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domingo, 27 de fevereiro de 2005
Elvis Presley - Clean Up Your Own Backyard / The Fair Is Moving On
A canção do Lado B, "The Fair Is Moving On", havia sido gravada em fevereiro nas premiadas sessões do American Studios em Memphis. Foi uma faixa finalizada já no final das gravações, quando Elvis já estava um pouco cansado da maratona de trabalho. Por isso a RCA Victor não viu muito potencial nela, nem para entrar nos discos oficiais compostos pelas músicas do American. Usá-la como Lado B desse compacto parecia assim uma boa ideia. Iria chamar a atenção dos colecionadores, fazendo com que eles acabassem comprando o single. Somando-se tudo, a boa canção do filme "The Trouble With Girls" com uma gravação inédita do American e a boa fase artística pela qual Elvis passava, o resultado não poderia ser ruim - como realmente não foi. A única crítica partiu justamente do Coronel Parker. Ele se irritou com a capa pois queria que fosse usado material promocional do filme, justamente para promovê-lo (já que estaria entrando em cartaz justamente no mês de lançamento do single). A RCA acabou reconhecendo seu erro, enviando um pedido de desculpas ao empresário de Elvis. No final tudo saiu bem e Elvis ganhou mais um disco de ouro para sua coleção.
Pablo Aluísio.
sábado, 26 de fevereiro de 2005
Elvis Presley - A Little Less Conversation / Almost In Love
A história porém muitas vezes tem seus caprichos. O que foi ignorado no passado geralmente pode ter uma segunda chance no futuro. Foi o que aconteceu. A música passou em brancas nuvens na época de seu lançamento original, mas hoje em dia é uma das mais conhecidas do repertório de Elvis. Como isso foi possível? A metamorfose de um fracasso do passado em um sucesso do futuro se deu porque a canção foi relançada como remix de sucesso há alguns anos. O DJ Junkie XL pegou a gravação original de Elvis, a refez em estúdio usando a moderna tecnologia, acrescentou uma batida atual e a canção se tornou um sucesso mundial. Um single que havia vendido poucas cópias em 1968 acabou vendendo milhões de singles em 2002 (no total o single remix vendeu nove milhões de cópias!!!). E foi além.... a música ocupou o primeiro lugar em todas as importantes paradas de sucesso ao redor do mundo, de Londres a Nova Iorque. Um mega hit. Coisas assim nos fazem pensar sobre a real qualidade até mesmo do material que Elvis vinha gravando para todos aqueles filmes. Era ruins mesmo, de fato, ou simplesmente eram mal lançados e trabalhados por sua gravadora? Uma questão que ganha cada vez mais pertinência com o passar dos anos. O lado B do single, "Almost In Love", também merece alguns comentários, principalmente para os brasileiros. A música, uma simpática bossa nova, foi escrita por um brasileiro, Luís Bonfá, sendo a primeira e única canção composta por um brasileiro gravada por Elvis Presley. Quem poderia dizer que um single tão mal lançado, verdadeiro fracasso de vendas em seu lançamento original, poderia trazer tantas coisas interessantes?
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005
Elvis Presley - Suspicious Minds / You'll Think Of Me
A qualidade do single também ajudou muito. Em determinado momento a RCA Victor passou a entender que lançar singles com músicas de filmes não estava mais dando certo. Os singles geralmente fracassavam. Com a gravação de farto material no American Studios de Memphis a gravadora finalmente começou a contar novamente com material relevante, com qualidade suficiente para disputar a primeira posição nas paradas. "Suspicious Minds" assim veio para finalmente consolidar esses novos rumos que Elvis começava a trilhar em sua carreira. O compacto vendeu milhões de cópias e se tornou um sucesso internacional, alcançando maravilhosas vendagens na Europa inclusive. Pela primeira vez em anos o ouvinte podia ligar o rádio e ouvir uma canção de Elvis Presley fazendo sucesso novamente. A música também serviu para apresentar uma nova geração de compositores dentro da carreira do cantor, como Mark James. Ele inclusive seria responsável por outros momentos marcantes na vida de Elvis nos anos seguintes como "Always On My Mind" "Raised On Rock" e "Moody Blue". Novas sonoridades, novas letras, enfim, renovação musical - era tudo o que andava faltando para Presley em suas estagnadas trilhas de Hollywood. James explicaria anos depois que havia criado "Suspicious Minds" inspirado em uma namorada californiana com quem tinha se relacionado meses antes. Embora ela posasse de garota moderna, meio hippie, adepta do amor livre, tinha um ciúme doentio do namorado. Um ciúme que ela definitivamente não conseguia controlar. Nada mais adequado para Elvis finalmente levantar sua cambaleante discografia novamente, a tornando comercialmente bem sucedida, algo que ele andava precisando muito naquele final de década.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005
Elvis Presley - Follow That Dream
O interessante é que Elvis conseguiu terminar a gravação das músicas de maneira muito rápida, mostrando mais uma vez como era eficiente em suas sessões de gravação. O sistema continuava o mesmo. Elvis ouvia a música algumas vezes em uma versão pré-gravada em fitas de demonstração (fitas demo). Após memorizar a faixa os equipamentos eram ligados e Elvis corria atrás do take master. Ele não tinha mudado em nada seu método de trabalho mesmo após todos aqueles anos.
A RCA Victor aproveitou apenas parte das músicas gravadas. A gravadora decidiu que não iria lançar um álbum completo, um LP, como havia acontecido com trilhas anteriores como "GI Blues" (Saudade de um Pracinha) ou "Blue Hawaii" (Feitiço Havaiano). Ao contrário disso os executivos da gravadora de Nova Iorque decidiram que o lançamento de um EP (compacto duplo) já estava de bom tamanho. O preço de um EP geralmente era o dobro de um Single (compacto simples, com apenas 2 canções). Então o formato ideal escolhido foi justamente esse.
Quatro músicas foram escolhidas para fazer parte do EP. Elas foram selecionadas e colocadas na seguinte ordem: no lado A a RCA colocou as faixas "Follow That Dream" (Fred Wise / Ben Weisman) e "Angel" (Roy C. Bennett / Sid Tepper). No lado B o EP apresentava as canções "What a Wonderful Life" (Sid Wayne / Jerry Livingston) e "I'm Not the Marrying Kind" (Sherman Edwards / Mack David). A música "A Whistling Tune" ficou de fora, sendo arquivada. A boa "Sound Advice" também teve o mesmo destino e só seria lançada anos depois no álbum "Elvis For Everyone".
"Follow That Dream" foi a música tema do filme. Uma canção de certa forma até agradável de se ouvir em sua divertida melodia, mas pouco relevante se formos comparar com temas de filmes de Elvis do passado. Nem vou aqui colocar músicas como "Jailhouse Rock", "King Creole" ou "Love Me Tender" porque seria covardia. Mesmo em comparação com "GI Blues" ou "Blue Hawaii", dois temas dos anos 60, ela se mostrava bem fraquinha. Na verdade mostrava bem que as trilhas sonoras de Elvis iriam por um lado bem mais inofensivo, seguindo uma linha pop romântica sem maiores pretensões. No geral ainda vale pela boa performance do grupo The Jordanaires, aqui mostrando sua importância dentro da musicalidade de Elvis nessa fase.
A boa notícia para Elvis e banda na gravação dessa canção foi que sua finalização foi relativamente simples e sem problemas. Após apenas seis takes eles chegaram na versão definitiva, no take ideal. De maneira em geral essa faixa tema seria uma prévia do que seria o conjunto de músicas desse filme. Nada muito marcante, nada muito relevante. Apenas boas músicas inseridas ali dentro de um pop romântico jovem. Desde o começo dos anos 60 esse tipo de som dominava as paradas musicais da época. Elvis apenas foi na onda.
