domingo, 26 de maio de 2024

A Paixão do Imperador Adriano

Vários imperadores romanos foram homossexuais. Essa era uma tradição que vinha desde Júlio César cujas inscrições pelas ruas de Roma diziam: "César, homem de muitas mulheres, mulher de muitos homens". Fazia parte do jogo político ter relações homossexuais com figuras importantes para subir na carreira política. O imperador Adriano porém se notabilizou por ter elevado a homossexualidade ao sagrado divino. Ele subiu ao poder após a morte de Trajano, um imperador nascido fora de Roma. Adriano também era natural da província da Hispânia (atual Espanha) e para muitos romanos não passava de um estrangeiro dentro do próprio Império. Segundo várias fontes Adriano teria conspirado com a própria mulher de Trajano para se tornar imperador. Uma vez entronado no poder supremo começou a perseguir violentamente todos aqueles que pudessem simbolizar uma ameaça ao seu poder.

Embora fosse casado com uma importante mulher romana, Adriano gostava mesmo da companhia de jovens rapazes. Ele foi um homossexual praticamente assumido o que causava escândalo em certos setores da sociedade romana. A questão era que Adriano amava a arte grega, sua literatura e seu modo de vida. Naquela época o homossexualismo era extremamente difundido entre os gregos e ser gay era praticamente um pré requisito para ser um verdadeiro grego. Com o poder em mãos Adriano se jogou numa vida de pura luxúria homossexual. Viajou praticamente durante todo o seu período como imperador, ficando pouco tempo na capital do império, Roma. Durante essas viagens Adriano se entregou a todos os tipos de prazeres pervertidos. Centenas de jovens bonitos, todos menores de idade, foram para a cama com ele. Sim, além de ser homossexual, Adriano também era pedófilo, como havia sido Tibério antes dele.

Um desses meninos porém virou a cabeça do imperador. Ele se chamava Antínuos e era considerado um dos jovens mais bonitos da Grécia antiga. Adriano se apaixonou completamente pelo rapazola. Mandou que os principais poetas romanos lhe escrevessem longos poemas de amor e passou a exibir ostensivamente sua paixão por onde passava. Seu romance porém foi breve. Durante uma viagem pelo Egito Antínuos sofreu um acidente, caindo do navio imperial, se afogando nas águas barrentas do Rio Nilo. A morte de seu amado abalou profundamente o Imperador que inconsolável resolveu que todos os habitantes do império romano deveriam tratar seu jovem namorado como a um verdadeiro Deus dali para frente. Inaugurou estátuas sagradas em honra a Antínuos, mandou construir templos em sua honra e assumiu de maneira completamente pública seu grande amor homossexual pelo jovem (que segundo fontes não teria nem ao menos 17 anos de idade ao morrer). Pela primeira vez na história um Imperador romano era ostensivamente homossexual e pedófilo, para todos verem.

Duas religiões porém se negaram a aceitar Antínuos como um Deus! A primeira foi o Judaísmo. Era impossível para um judeu aceitar um rapaz como aquele, homossexual e pederasta, como uma divindade que estivesse no mesmo patamar que seu amado Deus único! Adriano ficou possesso com isso e mandou seus exércitos praticamente destruírem Jerusalém. A guerra que se iniciou foi uma das mais violentas da história culminando com a destruição de vários templos judaicos, profanações de seus lugares sagrados, crucificações em massa e morte. Adriano praticamente destruiu a cidade, expulsou os judeus sobreviventes e mudou o nome de Jerusalém para Élia Capitolina. O culto ao Deus dos judeus foi proibido. Orações só poderiam ser feitas agora para seu jovem namorado falecido. Para completar e mostrar força mandou destruir um importante templo judeu, erguendo em seu lugar um recinto religioso dedicado a orações para Zeus e seu amante juvenil, Antínuos.

