terça-feira, 22 de janeiro de 2008

The Flash / The Astronaut Wives Club / Dominion / Manhattan

The Flash 1.01 - Pilot
Sou suspeito para avaliar uma série como essa. Escrevo isso porque sendo bem sincero nunca fui muito fã desse personagem. Eu me lembro vagamente da antiga série, que inclusive chegou a ser exibido pela Rede Globo na época, em 1990. Durou apenas uma temporada e para falar a verdade não chegou a fazer muito sucesso. Na verdade o Flash é um dos heróis que menos me interessam no universo DC. A Warner tem se dado bem em termos de audiência com "Arrow", então era de se esperar que outro personagem da mesma galeria viesse a ganhar uma nova série para o canal a cabo da empresa. Dito isso lamento confessar que esse episódio piloto não me empolgou em nada. O Flash aqui está bem mais jovem do que na antiga versão e o ator que o interpreta, o jovem Grant Gustin, é bem medíocre. O problema central é que o nível etário também caiu para o produto como um todo. Assim o que temos aqui é realmente um seriado mais infanto-juvenil, que provavelmente pouco interessará aos mais adultos. Comparações são sempre equivocadas, porém aqui abrirei uma exceção para dizer que "Arrow" é bem mais interessante do que esse "The Flash". Claro que o arqueiro verde até faz uma micro participação para dar uma força ao novo herói, mas isso soa mesmo gratuito e sem importância. Muito provavelmente não seguirei acompanhando, já que com tantas séries interessantes no ar não há como perder tempo com algo que não se curtiu muito. Vida que segue. / The Flash 1.01 - Pilot (EUA, 2014) Direção: David Nutter / Roteiro: Greg Berlanti, Andrew Kreisberg  / Elenco: Grant Gustin, Candice Patton, Danielle Panabaker.

The Astronaut Wives Club 1.01 - Launch
Essa é a nova série do canal abc. O enredo se passa no começo dos anos 1960. Os Estados Unidos se empenhavam para colocar o primeiro homem no espaço, mas perdem essa honra quando os russos colocam o cosmonauta Iuri Gagarin em órbita. A partir daí o governo de John Kennedy começa a se empenhar totalmente para colocar o primeiro homem na lua. E tudo começa justamente com o projeto Mercury que é mostrado nesse primeiro episódio. O roteiro dessa série porém não se preocupa em explorar a vida política envolvendo a questão e nem muito menos se propõe a mostrar os preparativos e a vida dos astronautas, mas sim focar o interesse nas esposas deles. Na época houve um intenso interesse nelas, uma vez que eram consideradas mulheres de grande coragem por causa da profissão arriscada de seus maridos. Assim a protagonista acaba sendo Louise Shepard (Dominique McElligott), esposa do astronauta Alan Shepard (Desmond Harrington), que em pouco tempo se tornaria o primeiro americano no espaço. Bom, obviamente que a história é interessante e provavelmente chamará a atenção dos que gostam da história da corrida espacial. Infelizmente, como acontece com quase todas as séries da abc, tudo é bem açucarado, amenizado e plastificado. Até mesmo questões que poderiam trazer um pouco de carga dramática para a série - como o fato de Alan Shepard ter sido um grande mulherengo - são deixadas de lado, sem grande desenvolvimento. Tudo é tão família e enlatado que se torna quase constrangedor. Mesmo assim vou seguir em frente acompanhando. Só o simples fato de se passar na década de 60 já é um ponto de interesse. Não tenho ideia se a série vai melhorar com o tempo, mas vale pelo menos lhe dar o benefício da dúvida. / The Astronaut Wives Club 1.01 - Launch (EUA, 2015) Direção: Lone Scherfig / Roteiro: Stephanie Savage / Elenco: JoAnna Garcia Swisher, Yvonne Strahovski, Dominique McElligott.