"Angel" segue nesse mesmo caminho. De certa forma essa música era uma faixa igualmente muito pueril e açucarada além do ponto, até mesmo para os padrões da primeira metade dos anos 60, recriando de forma bastante clara os arranjos de discos de cantores adolescentes ao estilo Frankie Avalon ou até mesmo Sandra Dee. E pensar que em seu livro Priscilla havia sugerido a Elvis usar o corte de cabelo de Ricky Nelson, outro ídolo teen dessa safra. A coisa pegou mal e Elvis viu a sugestão quase como uma ofensa, já que ele considerava todos esses artistas como meros imitadores de seu próprio estilo pessoal.
De uma maneira ou outra até que "Angel" apresentava uma vocalização bonita, fruto de sua melodia romântica juvenil. Entretanto devo dizer também que sempre tive a impressão de que algo deu errado dentro do estúdio, no momento de registrar a música em tape. O fato é que esse possível erro acabou deixando a master com um som abafado demais. Certa vez li uma observação que achei coerente. Dizia que parecia que Elvis estava cantando dentro de um poço muito fundo! Mesmo assim a RCA resolveu aproveitar e ela entrou no EP (compacto duplo) com o resto da trilha sonora do filme.
"What a Wonderful Life" e "I'm Not the Marrying Kind" seguiam o mesmo padrão das demais canções da trilha, ou seja, um pop alegre, com arranjos bem executados e letras inofensivas. "I'm Not the Marrying Kind" foi escrita porque fazia poucos meses que Elvis havia sido eleito o "Solteiro mais cobiçado da América" pela revista People. Jovem, rico e bem sucedido ele realmente passava a imagem de um sujeito que queria distância de casamentos. Eu acho a música até interessante, mas a letra a força a ir por um caminho na melodia que em algumas partes soa até esquisito. O excesso da palavra "What" na letra também nunca me pareceu uma boa opção. De qualquer forma o recado foi dado, ele não era o tipo de cara para se casar.
Elvis Presley tinha uma intuição musical maravilhosa e sabia bem o que tinha ou não qualidade, o que poderia virar um sucesso ou não. Infelizmente no que diz respeito às suas trilhas sonoras o pacote vinha realmente fechado, sem possibilidade de Elvis escolher as canções que gravaria. Assim estava determinado em seu contrato e assim ele tinha que dar o melhor de si, mesmo quando as canções eram tolinhas e as letras beirando a infantilidade.
"What a Wonderful Life" poderia também soar como algo meio estranho. Afinal o personagem de Elvis era membro de uma família caipira errante, que adotando um estilo de vida nômade procurava um lugar para viver. Eram pobres, frutos da grande depressão, viajando em um velho calhambeque caindo aos pedaços. Seria essa a tal vida maravilhosa citada na letra? Calma, que nem tudo na vida é dinheiro. A mensagem era que mesmo as pessoas mais pobres poderiam ser também as mais felizes. Afinal o espírito humano é bem mais complexo do que meras notas de papel representando valores.
Para finalizar Elvis gravou a simpática, mas igualmente simplória "Sound Advice". Seira uma música em forma de conselho ou um conselho em forma de música? Pois é, nada poderia ser mais fora do ritmo do que uma baladinha basicamente tocada ao violão que tentava passar um conselho ao ouvinte. A RCA não pareceu também gostar da canção e a cortou do EP, do compacto duplo original com a trilha sonora do filme. Assim ela seria arquivada pela gravadora por alguns anos, só chegando ao mercado no álbum "colcha de retalhos" intitulado "Elvis For Everyone". Mesmo nesse álbum, que celebrava a parceria entre Elvis e a RCA Victor, ela ainda passaria praticamente despercebida do grande público.
Para finalizar essa análise das músicas que fizeram parte da trilha sonora do filme "Em Cada Sonho um Amor" vou tecer alguns breves comentários sobre o que ficou de fora. Hoje em dia existem colecionadores que querem tudo o que Elvis gravou. E quando escrevo a palavra "tudo" não é em vão. É tudo mesmo. Até mesmo as músicas rejeitadas, tanto pela gravadora como pelo próprio Elvis, como qualquer outra curiosidade que faça parte de sua longa e variada discografia. Afinal o que não faltam são takes, faixas arquivadas, demos e tudo o mais. O colecionador mais empenhado faz a festa com esse tipo de coisa.
A música "A Whistling Tune" ficou arquivada por décadas! Após ser gravada o produtor da RCA Victor a deixou de fora dos discos de Elvis. Qual foi a razão? Eu sinceramente não vejo nada de errada nessa faixa. Penso até que poderia ter entrado no EP (compacto duplo) numa boa, sem problemas, mas ela foi considerada tão inexpressiva pela gravadora que o engenheiro de som Bill Porter nem se deu ao trabalho de escrever seu nome no relatório de gravação da sessão. Ficaria perdida, pegando poeira por anos.
Obviamente a sessão foi realizada para a gravação de canções que seriam cantadas por Elvis no filme e a RCA mesmo emprestando seus estúdios tinha pouco (ou quase nenhum) controle sobre a qualidade do material. Afinal a United Artists é que comandou e determinou a seleção das músicas. Assim a gravadora ficou em um impasse pois achou todo o material muito fraco e sem potencial de brigar pelos primeiros lugares da parada Billboard.
A RCA resolveu então incluir as músicas no lançamento de um EP exclusivo do filme. As vendas foram desanimadoras e alguns críticos apontaram como culpa a própria RCA Victor que não se empenhou em nada para divulgar o lançamento. Será que a culpa foi mesmo da gravadora ou do material que não tinha muita relevância? Lançado em abril de 1962 a trilha de "Follow That Dream" só conseguiu mesmo chegar no máximo na décima quinta posição entre os mais vendidos e mesmo assim por apenas uma semana. Um material de canções inéditas de Elvis Presley não chegando nem ao Top 10 era de fato algo a se chamar a atenção. As coisas infelizmente só iriam piorar dali em diante.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2005
Elvis Presley - Good Luck Charm
Incrível, mas é isso mesmo que você leu. Elvis Presley, o aclamado Rei do Rock, um dos maiores vendedores de discos da história ficaria por longos sete anos fora do primeiro lugar entre os mais vendidos da América na parada de compactos. Logo ele que estava acostumado a ter singles consecutivos nessa posição, sempre reafirmando seu posto de Rei da música. Olhando para trás realmente foi um desastre comercial. As razões são relativamente simples de explicar. Elvis literalmente jogou sua carreira musical para segundo plano. Claro que ele continuaria a cantar em seus filmes, mas isso não era mais o principal objetivo para Elvis naquela época. Ele queria mesmo era ser ator de cinema, apenas isso. Presley acreditava que a carreira musical era muito passageira e que ele, assim como quase todos os outros, logo seria colocado de lado também.
Elvis encontrou a solução para seus anseios no cinema. Em certo momento ele explicou, afirmando: "cantores surgem e desaparecem todos os anos, mas se você for um bom ator pode ficar por aí por muito tempo!". Assim saiu de cena o Elvis músico, cantor e entrou em cena o Elvis Made in Hollywood. Seus singles e álbuns futuros iriam cair cada vez mais nas paradas pelo simples fato de serem trilhas sonoras, não exatamente gravadas para virar hits!