Outra religião nascente que também trouxe muitas resistências a Adriano foi o Cristianismo. Seus seguidores acreditavam que Jesus era o Messias enviado por Deus. Crucificado por Roma ele teria ressuscitado do mundo dos mortos para a salvação da humanidade. Havia uma forte moralidade dentro do cristianismo que combatia de forma veemente o homossexualismo que Adriano tanto tentava propagar no império. Bastou isso para que o imperador ordenasse inúmeras perseguições a líderes cristãos. Qualquer um que fosse reconhecido como membro dessa seita religiosa deveria ser crucificado ou jogado aos leões nas arenas romanas. Quando Adriano soube que o tal Jesus Judeu havia sido crucificado no lugar chamado de Gólgota ordenou imediatamente que no mesmo lugar fosse erguido em templo em honra a Afrodite, a Deusa do Amor e do Erotismo. Adriano também mandou editar leis que ordenavam a prisão de qualquer religioso que se levantasse contra os seus padrões de comportamento. Bastava a citação de que o homossexualismo seria um pecado mortal para que o insurgente fosse condenado às mais duras penas do Império Romano.

Após a morte do imperador o culto ao novo deus Antínuos foi desaparecendo do Império. Os próprios imperadores que o sucederam chegaram na conclusão que era um absurdo transformar um jovem rapaz homossexual, amante de Adriano, em uma divindade. Muitos inclusive alegaram que fatos assim só serviam para destruir ainda mais a religião pagã e politeísta do antigo Império. Com isso Antínuos foi paulatinamente desaparecendo dos grandes templos, caindo rapidamente em esquecimento. Enquanto isso o Cristianismo baseado na vida daquele pobre homem morto em Jerusalém foi ganhando cada vez mais adeptos até se tornar a maior religião do mundo em todos os tempos.

Pablo Aluísio.

sábado, 25 de maio de 2024

Elvis Presley - Elvis Country - Parte 1

Elvis Presley - Elvis Country - Parte 1
A primeira vez que ouvi "Snowbird" eu pensei se tratar de alguma música de trilha sonora lá por volta de 1968, 1969, por aí. Realmente essa canção ficaria completamente dentro do contexto musical das outras que Elvis havia gravado para filmes de Hollywood nessa época. É uma música bem pueril, diria até bucólica, ideal para aquele momento em que o movimento hippie tomava conta das ruas da Califórnia. Sem dúvida era uma faixa para dialogar com esse tipo de público. Um cabeludo qualquer de San Francisco naqueles anos iria curtir essa canção com absoluta certeza! 

Só que ao invés de ser uma música de Hollywood, ela era na verdade mais uma gravação da chamada Maratona de Nashville. Essa foi uma longa sessão realizada por Elvis em 1970 nos estúdios da RCA Victor na conhecida capital da música country. Elvis gravou tantas músicas que elas iriam dar origem a diversos álbuns do cantor naqueles anos, entre eles esse "Elvis Country" que como o título já deixava bem óbvio, era formado apenas por músicas desse estilo, algo que estava começando a predominar no repertório de Elvis. 

E de todas esas faixas a mais caipira era "Little Cabin on the Hill" que sem a menor sombra de dúvidas foi escrita para um público bem Hillbilly. Uma ironia que um artista que se tornou mundialmente conhecido pelo mais urbano de todos os gêneros musicais, o Rock, tinha também esse lado rural bem acentuado. Claro que Elvis nunca foi um caipira vivendo nas montanhas, mas esse tipo de sentimento muitas vezes falava fundo em seu coração. Então o tema não era apenas conhecido dele, mas se mostrava também muito familiar, por suas próprias origens lá na pequenina e caipira cidade sulista de Tupelo na década de 1930. 

