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quarta-feira, 31 de julho de 2024

Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes

Título no Brasil: Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes
Título Original: The Hunger Games: The Ballad of Songbirds & Snakes
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Lion Gates Films
Direção: Francis Lawrence
Roteiro: Michael Lesslie, Michael Arndt
Elenco: Rachel Zegler, Tom Blyth, Viola Davis, Dexter Sol Ansell, Fionnula Flanagan, Amélie Hoeferle

Sinopse:
Nesse filme acompanhamos um dos primeiros jogos vorazes, ainda nos primórdios dessa violenta e nefasta competição. Jovens de regiões subordinadas a um poder central são levados para verdadeiras arenas modernas onde devem lutar por sua vidas enquanto uma audiência sádica curte tudo através da transmissão sensacionalista desses jogos violentos e mortais. 

Comentários:
Eu pensei que a franquia Jogos Vorazes havia chegado ao seu final com a trilogia original. E realmente a história se fechava em si. Só que em Hollywood nada é impossível, então temos esse quarto filme que tenta ser um recomeço, quem sabe de uma nova trilogia. O truque foi contar o passado da história que vimos nos 3 filmes anteriores. Ficou até interessante. Nada demais, não é melhor do que os filmes que já conhecíamos, mas mantém um certo padrão de qualidade que vai agradar aos fãs. Esse novo filme é longo e fiquei com a estranha impressão de ter assistido 2 histórias complementares, sendo que a primeira se encerra com o final dos jogos. A segunda traz o que aconteceu depois com os sobreviventes. Vira um jogo de paciência porque as coisas demoram a acontecer, mas não vou negar que os realizadores se esforçaram em fazer algo bom. Eu é que não vou dar uma de cínico por aqui detonando tudo. Achei bem decente o resultado final e penso que o público juvenil vai se sentir plenamente satisfeito com o que se vê na tela grande. Para eles deixo minha recomendação. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 30 de julho de 2024

Dumplin'

Título no Brasil: Dumplin' 
Título Original: Dumplin' 
Ano de Lançamento: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: 50 Degrees Entertainment
Direção: Anne Fletcher
Roteiro: Kristin Hahn, Julie Murphy
Elenco: Danielle Macdonald, Jennifer Aniston, Odeya Rush

Sinopse:
Uma jovem plus size decide que vai se inscrever no concurso de miss adolescente que a mãe organiza em uma cidadezinha do Texas. Ela e as amigas não se enquadram nos padrões de beleza desse tipo de concurso, mas mesmo assim vão em frente. Querem contestar esse tipo de competição tradicional da cultura feminina da região. 

Comentários:
O Texas é cafona demais! E uma das maiores cafonices do Texas vem de seus concursos de miss. São centenas de concursos, em todas as cidades, de todos os tipos. É uma tradição deles que se espalhou para o mundo inteiro. Pois bem, esse filme conta uma história das mais interessantes. Uma jovem com problemas de obesidade e suas amigas que também fogem do padrão decidem se inscrever em um desses concursos. O mais interessante é que a "fofinha" (apelido dado pela própria mãe) se inscreve justamente no concurso de miss organizado por sua mãe que no passado foi uma dessas rainhas da beleza cafonas do Texas. Eu gostei desse filme, não apenas pela boa crítica social sobre esses padrões de beleza impostos as mulheres, como também pelo retrato dessa cultura muito peculiar do interior do Texas. E a Dolly Parton e seu estilo country meloso e ultra kitsch, vem para complementar tudo. Enfim, uma mistura bem curiosa de um mundo à parte que existe no Texas profundo. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 29 de julho de 2024

Aquaman 2: O Reino Perdido

Título no Brasil: Aquaman 2: O Reino Perdido
Título Original: Aquaman and the Lost Kingdom
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: James Wan
Roteiro: David Leslie, Johnson-McGoldrick
Elenco: Jason Momoa, Patrick Wilson, Amber Heard, Nicole Kidman, Dolph Lundgren, Yahya Abdul-Mateen II

Sinopse:
Agora monarca empossado dos sete mares, Aquaman percebe que ser rei não é uma das melhores coisa do mundo. Ele acha a função tediosa e cansativa. Sua única boa ideia como monarca seria tentar levar sua nação para a comunidade internacional de nações do mundo terrestre, mas isso obviamente será complicado de fazer uma vez que surge um novo vilão, o Arraia! 

Comentários:
Eu já tentei gostar muito dessa franquia. O primeiro filme achei esquisitão e ruim. Esse segundo vai pelo mesmo caminho. Veja, eu tenho uma outra imagem do Aquaman porque fui criança nos anos 70 e assistia ao desenho animado onde o Aquaman era igual aos quadrinhos: um jovem loiro, de bons modos, realmente heroico. Praticamente uma versão aquática do heroísmo e bom mocismo do Superman, afinal ambos são personagens da DC Comics. Esse Aquaman dessa franquia é um brutamontes violento, rude, imbecil, de cabelos longos. Jason Momoa é um troglodita! Nada a ver com o Aquaman que eu cresci vendo nas animações. Então esse se torna o principal problema em meu ponto de vista. O segundo erro é essa direção de arte que mais parece desfile de escola de samba. Não consigo gostar. É tudo muito fake, exagerado, kitsch! Agora, constrangedor mesmo é ver a diva Nicole Kidman em um papel coadjuvante ridículo! Alguém deveria dar um toque nela, a aconselhando a cair fora desse mico! Enfim, com orçamento superior a 200 milhões de dólares e uma bilheteria que foi considerada fraca pelo estúdio, pode ser que essa nova versão do Aquaman afunde de vez! Assim espero...

Pablo Aluísio.

domingo, 28 de julho de 2024

Eric

Título no Brasil: Eric
Título Original: Eric
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Lucy Forbes
Roteiro: Abi Morgan
Elenco: Benedict Cumberbatch, Gaby Hoffmann, Dan Fogler, McKinley Belcher III, Ivan Morris Howe

Sinopse:
Um garoto desaparece na ida para a escola em Nova Iorque. Ninguém sabe o que aconteceu com ele. Para os pais, um casal em plena crise conjugal, a situação fica insuportável. O pai do menino trabalha em um programa infantil, manipulando e dublando marionetes, e seu desaparecimento o faz questionar aspectos de sua própria vida. Desesperado, parte ele mesmo em busca do filho desaparecido. 

Comentários:
Começa até que relativamente bem. Esse tema envolvendo crianças desaparecidas é amplo e nunca saiu da ordem do dia uma vez que milhates de crianças desaparecem todos os anos. Só que eu pensei que a solução do desaparecimento envolveria algo bem mais barra pesada. Afinal o menino some nos ambientes mais escuros e sombrios do subway de Nova Iorque. Pensei assim pois sempre gostei de filmes de terror, então esperava por algo mais, digamos, sórdido. Só que não vai por esse caminho. Essa não é uma série de terror. Está mais para drama familiar e não há maiores problemas envolvidos nesse tipo de escolha. Além do mais, pude perceber que, como a história envolveria um programa infantil, os roteiristas puxaram mesmo o freio de mão nessa questão. Ainda assim é aquele tipo de minissérie que me agradou. Seja pelo bom elenco, seja pelo fato de que há escolhas narrativas bem originais nesse roteiro. No final de tudo vale a pena acompanhar. 

Pablo Aluísio.

sábado, 27 de julho de 2024

Sweet Tooth - Primeira Temporada

Título no Brasil: Sweet Tooth - Primeira Temporada
Título Original: Sweet Tooth
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Jim Mickle. Toa Fraser
Roteiro: Jeff Lemire. Jim Mickle
Elenco: Christian Convery, Nonso Anozie, Adeel Akhtar

Sinopse:
Um menino e seu pai vivem no meio de uma floresta, longe de tudo e todos. O mundo passou por uma grande crise pois um vírus desconhecido da ciência matou grande parte da humanidade. E esse mesmo vírus também parece ser o responsável pelo surgimento de crianças com estranhas mutações genéticas. E o pequeno Gus é um desses seres mutantes.