As trilhas eram longas e muitas vezes temáticas. Assim ficava muito complicado para ele brigar pelos primeiros lugares da Billboard com grupos como Beatles, Beach Boys e Rolling Stones, que estavam surgindo no horizonte. Some-se a isso o fato de Elvis ter parado de realizar concertos e você entenderá porque ele foi tão mal em vendas durante a década de 1960. Uma grande pena, certamente. Basta ouvir as belas faixas desse single para entender bem isso. "Good Luck Charm" tinha ótimo arranjo, vocais inspirados e muito carisma. É uma música gostosa de ouvir, acima de tudo. E o que dizer de "Anything That's Part of You" de Don Robertson? Maravilhoso momento romântico, com a voz de Elvis muito suave e terna, realmente fantástica. É de se lamentar que Elvis tenha deixado tudo isso de lado a troco de praticamente nada. A música perdeu o seu Rei e o cinema não ganhou nada em troca. Simplesmente lamentável.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2005
Elvis Presley - 1962 - Discografia e Filmografia
Esse foi um bom ano para a carreira de Elvis, embora ele já estivesse completamente absorvido por sua carreira no cinema, por Hollywood. Houve o lançamento de apenas um álbum convencional, "Pot Luck", o único trabalho dele apenas como cantor. Em comparação houve o lançamento de três trilhas sonoras, sendo que duas delas foram lançadas apenas em EP (compacto duplo). A RCA Victor não tinha material para um LP, um álbum completo. Além disso os executivos da gravadora tinham receios de não haver mercado para tantas trilhas sonoras de filmes, que sempre ocuparam um lugar à parte no meio fonográfico. No mercado de singles foram lançados apenas três compactos, bem pouco se comparado com os anos anteriores, onde Elvis chegava a lançar 5, 6 singles com músicas inéditas. E no cinema os fãs tiveram oportunidade de conferir três novos filmes de Elvis a chegar nas telas. Todos os lançamentos de Elvis nesse ano obtiveram bons resultados comerciais. Segue abaixo tudo o que foi lançado de Elvis no mercado dos Estados Unidos em 1962.
Álbuns (LPs):
Pot Luck
KISS ME QUICK / JUST FOR OLD TIMES SAKE / GONNA GET BACK HOME SOMEHOW / (SUCH AN) EASY QUESTION / STEPPIN' OUT OF LINE / I'M YOURS / SOMETHING BLUE / SUSPICION / I FEEL THAT I'VE KNOWN YOU FOREVER / NIGHT RIDER / FOUNTAIN OF LOVE / THAT'S SOMEONE YOU NEVER FORGET
Singles extraídos deste disco:
Kiss Me Quick / Suspicion (1964)
Easy Question / It Feels So Right (1965)
I'm Yours / Long Lonely Highway (1965)
Long Legged Girl / That's Someone You Never Forget (1967)
Girls, Girls, Girls
GIRLS! GIRLS! GIRLS! / I DON'T WANNA BE TIED / WHERE DO YOU COME FROM / I DON'T WANT TO / WE'LL BE TOGETHER / A BOY LIKE ME, A GIRL LIKE YOU / EARTH BOY / RETURN TO SENDER / BECAUSE OF LOVE / THANKS TO THE ROLLING SEA / SONG OF THE SHRIMP / THE WALLS HAVE EARS / WE'RE COMING IN LOADED
Single extraído deste disco:
Return to Sender / Where do You Come From (1962)
Compacto Simples (Singles):
Good Luck Charm / Anithyng that's part of You
She's Not You / Just Tell Her Jim Said Hello
Return to Sender / Where do You Come From
Compacto Duplo (EP):
Follow That Dream
Kid Galahad
Filmografia:
Em Cada Sonho um Amor (Follow That Dream)
Talhado Para Campeão (Kid Galahad)
Garotas e Mais Garotas (Girls, Girls, Girls)
Pablo Aluísio.
Elvis Presley – Elvis By Request
Esse EP (compacto duplo) foi lançado em 1961. Trazia duas faixas inéditas da trilha sonora do filme "Estrela de Fogo" no Lado A e duas reprises do ano anterior (1960) no Lado B. Não eram duas reprises comuns, eram músicas que tinham vendido milhões de cópias de seus singles originais. Tanto "It's Now Or Never" como "Are You Lonesome To Night" tinham sido premiadas com discos de ouro e platina. Foram colocadas aqui de forma até desnecessária. Elas já tinham vendido tudo o que podiam. Olhando para trás teria sido melhor a RCA Victor ter completado o restante do EP com as demais músicas da trilha (havia material para isso), mas acabaram cedendo ao modo de pensar do velho Parker. Era a mentalidade da época.
Elvis Presley – Elvis By Request
Flaming Star
Summer Kisses, Winter Tears
Are You Lonesome To Night
It's Now Or Never
Pablo Aluísio
domingo, 20 de fevereiro de 2005
Elvis Presley - His Latest Flame / Little Sister
Como já foi dito o lado B do single vinha com a boa "Little Sister". Esse tipo de canção era até bem comum na época. Por trás de uma letra aparentemente bobinha havia toda uma carga de ironia e malícia com o sexo oposto. O que salvou realmente a música da banalidade foi seu ótimo arranjo e execução. Elvis parecia ter bastante simpatia pela canção, a ponto de a levar para os shows ao vivo que aconteceriam muitos anos depois em Las Vegas. O curioso é que geralmente ele a apresentava em um medley com "Get Back" dos Beatles. Até hoje não se sabe ao certo quem teve a ideia de unir as duas músicas no palco. Elvis gostava da música dos Beatles - chegou a declarar isso publicamente - mas ao mesmo tempo tinha um sentimento de amor e ódio com os ingleses. Basta apenas lembrar o que ele disse sobre o quarteto para o presidente Nixon na Casa Branca. De uma forma ou outra ele parece ter esquecido isso e levou várias canções do grupo para os palcos como por exemplo a imortal "Yesterday" e "Something" (já "Hey Jude" Elvis gravou em estúdio). Em relação a "Little Sister" Elvis deu uma canja da canção nos ensaios do filme de 1970 "That's The Way It Is". É uma versão relaxada, para descontrair o clima o que rendeu cenas bem divertidas para a película. Nada levado à sério mas que serviu para animar o ambiente durante as gravações. "His Latest Flame / Little Sister" foi lançado em agosto de 1961, fez sucesso, tocou nas rádios mas não conseguiu chegar no topo da Billboard. Seu quarto lugar entre os mais vendidos foi considerado insuficiente pela RCA Victor que sempre apostava todas as fichas comerciais em Elvis. Era de certa forma um sinal do que estava por vir nos anos que viriam.
Pablo Aluísio.
Elvis Presley - Can´t Help Falling in Love / Rock a Hula Baby
Por essa época a grande novidade musical do momento era o Twist. Uma dança que se tornou muito popular nos Estados Unidos invadindo as paradas com o sucesso comercial da canção de Chubby Checker. Até o presidente JFK se dizia fã da nova moda! Nos salões de dança, nos bailes, todo mundo estava dançando o tal Twist. Como Elvis era o principal produto comercial da RCA a empresa logo providenciou um twist para Elvis também e ele foi justamente o lado B desse single, "Rock A Hula Baby". Agora imaginem a loucura de se misturar música havaiana com twist! Assim o trio de compositores Wise, Weisman e Fuller teve que se virar para criar algo tão fora do comum como isso. O resultado se mostra abaixo do esperado. Na verdade a canção que se propunha a ser havaiana e twist ao mesmo tempo conseguiu não ser nem uma coisa, nem outra. Desde a primeira vez que a ouvi achei seu ritmo bem estranho e fora de sincronia, algo que se confirma cada vez que a escuto. De qualquer forma o single foi salvo do esquecimento e da irrelevância justamente por causa da maravilhosa "Can't Help Falling in Love", essa sim uma canção inesquecível.
Pablo Aluísio.
sábado, 19 de fevereiro de 2005
Elvis Presley - I Feel So Bad / Wild in the Country
Para o lado B a RCA encaixou a música tema do novo filme de Elvis que chegava nas salas de cinema naquele momento, "Wild In The Country", tema composto sob encomenda pelos estúdios Fox. Como Elvis vinha de uma sucessão de hits número 1, criou-se novamente uma grande ansiedade no mercado. Os números iniciais porém mostraram uma recepção bastante morna ao single. As rádios até se empenharam em divulgar a nova música de Elvis mas apesar de sua grande qualidade a canção não conseguiu virar um hit comercial. Com muito esforço da RCA a música só conseguiu alcançar um suado quinto lugar na semana de seu lançamento, caindo várias posições nas semanas seguintes. Na Inglaterra se saiu bem melhor, chegando entre as quatro mais vendidas mas mesmo por lá o resultado ficou abaixo do que era esperado, afinal todos aguardavam por mais um grande sucesso na voz do cantor mais popular do mundo. De qualquer maneira se não foi o sucesso de vendas tão esperado pelo menos ganhou boas resenhas nos principais jornais americanos. Aquele era o espírito que tinha transformado Elvis no fenômeno musical que todos conheciam. Era uma gravação com pique, energia, garra e sentimento, mostrando que a velha chama roqueira ainda brilhava na alma de Elvis Presley.