Manhattan 1.01 - You Always Hurt the One You Love
Episódio piloto dessa nova série Manhattan. Bom, se você andou matando as aulas de história o projeto Manhattan foi um dos mais importantes da história militar dos Estados Unidos. Foi através dele que os americanos conseguiram chegar na tecnologia atômica, criando uma bomba definitiva, que prometia encerrar de uma vez por todas a Segunda Guerra Mundial. Nesse primeiro episódio, como era de se esperar, todos os personagens são apresentados ao espectador. De uma maneira geral temos dois grupos de cientistas disputando internamente para decidir quem seguirá dando as cartas dentro do projeto. Embora não haja um foco em cima de apenas um personagem o enredo coloca em relevo um jovem físico e sua esposa que vão para o meio do deserto desenvolver teorias que depois seriam usadas na construção da bomba. Na verdade o acampamento no meio do nada mais parecia um grupo de habitações provisórias das forças armadas, o que levava as esposas à loucura pela falta de estrutura. No geral temos uma boa série, bem roteirizada e com boa direção de arte e reconstituição histórica. Essa promete por isso seguirei acompanhando.

Dominion 1.03 - Broken Places
Estou quase jogando a toalha dessa série. As coisas andam ruim demais. Claro que por ser uma série do canal Syfy não era de se esperar por nenhuma obra prima da televisão. O problema é mesmo de roteiro. Os episódios não são mal feitos, passa longe disso, alguns efeitos especiais são até bacanas, mas os textos são embaralhados, não possuem fluidez e para completar a trama é completamente truncada e confusa. Pouca coisa lembra o filme original (que repito, não era também lá grande coisa). Fizeram uma mistura indigesta além da conta, se tivessem simplificado mais, teria sido mais eficiente. Agora de todas as coisas ruins de Dominion a mais marcante é mesmo o protagonista e seu papel dentro da estória, uma mistura boba e tosca que o coloca como uma espécie de messias da raça humana. O problema é que como "messias" o sujeito não tem filosofia nenhuma, sabedoria zero e carisma abaixo da escala. Quem em sã consciência consegue acreditar em algo assim, tão sem conteúdo? Pois é, os anjos que me desculpem, gosto muito desse tema, mas seguir em frente está ficando complicado. Daqui a pouco quem baterá asas será esse que vos escreve. / Dominion - Broken Places (EUA, 2013) Direção: Rick Jacobson / Roteiro: Vaun Wilmott, Dario Scardapane / Elenco: Christopher Egan, Tom Wisdom, Roxanne McKee.

Pablo Aluísio. 

Pretty Little Liars

Essa série adolescente durou sete temporadas que foram exibidas entre os anos de 2012 a 2017. No Brasil onde recebeu o péssimo título de "Maldosas" nunca chegou a fazer muito sucesso, mesmo sendo exibida em um canal aberto. Já nos Estados Unidos virou uma febre entre as jovens, a ponto de alavancar a carreira de algumas de suas atrizes, entre elas Lucy Hale, para o cinema. Acompanhar tudo exigiu mesmo um teste de fôlego, porque foram dezenas de episódios, com roteiros que muitas vezes giravam sobre o mesmo tema: a identidade da misteriosa (ou misterioso) personagem chamado simplesmente de A, que passava a chantagear as meninas.

De minha parte (e aqui vai uma opinião muito pessoal) nunca tinha assistido uma série que enrolasse tanto o espectador. As idas e vindas eram tantas, isso sem chegar a lugar nenhum, que lá pela quarta temporada perdi a paciência e larguei a série pelo meio do caminho. Simplesmente não dava mais. Sim, as mocinhas eram uma graça e a série era até bem produzida, me fazendo lembrar em certos momentos da franquia cinematográfica "Pânico", porém tudo na vida tem um limite não é mesmo? O meu foi atingido lá pelo meio da quarta temporada. De qualquer forma compilo aqui nessa postagem as (poucas) resenhas que fiz de alguns episódios das Lindas Pequenas Mentirosas. É ler para crer...

