segunda-feira, 12 de maio de 2008

Elvis Presley - Elvis' Golden Records - Texto II

Heartbreak Hotel
(Axton / Durden / Presley) — Tommy Durden era um músico e compositor desempregado morando na Flórida, quando numa certa manhã de um domingo qualquer de 1955 se deparou no jornal local com uma notícia no mínimo inusitada: um homem de trinta e poucos anos havia se suicidado e deixado um bilhete ao seu lado na cama escrito com apenas uma frase: "Eu caminho por uma rua solitária". A polícia local não sabia a identidade do suicida e perguntava no diário lido por Tommy: "Você conhece esse homem?". Durden logo viu que aquilo era tão interessante que poderia dar em música, um Blues é claro! Logo começou a escrever a canção. Como escrevia sempre melhor em parceria procurou no dia seguinte sua amiga Mae Axton. Mae era importante para Durden por duas razões básicas: Ela era uma radialista influente e poderia vender a canção em uma convenção de DJs e também escrevia muito bem. Axton adorou a idéia de Tommy e em poucos tempo já estava ao seu lado melhorando a letra da música. Logo ela sugeria que se esse homem caminhava em uma rua solitária, essa deveria ter um Hotel dos corações partidos! Pronto, a música estava completa! No mês seguinte Mae Axton foi a Nashville para a convenção nacional dos DJs de rádios. Sua principal intenção era vender a música que compôs ao lado de Durden. 

Chegando lá ela logo conheceu Elvis, que também estava circulando pela convenção. Mae então tocou a música para Presley num demo cantado pelo cantor Glen Reeves. Elvis ouviu e seus olhos brilharam! Era aquele som que ele estava procurando. Ele havia sido contratado pela RCA Victor e estava precisando de novas músicas para a sua primeira sessão de gravação na grande gravadora. Ele e Mae Axton fecharam no mesmo dia. Em troca Mae ofereceu parceria a Elvis como compositor. Elvis agradeceu a gentileza e levou a música consigo para sua primeira sessão na RCA em janeiro. O resultado foi melhor do que o esperado: "Heartbreak Hotel" logo se tornou o primeiro grande sucesso de Elvis em nível nacional quando lançada em Janeiro de 1956 com "I was the one" no lado B alcançando o primeiro lugar simultâneo nas paradas Country, R&B e Pop - um fato inédito até então!. Essa sem dúvida é um dos maiores sucessos de toda a carreira de Elvis Presley, um símbolo e uma marca registrada de seu estilo.

Jailhouse Rock (Leiber / Stoller) - "Jailhouse Rock" é um dos maiores clássicos da história do Rock mundial. Poucas músicas conseguiram traduzir e representar toda uma época e uma geração como essa. Perfeitamente executada, com ótimo arranjo a canção é uma das mais conhecidas da carreira de Elvis Presley. Nesse dia Elvis resolveu dispensar a participação dos Jordanaires após ter gravado alguns takes com os vocalistas. Elvis acertou, a canção ganhou em ritmo e fluência. Além disso o vocal de Elvis está simplesmente visceral, tanto que ele mesmo confidenciou depois ter sido essa uma das mais difíceis de acertar. Reconhecido pelos especialistas como o melhor rock gravado por Elvis em toda a sua carreira, a canção até hoje empolga e não envelheceu nem um minuto. Tão preciso e atual é o seu arranjo que até parece que foi gravada ontem. Música título do terceiro filme estrelado por Elvis que no Brasil recebeu o nome de "O Prisioneiro do Rock", sendo que sua trilha foi lançada em um EP (compacto duplo) em outubro de 1957. Foi ainda lançada como single em setembro de 1957 com "Treat Me Nice" no lado B. 

O sucesso foi imediato e o single chegou ao primeiro lugar na parada americana. A cena do filme em que Elvis apresenta esta canção é considerado o melhor momento do cantor no cinema. Leiber e Stoller afirmaram posteriormente que sua intenção era "...imitar o som de pedras quebrando" o que de certa forma foi conseguido. Foi gravado em 30 de abril de 1957 nos estúdios Radio Recorders em Hollywood. Assim Elvis ignorou a intenção satírica dos autores (Jerry Leiber e Mike Stoller) e interpretou a canção com fúria. Jailhouse Rock foi o primeiro single da história a ir direto para o topo das paradas no Reino Unido em 1957. Porém a trajetória de sucesso dessa canção imortal continuou. No 70º aniversário de Elvis a música foi mais uma vez relançada em single para comemorar a data. Não deu outra, a música novamente liderou as paradas, 48 anos depois de ter sido gravada! Imortal é isso aí!