Pablo Aluísio.
Elvis Presley - Surrender / Lonely Man
De qualquer forma o single vendeu bem e vendeu bastante. Não repetiu o sucesso comercial de "It´s Now or Never", mas foi sem dúvida um compacto simples de sucesso. Os imigrantes (e filhos de imigrantes) italianos nos Estados Unidos bateram palmas para a versão de Elvis. Todos gostaram e a música começou a tocar nas cantinas italianas por todo o país, ao lado dos discos de Dean Martin e Mario Lanza. No lado B a RCA Victor encaixou uma bela balada, "Lonely Man", uma canção romântica vinda de Hollywood que sempre achei bastante subestimada. Bonita, acima de tudo.
Elvis Presley - Surrender
(Estados Unidos, 1961, 7", 45 RPM, Single)
Lado A:
Surrender (Doc Pomus, De Curtis, Mort Shuman)
Lado B:
Lonely Man (Bennie Benjamin, Sol Marcus)
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2005
Elvis Presley - Wild In The Country
Assim como aconteceu com "Flaming Star" a trilha sonora de "Wild In The Country" (Coração Rebelde, no Brasil) foi completamente negligenciada pela RCA Victor. As canções foram usadas na maioria das vezes como tapa buracos de outros discos e singles. Oficialmente Elvis deixou cinco canções gravadas para o filme. A RCA as jogou ao acaso dentro de sua discografia.
A canção título, "Wild In The Country" virou Lado B do single "I Feel So Bad". "Lonely Man", a boa baladinha com toques country, não teve melhor sorte indo parar também no Lado B de outro single, "Surrender". "I Slipped I Stumbled I Feel" foi encaixada como faixa bônus do álbum "Something For Everybody". Por fim, sem ter onde lançar no mercado a gravadora resolveu arquivar as canções "In My Way" e "Forget Me Never". Elas ficariam pegando poeira por longos três anos nos arquivos da RCA Victor até serem finalmente lançadas no mercado no álbum "Elvis For Everyone", um título que escondia a verdadeira intenção da RCA: tentar ganhar algo com músicas que tinham ficado no limbo, arquivadas, sem destino comercial certo. Uma colcha de retalhos musical.
Mas afinal o que explicava esse pouco interesse pela gravadora de Elvis por essas faixas de trilhas sonoras? Para a RCA as canções tinham pouco apelo comercial. Eram em sua maioria baladinhas desplugadas sem grande força para se destacar no concorrido mercado musical americano. Nem o fato de Elvis ser o vocalista mudou essa opinião. Os fãs de Elvis reclamaram, afinal por essa época já havia vários colecionadores da música de Presley, pessoas que queriam ter tudo o que fosse relacionado ao cantor. A RCA entendeu o recado e a partir desse ponto adotou a estratégia de lançar pequenos compactos duplos com as trilhas sonoras desses filmes menores da carreira de Elvis. "Follow That Dream" e "Kid Galahad" seriam beneficiados por essa decisão.
Até mesmo "Tickle Me" que não tinha faixas próprias recebeu o devido cuidado por parte da RCA com o lançamento de um compacto duplo com todas as canções do filme. Só a partir de 1968 é que a RCA voltaria a desistir de seguir por esse caminho, fato que deixou os últimos filmes de Elvis sem lançamento de suas trilhas no mercado americano, nem mesmo em EP. Os péssimos resultados comerciais de trilhas como "Easy Come, Easy Go" cancelariam futuros lançamentos. Era um reflexo no mundo do disco da derrocada da carreira de Elvis Presley no cinema.
Elvis Presley - Wild In The Country (1961)
Wild In The Country
Lonely Man
I Slipped I Stumbled I Feel
In My Way
Forget Me Never
Pablo Aluísio.
Elvis Presley - Flaming Star (1960)
Depois de "G.I. Blues" Elvis colocou na cabeça que queria ser um grande ator de cinema, ao estilo Marlon Brando e James Dean, seus grandes ídolos. E músicas não faziam parte desse menu. Elvis só esqueceu que seu grande talento pessoal era para a música e não para a arte de atuar, algo que exigia dele outros talentos, completamente diferentes de ter uma bela voz e saber cantar bem. Como o tempo iria provar ele estava errado nesse tipo de pensamento. "Estrela de Fogo" certamente foi um dos bons filmes de sua carreira, mas não fez muito sucesso. Nada comparado com o hit de "Saudades de um Pracinha", esse sim um projeto que valorizava seu lado superstar, de cantor de sucesso. De qualquer maneira uma coisa era certa, essa trilha sonora de "Flaming Star" era apenas uma trilha sonora incidental, praticamente. O que foi uma tremenda decepção para quem queria comprar os discos de Elvis naquela época.
Uma enorme bagunça. Assim poderia definir tudo o que fizeram com a trilha sonora do filme “Flaming Star”. Para inicio de conversa mais da metade das canções do filme não foi lançada na época. Apenas “Flaming Star” e “Summer Kisses, Winter Tears” saíram regularmente em um compacto duplo chamado “Elvis by Request”, o resto das músicas foram esquecidas, arquivadas e ficaram inéditas por anos a fio. E afinal qual teria sido a melhor decisão? Ora, não é preciso ir muito longe para perceber que a RCA deveria ter lançado um EP (compacto duplo) com as cinco canções – algo que faria depois em trilhas sonoras com “Kid Galahad” e “Follow That Dream”. Isso seria em um mundo perfeito mas nada disso aconteceu. Elvis gravou as canções do filme (ele não queria pois em seu entender precisava apenas atuar bem no filme) e a RCA praticamente nada fez com elas no mercado. Provavelmente “Flaming Star” tenha sido a trilha sonora de Elvis Presley mais negligenciada de sua carreira. As músicas que chegaram ao mercado não fizeram sucesso e as que foram arquivadas ficaram no limbo por anos, esquecidas completamente.
Fazendo uma rápida retrospectiva: “Britches” só chegou ao mercado fonográfico muitos anos depois no álbum “A Legendary Performer, Volume 3”. “A Cane and a High Starched Collar”não teve melhor sorte. Apesar de aparecer no filme e ter um bom embalo também nunca foi lançada na época, só sendo colocada timidamente no disco “A Legendary Performer, Volume 2”. Por fim a estranha e desnecessária "Black Star" arranjou um espaço no LP “Collectors Gold”. Pra falar a verdade a trilha sonora só foi reunida de fato pela RCA na série Double Features, que nos anos 90 conseguiu trazer alguma organização para a extremamente bagunçada discografia de Elvis nos anos 60. Nessa edição além da trilha completa de “Flaming Star”, o fã de Elvis ainda teria acesso às trilhas de “Wild In The Country” e “Follow That Dream”. Gosto muito dos CDs Double Features, pois além do bom gosto (com excelentes encartes e direção de arte bonita), o fã ainda tinha acesso a todas as informações como datas de gravação, autores, etc. Já para quem esteja a fim de realmente radicalizar em termos de “Flaming Star” eu recomendo o bootleg “Master and session - Flaming Star” que traz as canções oficiais e muito mais como takes e versões alternativas. Demorou décadas mas “Flaming Star” finalmente chegou ao fã de Elvis como era esperado.