Pretty Little Liars 4.01 - A Is for A-l-i-v-e
"Pretty Little Liars" é uma febre entre as adolescentes americanas. A série que começou para ter apenas uma temporada fez tanto sucesso que já vai seguindo rumo à sétima temporada!!! Isso tem um lado bom para a emissora que assim fatura horrores, mas também joga a série em um labirinto sem fim de pistas e enrolações onde nada é decifrado, sendo cada um episódio apenas um gancho para outro episódio e no final de tudo nada se resolve. Na quarta temporada, por exemplo, ainda persiste o mistério sobre a identidade de "A". Ninguém sabe ao certo quem seria ela e nisso a embromação ganha ares épicos. Para falar a verdade "Pretty Little Liars" se sustenta apenas pelo carisma à toda prova do elenco, formado por jovens atrizes gracinhas que conseguem manter o interesse na série. No mais Aria (Lucy Hale) continua enrolada com sua paixão ainda não resolvida pelo professor Ezra (Ian Harding) e Moma (Janel Parrish) se une às garotas para tentar decifrar o enigma de "A", o que não deixa de ser contraditório, já que apenas alguns episódios antes a própria Moma era a principal suspeita. Enfim se preparem meninas para mais uma rodada sem fim de embromação! Teste seus limites de paciência! / Pretty Little Liars - A Is for A-l-i-v-e (EUA, 2013) Direção: I. Marlene King / Roteiro: I. Marlene King, Sara Shepard / Elenco: Troian Bellisario, Ashley Benson, Tyler Blackburn, Lucy Hale.

Pretty Little Liars 4.02 - Turn of the Shoe
"Pretty Little Liars" finalmente chegou nas telas brasileiras e está sendo exibida pelo SBT com o pavoroso título nacional de "Malvadas". Vai entender a mente desses tradutores. De qualquer forma a saga das quatro garotas segue em frente. O espectador obviamente não saberá quem é "A" nesse episódio, mas pistas vão surgindo aqui e ali para tentar juntar o quebra-cabeças. Como o próprio título do episódio entrega, a peça central aqui é um sapato manchado de lama que Hanna Marin (Ashley Benson) descobre em sua própria casa, debaixo da pia. O objeto pertence à sua mãe, o que faz com que pela primeira vez ela apareça como uma potencial suspeita. E eu pensando que a mãe da Hanna Banana só servia mesmo para contracenar com ela na cozinha (praticamente todas as cenas delas juntas é nesse recinto da casa, provavelmente por ser o único cenário!). Pitadas de ironia à parte, o fato é que "Pretty Little Liars" caiu mesmo no gosto das adolescentes. Outro acontecimento digno de nota é a recusa de matrícula da universidade em relação a Spencer Hastings (Troian Bellisario). Ela tem seu pedido recusado, o que a deixa arrasada pois sempre foi a mais estudiosa das Liars. Enquanto isso Aria Montgomery (interpretada pela atriz Lucy Hale, que tem uma incrível semelhança com Priscilla Presley quando jovem) vai se enamorando do professor de artes marciais. A garota pelo visto tem mesmo obsessão por professores mais velhos! Por fim a mais chatinha do grupo, a sem graça Emily Fields (Shay Mitchell), sofre um sério acidente na piscina. Trocando em miúdos, um típico episódio da série. / Pretty Little Liars 4.02 - Turn of the Shoe (EUA, 2013) Direção: Joanna Kerns / Roteiro: I. Marlene King, Sara Shepard / Elenco: Troian Bellisario, Ashley Benson, Tyler Blackburn, Lucy Hale.

Pretty Little Liars 4.03 - Cat's Cradle
Que tal mais algumas doses dessa "guilty pleasure"? Pois é, a série segue em frente sem maiores sinais que o espectador vai finalmente descobrir quem é na verdade "A", a misteriosa entidade que vive chantageando as garotas. Pode ser uma só pessoa ou várias, como já foi ficando bem claro em vários episódios. Nesse episódio as meninas acabam descobrindo algumas pistas valiosas. Mexendo em tralhas de Alison DiLaurentis (Sasha Pieterse) elas descobrem uma máscara, que já havia sido usada várias vezes em ataques misteriosos anteriormente. Seguindo pistas vão parar no estúdio onde a peça foi confeccionada. A modelo usada foi a própria Alison. Várias máscaras foram produzidas, provando que elas ainda estão por ali. A mais reveladora descoberta vem porém quando elas descobrem que na mesma ocasião Melissa, irmã de Spencer Hastings (Troian Bellisario) também esteve por lá! Isso começa a formar de novo um quebra-cabeça onde surge Melissa, velha suspeita de todas as Liars. Estariam realmente certas sobre isso? / Pretty Little Liars 4.03 - Cat's Cradle (EUA, 2013) Direção: Norman Buckley / Roteiro: I. Marlene King, Sara Shepard / Elenco: Troian Bellisario, Ashley Benson, Tyler Blackburn, Lucy Hale.
 