Love Me (Jerry Leiber / Mike Stoller) - Sem dúvida uma das mais belas criações daquela que sem dúvida foi a mais importante dupla de compositores do Rei. Leiber e Stoller compuseram as mais importantes músicas da carreira de Elvis como "Jailhouse Rock", "Trouble" e "King Creole", entre outras. Esta foi feita especialmente para Elvis pois Leiber e Stoller achavam interessante o apego que Elvis tinha por músicas românticas, então resolveram compor uma canção sob medida para o gosto e a interpretação do cantor. Era uma das preferidas dele, tanto que a integrou em seu repertório nos anos setenta estando presente em quase todos os seus discos gravados ao vivo neste período. Também foi lançada num compacto duplo em outubro de 1956 junto com outras músicas de seu segundo LP, onde "Love Me" foi originalmente lançada. A música é uma das mais conhecidas de Elvis dos anos 50, pelo seu romantismo, por sua bela melodia e pela letra apaixonante. Embalou muitos corações apaixonados e serviu de trilha sonora para muitas paixões eternas. Sem dúvida um registro de Elvis em um de seus melhores momentos de estúdio.

Pablo Aluísio. 

domingo, 11 de maio de 2008

Elvis Presley - Elvis' Golden Records - Texto I

Hound Dog
(Jerry Leiber / Mike Stoller) - Sem dúvida uma das mais conhecidas músicas de Elvis. Originalmente foi lançada por Willie "Big Mama" Thornton em 1953. A Versão de Elvis surgiu como lado B do single "Don't Be Cruel" alcançando o primeiro lugar nas paradas em julho de 1956. Esse single é o mais vendido de toda a carreira de Elvis. No estúdio "Hound Dog" se transformou em uma das mais difíceis de gravar, levando Elvis e seu grupo a produzir mais de trinta takes! Finalmente Elvis se deu por satisfeito, escolhendo uma das versões como definitiva. No começo Elvis não quis gravá-la, mas como a música havia se transformado em um dos pontos altos de seus shows, o cantor cedeu aos apelos dos executivos da RCA Victor e a gravou em 2 de julho de 56 nos estúdios da RCA em Nova Iorque, os mesmos que havia utilizado para gravar parte das músicas de seu primeiro disco. Nessa mesma noite Elvis ainda gravaria as versões definitivas de "Don't Be Cruel" e "Any Way You Want Me". 

Uma das razões que levaram Elvis a ter uma certa resistência em gravar "Hound Dog" era o teor sua letra. Obviamente ela deveria ser cantada por uma cantora (de preferência negra, como Big Mama) pois era uma mensagem direta de uma mulher afro-americana despachando seu "homem" por ele ser infiel e mentiroso, apesar de tentar manter uma pose de honesto. Usando de gírias típicas da comunidade negra, Leiber e Stoller tinham essa clara intenção ao escrever sua música. Anos depois Stoller se manifestou: "Eu nunca escrevi o verso 'Well, you ain't never caught a rabbit and you ain't no friend of mine', isso foi escrito por Elvis para tentar disfarçar um pouco o conteúdo do que realmente queríamos dizer. Hound Dog foi feita para ser cantada por uma mulher...mas a versão de Elvis ficou tão legal que ninguém se tocou sobre isso". "Hound Dog" sem dúvida foi um tremendo êxito, mas Elvis a imortalizou mesmo ao apresentá-la no programa de Milton Berle na TV americana. Esse número entrou definitivamente na história e se transformou numa das melhores performances de sua vida.

Loving You (Jerry Leiber / Mike Stoller) - Música título do segundo filme de Elvis, "Loving You" (a mulher que eu amo, 1957), que foi gravada em três arranjos diferentes: uma versão acústica para uma determinada cena do filme, em balanço blues e a versão clássica, conhecido por todos, lenta e romântica, que está presente neste LP. A razão para tantas versões é a determinação dos diretores musicais da Paramount para que fosse gravada variações diferentes para a aprovação final do estúdio. Além disso deveria haver takes de "Loving You" suficientes para utilizar em material promocional, como trailers, divulgação em rádios, etc. Aliás "Loving You" acabou se tornando um problema para Elvis. 