As sessões de gravação da trilha sonora do filme "Estrela de Fogo" (Flaming Star, em seu título original) se deram nos estúdios Radio Recorders, em Hollywood, na Califórnia. A sessão foi coordenada e produzida pelo produtor Urban Thielmann, acompanhado do engenheiro de som Thorne Nogar. Tudo foi praticamente gravado em poucas horas em agosto de 1960. Elvis já entrava no estúdio com as músicas decoradas, uma vez que a RCA enviava para ele fitas demos com as canções gravadas por cantores da própria gravadora. Curiosamente a primeira música gravada foi "Black Star". Aliás o filme de faroeste iria ter esse título, mas depois os executivos e produtores da 20th Century Fox pensaram melhor e entenderam que o uso do termo "Black" poderia causar alguma polêmica. Não podemos nos esquecer que a questão racial estava na ordem no dia naqueles tempos. A luta pelos direitos civis da população negra dos Estados Unidos ocupavam todas as manchetes de jornais. E para potencializar ainda mais algum tipo de problema nessa questão o personagem de Elvis no filme era um mestiço. Então para não criar problemas a Fox resolveu mudar o nome do filme para "Flaming Star".
E com essa decisão Elvis precisou voltar ao estúdio para gravar outra faixa título "Flaming Star" que tinha praticamente o mesmo arranjo, a mesma letra, só mudando os termos. Saiu o "Black" e entrou o "Flaming". A versão "Black Star" ficou anos arquivada pela RCA e todo o trabalho que Elvis teve para gravá-la (foram providenciadas até três versões dela) ficaram perdidos. Outra música que foi gravada para fazer parte dos trabalhos desse filme foi "Summer Kisses, Winter Tears". A grande maioria dos fãs de Elvis, principalmente aqui no Brasil, só veio a conhecer essa gravação quando ela foi lançada no álbum "Elvis for Everyone" de 1965. Sou da opinião de que a RCA Victor deveria ter produzido um álbum desse filme. Uma trilha sonora em LP. Bastava gravar mais cinco músicas para o lado B, o que não seria nada complicado para Elvis na época e pronto, havia um disco de verdade para acomodar todas as faixas desse filme. Infelizmente não foi isso que decidiram e a maioria das músicas de "Flaming Star" simplesmente se perderam e foram desperdiçadas dentro de sua discografia.
Apesar dos esforços de Elvis, que não queria aparecer cantando de jeito nenhum nesse filme "Estrela de Fogo", o estúdio Fox conseguiu convencer ele a cantar pelo menos uma canção. A escolhida foi a baladinha country "A Cane and a High Starched Collar". Eu gosto dessa música, apesar de ser das mais simples. Basicamente apenas um arranjo acústico, para que soasse verdadeira na cena do filme, pois era um faroeste, onde o personagem contava apenas com um violão. "Britches" era igualmente simples. Também foi cogitada para ser usada no filme, em outra cena, mas Elvis se recusou com firmeza. Ele queria que esse filme fosse apenas de atuação, não de cantoria. O resultado foi outra faixa gravada e completamente desperdiçada. Ficou anos e anos arquivada, se tornando muito rara. Se nos Estados Unidos passou em brancas nuvens, imagine no Brasil. Os fãs brasileiros nem sabiam que essa canção existia.
"Flaming Star" contou com um grupo musical bem diferente do que Elvis estava acostumado a trabalhar em estúdio. Nada de Scotty Moore e seus músicos da banda usual e tradicional que Elvis usava regularmente em seus discos e singles. Como era um western da Fox, o próprio estúdio cinematográfico escolheu a banda que iria tocar com Elvis na trilha sonora. Só músico contratado da própria companhia. E a banda era formada pelos seguintes músicos: Howard Roberts no violão, Hilmer J. "Tiny" Timbrell na guitarra (esse iria trabalhar em outras ocasiões com Elvis), Michael "Meyer" Rubin no baixo, Bernie Mattinson na bateria e no acordeão James Haskell pois eram músicas de faroeste. Da turma de Elvis mesmo só compareceu na sessão o pianista Dudley Brooks e o grupo vocal The Jordanaires, contando com os vocalistas Gordon Stoker, Hoyt Hawkins, Neal Matthews e Ray Walker. A formação clássica dos Jordanaires, como se pode perceber.
Pablo Aluísio.
Elvis Presley - Discografia Americana - 1960
Segue a relação completa de todos os álbuns (LPs) e Singles (compactos) lançados pela RCA Victor no ano de 1960. No total Elvis lançou três álbuns e três singles. Os álbuns dariam origem a outros singles, descritos na relação, mas lançados em anos posteriores. Elvis recebeu três discos de ouro por seus LPs e três discos de ouro e platina pelas vendas de seus singles. Segue abaixo a relação completa desse ano do retorno de Elvis em sua carreira artística.
Elvis Is Back! (1960)
MAKE ME KNOW IT / FEVER / THE GIRL OF MY BEST FRIEND / I WILL BE HOME AGAIN / DIRTY, DIRTY FEELING / TRHILL OF YOUR LOVE / SOLDIER BOY / SUCH A NIGHT / THE GIRL NEXT DOOR WALKING / LIKE A BABY / RECONSIDER BABY
Singles extraídos deste disco:
Such A Night / Never Ending (1964)
Easy Question / It Feels So Right (1965)
G.I.Blues (1960)
TONIGHT IS SO RIGHT FOR LOVE / WHAT'S SHE REALLY LIKE / FRANKFORT SPECIAL / WOODEN HEART / G.I.BLUES / POCKETFUL OF RAINBOWS / SHOPPIN' AROUND / BIG BOOTS / DIDJA' EVER / BLUE SUEDE SHOES / DOIN' THE BEST I CAN
Singles extraídos deste disco:
Blue Christmas / Wooden Heart (1964)
Puppet on the String / Wooden Heart (1965)
His Hand in Mine (1960)
HIS HAND IN MINE / I'M GONNA WALK DEM GOLDEN STAIRS / IN MY FATHER'S HOUSE (ARE MANY MANSIONS) / MILKY WHITE WAY / KNOWN ONLY TO HIM / I BELIEVE IN THE MAN IN THE SKY / JOSHUA FIT THE BATTLE / HE KNOWS JUST WHAT I NEED(JESUS KNOWS WHAT I NEED) / SWING DOWN, SWEET CHARIOT / MANSION OVER THE HILLTOP / IF WE NEVER MEET AGAIN / WORKING ON THE BUILDING
Singles extraídos deste disco:
Crying In The Chapel / I Believe in The Man In the Sky (1965)
Joshua Fit The Battle / Known Only To Him (1966)
Milky White Way / Swing Down Sweet Chariot (1966)
His Hand In Mine / How Great Thou Art (1969)
Relação de Singles 1960:
Stuck on You / Fame and Fortune
It's Now or Never / A Mess of Blues
Are You Lonesome Tonight? / I Gotta Know
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005
Elvis Presley - Are You Lonesome Tonight? / I Gotta Know
Como o último single de Elvis, “It´s Now Or Never”, tinha sido um sucesso espetacular de vendas o mercado esperou ansiosamente pela chegada do novo compacto nas lojas. E ele de fato não decepcionou, correspondeu bem às expectativas vendendo algo em torno de 10 milhões de cópias, um número robusto, forte, que posicionava Elvis Presley ainda mais no trono de rei da música naquele momento. Certamente não era mais o roqueiro desafiador dos anos 50 mas mantinha seu status inalterado. E para o Coronel Parker todo esse sucesso de vendas só significava que os novos rumos que Elvis trilhava em sua nova musicalidade era de fato o caminho certo a seguir. Por fim uma curiosidade: “Ate You Lonesome Tonight?” foi certamente um sucesso no mundo todo mas alguns anos depois voltou às paradas numa versão divertida gravada por Elvis Presley em 1969 onde ele não conseguia conter sua risada, rindo bastante durante toda a execução da música. Na Inglaterra a “versão dos risos” de Elvis voltou a ser um novo sucesso nas rádios locais.
Pablo Aluísio.