Pretty Little Liars 4.05 - Gamma Zeta Die!
O sonho da mãe de Spencer Hastings (Troian Bellisario) é enviar ela para uma boa universidade. Para isso resolve contratar um conselheiro para preparar a filhona para sua nova vida. O problema é que Spencer parece mais preocupada com outras coisas, entre elas descobrir quem seria "A". Já Hanna leva um susto quando encontra uma arma nas coisas da mãe. Ela já vinha desconfiada de certas coisas, de certas histórias mal explicadas, de meias verdades que encontrou pelo meio do caminho. Assim elas decidem ir mais a fundo em suas investigações e acabam fazendo uma visita numa universidade, tudo com a intenção de seguir mais pistas envolvendo "A" e sua verdadeira identidade. Para falar a verdade nem sei mais porque assisto essa série adolescente. Na verdade deve ser algum tipo de masoquismo de ver um episódio atrás do outro sem que nada seja explicado. A enrolação de "Pretty Little Liars" atinge realmente picos olímpicos, pois a série já está chegando na marca expressiva de 150 episódios e nada de revelar o mistério que move sua trama! Uma coisa de outro mundo mesmo! Pior do que isso só o péssimo título no Brasil (Maldosas), um nome que mais parece ter saído de uma novela mexicana de quinta categoria! / Pretty Little Liars 4.05 - Gamma Zeta Die! / Direção: Mick Garris / Roteiro: Marlene King, Sara Shepard/ Elenco: Troian Bellisario, Ashley Benson, Tyler Blackburn.

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

A Morte de Ryan O'Neal

Ryan O’Neal morre aos 82 anos
O ator indicado ao Oscar Ryan O'Neal, que ganhou destaque no programa de TV “Peyton Place” e se tornou uma grande estrela da década de 1970 em filmes como “Love Story”, “What's Up, Doc?”, “Paper Moon” e “Barry Lyndon”, morreu na sexta-feira, disse seu filho Patrick no Instagram. Ele tinha 82 anos. O’Neal foi diagnosticado com leucemia crônica em 2001 e com câncer de próstata em 2012.

“Ryan era um homem muito generoso que sempre esteve disponível para ajudar seus entes queridos durante décadas”, escreveu seu filho. “Meu pai tinha 82 anos e viveu uma vida incrível.". A família ainda não informou detalhes sobre o funeral do ator. 

Tatum O’Neal presta homenagem ao pai Ryan O’Neal
A filha de Ryan O´Neal declarou sobre o falecimento do pai: “Sentirei falta dele para sempre” Tatum O’Neal está se manifestou após a notícia da morte de Ryan O’Neal na sexta-feira. A atriz vencedora do Oscar compartilhou uma declaração com a People sobre como ela se sentiu após o falecimento de seu pai. Os dois tiveram um relacionamento difícil desde que trabalharam juntos em Paper Moon, de 1973, pelo qual Tatum ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante com apenas 10 anos de idade.

“Sinto muita tristeza pelo falecimento do meu pai”, disse Tatum à publicação. “Ele significava o mundo para mim. Eu o amava muito e sabia que ele também me amava. Sentirei falta dele para sempre e me sinto muito sortudo por termos terminado tão bem.” 

