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sexta-feira, 31 de março de 2023

Os Filmes de Faroeste de John Wayne - Parte 15

A década de 1940 começou, o mundo estava em guerra, mas John Wayne não conseguiu se alistar para lutar na Europa, como muitos de seus colegas atores. Embora existam muitas versões diferentes sobre isso, o mais plausível talvez seja o fator idade. Ele já não tinha a idade certa para entrar nas forças armadas. Ao ficar nos Estados Unidos, o ator acabou tendo acesso a filmes que normalmente não faria, pois os estúdios dariam esses papéis para outros atores. De certa forma foi um lance de sorte em sua carreira, algo que mudaria seu status em Hollywood dali em diante. Exemplos dessa mudança de ares pode ser vista em seus filmes seguintes. 

"O Morro dos Maus Espíritos" era um western muito requintado. Nada parecido com os filmes de faroeste B que o ator vinha aparecendo desde o começo de sua trajetória como ator em Hollywood. A produção era classe A, realmente contando com um roteiro muito bem elaborado, baseado em um best-seller da época. A história tinha um ótimo argumento, lidando com conflitos familiares e a chegada de um estranho misterioso que poderia trazer segredos do passado que deveriam ser esquecidos. Na época o próprio John Wayne declarou que aquele havia sido o melhor personagem de sua carreira. 

Enquanto a segunda guerra mundial devastava a Europa, as coisas só melhoravam para o "Duke" nos Estados Unidos. Os roteiros que eram oferecidos a ele eram primorosos, afinal os estúdios ficaram sem seus principais astros como James Stewart e Clark Gable, pois ambos entraram no esforço de guerra. Até mesmo os que não vestiram farda foram se apresentar no exterior para as tropas americanas que lutavam no front europeu e do Pacífico Sul. 

"Vendaval de Paixões" foi outro grande sucesso de bilheteria de John Wayne. O papel tinha sido preparado para contar com Clark Gable no elenco, mas como ele estava na guerra, o único nome capaz de fazer frente em termos de chamariz de público era justamente o de John Wayne. Com uma produção de encher os olhos, assinada pelo lendário Cecil B. DeMille, Wayne arrancou elogios da crítica e aclamação do público que adorou esse épico romântico ao velho estilo. Cecil B. DeMille, que também dirigiu o filme, disse aos jornais da época que John Wayne iria se tornar o maior nome de Hollywood e conforme os anos foram passando suas previsões se tornaram realmente certeiras. No dez anos seguintes ele realmente se tornaria o mais popular astro do cinema americano. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 30 de março de 2023

As Vidas de Marilyn Monroe - Parte 32

E então Marilyn entrou na fase de maior sucesso de sua carreira. Ela colecionou uma série incrível de grandes sucessos de bilheteria. Praticamente todos os seus filmes entraram na lista dos dez maiores sucessos do ano, muitas vezes conseguindo emplacar dois ou mais filmes nessa mesma lista top 10. Era um sucesso de público realmente espetacular. "O Pecado Mora ao Lado" foi bem simbólico desse período. O filme foi bastante elogiado pela crítica e alguns chegaram a cogitar até mesmo sua primeira indicação ao Oscar pela inspirada interpretação nessa comédia romântica saborosa. 

Marilyn interpretava uma loira de fechar quarteirão que se mudava por alguns dias para o apartamento vizinho ao de um quarentão, cuja esposa tinha ido passar algumas semanas na casa de sua mãe. Claro que um monumento de mulher como aquele iria mexer com esse sujeito bem comum, que ficava caidinho por ela. Situação mais do que delicada. Marilyn aqui caprichou no tipo de papel que sabia fazer muito bem, a da loira de olhos azuis, extremamente bonita, mas obviamente não muito inteligente, chegando ao ponto de ser meio bobinha, embora sua sensualidade estivesse a mil graus! Beleza e ingenuidade, uma combinação explosiva para muitos homens!

O filme se notabilizou também por causa da imagem icônica de uma linda Marilyn Monroe de vestido branco, vendo surpresa suas saias sendo levantadas pelo ar do metrô de Nova Iorque logo abaixo. Para os anos 50 esse tipo de cena sensual era pura dinamite e causou grande furor entre os conservadores (tem gente mais chata no universo do que eles?). Nem preciso dizer que as filas nas portas do cinema só aumentaram depois que o poster do filme foi exibido orgulhosamente pela Fox na Times Square. As fotos da cena também encheram as revistas populares. Era um big hit cinematográfico sem precedentes. 

Depois de todo esse sucesso, Marilyn resolveu exigir do estúdio um maior cachê e um maior cuidado com seus filmes. Queria apenas os melhores diretores e o melhor que a Fox poderia disponibilizar em termos de cinema na época. Ela também exigiu a assinatura de um novo contrato que lhe desse controle total da produção de seus filmes, com direito de escolher pessoalmente os diretores e de vetar qualquer nome do elenco que lhe desagradasse. Como se pode ver, de loira burra ela não tinha absolutamente nada, sabia exigir seus direitos de estrela de cinema. E quando todos pensavam que ela iria ficar em Los Angeles brigando com os executivos da Fox, ela surpreendeu a imprensa e seus fãs ao subir em uma avião para ir morar em Nova Iorque. Queria estudar no Actors Studio, queria melhorar como atriz. Quem poderia criticar a deusa por fazer essa escolha?

