quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Agente Stone

Título no Brasil: Agente Stone
Título Original: Heart of Stone
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix, Skydance Media
Direção: Tom Harper
Roteiro: Greg Rucka, Allison Schroeder
Elenco: Gal Gadot, Jamie Dornan, Alia Bhatt, Jing Lusi, 
Paul Ready, Matthias Schweighöfer

Sinopse:
Rachel Stone (Gal Gadot), uma jovem agente, novata no serviço secreto inglês, guarda um segredo de seus companheiros de trabalho. Na realidade ela é uma super agente de uma organização internacional de espionagem que procura salvar o mundo. E o mundo, pelo visto, precisa ser salvo todas as semanas! 

Comentários:
Esse filme foi massacrado pela crítica em seu lançamento. Tudo bem, não se trata de nenhuma maravilha da sétima arte, mas penso que exageraram um pouco na dose. Concordo com as críticas que disseram que o roteiro era muito vazio e sem conteúdo. De fato é. Nada muito original e completamente derivativo de outros filmes de ação, inclusive a tentativa de imitar os filmes de 007 soam como um constrangimento completo. Parece mesmo que os roteiristas quiseram fazer uma espécie de James Bond, versão feminina. De qualquer forma, tecnicamente falando, em termos de cenas de ação, o filme é plenamente bem realizado. Pena que mais uma vez não prestaram atenção no desenvolvimento dos personagens principais que mais parecem bonecos de computação gráfica para essas mesmas cenas de ação e nada mais. Além disso essa coisa de super agência de espionagem pelo bem do mundo soa mais do que bobinho, tolinho mesmo. Como diria o Chuck Berry, isso é coisa de gente que ainda não chegou na fase adulta. Eu já sou crescido! Fora isso, tudo bem. Assista, nem que seja apenas pelas boas cenas de ação e lutas. 

Pablo Aluísio.

A Ilha

Título no Brasil: A Ilha
Título Original: The Island
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks SKG, Warner Bros
Direção: Michael Bay
Roteiro: Caspian Tredwell-Owen, Alex Kurtzman
Elenco: Scarlett Johansson, Ewan McGregor, Michael Clarke Duncan, Djimon Hounsou

Sinopse:
Lincoln Six-Echo (Ewan McGregor) vive no futuro em uma espécie de sociedade ideal, onde tudo parece perfeitamente controlado e limpo. O que ele acabará descobrindo é que seu paraíso artificial não passa de uma ilusão ligada a algo muito mais terrível do que ele possa imaginar. Para lhe ajudar nessa verdadeira aventura de descobrimento ele contará com a preciosa colaboração da jovem e bela Jordan Two-Delta (Scarlett Johansson) que também está imersa nessa verdadeira farsa tecnológica.

Comentários:
Uma tentativa do diretor Michael Bay em trazer algum conteúdo para sua filmografia formada basicamente por filmes com muitas explosões e poucas ideias interessantes. O começo do filme até se mostra promissor, a ideia parece ser boa e até original, o problema é que Bay não consegue se segurar, assim passado a fase em que ele apresenta o contexto de seu enredo para o espectador, tudo novamente voa pelos ares, como é sua marca registrada. Acredito inclusive que Michael Bay tenha algum problema mental, ele deve sofrer de algum distúrbio relacionado à déficit de atenção ou algo assim,  já que o cineasta simplesmente não consegue realizar uma obra mais contemplativa, séria e que desenvolva melhor seus personagens, ele tem que explodir tudo a cada cinco minutos em seus filmes. Assim o espectador acaba apenas com uma bela dor de cabeça ao final de suas produções. Aqui nem o bom elenco ajuda já que basicamente eles ficam apenas correndo de um lado para o outro, ofegantes. Dessa forma não espere por grande cinema mas apenas por grande movimentação como é do feitio do perturbado Bay.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Luciferina

Título no Brasil: Luciferina
Título Original: Luciferina
Ano de Lançamento: 2018
País: Argentina
Estúdio: Buffalo Films
Direção: Gonzalo Calzada
Roteiro: Gonzalo Calzada
Elenco: Sofía Del Tuffo, Marta Lubos, Pedro Merlo

Sinopse:
Uma jovem noviça, prestes a se tornar freira, recebe uma notícia trágica no convento onde se encontra. Sua mãe se matou e seu pai está muito mal, prestes a morrer. Ela então volta para sua cidade natal onde reencontra sua rebelde irmã (que agora virou gótica) e seus amigos nada simpáticos. E o pior também vem com as lembranças e tormentos de seu passado, que agora estão de volta à sua vida. 