Comentários:
Nunca tinha ouvido falar nesse personagem. O que me levou a assistir ao primeiro episódio foi mesmo seu visual. Um garotinho ruivo com grande chifres de alce!  Só depois descobri que essa série foi baseada em uma história em quadrinhos da DC Comics. Tudo foi criado pelo talentoso desenhista Jeff Lemire. Pois bem, eu gostei dos primeiros episódios. Fui conhecendo tudo aos poucos desse universo e de fato é bem escrito. Só depois, mais para o final da temporada, é que surgem outros mutantes. E aí, no meu ponto de vista, a coisa decai pois fica meio infantilizada. Aqueles seres são de um universo infantil, embora vivem em um mundo barra pesada. Tem até um que mais parece um porquinho da Índia fofinho. Quase vira os Muppets! Ainda assim terminei a primeira temporada e já comecei a ver a segunda. Espero que seja mantida a boa qualidade. A da primeira eu posso garantir. É legal de assistir. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 26 de julho de 2024

Matador de Aluguel

Título no Brasil: Matador de Aluguel
Título Original: Road House
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Doug Liman
Roteiro: Anthony Bagarozzi, Chuck Mondry
Elenco: Jake Gyllenhaal, Daniela Melchior, Conor McGregor, Joaquim de Almeida, Billy Magnussen, Jessica Williams

Sinopse:
Dalton (Jake Gyllenhaal) ganha a vida em brigas clandestinas, no submundo do jogo ilegal e das apostas foras da lei. Depois de mais uma briga sangrenta ele é convidado para ser o novo leão de chacará de um bar onde a dona está sendo ameaçada por uma quadrilha de criminosos e valentões que querem o seu estabelecimento. Só que para concretizar isso eles vão ter que passar por cima de Dalton. E ele está prnto para a briga!

Comentários:
Esse é um remake de um filme dos anos 80 com Patrick Swayze. Enquanto o filme original era bem cinema ao estilo "pé sujo" daquela época, uma fitinha B para ser exibido em cinemas poeira, esse aqui tem um orçamento bem mais generoso, com atores famosos e jeitão de cinema chic. O que não muda muito é o roteiro, que vai priorizar, claro, as cenas de luta e ação. Até que gostei dessa nova versão. Pra falar a verdade pouco me lembrou do filme dos anos 80 que aliás assisti no cinema. Na transição de bar vagabundo para point colorido se perdeu aquele clima de filme brucutu do original, ainda que ele fosse estrelado pelo Swayze que era mais bailarino do que lutador. O mesmo acontece aqui. O ator que interpreta o protagonista brucutu é mais conhecido por outro tipo de cinema. De qualquer maneira Jake Gyllenhaal até que convence bem, embora esteja mais para um sujeito com problemas emocionais do que para um lutador de bar. E o roteiro original jamais pensou nisso. É um filme de briga, no final das contas. E para se divertir tem que se encarar esse filme dessa maneira. Feito isso, aproveite a pipoca e boa diversão. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 25 de julho de 2024

Os Estranhos - Capítulo 1

Título no Brasil: Os Estranhos - Capítulo 1
Título Original: The Strangers: Chapter 1
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Fifth Element Productions
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Alan R. Cohen, Alan Freedland
Elenco: Madelaine Petsch, Ryan Bown, Matus Lajcak

Sinopse:
Um jovem casal está viajando pelo interior dos Estados Unidos quando vão parar numa esquisita e pequena cidade no meio do nada. Eles procuravam algum lugar para fazer uma refeição. Na hora de ir embora descobrem que seu carro está com problemas. E acabam indo parar numa velha cabana no meio da floresta. O cenário ideal para o surgimento de uma família de dementes que parecem ter apenas um objetivo: matar todos eles! 

Comentários:
Depois de assistir a mais esse filme da franquia "Os Estranhos" cheguei na conclusão definitiva que esses filmes são cruéis demais. Coloca crueldade nisso! Todos os filmes possuem basicamente a mesma linha narrativa. As vítimas são encurraladas por uma estranha família de dementes que usam máscaras bem bizarras. Não há muito o que explicar. Esses psicopatas querem matar. As pessoas estão no lugar errado, na hora errada. Por isso vão ser caçadas noite adentro. Também não fique esperando por um final feliz porque nessa franquia isso nunca acontece! E é basicamente isso. Nada é muito explicado. Quem é aquela família de sádicos assassinos, o que os motiva a matar em uma orgia de sangue? Esqueça, o roteiro não vai te explicar nada, nem dará as respostas que você espera. E nisso vem a ironia de tudo. Ao mesmo tempo em que isso me deixa irado e frustrado, sem ter a devida explicação sobre toda aquela situação, esse tipo de coisa também me deixa intrigado e curioso em seguir vendo esses filmes. Quem sabe algum dia algo seja finalmente explicado. Ate lá só nos resta assistir a mais esse banho de sangue na tela! 

Pablo Aluísio.

O Tarô da Morte

Título no Brasil: O Tarô da Morte 
Título Original: Tarot
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Screen Gems
Direção: Spenser Cohen, Anna Halberg
Roteiro: Spenser Cohen, Anna Halberg
Elenco: Harriet Slater, Adain Bradley, Jacob Batalon

Sinopse:
Um grupo de jovens universitários decide brincar um pouco na noite. Uma das garotas sabe ler cartas de tarô e eles encontram justamente um antigo baralho desses no meio de velhas caixas abandonadas em uma cabana no meio da floresta. Isso sela seus destinos pois cada um deles passa a morrer, das formas mais diversas e estranhas, sendo que essas mortes estãos relacionadas ao tarô de alguma maneira.

Comentários:
A história é banal e não foge em nada daquela fórmula de filmes de terror que conhecemos tão bem. Coloque um grupo de jovens que serão mortos das formas mais violentas e diversas ao longo do filme. A novidade vem do fato de que não temos apenas um assassino, mas vários deles, todos monstros sobrenaturais baseados nas ilustrações que se encontram em cartas de tarô. E isso foi justamente a única coisa que me fez assistir ao filme até seu final. Fiquei curioso em ver como essas criaturas foram feitas e se ficariam legais na tela. Ficaram, afinal o filme foi produzido com bom orçamento. Pena que na maioria das vezes esses seres estranhos apareçam em lugares bem escuros, o que não dá para ver com detalhes o design de produção dos monstrengos. De uma maneira ou outra, essa será no final das contas, provavelmente, a única coisa interessante de se ver nesse filme. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 24 de julho de 2024

Broadway Danny Rose

Título no Brasil: Broadway Danny Rose
Título Original: Broadway Danny Rose
Ano de Lançamento: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Elenco: Woody Allen, Mia Farrow, Nick Apollo Forte, Milton Berle, Jackie Gayle, Will Jordan

Sinopse:
Nesse filme Woody Allen interpreta um agente de talentos de Nova Iorque. Seus clientes são artistas fracassados, sem potencial de sucesso. A sorte muda quando ele passa a empresariar um cantor veterano de músicas italianas. Há muito seu tempo de emplacar sucessos passou, mas agora, impulsionado por uma onda de nostalgia, ele ganha uma segunda chance. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Direção e Melhor Roteiro Original. 

Comentários:
Gostei bastante desse filme. O diferencial é que Woody Allen optou por fazer uma comédia leve e divertida. Nada de grandes reflexões existenciais. Sua intenção aqui era divertir e ele conseguiu muito bem atingir seu objetivo. O personagem de Allen é um agente fracassado chamado Danny Rose. As coisas vão de mal a pior até que ele passa a ser o empresário desse velho cantor. O sujeito está em crise de meia idade, totalmente decadente, acima do peso e com uma vida pessoal caótica. Apesar de ser casado, pai de vários filhos, ele arranja uma amante! Pior do que isso, ela é de uma família da máfia! E o pobre do Danny Rose vai ter que lidar com todos esses problemas de seu cliente! Enfim, ótima comédia do Allen que para fugir do óbvio decidiu filmar em preto e branco, para acentuar ainda mais o fato de que está contando uma história do passado. O resultado ficou muito bom! 

Pablo Aluísio.

Voltar a Morrer

Título no Brasil: Voltar a Morrer
Título Original: Dead Again
Ano de Lançamento: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Kenneth Branagh
Roteiro: Scott Frank
Elenco: Kenneth Branagh, Emma Thompson, Andy Garcia, Robin Williams, Richard Easton, Hanna Schygulla

Sinopse:
Um detetive particular de Los Angeles recebe um caso bem complicado, mas que inicialmente parecia relativamente fácil de resolver. Ele precisa encontrar a verdadeira identidade de uma mulher que perdeu sua memória. E o caminho para a verdade vai ser cheio de incidentes, inclusive violentos. 