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 29 de março de 2023

Elvis Presley - Elvis' Christmas Album - Parte 4

"Here Comes Santa Claus" já era uma música bem antiga quando Elvis resolveu gravar essa sua nova versão. Essa canção na realidade era bem recorrente entre artistas do circuito country. E as pessoas esquecem que foi nesse mesmo circuito que Elvis realizou suas primeiras apresentações. Eu sempre gostei dessa canção. Ela chegou a ser usada em um clip de Natal nos anos 80 pela extinta Rede Manchete. Todo Natal ela entrava na programação, por essa razão eu criei um certo vínculo emocional e sentimental com ela. Muito pueril, mas igualmente muito carismática. 

"Santa Bring My Baby Back (To Me)" novamente traz em sua letra um pedido para o Papai Noel. Para quem anda esquecido das aulinhas de inglês, ele é conhecido nos Estados Unidos como Santa Claus, por isso o nome Santa em seu título. E o pedido dessa vez era para trazer a garota do autor da letra de volta. Se já não bastassem os milhares de presentes para as crianças que o Papai Noel tinha que distribuir na noite natalina, ainda tinha que dar uma de cupido também! Acho que confundiram as funções dos dois personagens!  

"O Little Town of Bethlehem" é muitas vezes creditada como uma música gospel em sua essência. Embora haja diferenças sutis, eu penso que ela seria melhor enquadrada como uma música natalina mesmo. As referências da letra evocam justamente o nascimento de Jesus, que ninguém sabe ao certo em que data se deu, mas que foi convencionada pela Igreja Católica em seus primórdios como tendo sido em dezembro. Historiadores acreditam que ele nasceu mesmo em março, por causa de pequenos detalhes colocados no evangelho. Então agora estaríamos em plena época do Natal! Mas enfim, essa é uma questão que não nos interessa nesse texto. O que vale salientar aqui é a boa performance de Elvis, embora muitos critiquem a canção por ser excessivamente melancólica. 

"Take My Hand, Precious Lord"  faz parte do pacote "Peace in The Valley", ou seja, foi lançada originalmente naquele compacto duplo (EP) que chegou às lojas americanas nos anos 50. Esse foi, não deixo de lembrar, o primeiro trabalho exclusivamente religioso da discografia de Elvis. E isso causou uma certa perplexidade nos jovens e na sociedade da época. Afinal o que estaria fazendo aquele roqueiro rebolativo e com cabelos cheios de brilhantina ao cantar esse tipo de material? Seria alguma gozação com os cristãos da época, os mesmos que o estavam acusando de corromper os bons costumes da juventude? Claro que nao, Elvis era mesmo uma pessoa religiosa, mas nem todo mundo entendeu isso perfeitamente. Nao faltaram acusações infundadas contra o cantor. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 28 de março de 2023

Irmão Contra Irmão

Título no Brasil: Irmão Contra Irmão
Título Original: Saddle the Wind
Ano de Lançamento: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: John Sturges, Robert Parrish
Roteiro: Rod Serling, Thomas Thompson
Elenco: Robert Taylor, Julie London, John Cassavetes, Donald Crisp, Charles McGraw, Royal Dano

Sinopse:
Depois de uma vida como pistoleiro em pequenas cidades do velho oeste, Steve Sinclair (Robert Taylor) decide cuidar de um rancho na Califórnia. E Nesse novo momento de sua vida tudo parece correr certo. Ele trabalha na propriedade rural, tem um pequeno rebanho de gado e consegue viver bem, mesmo que modestamente. Só que tudo muda com a chegada de seu irmão na região. Tony Sinclair (John Cassavetes) abre caminho para uma amarga rivalidade entre irmãos. Quem sairá vencedor desse trágico duelo entre eles?

Comentários:
Eu nunca considerei o ator Robert Taylor muito adequado para estrelar filmes de faroeste. Ele sempre fez mais o tipo galã, com sombras nos olhos para parecer mais bonito nas cenas, além de sempre aparecer com figurinos e cabelos impecáveis nos filmes em que atuava. Era um homem extremamente vaidoso de sua aparência pessoal. Uma imagem que não era condizente com os cowboys e pistoleiros reais que viveram no velho oeste. Mesmo assim ele colecionou bons filmes no gênero, algo inegável de se constatar. Esse filme aqui pode ser considerado um dos melhores de sua longa filmografia. Baseada em uma boa produção do estúdio MGM e contando com a preciosa direção do especialista John Sturges, o filme se destacava mesmo entre os bons filmes de faroeste de sua época (considerada a era de ouro do western americano). O roteiro era muito bom e o elenco estava em momento de graça. Sem dúvida um belo momento do gênero na década de 1950. Por fim uma curiosidade até divertida: muitos brasileiros que gostavam  de cinema na época acreditavam que Robert Taylor era o imrão mais velho de Elizabeth Taylor! Claro que eles não tinham parentesco, apenas usavam o mesmo sobrenome artístico. A confusão era fruto mesmo da falta de informações que havia naquela época em nosso país. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 27 de março de 2023

