamar. As mesmas cenas ao estilo aventura em ambientes hostis estão presentes e o carisma do casal volta a funcionar em cena. Não é um grande filme, de fato é bem inferior ao primeiro, mas pelo menos mantém o clima divertido. E diversão é, em última análise, tudo o que esse filme queria proporcionar ao seu espectador. Missão cumprida então.

A Jóia do Nilo (The Jewel of the Nile, Estados Unidos, 1984) Direção: Lewis Teague / Roteiro: Mark Rosenthal, Lawrence Konner, Diane Thomas / Elenco: Michael Douglas, Kathleen Turner, Danny DeVito / Sinopse: O casal formado pelo aventureiro Jack T. Colton (Michael Douglas) e pela romancista Joan Wilder (Kathleen Turner) volta a viver grandes aventuras, só que dessa vez no norte da África.

Pablo Aluísio.

3 comentários:

  1. Que grande alegria essa postagem meu querido amigo e ídolo. Pablo, Esse foi o PRIMEIRO filme que eu assisti no cinema, eu devia ter uns 11 ou 12 anos ou menos, não me lembro, só lembro que saímos papai, mamãe e eu para irmos ao cinema. Fomos aqui no centro de São Paulo. E o filme era esse. Que saudade. Gostei do Danny DeVito, tinha um (não me lembro muito bem) um indiano meio doido que eu ri bastante. Um abraço amigo, bela postagem.

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  2. Muito bom saber que esse foi o primeiro filme que você assistiu no cinema Baratta. O cinema como toda arte acaba criando esse vínculo emocional com o espectador. Uma lembrança que você levará para sempre em sua vida.

    Abraços, Pablo Aluísio.

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