Comentários:
Assisti a esse suspense nos anos 90, ainda na era do VHS. Chegou a ser lançado em nossos cinemas, mas sem muito sucesso. O ator e diretor Kenneth Branagh realmente nunca fez muito sucesso no Brasil porque a maioria de seus filmes tinha uma linha que nunca agradou em nosso país. De qualquer forma esse pode ser considerado um de seus bons filmes. E também é bem mais acessível para o público em geral, nada pretensioso como seus filmes baseados na obra de Shakespeare. De minha parte pude perceber que o diretor quis mesmo fazer um filme com a estética noir. E se saiu relativamente bem nisso, muito embora esse tipo de filme é daqueles que pertencem ao passado. Os imitadores costumam se dar mal. Esse filme porém mantém um bom nível de qualidade cinematográfica. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 23 de julho de 2024

7 Homens Enfurecidos

Título no Brasil: 7 Homens Enfurecidos
Título Original: Seven Angry Men
Ano de Produção: 1955
País: Estados Unidos
Estúdio: Allied Artists Pictures
Direção: Charles Marquis Warren
Roteiro: Daniel B. Ullman
Elenco: Raymond Massey, Debra Paget, Jeffrey Hunter, Larry Pennell, Leo Gordon, John Smith 

Sinopse:
O filme narra parte da história do abolicionista John Brown que antes da eclosão da guerra civil americana lutou pela abolição da escravidão em seu estado natal, o Kansas. Acreditando estar seguindo a vontade de Deus ele despertou ódio e fúria dos senhores e mercadores de escravos que logo colocaram em marcha um complô para matar a ele e seus seis filhos, todos lutando pela liberdade dos negros americanos.

Comentários:
John Brown foi uma figura importante dentro da história dos Estados Unidos. Um homem que dedicou a vida à causa abolicionista. Foi covardemente morto por causa de suas convicções pessoais e esse fato até hoje é considerado pelos historiadores como um dos estopins da sangrenta guerra civil americana. O roteiro desse filme não é totalmente fiel aos fatos históricos, pois optou-se por usar uma linha narrativa mais ficcional. Os momentos mais marcantes da vida de John Brown estão todos lá - sua luta para que o Kansas continuasse aliado à União, sua bravura contra a escravidão, etc - mas no meio de tudo isso os roteiristas encaixaram mera ficção, principalmente no que se refere a pequenos aspectos e detalhes da vida de Brown e cada um de seus filhos. O resultado se não chega a ser excepcional, pelo menos não decepciona, principalmente pelo bom elenco. Afinal de contas rever Debra Paget e Jeffrey Hunter sempre é um prazer renovado. Assim temos um bom western da pequena Allied Artists Pictures, que procurou acima de tudo ensinar um pouco da história americana de um jeito mais divertido.

Pablo Aluísio.

Honra Sem Fronteiras

Título no Brasil: Honra Sem Fronteiras
Título Original: Powder River
Ano de Produção: 1953
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Louis King
Roteiro: Sam Hellman, Stuart N. Lake
Elenco: Rory Calhoun, Corinne Calvet, Cameron Mitchell

Sinopse:
Depois de anos trabalhando como xerife numa cidade de fronteira no oeste americano, Chino Bullock (Rory Calhoun) decide que chegou a sua hora de se aposentar. Ele pretende agora se dedicar um rancho na região, um sonho que cultivou por longos anos. Assim que decide se retirar um grupo de foras-da-lei chega em sua cidade e mata seu antigo parceiro, um jovem que ele próprio treinara para ser o novo xerife. Revoltado com o acontecimento Bullock decide voltar para acertar as contas com a quadrilha de bandidos e assassinos. Ele deseja vingança e justiça e as terá!

Comentários:
Bom faroeste estrelado por Rory Calhoun (1922 - 1999). Sempre gostei muito do trabalho desse ator. Ao longo de mais de 120 filmes ele sempre procurou dar o melhor de si, principalmente em westerns que sempre foi o gênero americano por excelência. Não era um grande ator, mas era esforçado. Aqui temos novamente um enredo girando em torno da mitologia do xerife do velho oeste, sempre à beira da morte, tendo que lidar com bandidos selvagens e cruéis em uma terra que era dita como sem lei e sem ordem. Há um componente interessante aqui que é o desenvolvimento psicológico do personagem de Calhoun que fica em um dilema sobre vingar a morte de seu pupilo, restabelecendo a lei na cidade, ou virar as costas e abraçar a tranquilidade de seu rancho, afinal de contas como um sujeito aposentado ele não tinha mais a obrigação legal de ostentar a estrela de prata para voltar mais uma vez à ativa. Essa produção que também é conhecida como "O Rio da Pólvora" foi dirigida por Louis King, um cineasta interessante que era especializado em filmes de matinê - chegou a dirigir vários filmes com o personagem Charlie Chan. Assim ele também trouxe ao roteiro detalhes técnicos que deram à fita maior agilidade, com sabor de aventura. Enfim, mais um belo exemplar do cinema de western dos anos 1950 que merece um lugar em sua coleção.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 22 de julho de 2024

O Ataúde do Morto-Vivo

Título no Brasil: O Ataúde do Morto-Vivo
Título Original: The Oblong Box
Ano de Lançamento: 1969
País: Reino Unido
Estúdio: American International Pictures (AIP)
Direção: Gordon Hessler
Roteiro: Lawrence Huntington, Christopher Wicking
Elenco: Vincent Price, Christopher Lee, Alister Williamson, Rupert Davies, Sally Geeson, Uta Levka

Sinopse:
Dois nobres ingleses são atacadas na África, durante um culto de vodu. Um deles fica com o rosto desfigurado. De volta à Inglaterra o irmão que agora não pode mais mostrar sua face em público, decide se vingar de todos os responsáveis por sua situação crítica. Usando um capuz vermelho, nas sombras da noite, ele passa a atacar e matar todos os que considera seus inimigos. 

Comentários:
Esse filme reúne dois dos maiores atores clássicos do terror, Vincent Price e Christopher Lee. Além disso o roteiro é baseado na obra de Edgar Allan Poe. Esses requisitos já o tornam essencial para fãs do gênero. E sem dúvida é um filme com muitos méritos cinematográficos. Gostei muito da direção de arte. É tudo muito bem refinado e requintado. Vincent Price foi um ator subestimado. Ele não era lembrado em premiações e prêmios porque fazia filmes de terror. Puro preconceito! Só que não se engane, era um ótimo profissional da arte de atuar. Seu nobre personagem dessa história tinha muito a ver com ele na vida real. Era um homem culto e fino, colecionador de obras de arte. Outro ponto positivo é que essa história foge completamente dos padrões. Esse Morto-vivo citado no título nacional nada tem a ver com os monstros de Romero. É outra coisa, baseada em vodu. Assim se ainda não conhece, assista a esse clássico do terror dos anos 60. Na pior das hipóteses você vai achar esse filme interessante e sui generis. 

Pablo Aluísio.

Nasceste Para Mim

Título no Brasil: Nasceste Para Mim
Título Original: You Were Meant for Me
Ano de Produção: 1948
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Lloyd Bacon
Roteiro: Elick Moll, Valentine Davies
Elenco: Jeanne Crain, Dan Dailey, Oscar Levant, Marilyn Monroe

Sinopse:
Chuck Arnold é um músico e líder de banda que acaba se apaixonando por Peggy, uma garota de sua cidade natal que acaba conhecendo durante um baile. Poucas semanas depois acaba se casando com ela. A vida de músico, sempre viajando para outras cidades, passando longas temporadas fora de casa, porém acaba prejudicando seu relacionamento com a esposa e as coisas pioram ainda mais quando sua banda começa a realmente fazer sucesso.

Comentários:
Mais um filme do comecinho da carreira de Marilyn Monroe. Aqui ela não teve tanta sorte como nos demais filmes pois sua participação acabou no chão da sala de edição pois o diretor cortou justamente a cena em que ela tinha maior presença - muito embora tenhamos consciência que suas duas linhas de diálogo eram pouco mais do que uma figuração comum. Mesmo assim ela ainda pode ser visualizada rapidamente numa cena gravada durante uma animada festa, na pista de dança. Ela, acredite, está na pista de dança lotada que foi captada pelo filme. Anos depois a própria Marilyn comentou o começo duro de sua carreira ao falar ironicamente sobre sua ofuscada participação nesse filme: "Que papel foi aquele?!". Papel é forma de dizer pois no fundo ela não passa de uma figurante anônima. É uma pena pois o filme, cujo enredo se passa inteiramente na década de 1920, poderia dar a chance para Marilyn pelo menos surgir na tela muito bonita, com aquele figurino do passado. De uma forma ou outra vale a pena ver o filme para tentar achar Marilyn em seus poucos segundos de fama.