"Tomorrow Never Comes" era mais pretensiosa e diria até mesmo épica. Aquele tipo de música que começa um tanto intimista, mas que vai crescendo a cada nota musical, até finalmente chegar em um clímax de pura apoteose. Foi justamente esse tipo de estrutura melódica que atraiu Elvis que estava decidido a mostra todo o seu poderio vocal nos anos 70. Ele queria não apenas ser conhecido por suas canções de rock e pop, mas também ter o devido reconhecimento como um dos grandes cantores da cultura norte-americana. No final ele estava certo. Os anos iriam trazer esse reconhecimento para ele. 

Pablo Aluísio. 

The Beatles - A Hard Day's Night - Parte 2

The Beatles - A Hard Day's Night - Parte 2
Os Beatles gravaram esse álbum no meio de uma correria sem fim. Eles tinham turnês para fazer, cenas para filmar e além de tudo encontrar tempo para gravar as canções do disco que futuramente seria a trilha sonora original. E mais curioso de tudo é que todas as músicas seriam compostas pela dupla Lennon e McCartney. Mesmo que ainda fossem jovens eles já sabiam do valor de seu trabalho musical e por isso determinaram que não haveria músicas de outros nesse álbum.

E no meio de toda essa agitação eles ainda tinham fôlego para compor belas baladas como "I Should Have Known Better". Essa música seria usada como faixa 2 do lado A do disco original britânico, ou seja, os Beatles colocavam fé na música. Acertaram bem no alvo pois a música se tornou um hit, um sucesso instantâneo do grupo assim que chegou nas rádios inglesas e americanas. O tema era de arrependimento, porém obviamente numa levada mais juvenil, adolescente, afinal esse era o público dos Beatles na época. Jovens não pensam muito bem em seus atos, são impulsivos, mas era melhor pensar um pouco melhor antes de fazer alguma bobagem. Esse era o tema da música.

Embora George Harrison não tenha composto nenhuma música para esse disco, John Lennon o escalou para cantar a bucólica "I'm Happy Just to Dance with You". Tema simples, bem romântico, ideal para bailinhos, onde o sujeito apaixonado ficava feliz apenas por dançar com a garota que amava. A voz de George e sua conhecida timidez que lhe valeu o apelido de "O Beatle quieto" combinou bem com a letra e a melodia. Os Beatles porém pouco trabalharam em cima dessa canção, se tornando apenas um bom complemento para o disco de uma forma em geral.

E fechando o lado A do disco original britânico surgia a boa faixa "Tell Me Why" onde o destaque vinha dos vocais dos Beatles. Todo mundo cantando junto em Abbey Road. Imagine um casal de adolescentes em crise. Ele quer saber porque o relacionamento vai tão ruim, por que ela o trata tão mal. Afinal o que ele fez? Um tema ideal para as fãs que gritavam pelos Beatles na época, ou melhor dizendo, para os fãs, uma vez que a letra vinha em primeira pessoa, de um namorado perplexo pelo que vinha acontecendo nos últimos dias. Pelo visto o pobre coitado acabou mesmo sem respostas...

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 24 de maio de 2024

Rebecca - A Mulher Inesquecível

Título no Brasil: Rebecca - A Mulher Inesquecível
Título Original: Rebecca
Ano de Lançamento: 2020
País: Estados Unidos
Estúdio: Working Title Films
Direção: Ben Wheatley
Roteiro: Jane Goldman, Joe Shrapnel
Elenco: Lily James, Armie Hammer, Kristin Scott Thomas

Sinopse:
Um milionário inglês, homem viúvo e solitário, dono de uma bela mansão no interior da Inglaterra, acaba se apaixonando por uma jovem de classe social inferior. Ele a conhece em um hotel enquanto tentava se recuperar da morte de sua esposa, algo que havia acontecido recentemente. Depois de um breve romance, acaba se casando com ela, a levando para morar em sua bela casa, algo que vai abalar o lugar, uma vez que a presença da antiga senhora ainda se faz muito presente. 