Lola Dee, cantora popular da década de 1950, morre aos 95 anos
A cantora pop Lola Dee, que gravou para as gravadoras Columbia e Mercury na década de 1950 e fez turnês ao redor do mundo com nomes como Bob Hope, Jimmy Durante e Johnnie Ray, morreu. Ela tinha 95 anos. Dee morreu quinta-feira de causas naturais em uma clínica de enfermagem em Hinsdale, Illinois, anunciou seu publicitário e produtor de CD, Alan Eichler. Depois de assinar um contrato de cinco anos com a Mercury Records, com sede em Chicago, uma empresa recém-formada que tinha Frankie Laine, Vic Damone e Patti Page em seu elenco, a cantora, então conhecida como Lola Ameche, se juntou à Orquestra Al Trace em 1951 “ Pretty Eyed Baby”, que alcançou a 21ª posição nas paradas da Billboard.

Ela e Trace lançaram outro sucesso naquele ano, “Hitsity Hotsity”, e ela gravou mais de duas dúzias de músicas nos três anos seguintes, incluindo versões swingadas de “Dance Me Loose”, “Old Man Mose”, “Down Yonder”, “Take Two to Tango”. A cantora se tornou muito popular nos anos 50, onde era elogiada pela crítica especializada e adorada por seu público. Estava há anos afastada do meio artístico, mas se lembrava com carinho de seus anos de sucesso e fama. 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

The Librarians

Essa série teve quatro temporada nos Estados Unidos, mas eu nunca tinha assistido nenhum episódio. Bom, nunca é tarde para se conhecer. Assim resolvi conferir o episódio piloto que na realidade é uma fusão do primeiro e segundo episódios, com mais ou menos 90 minutos de duração (a mesma de um longa convencional). A minha conclusão é a de que embora seja bem produzido, realizado, com elenco interessante, simplesmente não é a minha praia. Essa série eu recomendaria apenas para um público mais juvenil, na faixa entre 12 a 16 anos. Muito provavelmente se você tiver uma faixa etária maior do que essa, simplesmente não vai gostar.

O enredo é bem ao estilo fantasia. Tudo gira em torno de uma biblioteca que inclusive teria personalidade e vontade própria. No centro fica a figura do bibliotecário e seus guardiões cuja principal função seria a de recuperar artefatos históricos famosos (como a coroa do Rei Arthur, por exemplo). A referência óbvia que me veio a mente foi as aventuras de Indiana Jones, mas claro tirando todas as devidas proporções, com o diferencial de que aqui tudo é muito mais fantasioso. Não há nada muito interessante para adultos, a não ser a presença da bela atriz Rebecca Romijn (a Mystique da franquia X-Men) que sinceramente falando parece meio perdida, sem o timing certo para seu papel (como era de esperar há sempre um clima presente de humor em praticamente todas as situações).

Talvez o maior mérito da série seja a tentativa de transformar o ambiente de bibliotecas interessante para essa juventude que está aí, pouco interessada em livros. É uma metáfora que passa a mensagem subliminar de que livros podem levar você a mundos e lugares de muita aventura e fantasia, bastando para isso uma boa imaginação. Então é basicamente isso, ficarei por aqui, não pretendo continuar seguindo assistindo. Porém se você estiver na faixa etária ideal para assistir, vale a recomendação.

The Librarians (Estados Unidos, 2014/2018) Direção: Dean Devlin / Roteiro: John Rogers / Elenco: Rebecca Romijn, Christian Kane, Lindy Booth / Sinopse: Essa série juvenil explora as aventuras que nascem dentro de uma biblioteca, onde os guardiões vão precisar recuperar artefatos famosos da história e dos livros de fantasia.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

A Pessoa Ideal e a Pessoa Possível

Quem acompanha meu blog sabe que sempre dei preferência sobre textos analisando filmes, discos, obras de arte em geral. Raramente escrevo sobre outros assuntos, até porque os blogs foram pensados dessa forma. Não deveria ser diferente. Aos poucos porém vou diversificando os temas quando possível (geralmente a partir de agora nos fins de semana quando me sobra mais tempo livre). Pois bem, ontem recebi a visita de uma velha amiga, uma pessoa muito querida dos tempos de escola. Curiosamente ela, que vou ocultar seu nome por razões óbvias, está passando por um momento delicado na vida, com o divórcio batendo as portas de seu casamento de quinze anos.

