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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Armageddon

Ontem um meteoro passou raspando pela Terra e outro (sem ligação com o anterior) cruzou os céus da Rússia causando vários transtornos para a população local (com vários feridos mas, graças a Deus, sem vítimas fatais). Isso me lembrou de “Armageddon”, uma bobagem dirigida por Michael Bay. Bom, esse é aquele tipo de diretor que ninguém leva à sério, rei dos filmes chicletes ao lado de James Cameron (o mentor desse tipo de cineasta) e o terrível Roland Emmerich. Eu gosto de me referir a esse trio como a turma do algodão doce porque todos os seus filmes (sem exceções) são obras vazias, sem conteúdo nenhum, criadas para arrecadarem muita bilheteria em cinemas de shopping center e mais nada. Como um algodão doce que compramos em eventos festivos, os filmes desses diretores são bonitos de se ver, coloridos, mas não alimentam em nada. Um exemplo é justamente esse “Armageddon” de Michael Bay, que só não consegue ser pior do que Emmerich com suas bobagens em série. Claro que cientificamente “Armageddon” é uma grande besteira mas se você estiver procurando apenas por uma diversão escapista, descartável, pode até ser que lhe sirva para alguma coisa.

Na trama acompanhamos a chegada de um asteróide ao nosso planeta. Diante da certeza da colisão um diretor da NASA (Billy Bob Thornton, simplesmente ridículo como cientista) resolve elaborar um grande plano para deter a destruição que o impacto causará ao chegar na Terra. Assim ele agrupa uma série de profissionais que considera os ideais para a missão, entre eles um perfurador de poços de petróleo (Bruce Willis, pagando mico). Como todo bom blockbuster chiclete esse também tem um romance de araque para o caso de haver mulheres na platéia. O casinho aqui é entre o canastrão Ben Affleck e a gatinha Liv Tyler (na época sensação da juventude mas hoje em dia praticamente sumida do cinema). O plano é simples, interceptar o asteróide, implantar uma arma nuclear nele e explodir tudo, cessando assim o perigo para a existência da humanidade tal como a conhecemos. E como reza a cartilha da turma do algodão doce temos muitos e muitos efeitos especiais, toneladas deles, de todos os tipos, para distrair o espectador da falta de roteiro da produção. É o tipo de filme que faz sucesso mesmo em cinemas de shopping center, tudo muito sem consistência ou importância. Descartável ao extremo, assista e jogue fora. Para Michael Bay o filme deve ter sido uma catarse pois ele pode desenvolver todos os seus cacoetes que fazem em conjunto seu cinema chiclete. Já para o cinéfilo que procura por bons filmes “Armageddon” vai soar mesmo como um meteoro caindo em sua cabeça.

Armageddon (Armageddon, Estados Unidos, 1998) Direção: Michael Bay / Roteiro: J. J. Abrams, Jonathan Hensleigh, Tony Gilroy, Shane Salermo, Robert Roy Pool / Elenco: Bruce Willis, Billy Bob Thornton, Ben Affleck, Liv Tyler, Will Patton, Steve Buscemi, William Fichtner, Owen Wilson, Michael Clarke Duncan / Sinopse: Para deter um impacto de um asteróide no Planeta Terra a NASA convoca um grupo de homens para destruir a rocha no espaço antes que ela se espatife em nosso Planeta. Indicado aos Oscars de Edição de Efeitos Sonoros, Efeitos Visuais, Canção Original (I Don't Want to Miss A Thing) e Som. Vencedor do Framboesa de Ouro nas categorias de Pior Ator (Bruce Willis), Pior Direção, Pior Canção Original (I Don't Want to Miss A Thing), Pior Filme, Pior Casal em Cena, Pior Roteiro e Pior Atriz Coadjuvante (Liv Tyler).

Pablo Aluísio.

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