Elvis Presley - FTD G.I. Blues
As faixas oficiais porém são realmente impecáveis. Isso porém não tira o prazer do ouvinte de ir percebendo bem como as coisas foram se desenvolvendo dentro dos estúdios. Um dos fatos curiosos é que Elvis preferiu gravar a maioria das canções de pé, em frente ao microfone. Mais tarde ele explicaria que assim conseguia marcar melhor o ritmo das canções, pois com as pernas livres poderia fazer sua própria marcação rítmica. Gostaria de destacar a excelente versão mais rápida de “Big Boots” que apesar de ser perfeita ficou fora do álbum oficial. Os produtores preferiram a versão em ritmo de canção de ninar o que sempre achei um equivoco, pois a “Big Boots” rápida tinha até mesmo potencial de virar um single se a RCA assim quisesse. Em termos de direção de arte não gostei da capa que foi remodelada, com um terrível coração brega ao lado de Elvis. Fiquei particularmente chateado pois a capa original de “G.I. Blues” sempre foi considerada das mais bonitas de Elvis em sua fase Hollywood. Apesar de tudo esse é certamente o CD indicado para os que gostam dessa trilha sonora. Para os amantes do vinil outra boa notícia: o título também foi lançado nesse formato. Quer algo melhor? Então é isso. Ouvir Elvis no estúdio tentando chegar no take certo é sempre um prazer renovado.
CD-2: Outtakes - April Sessions: Pocketful Of Rainbows (3) / Shoppin' Around (4) / Shoppin' Around (2, 3, 4) / Shoppin' Around (5) / Doin' The Best I Can (4, 5, 6, 7) / Doin' The Best I Can (8, 9) / G. I. Blues (2, 3, 4) / G. I. Blues (5) / Tonight Is So Right For Love (3) / Tonight Is So Right For Love (4) / Tonight Is So Right For Love (5, 6, 7) / Frankfort Special (3, 4, 5, 6, 7) / Frankfort Special (8) / Big Boots (3) / Big Boots (4) / Big Boots (2, 3) / What's She Really Like (6, 7) / What's She Really Like (8, 9, 10, 11) / What's She Really Like (12, 13) / Pocketful Of Rainbows (4, 5, 6, 7) / Pocketful Of Rainbows (8) / Pocketful Of Rainbows (9) / Pocketful Of Rainbows (10) / Wooden Heart (2, 3, 4)
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005
Elvis Presley - Discografia Americana - G.I. Blues
Temos que reconhecer que "G.I. Blues" vendeu muito por causa da força promocional de Hollywood. Ao longo das décadas que viriam esse disco da RCA Victor iria ser relançado inúmeras vezes, cada edição trazendo um pequeno detalhe de capa ou selo que o diferenciava das demais. Por anos e anos o LP de vinil ficou em catálogo nos Estados Unidos e na Europa onde ficou conhecido como "Cafe Europa" por causa do título que o filme recebeu em algumas nações do velho continente.
Um desses pequenos detalhes que valorizam bastante um disco como esse no mundo dos colecionadores é um pequeno adesivo que saiu em algumas cópias promovendo a música "Wooden Heart". Esse adesivo foi colado nas capas das cópias para chamar a atenção dos consumidores. Esse adesivo vermelho, em forma de coração, se for autêntico, aumenta e muito o valor de cada disco, porém é bom ter cuidado com falsificações, que rodam a dezenas e dezenas pela internet.
Outro aspecto digno de nota desse álbum é que em seu lançamento original não houve singles extraídos de seu repertório. Ao longo dos anos a RCA Victor sempre procurava lançar compactos das trilhas sonoras, tanto para divulgar o álbum em si, como também para promover os filmes. Com essa trilha sonora isso não aconteceu. Só após alguns anos é que a música "Wooden Heart", considerada o grande hit do disco, foi lançada em dois singles diferentes: Blue Christmas / Wooden Heart (1964) e Puppet on the String / Wooden Heart (1965). Como se pode perceber ela virou lado B em ambos os casos. Tudo para promover os compactos na Europa, onde essa faixa acabaria se tornando um dos grandes sucessos comerciais da carreira de Elvis Presley.
Pablo Aluísio.
Elvis Presley - Elvis is Back! - Discografia Americana
Esse bom disco, como todos sabemos, foi o primeiro LP lançado por Elvis depois que ele deixou o serviço militar na Alemanha. O título "Elvis is Back! (Elvis está de volta!, em português) era bem auto explicativo. A versão original americana do disco de 1960 tinha capa dupla e foto invertida na contracapa. Um furinho na capa principal indicava que o fã de Elvis poderia usar a capa do álbum como poster para colocar na parede do quarto. E é de se imaginar quem iria fazer uma coisa dessas!
Dentro da capa dupla do vinil havia uma bem cuidada galeria de fotos de Elvis tiradas na Alemanha, com uniforme militar e tudo mais. O exército dos Estados Unidos certamente adorou essa publicidade praticamente grátis nesse material. O Coronel Parker também estava investindo pesado na nova imagem de Elvis Presley, que agora surgia como bom cidadão americano, cumpridor de seus deveres.
Um fato curioso sobre esse álbum é que em 1960, ano de lançamento original do disco, nenhum single foi extraído de seu repertório. Porém nos anos seguintes a RCA Victor começou a pincelar faixas desse disco para o lançamento de singles tardios, em um tipo de marketing complicado de entender. Por exemplo, o single "Such A Night / Never Ending" foi lançado em 1964. Esse compacto simples lançado em julho de 1964 conseguiu alcançar a décima sexta posição entre os mais vendidos da Billboard. Foi promovido pela RCA como um "lançamento especial das férias de verão". "Never Ending" era uma faixa inédita dentro da discografia de Elvis até aquele momento.
E pensou que iria parar por aí? Que nada, um ano depois a mesma RCA Victor repetiu a dose com o single "Easy Question / It Feels So Right", outro single que conseguiu se sair muito bem nas paradas, apesar de só trazer reprises. Chegou ao décimo primeiro lugar entre os mais vendidos da Billboard, uma ótima colocação para material que já havia sido lançado antes no mercado. "Easy Question" era do disco "Pot Luck" de 1962.
Por fim, a RCA ainda utilizaria duas faixas do "Elvis is Back!" na trilha sonora do filme "Tickle Me". As músicas "Dirty, Dirty Feeling" e "It Feels So Right" foram usadas nesse filme que não contava com uma trilha sonora própria. Ao invés de Elvis entrar em estúdio para gravar novas músicas, como aconteceu em todos os seus filmes, o Coronel Parker achou que isso não tinha importância, reaproveitando uma série de músicas de Elvis de outros discos para colocar como trilha sonora dessa produção. Ainda bem que isso só aconteceu nesse filme, porque imagine uma década lançando trilhas sonoras com reprises. Seria mesmo o fim da picada.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2005
Elvis Presley - Elvis in a Private Moment
Durante os anos em que Elvis Presley passou na Alemanha, prestando o serviço militar, ele nada gravou de forma oficial, profissional, para sua gravadora RCA Victor. Mas será que ele não gravou nada de maneira amadora, caseira? Esse CD lançado pelo selo Follow That Dream é interessante porque traz uma série de registros amadores de Elvis, cantando e tocando enquanto estava na Alemanha. Quando esse CD foi lançado muitos reclamaram de sua qualidade sonora sofrível, porém essa é uma crítica injusta e isso por causa do contexto histórico em que essas faixas foram gravadas.
A pobre qualidade técnica das gravações – algumas realmente praticamente inaudíveis - é fruto de suas origens. Isso era de se esperar desse tipo de gravação, pois elas foram feitas pelo próprio Elvis em um pequeno gravador de mão, na presença de amigos em ocasiões festivas em sua casa, onde obviamente ele não estava muito interessado em qualidade sonora ou qualquer coisa semelhante.