Comentários:
Para quem curte filmes de terror fica muito complicado ignorar um filme chamado Luciferina! Ainda mais em se tratando de um filme produzido na Argentina. Que o cinema argentino é muito bom, isso todos os cinéfilos já sabem. O que soa como novidade é a inovação de se apostar em um terror tão pop quanto esse. E o resultado final me agradou. Sim, existe uma mistura bem estranha nesse filme, onde se dá direito até mesmo ao uso de Santo Daime (ayahuasca) pelos personagens. Em um gênero cinematográfico tão degastado não vejo como algo necessariamente ruim o uso de novos elementos na história. Além disso eu gostei do fato de que esse roteiro aposta muito mais na sugestão do que na explicação. Nem tudo precisa ser explicado, ainda mais em temáticas sobrenaturais e mitológicas. O filme recebeu classificação indicativa de 18 anos no Brasil, o que achei um pouco excessivo. Não é um filme tão violento como a franquia "Jogos Mortais", por exemplo. De qualquer forma vale a indicação, principalmente para quem se interessa pelo cinema produzido pelos nossos hermanos. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Os Chefões

Título no Brasil: Os Chefões
Título Original: The Funeral
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: October Films
Direção: Abel Ferrara
Roteiro: Nicholas St. John
Elenco: Christopher Walken, Chris Penn, Annabella Sciorra, Isabella Rossellini, Benicio Del Toro, Vincent Gallo

Sinopse:
Na década de 1930, em Nova York, o caixão de um gangster chamado Johnny Tempio é levado à casa de seu irmão mais velho, Ray, para que o velório seja o ponto de encontro de familiares e amigos. Ray decide vingar o assassinato de seu irmão mais novo e acredita que o gangster Gaspare foi quem o matou. Só que nada será tão simples como ele pensaria ser. 

Comentários:
Abel Ferrara fez cinema independente de extrema qualidade. Era um cineasta controverso que muitas vezes precisou fazer cinema de guerrilha para produzir sua arte. Esse filme aqui é um dos mais interessantes de sua carreira. Claro que o erro começa na distribuidora nacional que arranjou um péssimo título nacional. Prefira o original, O Funeral, bem preciso e correto do ponto de vista da narrativa. É justamente no funeral que os irmãos criminosos se encontram para tomar uma decisão crucial para eles. Nessa parte do filme podemos notar até mesmo uma linha de narração que lembra a peça teatral que deu origem ao roteiro do filme. E tem também o bom elenco, atuando com convicção. Enfim, um bom filme sobre bandidos e família, não necessariamente nessa ordem. Pena que anda muito esquecido e complicado de achar nos dias atuais. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Caindo no Ridículo

Título no Brasil: Caindo no Ridículo
Título Original: Ridicule
Ano de Lançamento: 1996
País: França 
Estúdio: Epithète Films
Direção: Patrice Leconte
Roteiro: Rémi Waterhouse, Michel Fessler
Elenco: Charles Berling, Jean Rochefort, Fanny Ardant

Sinopse:
Para obter o apoio real num projeto de drenagem necessário, um pobre senhor francês deve aprender a jogar os delicados jogos de humor e intrigas na corte de Versalhes. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. 