Comentários:
Essa história é o que eu costumo chamar de suspense à moda antiga. O livro original é bem antigo, então isso garante elegância, bom gosto, sutileza. Elementos que inexistem nos filmes de suspense nos dias atuais onde tudo parece se resumir em sangue e tripas. Aqui não, a história vai sendo tecendo aos poucos, os personagens são bem trabalhados e desenvolvidos. Tudo é muito sutil, investindo no clima do suspense, na sugestão, nas sombras noturnas. Nada de frivolidades banais que vemos tanto nos dias de hoje. Eu gostei dessa nova versão dessa velha história. Funcionou muito bem! Claro que jamais irei comparar esse remake com o filme clássico original. Seria covardia! Mas de qualquer forma uma coisa é certa: essa produção soube contar bem essa história. Solidão, amargura, isolamento, tudo está na tela. Não faltou nada, nem o suspense que continua muito bem mostrado nesse filme. Aliás é sempre bom lembrar que histórias inglesas de fantasmas reais ou imaginários vivendo nos corredores daquelas velhas mansões vitorianas geralmente já formam um filão cinematográfico à prova de falhas. E esse filme mostra mais uma vez que essa é uma verdade não escrita. Simplesmente assista ao filme. Você não vai se arrepender! 

Pablo Aluísio.

Ted Bundy: Mente Assassina

Título no Brasil: Ted Bundy: Mente Assassina
Título Original: Ted Bundy: American Boogeyman
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Voltage Pictures
Direção: Daniel Farrands
Roteiro: Daniel Farrands
Elenco: Chad Michael Murray, Holland Roden, Jake Hays

Sinopse:
Ted Bundy, um criminoso e psicopata violento, começa a cometer uma série de crimes em diversos estados diferentes. Atravessando os Estados Unidos ele faz vítimas por onde passa e suas vítimas geralmente se enquadram em um perfil bem definido, jovens mulheres de cabelos negros! 

Comentários:
Um filme ruim! Veja, a história do serial killer Ted Bundy não precisa de nenhum adicional para resultar em um bom filme. Esse psicopata era tão maluco que tudo o que se precisa para um bom filme de terror já se encontra em sua história real. Não precisavam mexer. Mas como tem muito roteirista burro e sem criatividade em Hollywood nos dias de hoje resolveram acrescentar elementos inexistentes na história real. Tudo muito ruim, sem lógica, sem nexo. Pioraram o que já estava feito, já estava pronto. Bastava contratar um pesquisador, colocar os fatos da história real e pronto, já tinham uma história completa para contar. Mas não, decidiram melar tudo. E o filme não é ruim apenas por causa do roteiro péssimo, mas também pela produção fraca. Abaixo de filme B e olha que a produtora é boa, uma companhia cinematográfica que tem experiência em filmes de terror. Complicado entender porque erraram tanto! 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 23 de maio de 2024

Noites Brutais

Título no Brasil: Noites Brutais
Título Original: Barbarian
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: BoulderLight Pictures
Direção: Zach Cregger
Roteiro: Zach Cregger
Elenco: Georgina Campbell, Bill Skarsgård, Justin Long

Sinopse:
Um ator de Hollywood é acusado de assédio sexual contra uma colega de trabalho. Quando ela o denuncia, seu mundo parece cair. Ele é logo cancelado pela internet e corre para levantar dinheiro para se defender nos tribunais. Então decide viajar até Detroit, onde comprou uma casa como investimento. Seu plano agora é vender a casa. E essa ideia logo se revela um péssimo passo dado, porque os porões dessa antiga casa escondem segredos terríveis e assustadores. 