Muitos dos takes produzidos nas sessões de janeiro de 57 foram rejeitados pela Paramount. Então Elvis deve que voltar várias vezes aos estúdios para regravar grande parte do material, tanto que a versão definitiva de "Loving You" só saiu mesmo dia 24 de fevereiro. Mesmo assim Elvis não estava completamente seguro de que aquela seria a versão ideal. Mas sem mais tempo a RCA Victor resolveu lançá-la mesmo no single junto com "Teddy Bear". O single, como já foi escrito aqui, fez grande sucesso e novamente mostrou que seus compositores, Leiber e Stoller, se firmavam cada vez mais como os principais escritores de Elvis. A música em si possui melodia e letra simples, ideal para os corações juvenis dos anos cinquenta.

All Shook Up (Elvis Presley / Blackwell) - Elvis teve a ideia sobre essa música durante um de seus sonhos. Depois a repassou para Blackwell para que ele a transformasse em música. Quando a melodia e a letra ficaram prontas Elvis ainda fez algumas modificações, principalmente acelerando um pouquinho o tempo da canção. Como Elvis estava na ordem do dia, sendo venerado em massa pela juventude americana, quando o single chegou às lojas foi imediatamente transformado em um de seus maiores sucessos. Esta canção alcançou tamanha repercussão entre a moçada que chegou inclusive a virar gíria, entrando para o vocabulário da juventude norte americana da época. 

Bem gravada, numa ginga e manha toda pessoal, "All Shook Up", apesar de curtinha (menos de 2 minutos de duração) varreu as paradas do mundo inteiro chegando a vários primeiros lugares simultâneos em diversos países (inclusive no Brasil). Elvis alcança uma das mais brilhantes interpretações de sua vida resultando num dos singles mais vendidos de sua carreira. O single alcançou o primeiro lugar da parada da revista Billboard em março de 1957 tendo sido gravada em 12 de janeiro do mesmo ano nos estúdios Radio Recorders em Hollywood.

Pablo Aluísio. 

Elvis Presley - Elvis' Golden Records - Discografia Brasileira

Elvis Presley -  Elvis' Golden Records - Discografia Brasileira
Esse disco foi lançado no Brasil inicialmente em 1958, o mesmo ano em que foi lançado nos Estados Unidos. Coisa rara de acontecer no Brasil naquela época. Com o número de edição BBL30, o LP, ainda com versões em 78 RPM, vinha com outro nome em nosso país. Por aqui essa primeira versão foi chamada de "Os Discos de Ouro de Elvis Presley". Era algo também normal de acontecer em nosso mercado. A maioria da população não sabia falar inglês e não entenderia o nome original do disco. 

O bom é que nessa primeira edição a RCA filial brasileira não mexeu nas faixas que faziam parte do disco americano, mantendo um certo respeito pelo material original. A capa também foi seguida, havendo apenas algumas pequenas modificações, detalhes, em sua contracapa. 

Depois dessa primeira edição o álbum ficou décadas fora de catálogo em nosso mercado. Só em 1982 ganhou uma nova versão dentro da coleção Pure Gold que vinha com selo amarelo. Essa segunda edição foi a primeira com seu nome original em inglês. A RCA no Brasil nos anos 80 procurou ser o mais fiel possível ao original dos Estados Unidos. 

Depois disso só houve mais uma edição do álbum nos anos 90, dessa vez em Compact-Disc (o CD). Foi lançada por volta de 1992, exatamente dez anos depois do lançamento da versão Pure Gold em vinil. Um aspecto a se considerar é que geralmente coletâneas se tornam obsoletas com o passar do tempo. O mesmo aconteceu com esse disco. Só que por sua importancia histórica acabou ganhando todas essas novas edições. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Elvis Presley - Elvis' Golden Records - Discografia Americana

Elvis' Golden Records - Discografia Americana
Esse álbum foi a primeira coletânea de sucessos da carreira de Elvis. E isso aconteceu apenas 2 anos após sua chegada na RCA Victor. E o desfile de sucessos impressiona, mostrando como Elvis realmente fez grande sucesso em seus anos iniciais. Foi um disco que vendeu muito bem, alcançando as primeiras posições tanto nos Estados Unidos como na Europa. Coletâneas de hits sempre foi um dos nichos mais vendidos na era do vinil. 