Tentando explicar seus motivos ela acabou me trazendo esses dois conceitos que achei muito interessante: a da pessoa ideal e a da pessoa possível. Do que se trata? A pessoa ideal é aquela que ela nutriu no passado uma grande paixão, um grande sentimento. Na verdade poderíamos dizer que ela ficou loucamente apaixonada por essa pessoa. Essa foi sua pessoa ideal e como o próprio nome deixa claro ela seria a pessoa que ela idealizava passar o resto de sua vida. Um amor verdadeiro, como se costuma dizer. Por um motivo ou outro seu romance ideal porém nunca se concretizou ou deu certo. E então surge a pessoa possível! Geralmente é aquele que está em segundo plano, o plano B ou como algumas garotas mais sarcásticas costumam chamar o "estepe"! Recentes pesquisas provaram que mais de cinquenta por cento das mulheres mantém um homem na reserva, caso seu alvo principal não venha a dar certo. Esse acaba se tornando a pessoa possível.

Quando se é adolescente e tudo mais a figura do "estepe" pode até ser aceitável. Afinal de contas adolescentes morrem de medo de ficarem sozinhas. O problema na verdade surge quando as mulheres acabam indo longe demais com esse tal "homem possível" e acabam se casando com ele! Um erro grave. Isso porque o tal sujeito não é na verdade o foco de seus sentimentos. Ele até pode ser um cara muito conveniente, correto e tudo mais. O que muitas não percebem é que um amor verdadeiro jamais consegue ser plenamente soterrado. O sentimento fica bem escondidinho no coração de muitas delas e mais cedo ou mais tarde vem a sensação de angústia, tristeza, frustração e até mesmo depressão. Isso quando o arrependimento não corrói inteiramente suas almas. Como eu escrevi, ter uma pessoa como estepe na adolescência é algo até aceitável, mas se casar com ele, ter filhos e viver um longo casamento pode destruir emocionalmente a vida de uma mulher. Foi o caso dessa minha amiga. Tentando ser verdadeira com seus sentimentos e cansada de viver uma mentira ela resolveu ir embora e acabou com o casamento. Não precisa ser advogado para entender que o alto número de casamentos desfeitos é resultado direto desse tipo de situação. Você se casa com quem não ama verdadeiramente, muitas vezes apenas por conveniências financeiras ou sociais e depois de algum tempo olha para trás e descobre que grande parte de sua vida sentimental se perdeu pelo caminho.

As mulheres muitas vezes são imaginativas em criar denominações e figuras de linguagem. Essa de homem ideal (o verdadeiro amor de suas vidas) e a do homem possível (o estepe que estava mais conveniente e próximo) acabou me surpreendendo ainda mais pela força de imaginação delas. Claro que é um tanto cruel chamar um companheiro ou namorado de estepe, mas muitas delas gostam mesmo de usar expressões desse tipo. Hoje essa minha querida amiga acredita que teria sido muito mais proveitoso em sua vida se ela simplesmente tivesse ficado solteira, pois quem sabe com o tempo ela conheceria um verdadeiro amor depois ou até melhor do que isso: ela poderia finalmente ter se acertado com o homem de seus sonhos, a grande paixão de sua vida amorosa. Se isso tivesse acontecido ela certamente teria encontrado a verdadeira felicidade em sua vida. Assim deixo essa pequena lição de vida para as garotas mais jovens: Lutem por seus amores verdadeiros e não se contentem em se relacionar ou casar com alguém que esteja no banco de reservas de seu coração. O tempo pode deixar essa sua escolha equivocada bem amarga com o passar dos anos. Afinal de contas o que vale mesmo na vida é ser feliz com a pessoa amada ao seu lado!

Pablo Aluísio.

O Que é o Amor Platônico?