Pablo Aluísio.

domingo, 21 de julho de 2024

Marlon Brando - Hollywood Boulevard - Parte 32

Cem Anos de Marlon Brando
Agora em 2024 o cinema celebra os 100 anos de nascimento do ator Marlon Brando. Muito se falou sobre ele nessa data, mas muitos textos e matérias esqueceram de um aspecto bem relevante de sua carreira que não tem a ver com O Poderoso Chefão e outros grandes filmes que ele fez na década de 1970, mas sim de sua influência na cultura jovem quando surgiu nos cinemas pela primeira vez, ainda nos anos 1950.

Na década de 1950 houve uma revolução cultural nos Estados Unidos. Nessa fase surgiu a cultura jovem tal como conhecemos hoje em dia. Durante toda a história não havia muito espaço para os jovens. Ou se era criança ou se era adulto. Os jovens não tinham vez. Até que no período do pós guerra houve uma mudança significativa. Os jovens tinham seus próprios gostos musicais, assistiam aos filmes que eram produzidos para eles, as roupas não eram as mesmas dos adultos, tampouco seus cabelos. Os jovens tinham agora identidade própria. 

James Dean e Elvis Presley foram ícones nesse momento histórico. Mas a verdade é que antes deles já existia Marlon Brando. Ele foi o primeiro rebelde e o primeiro grande ídolo da juventude americana. Fazendo filmes como "O Selvagem" e tantos outros clássicos do cinema. esse jovem ator realmente revolucionou não apenas o cinema, mas também os costumes e o modo de agir, influenciando milhares de jovens ao redor do mundo. 

Brando era considerado realmente um tipo selvagem, que não fazia concessões. Ele  odiava dar entrevistas e fazia pouco daqueles que queriam levar tudo à sério demais. Suas respostas completamente fora dos padrões nas entrevistas, deixavam os produtores e executivos dos grandes estúdios de cinema completamente enfurecidos. Só que era justamente esse comportamento fora da rota que fazia com que milhões de jovens adorassem Brando. Ele foi dessa forma o primeiro rebelde, muitos anos antes de Dean e de Presley. 

Só que ao contrário de outros ícones culturais, Brando teve uma vida longa, atravessando várias décadas. Hoje em dia as pessoas que gostam de cinema o lembram basicamente como o ator que interpretou o chefe da máfia Corleone no clássico "O Poderoso Chefão". Tudo bem, esse foi outro grande momento de sua carreira. Só que antes de Corleone houve o Jovem Brando que trabalhou com Kazan e Tennessee Williams, que fez filmes marcantes, principalmente nos anos 50. O jovem motoqueiro que colocava o Meio Oeste e sua sociedade conservadora em polvorosa. O autêntico rebelde selvagem.

Nesse ano em que se celebra 100 anos de seu nascimento, o fato é que Marlon Brando segue sendo mais atual do que nunca. Além disso é aquele tipo de ator que não deixou herdeiros. Um grande nome da história do cinema mundial!

Pablo Aluísio.

sábado, 20 de julho de 2024

The Beatles - A Hard Day's Night - Parte 5

The Beatles - A Hard Day's Night - Parte 5
Então chegamos no texto final sobre esse álbum dos Beatles. Inclusive é bom salientar que esse disco está completando 60 anos de seu lançamento justamente nessa semana! Como o tempo voa, não é mesmo? E se você gosta de John Lennon eu sempre gosto de dizer que esse é o seu disco dos Beatles. Certamente foi o título em que John mais se empenhou, onde a maioria das músicas foram compostas por ele, com pequenas pinceladas de Paul McCartney. O disco é o mais autoral de John Lennon nessa primeira fase dos Beatles. 

E isso fica bem claro na faixa "When I Get Home", uma canção em que John Lennon fez praticamente tudo, a letra, a melodia, os arranjos e o vocal principal. Reza a lenda que John a compôs quase como um pedido de desculpas para sua primeira esposa pois vivia tanto tempo na estrada, fazendo shows com os Beatles, que praticamente não ficava mais em casa. Mal a via, nem seu filho Julian. Parece que John se sentiu culpado por ser um pai e um marido ausente. Então usou esses versos para se desculpar. 

O álbum termina com a faixa "I'll Be Back". Uma pena que não tenha feito parte do lote de músicas que foram usadas no filme pois é muito boa. Acontece que apenas as músicas do Lado A realmente ganharam cenas no filme. O Lado B, apesar das boas músicas presentes nele, ficaram de fora. E entre elas estava essa. 

Um fato curioso é que essa canção faz parte de um seleto grupo de músicas. Canções que tinham o mesmo título, mas que eram músicas diferentes, gravadas pelos Beatles e por Elvis. A música de Elvis também fez parte de uma trilha sonora dos anos 60, "Double Trouble". E essa dos Beatles, como já sabemos, foi a faixa final do Lado B do disco original. E se esses artistas cumpriram ou não suas promessas de voltarem, uma coisa é certa, parece que eles nunca se foram, pois suas músicas continuam sendo ouvidas até hoje em dia, mesmo após muitas décadas de seu lançamento original. 

Pablo Aluísio. 

Raulzito e os Panteras

Raulzito e os Panteras
Quanto Raul Seixas gravou esse disco (o primeiro de sua carreira) ele era apenas um jovem baiano cheio de sonhos e esperanças de fazer sucesso pelo Brasil afora. Ao ouvir o álbum vemos claramente que Raul tentava, ao lado de seus companheiros de banda, embarcar na onda da jovem guarda. O disco é claramente nesse sentido, com sonoridade bem de acordo com esse movimento musical que fazia grande sucesso no Brasil na época. Só que um artista como Raul jamais ficaria preso numa caixinha, afinal ele era mesmo um cantor e compositor fora da casinha! Tanto isso é verdade que quando você ouve o disco percebe logo que há uma estranha mistura aqui. A sonoridade é da jovem guarda, mas algumas das letras traz toques de pura filosofia! Além disso que artista poderia arriscar de cara uma versão de um dos grandes clássicos psicodélicos dos Beatles logo em seu disco de estreia? E todos vestidos de figurino dos Beatles na primeira fase! Só o maluco beleza mesmo para ter esse tipo de ousadia. 

Infelizmente o disco não fez qualquer sucesso. Como explicaria anos depois numa entrevista, Raul foi percebendo que a gravadora não iria fazer nada pelo disco. Não trabalhou para promover o álbum, não enviou cópias para as rádios, não fez nada. Com isso o disco não vendeu nada. A filial brasileira da EMI apenas gravou o disco para preencher uma cota de LPs que a matriz inglesa exigia. Foi feito apenas para constar no catálogo. Uma pena! Logo o primeiro disco de um dos maiores roqueiros do Brasil ser tratado assim com tanto desprezo pela gravadora. De qualquer forma Raul não iria desistir. Ele continuaria no Rio, trabalhando como produtor na CBS, até o dia em que finalmente teria sua grande chance para mostrar seu talento musical, só que dessa vez como artista solo. O resto é história! 

Raulzito e os Panteras (1967)
Brincadeira
Por quê? Pra quê?
Um Minuto mais (I Will)
Vera Verinha
Você Ainda Pode Sonhar (Lucy in the Sky with Diamonds)
Menina de Amaralina
Triste Mundo
Dê-me tua Mão
Alice Maria
Me Deixa em Paz
Trem 103
O Dorminhoco

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 19 de julho de 2024

Furiosa: Uma Saga Mad Max

Furiosa: Uma Saga Mad Max
Esse novo filme da saga Mad Max fracassou nas bilheterias. O filme custou quase 170 milhões de dólares e não conseguiu recuperar o seu investimento, o seu custo nas salas de cinema. Atribuo isso a vários fatores, mas o principal é que fizeram as escolhas erradas. O primeiro erro foi produzir um filme que se auto intitula da Saga Mad Max, mas que não tem o personagem Mad Max. É como fazer um filme do Batman, mas sem o Batman. Depois decidiram contar a história de uma personagem secundária, a Furiosa. Se tinham a intenção de contar as origens de algum personagem teria sido mais sensato contar as origens do próprio Mad Max. E para piorar, o público em geral não entendeu a proposta do filme, já que a Furiosa tinha ganho grande espaço no filme anterior. Foi a pá de cal em relação a esse filme. O público em geral simplesmente não estava interessado mais nessa personagem. então ignoraram o filme. O desastre nas bilheterias de cinema foi grande. O estúdio agora tenta correr atrás do prejuízo lançando no streaming. Não vai recuperar o dinheiro investido, mas pelo menos vai diminuir o rombo. 