Comentários:
Filme muito bom. Não tenho recordações se chegou a ser lançado nos cinemas brasileiros, mas tenho plena certeza que foi lançado em VHS no Brasil, tanto que assisti o filme exatamente assim, na época de seu lançamento original. A produção é classe A e o elenco é inspirado. A história do filme se passa em 1783, poucos anos antes de Luís XVI ser derrubado do poder pela revolução francesa. A corte de Versalhes, cheia de vícios e pessoas com personalidade tóxica, é muito bem representado nesse roteiro. Há uma dose de sedução, mas também de traições e sordidez em cada personagem. A monarquia francesa era realmente um jogo de intrigas muito perigoso. Por fim devo elogiar a beleza da atriz Fanny Ardant. Na época escreveram: "Um homem seria um tolo se não quisesse se deitar com Ardant, e ainda mais tolo se confiasse nela." Enfim, definição perfeita em um filme especialmente indicado para os que apreciam conhecer melhor esse período histórico. 

Pablo Aluísio.

domingo, 28 de janeiro de 2024

Imperador Romano Titus

O imperador romano Titus (ou Tito, como é conhecido na língua portuguesa) reinou por pouco tempo em Roma, mas o seu período foi tão marcante na história do império romano que até hoje historiadores se debruçam sobre sua biografia. Tito era filho do imperador Vespasiano e quando esse morreu sua sucessão foi considerada natural pelo senado. Isso demonstrava que embora formalmente Roma fosse ainda considerada uma República, na prática já se tinha contornos de uma monarquia de sangue. Tanto que Tito e seu irmão Domiciano se tornariam imperadores, simplesmente pelo fato de serem filhos de Vespasiano.

O nome de Tito jamais será esquecido pelo povo judeu. Foi ele que destruiu o templo de Jerusalém. Esse foi o primeiro momento histórico realmente marcante da vida desse imperador. A província da Judeia era considerada uma das mais problemáticas para Roma. Havia rebeliões, conflitos e os judeus nunca aceitaram de fato a dominação romana. Para piorar o quadro político havia a esperança de que um Messias iria libertar o povo judeu da escravidão dos romanos. Esse Messias era uma figura religiosa, fazia parte das escrituras sagradas dos judeus e isso havia se tornado um tormento para os governadores enviados por Roma.

Tito então enfrentou o problema de frente. Se a religião dos judeus era um problema, então os romanos iriam destruir seu maior símbolo, o Templo de Jerusalém. Quando os legionários entraram no templo isso foi considerado o maior dos sacrilégios. Tito mandou confiscar todo o ouro que havia ali, além de destruir tudo, colocar o templo literalmente abaixo. Dizem cronistas da época que os sacerdotes se jogaram nas espadas dos legionários romanos, tamanho era o desespero. Muitos morreram. Um desses em seu último momento encontrou Tito cara a cara e lhe disse que ele seria amaldiçoado pelo que havia feito, que não iria durar como imperador e que seu povo iria pagar por tudo o que havia feito aos judeus. Tito lhe virou as costas e mandou que a destruição continuasse, que tudo fosse queimado e demolido. Dizem que entrou a cavalo em um lugar extremamente santo do templo, onde o povo judeu acreditava que o próprio Deus ali habitava. Aquilo era o desrespeito máximo do romano para com a fé do povo judeu.

De volta a Roma Tito enfrentou o maior desafio de seu governo. O vulcão Vesúvio entrou em erupção. Milhares de pessoas morreram. Cidades como Pompeia e Herculano literalmente desapareceram do mapa, soterradas pelas cinzas do vulcão. Os cidadãos romanos que ali viviam morreram sufocados ou queimados vivos pelas chamas do Vesúvio. Pedras de fogo caiam do céu, era um cenário de apocalipse. Poucos escaparam. Os gritos podiam ser ouvidos a distância. Homens, mulheres, idosos, crianças, todos morreram de forma quase instantânea. Tito ficou desesperado. Ele enviou legiões para ajudar, mas os seus soldados morreram asfixiados por gases expelidos pelo Vesúvio. Foi uma enorme tragédia para o povo romano. Seu tão poderoso exército se revelava inútil naquele momento. E não foi apenas isso. Durante três dias e três noites Roma ardeu em chamas, em um incêndio tão grande como aquele que havia destruído a cidade nos tempos de Nero! E como havia profetizado o sacerdote judeu o reinado de Tito foi breve. Ele ficou como imperador por apenas dois anos. Inesperadamente morreu em 81 da era cristã, mesmo sendo ainda jovem. Dizia-se que havia sido envenenado pelo próprio irmão, Domiciano, que agora era o novo imperador após sua morte misteriosa. Tito assim acabou se tornando um imperador de rápida passagem pelo poder máximo do mundo antigo, em um dos momentos mais terríveis da história do império romano.