Esse sentimento é bem mais comum do que muitos pensam. O Amor Platônico nada mais é do que o antigo amor idealizado dos poetas românticos do século XVIII. Uma pessoa se apaixona por outra, mas por motivos vários esse sentimento muito bonito jamais consegue se concretizar plenamente. Assim a pessoa amada se torna um ser extremamente idealizado, dos sonhos e dos sentimentos românticos mais puros, profundos e duradouros. Aquele que se apaixona não consegue ter um romance real com a pessoa que ama e isso acaba virando um modelo perfeito de paixão, jamais alcançada por qualquer outro sentimento real de sua vida. Mesmo no mundo atual, com toda a sua tecnologia e modernidade, o amor platônico segue muito comum, principalmente entre os adolescentes. Afinal, seja sincero, quem nunca se apaixonou perdidamente por alguém em seus tempos de escola, mas nunca conseguiu namorar ou ter qualquer caso com essa pessoa amada? Geralmente alguns sequer conseguem conhecer de perto aquele que ama.

O Amor Platônico não deve ser visto como um doença ou algo nesse sentido. É um aspecto do amadurecimento emocional. Na verdade é um aspecto de nossa personalidade emotiva até comum e corriqueira. O que se precisa ter cuidado é apenas evitar ficar eternamente nesse mundo da fantasia. Ter paixões platônicas ao longo de sua vida emocional é algo comum e normal, o que não pode acontecer é viver eternamente dentro desse mundo idealizado sem procurar se relacionar de verdade com alguém ao longo de sua vida. Por isso é bom prestar atenção nesse ponto. Se você é jovem e está perdidamente apaixonada platonicamente por sua amada ou seu amado, tudo bem, o que preocupa é quando você se fecha completamente a outros tipos de aproximações e sentimentos de outras pessoas. Viva sua vida e procure se relacionar com alguém que também goste de você. Afinal de contas a paixão platônica provavelmente nunca se tornará uma realidade, já que a partir do momento em que ela se torna real deixa de ser platônica.

De uma maneira ou outra o platonismo romântico gerou grandes obras de arte ao longo dos séculos. Poetas e escritores como Lord Byron e o nosso Álvares de Azevedo escreveram lindas linhas sobre paixões platônicas impossíveis. Esse último tem um poema muito inspirado dedicado a uma jovem senhorita de que ele era perdidamente apaixonado, mas que tinha receios de lhe dirigir a palavra. Morreu sem lhe dirigir um único "bom dia" ou "boa noite"! Era a linda jovem de seus sonhos, de face pura e distante dos pobres mortais como ele. O famoso escritor inglês Charles Dickens também nutriu uma paixão platônica que durou décadas, uma jovem que conheceu em sua adolescência e do qual foi apaixonado por quase quarenta anos. Isso durou até o dia em que ela lhe escreveu uma carta e Dickens entendeu que não poderia haver mais espaço em seu coração para esse tipo de situação, até porque ele já havia se tornado um senhor de mais de cinquenta anos, pai e avô. Seu sentimento adolescente havia ficado inoportuno. 

Para muitos especialistas o amor platônico também acaba criando um modelo na cabeça de quem está amando. Quando a pessoa supera a paixão platônica ela acaba indo atrás de pessoas que de certa forma se parecem com sua antiga paixão! Olhando sob esse ponto de vista a paixão platônica acaba servindo para construir a personalidade emotiva de cada um ao longo de sua vida. Leonard Cebin disse certa vez que: "O amor platônico é um castigo que a mente deve sofrer pela inocência do coração", mostrando a relação entre a juventude e esse tipo de sentimento amoroso. Já Tati Bernardi observou: "Não existe amor mais perfeito do que o amor platônico recíproco". Se você pensar que o romantismo é uma escola literária onde o mundo ideal é o mais importante, entenderá perfeitamente o que ele quis dizer em sua frase. Então é isso, sinta, ame, até curta esse tipo de sentimento muito bonito e puro, mas saiba também seguir em frente com sua vida, procure por amores reais, com seus dramas e dificuldades. Não vai ser nunca tão perfeito quanto sua paixão platônica, mas pelo menos será real! Afinal de contas o amor platônico é perfeito porque apenas os sonhos são plenamente perfeitos.

Pablo Aluísio.