Agora, deixando esse aspecto comercial de lado, devo dizer que até gostei do filme. Ele demora um pouquinho a pegar ritmo, mas quando pega, o filme funciona. É uma daquelas produções muito bem feitas que você vê onde todo o dinheiro foi gasto. Os grandes cenários estão lá, a multidão de figurantes, etc. E as cenas de ação em geral também são muito boas. É interessante que se formos fazer uma comparação com os filmes da trilogia inicial de Mad Max poderíamos dizer que ele está mais próximo de A Cúpula do Trovão do que de Mad Max 2, por exemplo. Ainda assim é um bom filme. Lamento pelo veterano diretor George Miller. Provavelmente pela idade e pelo fato do filme ter dado prejuízo pode ser que esse seja seu último filme. Uma pena. De uma maneira ou outra, deixo a recomendação. O filme tem seus problemas, isso é inegável, mas pelo menos serve como bom entretenimento. 

Furiosa: Uma Saga Mad Max (Furiosa: A Mad Max Saga, Estados Unidos, 2024) Direção: George Miller / Roteiro: George Miller, Nick Lathouris / Elenco: Anya Taylor-Joy, Chris Hemsworth, Tom Burke / Sinopse: Nesse novo filme da franquia Mad Max conhecemos as origens da personagem Furiosa. É o quinto filme passado no universo pós-apocalíptico de Mad Max. 

Pablo Aluísio.

Muti: Crime e Poder

Título no Brasil: Muti: Crime e Poder
Título Original: The Ritual Killer
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Black Diamond Films
Direção: George Gallo
Roteiro: Joe Lemmon, Francesco Cinquemani
Elenco: Morgan Freeman, Cole Hauser, Vernon Davis

Sinopse:
Um policial do departamento de homicídios de Los Angeles vai em busca de respostas com um professor universitário especialista em rituais de cultos de religiões africanas antigas. Várias pessoas surgem mortas em cenas de crimes onde esses cultos são ritualizados. Apenas entendendo essas religiões é que se poderá chegar na identidade do verdadeiro assassino. 

Comentários:
Esse é um filme meramente regular que nos deixa com saudades dos bons filmes do passado da carreira do ator Morgan Freeman. Daqueles tempos em que sua carreira era muito relevante para a indústria do cinema. É claramente uma produção B, mas que felizmente mantém a dignidade. Digo isso porque apesar do pouco orçamento, do fato de ser um filme sem muitos recursos, eles até que conseguem passar o recado, contar a história direitinha. Assim diante da modesta produção podemos qualificar como um filme que conta a sua história de forma honesta, em um roteiro até que bem redondinho. Além disso, esse enredo tem até mesmo uma certa dose de coragem. Colocar um vilão como um praticante de um culto de religão africana é sem dúvida uma ousadia. Escaparam do cancelmento por um triz! 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 18 de julho de 2024

Guardiões da Galáxia Vol. 3

Título no Brasil: Guardiões da Galáxia Vol. 3 
Título Original: Guardians of the Galaxy Vol. 3
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: James Gunn
Roteiro: James Gunn, Jim Starlin
Elenco: Chris Pratt, Chukwudi Iwuji, Bradley Cooper, Vin Diesel, Pom Klementieff, Karen Gillan

Sinopse:
Rocket precisa enfrentar velhos fantasms do passado. Ele foi fruto de um processo inovador de engenharia genética e agora vai se ver frente a frente com o mesmo vilão que de certa maneira foi o responsável por sua própria transformação. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Especiais. 

Comentários:
Eu gostei desse filme! E isso não deixa de ser uma surpresa porque eu ando mais do que saturado de ver esses filmes baseados em quadrinhos. Só que verdade seja dita, não tem nenhum filme ruim dessa boa franquia dos Guardiões da Galáxia. No mundo dos gibis a Marvel desenvolveu uma linha de publicações baseadas em personagens de ficção que viviam suas aventuras no espaço. Era pura Sci-fi dos anos 60. O tempo passou e muitos desses personagens ganharam uma nova roupagem e deram muito certo, ainda nos dias atuais. Esse terceiro filme inclusive tem o melhor roteiro de todos, usando muito bem de duas linhas narrativas que se complementam, uma no passado, outra no presente. E o destaque vai para o Rocket. Na história desse filme você vai entender porque ele sempre foi tão inteligente e ranzinza ao mesmo tempo. Enfim, uma ótima aventura para entretenimento e passatempo, nunca ofendendo a inteligência do espectador. 

Pablo Aluísio.

Doce País

Título no Brasil: Doce País
Título Original: Sweet Country
Ano de Lançamento: 2017
País: Austrália
Estúdio: Bunya Productions
Direção: Warwick Thornton
Roteiro: David Tranter, Steven McGregor
Elenco: Sam Neill, Bryan Brown, Hamilton Morris, Shanika Cole, Ewen Leslie, Natassia Gorey Furber

Sinopse:
No começo do século XX, em uma região muito remota no interior da Austrália, um homem nativo acaba matando um homem branco, dono de terras, em legítima defesa. O caso vira o lugar de ponta cabeça, trazendo um juiz da capital para julgar a questão naquela pequena cidade perdida no meio do deserto. 

Comentários:
Filme muito interessante e também muito duro! É uma daquelas histórias secas, mais seca que o próprio deserto australiano onde se passam os acontecimentos. Os personagens são assim também, brutalizados pelo meio onde vivem. Agora imaginem a morte de um homem branco, dono de uma fazenda, por um aborígene australiano que no fundo só estava se defendendo de um sujeito alucinado com uma arma de fogo nas mãos. Claro que o julgamento vira um acontecimento que vai contra a vontade dos homens de elite daquele lugar. Afinal o morto era branco, o assassino era um aborígene. Na visão daqueles pessoas nada poderia justificar algo assim. Mas o mundo do Direito e da Justiça tem seu próprio ritmo, seus próprios valores. Nesse ponto de vista esse filme é uma grande lição. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 17 de julho de 2024

A Morte de Shannen Doherty

A Morte de Shannen Doherty
Eu fico pasmo com o passar do tempo! Parece que foi ontem que eu assistia "Barrados no Baile" nas tardes de Sábado na Rede Globo! Só que isso foi há 30 anos! Como é que o tempo passou assim tão rápido? E nessa semana fomos informados que a atriz Shannen Doherty faleceu de câncer de mama! Meu Deus! 

Ela sempre vai ser a Brenda Wash, aquela garota bonita e adolescente da série, uma jovem que sai do gelado Minessota para morar na ensolarada Beverly Hills. Ela e o irmão, interpretado pelo Jason Priestley (que as revistinhas adolescentes de fofocas diziam ser o filho bastardo do Elvis!), Sua família então ia morar numa nova cidade, frequentando uma nova escola, onde formavam um novo grupo de amigos. E a série era basicamente isso. A cara dos anos 90! 

A série era meio bobinha, mas isso fazia parte do charme. E foi um grande sucesso de audiência, inclusive no Brasil. E com o grande sucesso a Shannen Doherty perdeu o rumo, pois o sucesso lhe subiu a cabeça. Ela era uma jovem festeira e tinha muitos casos amorosos, mas também tinha uma personalidade muito forte. Não demorou muito e criou uma série de brigas com os demais jovens do elenco. Queria aproveitar ao máximo do status de superstar teen que havia conquistado tão cedo em sua carreira! Queria testar todos os limites! Tanta confusão fez que a emissora simplesmente a demitiu!

Ela ficaria queimada na indústria por algum tempo, mas conseguiu muitos anos depois emplacar um novo sucesso, a série Charmed. Essa nunca assisti. Eu nunca vi nenhum episódio pois a série tinha um tema de bruxaria e magia, fantasia, que nunca me fez interessar por ela. De qualquer forma foi uma volta por cima, um momento de redenção. Por isso digo que pelo menos no meu caso ela sempre será mesmo a Brenda, a jovem que eu conheci pela TV nos anos 90. Enfim, lamento por sua morte, com apenas 53 anos de idade! Como o tempo passa rápido, rápido demais mesmo para ser feliz... Descanse em paz!