Ao longo dos anos esse disco foi ganhando inúmeras edições dentro do mercado americano. Aliás a própria série Elvis Golden Records seria campeã de vendagens ao longo dos anos, ganhando quatro volumes ao longo da carreira de Elvis. Todos os LPs levaram disco de ouro para casa! Curiosamente a RCA Victor iria abandonar a série em 1968 com o lançamento do quarto volume, deixando toda a última década de Elvis, os anos 70, sem lançamentos dessa linha.

Após a morte de Elvis um volume 5 foi lançado, mas eu particularmente considero esse disco como um álbum bastardo, oportunista, mal selecionado, que não deve ser considerado parte da linha original que inclusive foi lançada com Elvis em vida. Em minha visão pessoal esse quinto volume foi pura picaretagem do selo. 

Assim em se tratando de Elvis Golden Records considere apenas os quatro discos originais. Esse de 1958, o volume 2 lançado quando Elvis estava servindo o exército, o volume 3 lançado na primeira metade dos anos 60 trazendo muito material de sucesso de qualidade e o volume 4 que já era bem mais fraquinho se comparado com os anteriores. Então é isso. Uma linha de álbuns que marcou a carreira de Elvis, mas que não foi seguida até o fim da vida do cantor. 

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - Elvis' Golden Records - Parte 5

 Elvis Presley - Elvis' Golden Records - Parte 5
"Heartbreak Hotel" não poderia faltar nessa coletânea de grandes sucessos. Aliás esse foi o primeiro sucesso nacional e internacional de Elvis. Seu single de maior sucesso na RCA Victor que tinha recentemente contratado aquele cantor desconhecido de Memphis. Assim que ouviram essa gravação os executivos da gravadora acharam um desastre! Era uma música com letra sombria, falando de um sujeito que estava prestes a se suicidar! Realmente nada do que eles esperavam. Pode ter certeza que o produtor Steve Sholes foi colocado contra a parede. Felizmente a música, depois de certa hesitação, começou finalmente a tocar nas rádios, se tornando um grande hit de Elvis. 

"Any Way You Want Me" foi outro lado B que entrou nesse álbum de forma equivocada ao meu ver. Acabou entrando na lista porque afinal de contas foi o outro lado do single "Love Me Tender", mas é a tal coisa. Ela em si nunca se destacou nas paradas e nem foi um sucesso nas rádios. Na verdade é até uma bela balada, mas que foi esquecida muito rapidamente. Elvis, por exemplo, nunca a cantou em um palco em toda a sua carreira. Um verdadeiro Lado B de sua discografia. 

"All Shook Up" por outro lado fez muito sucesso, chegando ao topo da Billboard em 1957. Ela foi creditada como sendo composta pelo próprio Elvis, mas na realidade ele apenas deu a ideia inicial. É uma das mais conhecidas de Elvis em sua fase rocker dos anos 50 e ganhou várias versões diferentes nos anos seguintes, tanto na voz de Elvis como de outros cantores também. "Too Much" fez menos sucesso, mas ainda assim consigo ver nela uma das boas performances de Elvis na RCA. Isso muito embora Scotty Moore tenha cometido um pequeno deslize no solo da guitarra, no acompanhamento. Elvis foi avisado por Sholes, mas decidiu aproveitar esse take mesmo por causa de sua boa vocalização. 

"I Want You, I Need You, I Love You"  é uma balada romântica daquelas bem anos 50. Essa canção não trazia boas recordações para Elvis. Um dia antes de gravar ela em estúdio Elvis quase morreu em um acidente de avião. Ele ficou tão nervoso que mal conseguiu cantar. E também essa música foi usada naquele programa de TV em que Elvis aparecia ao lado do cão "Hound Dog". Aquilo para Elvis era o fim e ele prometeu nunca mais passar por aquilo novamente. 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Elvis Presley - Elvis' Golden Records - Parte 4

Elvis Presley - Elvis' Golden Records - Parte 4
"Teddy Bear (Let Me Be Your)" foi um grande hit para Elvis nos anos 50. Seu single vendeu milhões de cópias ao redor do mundo. Fazia parte originalmente da trilha sonora do filme "Loving You" (A Mulher que eu Amo, no Brasil) e obviamente caiu nas graças das fãs de Elvis imediatamente. E apesar de todo o sucesso comercial que veio, também houve um curioso efeito colateral por causa de todo esse êxito nas rádios e nas lojas de discos de vinil. 