São três as origens dessas gravações. A primeira leva traz várias canções gravadas informalmente por Elvis na Alemanha enquanto estava servindo o exército. Essas são as piores faixas em termos de qualidade sonora. Porém é de se destacar sua importância histórica uma vez que no período em que esteve na Alemanha Elvis nada gravou de forma profissional. Assim ele surge em casa, cantando de forma bem relaxada, sem compromisso. Curiosamente algumas das músicas iriam aparecer em seus discos oficiais em gravações na RCA, algumas muito tempo depois, já na década de 1970.
O CD é completado com mais gravações caseiras, dessa vez registradas já na década de 1960. Algumas das músicas foram gravadas por Elvis na sua casa em Malibu, famosa estação de verão para astros de Hollywood. Aqui a melhora de qualidade sonora já é sensível, embora nada memorável. Finalizando o repertório temos o último lote de canções gravadas em 1966 quando Elvis já estava em uma situação particularmente complicada da sua carreira, se limitando a gravar músicas para suas trilhas sonoras, algumas bem fracas.
É fato conhecido que seus discos tiveram uma queda acentuada de qualidade principalmente após 1965. Fico até sensibilizado ouvindo esses últimos registros pois o que parece acontecer é quase um desabafo por parte do cantor. Já que ele não conseguia mais gravar músicas de qualidade nos estúdios, terminava por fazer gravações com excelentes canções em sua casa. Era seu gosto pessoal, ele gostava daquelas músicas, só não encontrava espaço para gravá-las em seus discos na época. Em suma é isso. Certamente você não encontrará nesse CD do selo FTD nada de bom em termos de qualidade sonora, porém em se tratando de história o título está simplesmente recheado de boas surpresas.
Loving You / Danny Boy /I'm Beginning To Forget You / Beyond The Reef / Sweet Leilani / If I Loved You / Lawdy Miss Clawdy / I Wonder, I Wonder, I Wonder / He / When The Swallows Come Back To Capistrano / She Wears My Ring / Sweet Lealani / Moonlight Sonata / Blue Hawaii / Hide Thou Me / Oh How I Love Jesus / Fools Rush In / Its A Sin To Tell A Lie / What Now My Love / Blowin' In The Wind / 500 Miles / I, John / I'll Take You Home Again, Kathleen I Will Be True / Apron Strings / It's Been So Long Darling / I'll Take You Home Again, Kathleen There's No Tomorrow / The Titles Will Tell.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005
Elvis Presley - Elvis Gold Recerd Vol. 2 - Discografia Americana
Não contente Parker depois reuniu todos os compactos em um só álbum dando origem ao disco “Elvis Gold Records vol 2”. Não satisfeito ainda faturou mais uma vez as lançando pela terceira vez dentro da série de compactos duplos “The Touch of Gold” que saiu em três volumes.
Curiosamente o terceiro volume dessa série não trazia mais canções do lote gravado em Nashville mas sim as faixas "Too Much", "All Shook Up", "Don't Ask Me Why" (do filme "King Creole") e "Blue Moon Of Kentucky" (da Sun), músicas exaustivamente lançadas antes. Como porém faz parte da coleção "A Touch of Gold" mantivemos aqui nessa classificação. Como havia 50 milhões de fãs de Elvis, Parker sabia que poderia vender muito bem a mesma coisa. Pois é para Parker não havia tempo a perder pois sempre havia uma chance de faturar algo novamente, bastava colocar uma nova capa e pronto! Coisas de Tom Parker...
50.000.00 Elvis Fans Can´t Be Wrong - Elvis Gold Records vol. 2
I NEED YOUR LOVE TONIGHT
DON'T
WEAR MY RING AROUND YOUR NECK
MY WISH CAME TRUE
I GOT STUNG
ONE NIGHT
A BIG HUNK O' LOVE
I BEG OF YOU
(NOW AND THEN THERE'S) A FOOL SUCH AS I
DONCHA' THINK IT'S TIME
Singles que deram origem a este disco:
Don't / I Beg Of You (1958)
Wear My Ring Around Your Neck / Doncha Think It's Time (1958)
One Night / I Got Stung (1958)
A Fool Such As I / I Need Your Love Tonight (1959)
A big Hunk O'Love / My Wish Came True (1959)
Compactos Duplos extraídos deste disco:
A Touch of Gold vol 1 (Hard Heard Woman / Good Rockin Tonight / Don't / I Beg Of You)
A Touch of Gold vol 2 (Wear My Ring Around Your Neck / Treat Me Nice / One Night / That's All Right)
A Touch of Gold vol 3 (Too Much / All Shook Up / Don't Ask Me Why / Blue Moon Of Kentucky)
Pablo Aluísio.
domingo, 13 de fevereiro de 2005
Elvis Presley - For LP Fans Only - Discografia Americana
THATS ALL RIGHT
LAWDY,MISS CLAWDY
MISTERY TRAIN
PLAYING FOR KEEPS
POOR BOY
MY BABY LEFT ME
SHAKE, RATTLE AND ROLL
I WAS THE ONE
YOU'RE A HEARTBREAKER
I'M LEFT,YOU'RE RIGHT,SHE'S GONE
Singles que deram origem a este disco:
That's All Right / Blue Moon of Kentucky (1954)
Milkcow Blues Boogie / You're a Heartbreaker (1955)
Baby Let's Play House / I'm Left, You're Right, She's Gone (1955)
I Forgot to Remember to Forget / Mystery Train (1955)
Heartbreak Hotel / I Was The One (1956)
Shake, Rattle and Roll / Lawdy, Miss Clawdy (1956)
Nota: Como aconteceu constantemente com a direção de arte dos álbuns de Elvis Presley esse LP também sofreu algumas modificações com o passar do tempo. Em cada nova edição os desenhistas da gravadora incorporam algo, modificam alguma coisa. No caso do disco “For LP Fans Only” isso é bem perceptível. O álbum original era bem mais simples do que os posteriores. Havia apenas a foto de Elvis (sem qualquer moldura). Seu nome também estava ausente da capa (a primeira vez que isso ocorreu na carreira de Elvis). Na edição da década de 80 (selo Pure Gold) uma bonita moldura azul foi adicionada. Respeitou-se a idéia original da capa sem qualquer menção ao nome do cantor. Já uma outra edição lançada alguns anos depois a BMG trocou a moldura completa azul por apenas uma, na parte de cima do disco, essa completamente branca. Por fim o nome de Elvis finalmente foi adicionado em edições no formato CD mais recentes. A foto central foi reduzida e elegantes molduras brancas laterais adicionadas. Só a seleção musical não sofreu alterações (ainda bem).
Pablo Aluísio.
sábado, 12 de fevereiro de 2005
Elvis Presley - A Date With Elvis - Discografia Americana
A Date With Elvis (1959)
BLUE MOON OF KENTUCKY
YOUNG AND BEAUTIFUL
(YOU'RE SO SQUARE) BABY I DON'T CARE
MILKCOW BLUES BOOGIE
BABY LET'S PLAY HOUSE
GOOD ROCKIN' TONIGHT
IS IT SO STRANGE
WE'RE GONNA MOVE
I WANT TO BE FREE
I FORGOT TO REMEMBER TO FORGET
Singles que deram origem a este disco:
That's All Right / Blue Moon of Kentucky (1954)
Good Rockin Tonight / If I Don't Care if the Sun Don't Shine (1954)
Milkcow Blues Boogie / You're a Heartbreaker (1955)
Baby Let's Play House / I'm Left, You're Right, She's Gone (1955)
I Forgot to Remember to Forget / Mystery Train (1955)
A Date With Elvis: Não houve mudanças significativas na capa de “A Date With Elvis” ao longo dos anos. Com direção de arte simples e agradável, com Elvis em um carro olhando para trás e três fotos adicionados na parte inferior, o design seguiu em futuras reedições do disco, seja no vinil, seja no CD. A última edição em vinil no Brasil ocorreu em 1982 na série “Pure Gold” da RCA. Na era do CD houve poucas reedições, nos EUA apenas duas, fato fácil de explicar pois “A Date With Elvis” nada mais é do que uma coletânea e esse tipo de lançamento fica logo ultrapassado sendo superado por coletâneas posteriores mais completas.