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 16 de julho de 2024

Trilhos do Destino

Título no Brasil: Trilhos do Destino
Título Original: Rails & Ties
Ano de Lançamento: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Alison Eastwood
Roteiro: Micky Levy
Elenco: Kevin Bacon, Marcia Gay Harden, Miles Heizer

Sinopse:
Nesse filme o ator Kevin Bacon interpreta um maquinista de uma companhia ferroviária que tem muitos problemas pessoais e profissionais. Na vida pessoal sua esposa está morrendo de um câncer agressivo. Na vida profissional seu trem passa por cima de um carro parado nos trilhos, matando uma mulher. E as surpresas do destino ainda vão revelar mais surpresas em sua vida. 

Comentários:
Assisti até que com uma boa vontade, mas devo dizer que apesar de tudo o filme é fraco. A história começa bem, mas o roteiro tenta um plot twist que me pareceu mais do que forçado. Essa reviravolta envolve o filho da mulher que o personagem de Bacon acabou passando por cima com seu trem em alta velocidade. Ela parou o carro na linha porque queria se matar mesmo. Só que as autoridades abrem uma investigação porque segundo alguns especialistas daria para parar o trem, algo que não foi feito. O problema desse filme, em meu ponto de vista, é que ele vai deixando as boas ideias de lado para se tornar um dos filmes mais piegas que já vi em toda a minha vida. E isso definitivamente não é algo bom. Pieguice demais cheira mal! Enfim, filme fraco, piegas demais e em certos momentos, bem cansativo. 

Pablo Aluísio.

Caminhos da Sobrevivência

Título no Brasil: Caminhos da Sobrevivência
Título Original: Wil
Ano de Lançamento: 2023
País: Bélgica, Holanda
Estúdio: Lecter Scripted Media
Direção: Tim Mielants
Roteiro: Carl Joos, Tim Mielants
Elenco: Stef Aerts, Matteo Simoni, Annelore Crollet

Sinopse:
Durante a década de 1940 um grupo de jovens policiais militares começam a trabalhar nas ruas de Antuérpia. O que deveria ser uma nova fase na vida de todos eles logo se torna um pesadelo quando a Alemanha invade e domina seu país. A partir daí as atrocidades começam por toda a cidade. 

Comentários:
Uma coisa é certa, por onde passaram os nazistas deixaram rastros de destruição e violação de todos os tipos de direitos humanos. Imagine ser um rapaz, um jovem militar, recém saído da Academia e começando a trabalhar como policial para proteger a população e da noite para o dia ter que cumprir ordens de oficiais nazistas! Foi um grande dilema ético para esses homens. Eles tinham jurado defender a população e agora estavam obrigados a participar de inúmeras barbaridades cometidas contra essa mesma população civil indefesa. É um filme muito interessante, mostrando um lado meio esquecido da II Guerra Mundial. Todas aquelas nações que foram invadidas pela Alemanha Nazista tinham suas corporações policiais que passaram a obedecer ao III Reich. Um completo desvirtuamento de suas funções básicas. Por fim, vale informar que esse filme está atualmente disponível na programação da Netflix caso seja de seu interesse. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 15 de julho de 2024

Assassinato Num Dia de Sol

Assassinato Num Dia de Sol 
Mais uma adaptação para o cinema de um clássico da literatura de Agatha Christie. Esse foi um de seus livros mais bem sucedidos. Uma história onde o leitor teria que descobrir quem era o assassino dentro de um grupo de pessoas, no caso aqui, hóspedes de um hotel localizado numa praia isolada. E entre todos eles lá estava o detetive Hercule Poirot, que era belga e não francês, como ele mesmo tinha que explicar em praticamente todas as histórias que protagonizou. Sem dúvida a escritora amava esse personagem, tanto que o usou em praticamente todos os seus best-sellers. A trama é interessante e o fato de Poirot estar em um lugar de férias, tão ensolarado, até que rende bons momentos de humor, como na cena em que ele tenta nadar um pouco na praia. Claro que não daria muito certo!

Essas produções baseadas em Agatha Christie fizeram bastante sucesso entre o final dos anos 70 e começo dos anos 80. Esses filmes seguiam certas fórmulas, dentre elas a de usar um elenco numeroso, geralmente com atores veteranos. É o que também encontramos aqui. O destaque inicial vai para Peter Ustinov interpretando o detetive Poirot. Eu não canso de elogiar esse grande ator. Ele interpretava sempre em grande estilo, seja imperadores romanos loucos a personagens mais sutis, como o próprio Poirot. Maggie Smith também está ótima como a dona do hotel. Ela mesma uma suspeita do crime, embora fale demais pelos cotovelos para ser uma suspeita muito consistente. 

Roddy McDowall interpreta o escritor de biografias que está hospedado no hotel por causa de uma atriz que também está lá. Ele quer sua aprovação para seu livro, mas não consegue. E essa atriz, interpretada por Diana Rigg. é justamente a personagem que será assassinada. E praticamente todos os que estão hospedados naquele hotel possuem algum tipo de ressentimento e ódio contra ela, ou seja, todos são suspeitos do crime. Enfim, gostei do filme. Confesso que o crime em si soa um pouco elaborado demais, como não costuma acontecer tanto na vida real, mas isso, no final das contas, não é um defeito, mas sim uma qualidade das histórias da grande Agatha Christie. 

Assassinato Num Dia de Sol (Evil Under the Sun, Reino Unido, Estados Unidos, 1982) Direção: Guy Hamilton / Roteiro: Anthony Shaffer, Barry Sandler, baseados na obra de Agatha Christie / Elenco: Peter Ustinov, James Mason, Maggie Smith, Roddy McDowall, Diana Rigg, Jane Birkin
/ Sinopse: Uma atriz famosa é assassinada em um hotel de verão. O detetive Hercule Poirot terá que desvendar o crime já que o assassino está hospedado no mesmo hotel onde ele se encontra naquele final de semana. 

Pablo Aluísio.

O Expresso da Aventura

Título no Brasil: O Expresso da Aventura
Título Original: The Hurricane Express
Ano de Produção: 1932
País: Estados Unidos
Estúdio: Mascot Pictures, American Film Company
Direção: J.P. McGowan, Armand Schaefer
Roteiro: Colbert Clark, Barney A. Sarecky
Elenco: John Wayne, T Marshall, Conway Tearle, John Wayne

Sinopse:
Um sabotador desconhecido começa a destruir as linhas da ferrovia Pacific Express. Em uma dessas sabotagens o pai de Larry (Wayne), um piloto de avião, é morto no acidente. Agora ele resolve rumar no mesmo destino para descobrir quem seria o homem que ceifou a vida de seu amado pai.

Comentários:
John Wayne brigou com um dos chefões da Columbia Pictures, Harry Cohn, e resolveu deixar o estúdio indo para a pequena Mascot Pictures onde acabou fazendo três fitas rápidas. Os filmes da Mascot eram produzidos para serem exibidos em matinês, por isso eram curtos e iam direto ao ponto, sem maiores embromações. O roteiro é básico, o personagem de Wayne está atrás do assassino de seu pai e para isso precisa descobrir a identidade secreta do tal "Destruidor" (como passa a ser conhecido o sabotador de linhas da ferrovia). Como John Wayne era bastante jovem e atlético os produtores resolveram apostar forte em cenas de ação com o ator e de fato ele consegue até mesmo realizar algumas bem feitas acrobacias aprendidas quando se aventurava como dublê de filmes. Então é basicamente isso, uma aventura de matinê, com o futuro astro John Wayne se exercitando entre os trilhos de uma linha expressa rumo ao Pacífico.

Pablo Aluísio.

domingo, 14 de julho de 2024

Imperador Romano Constantino

Imperador Romano Constantino
Constantino sempre será lembrado pela História por ter sido o imperador romano que trouxe liberdade religiosa aos cristãos. Mais do que isso, ele próprio se tornou o primeiro imperador romano cristão da História. E isso é bem curioso, porque Constantino foi criado dentro da corte do Imperador Diocleciano, um dos mais implacáveis e notórios perseguidores de cristãos de todos os tempos. Um verdadeiro genocida assassino. Ao que tudo indica Constantino não seguiu seus passos. Ao contrário disso herdou o temperamento mais moderado de seu pai, o governador Constâncio, que nunca perseguiu o cristianismo nas províncias em que comandava. 