Comentários:
Por mais incrível que pareça o que mais achei interessante nesse terror foi o fato de que a história se passa numa casa em Detroit. Essa cidade foi uma das mais ricas dos EUA, mas depois que a indústria automobilística foi embora de lá virou um lugar praticamente abandonado, cheio de casas vazias e ruas cheias de crime. E a casa que é o palco onde a história de terror se desenvolve foi uma bela casa nos anos 50, com seus gramados verdes esmeralda. Só que depois da crise acabou virando um circo dos horrores em seus porões. Outra coisa digna de nota. Não ache a história do filme muito fora da realidade. Esse tipo de coisa já aconteceu na crônica policial dos Estados Unidos. Por mais bizarro e demente que possa parecer, já ocorreu na vida real, não é inverossímil. Nunca subestime a maldade e a perversidade de uma mente psicopata! Enfim, um terror plenamente plausível, onde o lado mais sórdido e cruel desses psicóticos surge em sua mais pura crueza. É um filme de horror para conferir, sem dúvida nenhuma. 

Pablo Aluísio.

Jester - A Morte Sorri

Título no Brasil: Jester - A Morte Sorri
Título Original: The Jester
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Cinematic Productions
Direção: Colin Krawchuk
Roteiro: Colin Krawchuk, Michael Sheffield
Elenco: Michael Sheffield, Lelia Symington, Delaney White

Sinopse:
Um homem se mata numa ponte, se enforcando. Suas duas filhas, de famílias diferentes, se encontram em seu funeral. O que parece ser apenas um enterro triste de um membro da família acaba sendo o estopim de uma série de aparições de uma estranha figura mascarada, que não fala, mas que parece ter todos os tipos de más intenções. 

Comentários:
Mais um filme de terror com um tipo mascarado. Eu não diria que o vilão seria mais um daqueles palhaços assassinos, mas sim um mímico, aqueles tipos que fazem apresentações em parques de diversões sem falar uma palavra sequer. É um filme de baixo orçamento, mas que não chega a ser uma porcaria, pelo contrário, vi coisas interessantes por aqui. O uso de um certo argumento psicológico envolvendo a morte do pai de duas irmãs, soa até bem escrito. Uma delas ficou para trás pois o pai formou uma nova família e a negligenciou quando ainda era adolescente. A mágoa ficou. E esse tal de Jester usa justamente esse aspecto, esse trauma familiar dela, para assustar e criar o seu terror. É um tipo paranormal, não é apenas um ser humano comum. Entre mortos e feridos até que o filme é interessante, embora não seja nenhuma maravilha do gênero terror. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Friends: A Reunião

Título no Brasil: Friends: A Reunião
Título Original: Friends: The Reunion
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Russell Norman, Ben Winston
Roteiro: David Crane, Marta Kauffman
Elenco: Jennifer Aniston, Courteney Cox, Lisa Kudrow, Matt LeBlanc, Matthew Perry, David Schwimmer

Sinopse:
Quase 20 anos depois, o elenco da série de grande sucesso de audiência Friends volta a se reunir no mesmo estúdio onde os episódios foram gravados no passado. E eles também acabam concedendo uma entrevista relembrando os velhos tempos. 

Comentários:
Durante muitos anos se especulou se haveria um filme de Friends para o cinema. A Warner queria lançar esse filme, afinal o potencial de bilheteria era gigantesco, mas parte do elenco da série recusou o convite. Eles queriam que aquele final, exibido no último episódio da série, fosse o definitivo. Nada de retornar para continuar a história daqueles seis amigos que moravam em Nova Iorque. Como o filme não saiu do papel resolveu-se promover essa reunião do elenco original. É a tal coisa, esse tipo de reunião sempre resulta nas mesmas coisas. Eles estão agora maduros, coroas, então há um choque quando imagens da série são exibidos, afinal eles eram todos jovens radiantes nos anos 90. E esse tipo de comparação cruel se torna ainda mais complicada para Matthew Perry. Visivelmente doente e inchado, ele realmente não estava nada bem, muito pelo contrário. Então é isso, não achei muito bom, na realidade achei até bem melancólico e com um certo toque meio depressivo também, apesar deles tentarem investir em uma piada atrás da outra. De qualquer forma serviu como uma espécie de despedida final, até porque Matthew Perry morreria algum tempo depois. Sob esse ponto de vista pelo menos serviu para alguma coisa. 

Pablo Aluísio.