quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Os Pequenos Vestígios

Título no Brasil: Os Pequenos Vestígios 
Título Original: The Little Things
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Lee Hancock
Roteiro: John Lee Hancock
Elenco: Denzel Washington, Rami Malek, Jared Leto

Sinopse:
Nesse filme o ator Denzel Washington interpreta um policial veterano que foi rebaixado em sua carreira. Ele atuava como detetive do departamento, no setor de homicídios, mas ultrapassou limites legais e éticos. De volta à mera função de policial comum, ele não consegue se desvencilhar do antigo caso que investigava e volta a se envolver na solução, na busca por um serial killer que está matando prostitutas em sua região. 

Comentários:
Realmente gostei do filme, mas fiquei com a clara sensação de que poderia ser muito melhor. Ele tem seu próprio ritmo narrativo e não parece estar muito apressado em contar sua história. Isso não é algo negativo, mas nos dias atuais vai ser encarado com lentidão narrativa.  Denzel Washington como sempre está ótimo, fazendo valer qualquer filme em que esteja no elenco, mas me incomodei um pouco com Rami Malek. Vamos ser sinceros, ele não tem pinta para interpretar policiais. Além disso fiquei com Freddie Mercury na cabeça durante o filme, estragando seu personagem. Coisa chata! Melhor se sai Jared Leto que tem um personagem dúbio para interpretar. Tanto pode ser realmente o assassino real como um mero boboca que de tanto ser fã de serial killers acabou atraindo a atenção do departamento de polícia. Então é isso. Um bom filme, que de certa forma perdeu parte de seu potencial. Ainda assim vale a pena assistir e conhecer. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

As Tartarugas Ninja: Caos Mutante

As Tartarugas Ninja: Caos Mutante
Depois que essa animação acabou, eu parei para pensar um pouco e cheguei na conclusão surpreendente que nunca assisti um filme das tartarugas ninjas que fosse ruim! E isso é realmente complicado de entender em termos de cinema, onde vi surgirem e afundarem franquias cinematográficas mais do que promissoras. Com esses personagens da cultura pop tudo parece se manter em uma base de qualidade que nunca decaiu. Quem detém os direitos autorais desses personagens de quadrinhos realmente não dorme no ponto, sempre exigindo o melhor. Ponto positivo para o espectador que pode contar sempre com filmes de qualidade para assistir. 

O diferencial desse vem da técnica de animação. É stop-motion, aquela velha tradição de animação que vai filmando os personagens em massinha. Nem preciso esclarecer que é um processo lento, complexo e muito cuidadoso para os animadores. Pode ser chato para quem produz, mas para quem assiste o produto final vem logo aquele charme de nostalgia que, pelo menos para a minha geração, vai bater fundo na alma de criança. Pura nostalgia mesmo! Eu sempre me lembro dos velhos filmes de Simbad com aqueles monstros do mar, etc. Pois bem, o resultado aqui ficou muito bom. Filme de animação ágil, com estorinha que os pequenos vão curtir muito. Essas tartarugas adolescentes que são loucas por pizza, realmente parecem ter ainda muito chão pela frente no cinema. E que venha mais filmes com elas. 

As Tartarugas Ninja: Caos Mutante (Teenage Mutant Ninja Turtles: Mutant Mayhem, Estados Unidos, 2023) Direção: Jeff Rowe, Kyler Spears / Roteiro: Seth Rogen, Evan Goldberg, Jeff Rowe / Elenco: Micah Abbey, Shamon Brown Jr, Nicolas Cantu / Sinopse: Cansadas de viver nos esgotos de Nova Iorque com seu mestre, as tartarugas ninjas decidem que é hora de se revelarem para os humanos que vivem na grande cidade de Nova Iorque. E a oportunidade surge quando elas começam a lutar contra um super vilão mutante que planeja destruir toda a humanidade. 

Pablo Aluísio.

Amityville 5: A Maldição de Amityville

Título no Brasil: Amityville 5: A Maldição de Amityville
Título Original: The Amityville Curse
Ano de Lançamento: 1990
País: Canadá
Estúdio: Image Organization
Direção: Tom Berry
Roteiro: Hans Holzer, Michael Krueger
Elenco: Kim Coates, Dawna Wightman, Helen Hughes

Sinopse:
Cinco pessoas passam a noite em uma casa abandonada, uma casa mal-assombrada em Amityville, e logo se vêem aterrorizadas por diversos fantasmas, entidades demoníacas, insetos venenosos e aparições fantasmagóricas.