O pai de Constantino era um homem bem racional. Tanto que simplesmente ignorava os decretos de Diocleciano que mandavam identificar, prender e matar todos os cristãos. Na época Constâncio era governador de vastas terras que iam desde a Britânia (atual Inglaterra), passando pela Hispânia (Espanha) e Gália (atual França). Nessas regiões os cristãos exerciam sua fé e seus cultos sem medo de violência por parte do Estado Romano. 

Quando seu pai morreu e Diocleciano faleceu, muito provavelmente envenenado, Constantino começou a lutar pelo poder imperial. Nessa fase o Império Romano estava muito fragmentado. Unir o Império sob um mesmo Imperador era de fato um desafio. Afirma a lenda que antes de uma das mais importantes batalhas contra esses demais usurpadores do poder, Constantino teve uma visão. Um símbolo cristão surgiu entre as nuvens e ele ouviu a frase "Com esse símbolo vencerás". Foi o que fez Constantino. Mandou pintar o símbolo cristão nos escudos dos legionários e assim se tornou vitorioso no campo de batalha. 

Depois de muitas lutas e guerras, Constantino finalmente se tornou o único Imperador do Império Romano. Ele reunificou novamente esse grande centro de poder. Mandou construir uma grande cidade chamada Constantinopla, em honra e glória às suas conquistas. Uma cidade planejada, feita para ser a nova capital do Império. Séculos depois iria mesmo se tornar a capital do Império Romano do Oriente, mais conhecido como Império Bizantino. 

Em Roma porém o Imperador, senhor do mundo, enfrentava problemas no seio de sua própria família. Intrigas palacianas colocaram de um lado sua esposa Fausta, sua mãe Helena e seu filho Crispo, o herdeiro da Roma Imperial. No final de todas as brigas sua família estava destroçada. O amado Crispo estava morto, assim como sua esposa. Constantino havia mandado matar os dois. Jamais iria se perdoar dessas mortes. 

O peso de sua consciência foi grande. Constantino iria passar o resto de sua vida pedindo perdão ao novo Deus cristão, chamado Jesus Cristo. Para purgar o que aconteceu passou a construir inúmeras igrejas pelo império, inclusive a Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém e a primeira Basílica de São Pedro, que passaria a ser a nova sede da Igreja Católica. O local escolhido pelo Imperador foi o Monte Vaticano, onde Pedro havia sido crucificado de cabeça para baixo. Ali também existia um cemitério onde eram sepultados os inimigos do império, grande parte deles cristãos.  O Imperador também colocou toda a estrutura de Roma em favor dos seguidores dessa nova religião que começava a se alastrar por todo o Império. 

No final da vida, já velho e doente, Constantino resolveu se batizar. Foi o ato final para uma pessoa que agora abraçava publicamente a nova fé cristã. Até aquele momento Constantino havia evitado ser batizado, pois havia muitos interesses políticos e religiosos em jogo na Cidade Eterna Roma. De uma maneira ou outra ao sair das águas do Rio Tibre ele era agora oficialmente um cristão romano! Ele morreu em 337, pedindo fervorosamente perdão a Deus por os seus pecados em vida. 

Pablo Aluísio. 

sábado, 13 de julho de 2024

Ghostbusters: Apocalipse de Gelo

Ghostbusters: Apocalipse de Gelo
Mais um filme vindo diretamente dos anos 80. Não me entenda mal. Eu adoro os filmes dos Ghostbusters. Eu sou da geração que cresceu curtindo todos esses filmes. Por isso sempre tenho toda a boa vontade do mundo quando assisto a mais um filme dessa franquia. Só que é aquela coisa. Quarenta anos depois do lançamento do primeiro filme e tudo o que eles podem oferecer ao público é um roteiro novo que é praticamente uma cópia do roteiro do primeiro filme? Essa é uma pergunta sincera porque tirando o fato de ter novos personagens, todo o núcleo da história é igual ao do filme de 1984. Temos o grande monstro, um guia para abrir as portas do além, etc. Até as cenas dos espíritos voando por Nova Iorque são idênticas ao do filme original! Que falta de criatividade gente!

E isso me surpreende por vários motivos. Um deles é que o filme anterior tinha muito mais originalidade, uma história que caminhava com suas próprios pernas. Não precisa repetir sempre a mesma história, filme após filme! Só que aqui a coisa toda desanda. O Dan Aykroyd que é um dos donos dessa franquia, parece ter perdido todo o empenho para fazer algo melhor. Até o Bill Murray está preguiçoso em cena. Logo ele que certa vez chegou a dizer que jamais faria um novo filme dos Ghostbusters. De bom mesmo apenas vi um secundário arco narrativo um pouquinho mais interessante entre a jovem Phoebe e a fantasminha camarada loira que parece ser gente boa, mas que está jogando para o outro time. Fora isso, nada de mais. Espero que melhorem nos próximos filmes. 

Ghostbusters: Apocalipse de Gelo (Ghostbusters: Frozen Empire, Estados Unidos, 2024) Direção: Gil Kenan / Roteiro: Gil Kenan, Jason Reitman, Ivan Reitman / Elenco: Paul Rudd, Dan Aykroyd, Bill Murray, Ernie Hudson, Mckenna Grace, Finn Wolfhard, Carrie Coon / Sinopse: Um antigo deus que estava aprisionado em uma esfera de poder acaba sendo libertado, trazendo muita destruição para a Nova Iorque dos dias atuais. Para combater a nova equipe dos Caça-Fantasmas vai precisar de uma forcinha dos veteranos Ghostbusters. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de julho de 2024

Wonka

Wonka
Em relação a esse personagem do Willy Wonka, que nasceu na literatura e depois foi adaptado para o cinema, há 3 filmes essenciais. O primeiro é o que eu mais gosto. Tenho um vínculo emocional com ele. Assisti "A Fantástica Fábrica de Chocolates" quando era criança. Vi no tempo certo, na idade certa. Guardo ótimas lembranças desse filme que fez parte da minha infância. Uma bela recordação. E adoro esse primeiro filme mais do que qualquer outra versão moderna que tenham feito nesses últimos anos. O segundo filme foi aquele assinado pelo Tim Burton. Não gosto nada daquela versão. Essa é uma história vitoriana, tem que ter contexto de época. Burton quis transformar em algo High Tech. Absolutamente nada a ver. Pior foi ter escalado Johnny Depp para viver Wonka. Péssima escolha. Enfim, essa segunda versão eu descarto sem problemas. É perda de tempo.

Então chegamos nesse novo filme. Olha, sem favor algum, achei um filme realmente adorável. Direção de arte correta, no contexto histórico certo, boa produção e elenco muito bem escolhido. Não é um remake do primeiro filme, como era o de Tim Burton. Conta uma história diferente, das origens do Wonka, desde seus primeiros dias em Londres. Tem aquele clima de fantasia e magia que vai encantar as crianças. Tudo bem que o autor original do livro não escreveu essa história, mas ainda assim é uma boa releitura. E abre margem para novos filmes. Enfim, gostei dessa fábula. Até algumas das antigas músicas do primeiro filme foram resgatadas. E é bom avisar que esse é um musical infantil, com linguagem clássica dos antigos musicais do cinema. Está tudo de muito bom gosto. Leva meu carimbo de aprovação cinematográfica. Gostei de verdade do que vi. 

Wonka (Wonka. Estados Unidos, Reino Unido, 2023) Direção: Paul King / Roteiro: Roald Dahl, Paul King / Elenco: Timothée Chalamet, Hugh Grant, Jim Carter, Olivia Colman, Gustave Die,  ReMurray McArthur / Sinopse: Depois de vários anos trabalhando como marinheiro, o jovem Willy Wonka chega em Londres onde deseja realizar seu sonho de abrir uma fábrica de chocolates. Não vai ser fácil pois comerciantes já estabelecidos no ramo farão de tudo para boicotar o jovem aspirante ao sucesso no mundo dos chocolates.

Pablo Aluísio.