Acontece que um boato se espalhou afirmando que Elvis colecionava ursinhos de pelúcia. Não era verdade. Elvis jamais pensou em algo parecido, em colecionar esse tipo de brinquedo. Só que boatos ganham vida própria e são mais fáceis de espalhar do que de desmenti-los. Então, praticamente da noite para o dia, as fãs começaram a enviar ursinhos Teddy para Elvis pelo serviço postal.

Todos os dias chegavam dezenas e até centenas desses ursinhos na casa de Elvis. E chegou a um ponto em que ele não tinha mais onde guardar todos aqueles bichinhos. Elvis não iria jogar fora os brinquedos porque ele considerava isso um desrespeito e uma falta de consideração com as fãs. Então, após pensar por alguns dias, achou a solução. Ele iria doar os ursinhos para orfanatos, hospitais infantis e instituições de caridade. Assim as crianças iriam ficar felizes, Elvis faria sua caridade cristã e tudo terminaria bem. E foi justamente o que ele fez. Em pouco tempo todos os ursinhos tinham sido doados para crianças carentes. 

Em minha opinião "That's When Your Heartaches Begin" não deveria fazer parte dessa coletânea de hits, até porque essa balada não havia feito sucesso. Havia muitas outras músicas mais bem sucedidas para se encaixar nesse álbum, mas de uma forma ou outra ela foi incluída. Ela só entrou no repetório por ter sido Lado B do single "All Shook Up", mas a pura verdade é que nunca fez sucesso. Apenas estava no single cujo lado A foi de fato um grande sucesso. Elvis, como sempre, a canta bem. Só que eu nunca consegui gostar muito dessa canção. É um tanto melosa demais para meu gosto pessoal. 

Pablo Aluísio. 

Elvis Presley - Elvis' Golden Records - Parte 3

Elvis Presley - Elvis' Golden Records - Parte 3
"Treat Me Nice"  está nesse disco porque foi o lado B do single de grande sucesso "Jailhouse Rock". É uma música do terceiro filme de Elvis, o primeiro na MGM. Eu gosto muito dessa música, mas não da sua versão oficial. Eu gosto mesmo da versão que foi gravada para fazer parte de uma das cenas do filme, onde Elvis a canta em um velho microfone RCA, ao lado de seu guitar player Scotty Moore. Uma versão mais simples, com arranjo mais limpo. Eu penso que certas músicas pedem mesmo por arranjos mais simplificados. 

E por falar em arranjos simples, é justamente isso o que encontramos na versão oficial de "Love Me Tender". Nos anos 70 Elvis iria trazer essa música de volta, a cantando nos palcos de Las Vegas. Nesses momentos ele até mesmo descia do palco, indo andar no meio do público, onde beijava várias mulheres na boca! Algo que hoje em dia não mais seria possível. Essas versões Live de Vegas tinham um arranjo bem grandioso, com muita orquestra. Na boa, prefiro a versão voz e violão do single dos anos 50. 

"Loving You" que deu nome ao segundo filme de Elvis também era uma música romântica de arranjo simples. A única diferença mais notável é que Elvis encorpou a sua voz, tentando seguir o estilo do grande Bing Crosby. E as coincidências curiosas não paravam por aí. Na trilha sonora do filme, no Lado B, tínhamos uma versão de um sucesso de Crosby na voz de Elvis. Era a música "True Love" do grande sucesso musical "Alta Sociedade" que trazia em seu elenco nada mais, nada menos, do que Grace Kelly e Frank Sinatra. 

E para completar o quadro dessas belas baladas românticas presentes nessa coletânea, os executivos da RCA Victor ainda colocaram "Love Me" que havia sido lançada no segundo LP de Elvis pela gravadora. É curioso essa música ter sido colocada nesse álbum, porque ela nunca foi lançada em single. Penso que foi encaixada por aqui como uma representante do segundo álbum de Elvis, esse sim um grande sucesso de vendas nas lojas de discos da época. 

Pablo Aluísio.