Pablo Aluísio.
Elvis Presley - FTD Loving You
Por falar em nostalgia, comentar sobre o disco Loving You sempre é um prazer renovado pois esse foi um dos primeiros que adquiri de Elvis, ainda na época do vinil (que tenho preciosamente guardado até hoje). O curioso é que em essência o álbum Loving You nada mais é do que uma jogada (boa por sinal) da RCA Victor e do Coronel Parker. A primeira trilha de um filme de Elvis, como todos sabemos, foi Love Me Tender, lançado em compacto duplo com quatro canções em 1956. Obviamente foi um grande sucesso de vendas o que fez a RCA acreditar definitivamente nas trilhas de Elvis, transformando as sete canções do filme em um álbum ao juntar aquele material com faixas avulsas gravadas por Elvis para a gravadora em outras sessões. O resultado de tudo isso foi excelente, pois o material é dos mais acessíveis e agradáveis da carreira do cantor.
Como não poderia deixar de ser, o selo FTD aproveitou esse bom momento da discografia de Elvis e caprichou em sua edição especial, que traz não apenas a íntegra do LP original, mas também uma série de takes alternativos, outtakes e gravações específicas feitas especialmente para o filme (como as várias versões e derivações da canção tema Loving You). Nesse aspecto penso que houve um excesso de preciosismo por parte de Ernst Jorgensen, o produtor. Isso porque o segundo CD traz mais de 30 versões de apenas uma canção, a já citada Loving You. Penso que tal coisa além de comercialmente desinteressante, é desnecessária, já que até mesmo os colecionadores teriam acesso a esse material em outros lançamentos. Seria bem melhor um maior equilíbrio na escolha das faixas, procurando até mesmo valorizar ótimas faixas do disco original que não foram muito prestigiadas nesse lançamento, como Blueberry Hill.
Entre os takes mais expressivos, cito o Take A-7 de Party (ainda sem encontrar o pique necessário que conhecemos da versão oficial). É muito interessante notar que Elvis ainda está mais melódico, porém sem a energia necessária que esse rock necessita. Ficou parecendo até mesmo um R&B de passo rápido. Algo parecido acontece com o take de Mean Woman Blues. Logo no começo notamos a falta dos vocais de fundo (que tanto conhecemos da versão oficial e que se parece como pessoas conversando despreocupadamente) A ausência desse pequeno detalhe acaba deixando a versão "vazia". É incrível como um detalhe que pode soar banal muda completamente a audição de uma música, não é mesmo? Por outro lado o vocal de Elvis soa muito mais solto e espontâneo aqui e o grupo de apoio parece muito mais centrado em tocar mais concentrado. Eu devo confessar que gostei bastante do estilo de Elvis nessa versão pois ele soa juvenil e livre, bem ao estilo "Rebel Without a Cause" daqueles anos de brilhantina.
O take de Got A Lot O Livin To Do intitulado "finale" é outra boa surpresa. É a típica versão "igual, mas diferente". Como foi gravada visando o filme ela soa menos contida, mas bem mais energética. Uma das minhas favoritas, a já citada "Blueberry Hill" surge com apenas uma versão! Isso é desapontador e mostra que de certa forma existe sim um desequilíbrio na seleção das faixas. Ou isso ou realmente não havia mais nada arquivado para lançamento. Enquanto a música tema Loving You aparece com dezenas de takes, "Blueberry Hill" surge com apenas uma representante. Apesar de tudo o FTD Loving You se mostra essencial para colecionadores e fãs em geral. Impossível passar incólume por essas canções e sair ileso. O melhor rock dos anos 50 certamente está aqui. Aproveite (mesmo sabendo que existem omissões em sua seleção).
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005
Elvis Presley - Discografia Americana: Loving You
MEAN WOMAN BLUES
TEDDY BEAR
LOVING YOU
GOT A LOT O'LIVIN TO DO
LONESOME COWBOY
HOT DOG
PARTY
BLUEBERRY HILL
TRUE LOVE
DON'T LEAVE ME NOW
HAVE I TOLD YOU LATELY THAT I LOVE YOU
I NEED YOU SO
Obs: Esse disco foi o primeiro a trazer uma trilha sonora de Elvis Presley no formato álbum, também conhecido como Long Playing ou LP. A trilha sonora de "Love Me Tender" foi lançado em EP (compacto duplo) e Single. O interessante é que esse disco iria se tornar um padrão para futuros lançamentos de Elvis trazendo músicas de Hollywood. O disco vendeu muito e mostrou a viabilidade comercial desse tipo de disco. Além disso o álbum em si funcionava também como publicidade para o filme, fazendo com que seus fãs fossem ao cinema.
Single extraído deste disco:
Teddy Bear / Loving You (1957)
Obs: Esse single foi um grande sucesso comercial, indo para o primeiro Lugar nas paradas da Billboard. Pelo ótimo resultado comercial acabou se transformando no único single extraído do álbum. A RCA Victor estava mais do que satisfeita com o número de copias vendidas.
Compacto duplo incluído neste disco:
Elvis Presley Just For You
I Need you So / Have I Told You Lately That I Love You / Blueberry Hill / It's So Strange
Obs: Lançado antes do álbum Loving You, com material totalmente inédito, o EP Just For You fez um bom sucesso de vendas no mercado, chegando ao segundo lugar entre os mais vendidos da Billboard.
Compactos duplos extraídos deste disco:
Loving You Vol. 1:
Loving You / Party / Teddy Bear / True love
Obs: Lançado em agosto de 1957 foi um grande sucesso de vendas chegando ao primeiro lugar na parada de EPs - compactos duplos - isso apesar de só trazer reprises do álbum original. A capa trazia a mesma foto do disco original, do LP.
Loving You Vol. 2:
Lonesome Cowboy / Hot Dog / Mean Woman Blues / Got A Lot O'Living to do
Obs: Outro compacto duplo lançado em agosto. Esse foi bem menos sucedido do que o anterior, só chegando ao quarto lugar nas paradas. Foi o último lançamento do projeto Loving You a chegar nas lojas americanas.
Pablo Aluísio.
Elvis Presley - Loving You
MEAN WOMAN BLUES
TEDDY BEAR
LOVING YOU
GOT A LOT O'LIVIN TO DO
LONESOME COWBOY
HOT DOG
PARTY
BLUEBERRY HILL
TRUE LOVE
DON'T LEAVE ME NOW
HAVE I TOLD YOU LATELY THAT I LOVE YOU
I NEED YOU SO
Album completo, com a trilha sonora do filme e músicas adicionais no Lado B do disco. Foi a primeira trilha sonora de Elvis a ser lançada nesse formato mais completo e luxuoso por parte da RCA Victor.
Single extraído deste disco:
Teddy Bear / Loving You (1957)
Primeiro Lugar nas paradas se transformou no único single extraído do álbum
Compacto duplo incluído neste disco:
Elvis Presley Just For You
I Need you So
Have I Told You Lately That I Love You
Blueberry Hill
It's So Strange
Lançado antes do álbum Loving You, com material totalmente inédito, o EP Just For You fez um bom sucesso de vendas no mercado, chegando ao segundo lugar entre os mais vendidos da Billboard;
Compactos duplos extraídos deste disco:
Loving You Vol. 1
Loving You
Party
Teddy Bear
True love
Lançado em agosto de 1957 foi um grande sucesso de vendas chegando ao primeiro lugar na parada de EPs - compactos duplos - isso apesar de só trazer reprises do álbum original
Loving You Vol. 2
Lonesome Cowboy
Hot Dog
Mean Woman Blues
Got A Lot O'Living to do
Outro compacto duplo lançado em agosto. Esse foi bem menos sucedido do que o anterior, só chegando ao quarto lugar nas paradas. Foi o último lançamento do projeto Loving You a chegar nas lojas americanas
Pablo Aluísio.