Comentários:
Infelizmente os produtores dessa franquia perderam o controle sobre os filmes. Acontece que o nome de Amityville, por ser o nome de um lugar, não poderia ser registrado da forma adequada. Então de repente eram lançados filmes, digamos, bastardos sobre essa história. Esse aqui eu considero um deles. Um filme feito para a TV canadense, muito mal produzido e com um enredo que sinceramente não forma conexão com a famosa história de terror que estamos acostumados. É a tal coisa, puro oportunismo mesmo. Usa o famoso nome como atrativo, coloca uma numeração correta (no caso do 5) e pronto, tentam faturar fácil em cima do público. No meu caso vi por mera curiosidade, mas eles realmente nunca me enganaram sobre isso. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Sangue Bravo

Título no Brasil: Sangue Bravo
Título Original: The Outriders
Ano de Lançamento: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Roy Rowland
Roteiro: Roy Rowland
Elenco: Joel McCrea, Arlene Dahl, Barry Sullivan

Sinopse:
Em 1865, três prisioneiros da guerra civil norte-americana, soldados confederados fugitivos, são coagidos a se juntarem a uma quadrilha de bandoleiros e criminosos liderados pelo proscrito procurado Quantrill. Eles planejam roubar um carregamento de ouro da União escondido em uma caravana de pioneiros que iriam de Santa Fé até St Louis.

Comentários:
Um filme que traz muitos elementos caros à filmografia western nos hoje distantes anos 1950. Eu sempre recomendo filmes de faroeste produzidos nessa década. Apesar de muitos deles trazerem roteiros que exageravam um pouco no melodrama, principalmente quando havia algum envolvimento romântico do protagonista, esses filmes eram bem produzidos, com ótimas tomadas de cena no assim chamado velho oeste selvagem. Nesse filme o ator McCrea, que era muito popular, mas que nunca virou um grande astro, interpreta esse sujeito, um criminoso fugitivo, que se une a uma caravana de pioneiros. O plano é roubar o ouro, no valor de 1 milhão de dólares, que está escondido em uma das carroças, só que durante a viagem ele se apaixona pela mocinha interpretada pela bela atriz Arlene Dahl. Então surge o conflito interno: Ele deve levar o plano até o fim ou mudar de lado, protegendo aquelas pessoas inocentes? Enfim, um faroeste dos bons, nos velhos tempos em que Hollywood fazia grandes filmes nesse gênero cinematográfico. 

Pablo Aluísio.

O Espião Submarino

Título no Brasil: O Espião Submarino
Título Original: The Spy in Black
Ano de Lançamento: 1939
País: Estados Unidos, Reino Unido
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Michael Powell
Roteiro: J. Storer Clouston, Emeric Pressburger
Elenco: Conrad Veidt, Valerie Hobson, Sebastian Shaw

Sinopse:
Em um mundo cada vez mais conflituoso, mas ainda não em guerra, um submarino alemão U-BOAT é enviado às ilhas Orkney para afundar a frota britânica que navegava por aquelas águas sem ter a menor ideia do risco e do perigo que estavam prestes a enfrentar.

Comentários:
Não é exagero quando alguns críticos ingleses colocam esse filme como um dos melhores filmes britânicos da década de 1930. De fato, é um filme muito bom, embora algumas ressalvas devam ser ditas. Uma delas, sendo a principal, é que a história mostrada no filme é puramente ficcional. Acontece que a Europa estava prestes a entrar na II Guerra Mundial e os nervos estavam á flor da pele. Por isso muitos acreditaram na história que o filme conta, mas realmente não teve nenhum contato com fatos históricos. Outro ponto de observação é justamente o capricho do roteiro em explorar os costumes e o modo de vida dos escoceses naquela época. Nesse aspecto o filme funciona até mesmo como um retrato social daquelas pesssoas que viveram naqueles momentos históricos dramáticos. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Frankenstein

Título no Brasil: Frankenstein
Título Original: Frankenstein
Ano de Lançamento: 1931
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: James Whale
Roteiro: John L. Balderston, Mary Shelley
Elenco: Colin Clive, Boris Karloff, Mae Clarke, John Boles, Edward Van Sloan, Frederick Kerr

Sinopse:
Dr. Frankenstein, um ambicioso e até mesmo meio lunático cientista, decide que quer superar o desafio da morte. Ele pretende com suas experiências trazer material orgânico morto de volta à vida e para isso usa a força da energia contida em raios capturados em uma grande tempestade. E suas experiências realmente dão certo, criando um monstro em seu processo. 

Comentários:
Poucos filmes na história do cinema foram tão influentes dentro da cultura pop como esse primeiro Frankenstein da década de 1930. Para bem entender isso basta lembrar da figura do monstro. O design de maquiagem feita para essa produção marcou para sempre esse personagem ícone. Basta pensar em Frankenstein para vir imediatamente à mente a maquiagem usada por Boris Karloff. Ficou para sempre imortalizada no inconsciente coletivo das pessoas. E além desse aspecto importante temos que reconhecer que o filme é genial, mesmo tendo passado quase 100 anos de seu lançamento original. Todos os elementos já estão presentes na película, desde a direção, a linda fotografia em preto e branco (que combinou muito bem com o lado soturno da história) e o elenco, que não poderia ser mais perfeito. Some-se a isso a força da própria obra original escrita por Mary Shelley que criou todo um gênero literário e sobrevive bravamente ao passar do tempo. Enfim, obra-prima do começo ao fim. Excelente em todos os aspectos. Ao lado de Drácula é considerado o mais famoso e celebrado personagem de terror da galeria da Universal Pictures em sua era de ouro no cinema. 