Pablo Aluísio.

sábado, 27 de janeiro de 2024

Elvis Presley - I've lost You / The Next Step is Love

Esse foi o primeiro single lançado com as músicas do projeto "That´s The Way It Is". Lançado em julho de 1970 o single não vendeu tão bem como era esperado pela RCA Victor. Também o que esperavam? De todos os álbuns e compactos da discografia de Elvis Presley durante os anos 1970, essa foi certamente a pior capa já feita! Com uma direção de arte que pode ser considerada primária e simplória ao extremo, a capa trazendo apenas letras informando o artista, as músicas e a data das gravações era básica demais. Comercialmente falando nada que viesse a chamar a atenção do consumidor nas lojas de discos. Uma direção de arte bem ruim, vamos convir.

As duas canções do single eram inegavelmente boas. "I've lost You" surgia como versão de estúdio, ao contrário do álbum que traria a versão ao vivo gravada em Las Vegas. Como é de praxe toda gravação registrada em estúdio tem melhor qualidade técnica. A canção é bem escrita e tem bons arranjos, mas há um problema em sua estrutura, com excesso de refrão sendo repetido ao longo de toda a duração. Algo que acaba cansando os ouvidos, apesar da excelente performance de Elvis. "The Next Step is Love" vinha no lado B. Essa música tem uma melodia que soa agradável aos ouvidos. A letra também lembra as músicas das trilhas sonoras dos anos 60, por causa de sua singeleza. A RCA acreditava que essa melodia tinha vocação para virar hit, mas isso definitivamente não aconteceu. No final das contas o single " I've lost You / The Next Step is Love" conseguiu chegar apenas na trigésima segunda posição entre os mais vendidos na época original de seu lançamento. Um resultado comercial modesto demais para um nome tão forte dentro da indústria fonográfica como Elvis Presley.

Elvis Presley - I've lost You 
(Single, Estados Unidos, 1970)
Lado A:  I've lost You 
Lado B: The Next Step is Love
Produção: Felton Jarvis
Selo: RCA Victor
Data de Lançamento: Julho de 1970
Melhor Posição nas Paradas: 32 (EUA), 9 (Reino Unido)

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Gaiola Mental

Título no Brasil: Gaiola Mental
Título Original: Mindcage
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Mauro Borrelli
Roteiro: Mauro Borrelli
Elenco: Martin Lawrence, John Malkovich, Robert Knepper

Sinopse:
Um serial killer mata suas vítimas e usa seus corpos como verdadeiras obras de arte do macabro, os transformando em anjos barrocos da renascença. É um velho sistema que foi usado anos antes por outro assassino em série e esse, agora condenado e preso, pode ajudar nas devidas investigações para prender o criminoso que nos dias atuais imita seus métodos. 

Comentários:
Que filme ruim! Eu esperava por algo muito, mas muito melhor. Acabei assistindo a um filme cheio de problemas, cheio de ruindades cinematográficas! A começar pelo roteiro que é uma imitação barata e mal feita de "O Silêncio dos Inocentes". O elenco é todo mal escolhido. O comediante Martin Lawrence tentando bancar o papel sério de um policial é uma das coisas mais constrangedoras dos últimos tempos. Cheio de caretas, caricato ao extremo, ele afunda de forma solene. O único bom ator do filme se chama John Malkovich, mas uma andorinha só não faz verão e ele afunda na ruindade, abraçado com a péssima direção. O roteiro é tão patético que inventaram um plot twist apelativo que me fez dar uma sonora gargalhada quando apareceu em cena! A única coisa boa dessa bomba é o trabalho da equipe de maquiagem e figurinos. As vítimas em metamorfose de anjos, é legal. Uma premissa boa que foi desperdiçada em um filme muito ruim! O resto é para se esquecer. 

Pablo Aluísio.