Os Mistérios dos Guerreiros de Terracota

Os Mistérios dos Guerreiros de Terracota 
O primeiro imperador da China, aquele que inclusive deu seu nome para a nação, mandou construir uma imensa tumba para ser seu descanso final. E mandou construir todo um exército de soldados feitos de terracota para guardar seu corpo pela eternidade. Cada soldado desses tem seu próprio rosto, suas próprias características pessoais o que leva os historiadores a defenderem a tese de que são estátuas fiéis aos homens reais do primeiro imperador. Um trabalho de arte oriental realmente maravilhoso em todos os aspectos. 

Esse documentário traz a história de como esses soldados foram encontrados, quase por acaso, por camponeses que viviam naquela região. Após serem descobertos, gerações de especialistas em história e arqueologia trabalharam naquele local, encontrando outros grandes tesouros. Pena que o governo da China ainda não aceite que a própria tumba do imperador seja aberta para pesquisas. Provavelmente há tesouros inigualáveis em seu interior, mas as autoridades chinesas, por respeito a esse homem que fundou a China séculos atrás, realmente não parecem propensos a liberar esse tipo de pesquisa. De qualquer maneira assista a esse ótimo documentário na Netflix. 

Os Mistérios dos Guerreiros de Terracota (Mysteries of the Terracotta Warriors, Estados Unidos, China, 2024) Direção: James Tovell / Roteiro: James Tovell / Sinopse: Documentário sobre a descoberta e as últimas pesquisas envolvendo os Guerreiros de Terracota da China Imperial. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de julho de 2024

O Dublê

O Dublê
Quem está ali por volta dos 50 anos de idade deve se lembrar muito bem da série "Duro na Queda". Foi um sucesso de audiência, inclusive no Brasil. Até linha de brinquedos foi lançada em nosso país. Pois bem, os anos passaram e finalmente o velho projeto de levar "Duro na Queda" para o cinema se tornou realidade. Esse filme é justamente isso. Pena que foi lançado só agora, muitas décadas depois da série original. De qualquer forma está valendo, principalmente para quem curtia os episódios antigos. Infelizmente a distribuidora nacional ignorou todo esse passado e ao invés de intitular o filme de "Duro na Queda" no Brasil preferiu esse título mais do que genérico de "O Dublê". Um erro, porque perdeu o interesse dos fãs brasileiros mais antigos. Muitos deles nem saberão que esse "O Dublê" é na realidade "Duro na Queda". Complicado. 

Esse novo filme é muito bem produzido, na verdade sendo uma grande homenagem para esses profissionais anônimos do cinema. Enquanto eles correm todos os riscos, os atores ficam em seus camarins com ar condicionado esperando as cenas de ação mais difíceis serem filmadas. Depois levam todo o crédito. Realmente uma injustiça, mas faz parte da ilusão do cinema. Dito tudo isso esse filme não me aborreceu. Pelo contrário, levei na pura diversão e acabei gostando do que vi. É um representante do cinema pipoca por excelência. Visto sob esse prisma se torna sem dúvida uma boa diversão, um bom passatempo. 
 
O Dublê (The Fall Guy, Estados Unidos, 2024) Direção: David Leitch / Roteiro: Glen A. Larson, Drew Pearce / Elenco: Ryan Gosling, Emily Blunt, Aaron Taylor-Johnson / Sinopse: Colt Seavers (Ryan Gosling) é um dublê que sofre um sério acidente em uma filmagem. Após passar vários meses se recuperando ele volta para o trabalho, mas dessa vez em um filme dirigido por uma cineasta que teve um longo e conturbado romance com ele. E as coisas vão ficar ainda mais explosivas com a chegada de criminosos que querem colocar tudo a perder. 

Pablo Aluísio.

O Justiceiro: Em Zona de Guerra

Título no Brasil: O Justiceiro: Em Zona de Guerra
Título Original: Punisher: War Zone
Ano de Lançamento: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Films
Direção: Lexi Alexander
Roteiro: Nick Santora, Art Marcum
Elenco: Ray Stevenson, Dominic West, Julie Benz

Sinopse:
Frank Castle (Ray Stevenson), conhecido no submundo do crime como "O Justiceiro", acaba se envolvendo bem no meio de uma guerra que está acontecendo entre a máfia e grupos do crime organizado. E essa verdadeira zona de guerra transforma as ruas da cidade em um grande banho de sangue. 

Comentários:
Nessa altura do campeonato eu já assisti a todos os filmes do Justiceiro para o cinema, além da série que começa bem, mas que vai ficando bem ruim conforme os episódios vão passando. Pois bem, esse filme não traz nada de novo ao que já vimos antes nos demais. Provavelmente exagera demais na violência, mas é a tal coisa, não há como fazer um filme com esse personagem que não seja de extrema violência. Faz parte mesmo do conceito dele. Não tem saída. No geral achei o mais cartunesco dos filmes. Esse tem mesmo cara de história em quadrinhos, inclusive o vilão que é bem caricato, com seu rosto retalhado. Os cenários de neon com muitas cores, também demonstram e reforçam bem esse aspecto. De qualquer maneira se você for com expectativas moderadas quem sabe vai até gostar um pouco. No meu caso, no meu julgamento pessoal, achei apenas mais do mesmo. O Justiceiro ainda não ganhou um grande filme. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de julho de 2024

Akira

Título no Brasil: Akira
Título Original: Akira
Ano de Lançamento: 1988
País: Japão
Estúdio: TMS
Direção: Katsuhiro Ôtomo
Roteiro: Katsuhiro Ôtomo
Elenco: Mitsuo Iwata, Nozomu Sasaki, Mami Koyama

Sinopse:
Em um mundo destruído por uma guerra nuclear, um grupo de jovens motoqueiros, que adoram tocar o terror nas ruas de Tóquio, são envolvidos, até mesmo sem querer, em um grande jogo de poder. Uma energia pouco conhecida pela ciência está prestes a se libertar e isso terá consequências nefastas para toda a população. 

Comentários:
Eu me lembro muito bem quando a animação Akira foi lançada em VHS no Brasil nos anos 80. Foi um acontecimento mesmo, virou até capa de revista de cinema no Brasil. Nos anos 80 era complicado assistir uma animação feita para o cinema, ainda mais japonesa. Pois bem, os anos passaram e só agora fui assistir. Penso que sem dúvida é uma animação bem à frente de seu tempo. O conceito do próprio Akira é uma coisa bem surreal, quase psicodélico. Bem fora do comum. Os japoneses realmente possuem uma cultura diferenciada e bem podemos perceber isso assistindo a esse filme. Dito isso, creio que Akira realmente não é para todos os públicos. Nem é animação para crianças. Tem muitos elementos complicados de digerir nessa história. Provavelmente por essa mesma razão essa animação tenha sido tão influente ao longo desses anos. É de fato bem diferenciada. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 9 de julho de 2024

Quincy

Título no Brasil: Quincy 
Título Original: Quincy
Ano de Lançamento: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Tribeca Films
Direção: Alan Hicks, Rashida Jones
Roteiro: Alan Hicks, Rashida Jones
Elenco: Quincy Jones, Michael Jackson, Frank Sinatra, Marvin Gaye, Tony Bennett (em imagens de arquivo). 

Sinopse:
Documentário sobre a vida e a obra do produtor musical Quincy Jones. Em uma longa entrevista, ele relembra o começo difícil de sua vida, de garoto pobre, até sua redenção pela música, primeiro como membro de famosas orquestras, passando pela sua fase de produtor onde trabalhou ao lado de alguns dos maiores nomes da música dos Estados Unidos. 

Comentários:
Quincy Jones realmente foi um dos mais importantes produtores musicais da história. Ele produziu discos para grandes artistas, entre eles Michael Jackson e Frank Sinatra. Agora, no alto de seus mais de 90 anos de idade, a Netflix produziu ese documentário para celebrar essa vida tão rica, artisticamente falando. E ele relembra ora com carinho, ora com tristeza, de sua trajetória. Deixa muitos elogios para Frank Sinatra, com quem sempre terá um gesto de gratidão e até mesmo de vários artistas da Motown e do cenário musical de sua época. Só não fala muito de Michael Jackson com quem trabalhou no disco mais vendido da história, Thriller. Durante sua entrevista ele afirmou que Michael roubava músicas de outros artistas, não lhes dando o devido reconhecimento pela autoria delas. Com receio de processo, os produtores desse documentário resolveram cortar essa parte. Não faz mal. De qualquer forma o documentário é mais do que precioso para quem aprecia a história da música norte-americana no século XX. 

Pablo Aluísio.