Pablo Aluísio.

O Homem Invisível

A Universal Pictures investiu bastante, em seus primórdios, em filmes de terror. Foi criada toda uma galeria de filmes que posteriormente iriam ser chamados de "Os Monstros da Universal". Estão nessa lista o clássico filme de Drácula com Bela Lugosi e o primeiro filme sobre o Lobisomem. E foi justamente dentro dessa fase que surgiu essa adaptação para o cinema de "O Homem Invisível". Era uma ideia nova, que poderia ou não dar certo no cinema. O que iria acontecer é que não apenas o filme iria fazer muito sucesso como também iria abrir o caminho para outras adaptações do mesmo calibre. Afinal os produtores agora viam que havia público que tinha interesse em assistir a filmes assim. E havia mesmo muito público. As bilheterias e o lucro eram quase certos.

É impressionante saber que esse filme foi produzido em 1933, ou seja, está prestes a celebrar 100 anos de seu lançamento original! Tudo é tão criativo nesse filme, tão inventivo, que ficamos mesmo admirados em saber que tudo foi feito na distante década de 1930. Outro aspecto digno de nota é que embora fosse classificado na época como um filme de terror, essa produção não fica confinada apenas nesse gênero. É filme Sci-fi por excelência, dos bons e um clássico absoluto desse estilo. Enfim, o melhor de dois mundos.

O Homem Invisível (The Invisible Man, Estados Unidos, 1933) Direção: James Whale / Roteiro: R.C. Sherriff / Elenco: Claude Rains, Gloria Stuart, William Harrigan / Sinopse: Baseado na obra de H.G. Wells, o filme "O Homem Invisível" conta a história de um cientista que encontra uma maneira de se tornar invisível, mas ao fazer isso, ele se torna mortalmente louco.

Pablo Aluísio.

domingo, 21 de janeiro de 2024

A Morte de Alexandre I

O czar russo Alexandre I conseguiu vencer Napoleão Bonaparte. Ele teve o bom senso de entregar toda a estratégia aos seus generais, quando o imperador francês invadiu a Rússia. A tática usada ficou conhecida como "Terra arrasada", ou seja, não deixar nada para as tropas francesas. Nem comida, nem plantações, nem casas. Tudo destruído. Deu certo. Os franceses ficaram à mercê da natureza e foram duramente castigados quando se retiraram, em pleno inverno russo, sem comida, mantimentos e nem roupas adequadas. Milhares de soldados franceses morreram. Napoleão fora derrotado na Mãe Rússia, mostrando que ele não era invencível.

Depois disso as tropas russas tomaram a ofensiva e só pararam quando chegaram em Paris. Alexandre I acompanhou seus homens até a capital francesa. Uma vez lá sentiu-se como o dono do mundo. Um imperador que havia destruído Napoleão, não era realmente pouca coisa. Imediatamente o Czar propôs uma aliança de nações ao qual chamou de "Santa Aliança", uma maneira de impedir que novos líderes como Napoleão surgissem. Durante as negociações também foi decidido que Napoleão seria enviado para uma ilha distante, longe do continente europeu. Ele deveria ficar lá até sua morte. A intenção era não transformar o imperador francês em um mártir.

Depois da vitória o Czar Alexandre I aproveitou tudo o que podia da capital francesa. Promoveu bailes da vitória, se envolveu com mulheres lindas da corte, dançou, festejou, até não poder mais. A despeito de toda a farra havia também uma dualidade em sua alma. Fraco aos prazeres mundanos, o Czar começou a desenvolver uma mentalidade mística, se considerando um enviado de Deus ao mundo para destruir o diabólico Napoleão Bonaparte. A crise existencial entre aproveitar os prazeres da vida e o sentimento religioso iriam seguir com ele até sua morte.

De volta para a Rússia, Alexandre seguiu seu reinado, mas ele não viveu por muito tempo após a vitória sobre Napoleão. O imperador morreu aos 47 anos de idade, em dezembro de 1825, após apresentar uma estranha febre. A causa de sua morte segue sendo incerta. Para alguns ele morreu de febre tifoide, para outros malária que teria contraído no campo de batalha. Ele também faleceu longe de seu querido palácio, pois estava de viagem. Não foi uma morte feliz e nem tranquila. O imperador tinha ainda muitos planos para a Rússia.  Ele achava que viveria muitos anos ainda, porém seu destino era morrer cedo, cedo demais segundo alguns historiadores. De uma forma ou outra o Czar resolveu fazer de seu irmão, Nicolau, o seu sucessor. Na linha de sucessão o trono deveria ter sido passado para Constantino, mas esse já havia dito a Alexandre que não queria se tornar o imperador da Rússia. Assim Alexandre resolveu fazer de seu irmão mais jovem o próximo czar de todas as Rússias. Ele se tornaria o czar Nicolau I.

Pablo Aluísio.