Tempos Modernos

Título no Brasil: Tempos Modernos
Título Original: Modern Times
Ano de Lançamento: 1936
País: Estados Unidos
Estúdio: Charles Chaplin Productions
Direção: Charles Chaplin
Roteiro: Charles Chaplin
Elenco: Charles Chaplin, Paulette Goddard, Henry Bergman, Tiny Sandford, Chester Conklin, Stanley Blystone

Sinopse:
Carlitos (Charles Chaplin) arranja emprego em uma fábrica de peças industriais. Na linha de montagem descobre que está perdendo aquilo que lhe é mais precioso: sua humanidade. A série de atos repetitivos o transformam quase em uma máquina. Apenas o amor de sua amada poderá resgatar sua alma e seus ricos sentimentos humanos. 

Comentários:
Esse filme é considerado uma das grandes obras-primas de Chaplin. Aqui ele centra seu foco nas condições sub-humanas que os operários de grandes fábricas eram submetidos na época. Seu personagem, o eterno Carlitos, sente na pele como seria desgastante passar horas e mais horas fazendo a mesma coisa, parafusando máquinas, repetindo tudo à exaustão. Quando o filme foi lançado Chaplin declarou: "As condições dos operários é a pior possível. Eles não são máquinas, são seres humanos e seus direitos devem ser respeitados!". Além de sua mensagem de apoio à classe trabalhadora o filme também se notabilizou por ter sido o primeiro filme falado de Chaplin. Ele teve que se render a uma nova realidade no cinema, mas aproveitou para fazer humor com isso também. Quando Carlitos abre finalmente a boca para falar e cantar, tudo o que sai dela são palavras sem o menor sentido. Com essa cena Chaplin quis passar o recado de que o cinema mudo era a verdadeira essência da sétima arte. O cinema falado era algo que ele realmente não tinha o menor apreço. Enfim "Tempos Modernos" é um grande clássico da história do cinema. Mais uma obra de arte cinematográfica assinada pelo gênio Charles Chaplin. 

Pablo Aluísio.

domingo, 26 de março de 2023

Império da Luz

Título no Brasil: Império da Luz
Título Original: Empire of Light
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos; Reino Unido
Estúdio: Searchlight Pictures
Direção: Sam Mendes
Roteiro: Sam Mendes
Elenco: Olivia Colman, Micheal Ward, Colin Firth, Toby Jones, Tom Brooke, Tanya Moodie

Sinopse:
Hilary (Olivia Colman) é uma senhora que trabalha em um cinema no sul da Inglaterra nos anos 80. Sua situação é delicada porque ela tem histórico de problemas de saúde mental e está sempre tentando se manter em uma situação de controle emocional. E ser assediada sexualmente pelo dono do cinema não ajuda em nada sua situação. E tudo complica quando ela se envolve com o novo empregado, um jovem que vai trabalhar naquele cinema. 

Comentários:
Muito bom filme, outro que acabou sendo esnobado injustamente no Oscar. Merecia muitos prêmios, mas a Academia parece firme no seus anseios de premiar porcarias. Aqui temos uma clara homenagem ao cinema de antigamente. O cenário é um bonito cinema no sul da Inglaterra, chamado Empire. Ele já está meio decadente, mas ainda consegue atrair certo eventos como a estreia mundial do filme "Carruagens de Fogo". O foco do filme centra na história dos empregados desse cinema. A protagonista é uma mulher já com certa idade que tenta viver dignamente, algo complicado por causa de seus problemas mentais e do chefe que promove assédio sexual contra ela. Esse personagem asqueroso é interpretado por Colin Firth! Veja que ironia, logo um ator que sempre se destacou por suas atuações de gentlemens e homens finos. É sem dúvida um bom filme, mas em minha opinião o diretor errou ao escolher seu final. O filme deveria terminar na cena em que a protagonista assiste no cinema ao filme "Muito Além do Jardim". Seria o desfecho ideal, mas o filme ainda se arrasta por 10 minutos inúteis, perdendo o lirismo de um final que teria sido perfeito. 

Pablo Aluísio.

Respire Fundo

Título no Brasil: Respire Fundo
Título Original: A Mouthful of Air
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Amy Koppelman
Roteiro: Amy Koppelman
Elenco: Amanda Seyfried, Paul Giamatti, Amy Irving, Olivia Katz, Christian Kutz, Finn Wittrock

Sinopse:
Julie Davis (Amanda Seyfried) é uma jovem mãe que após o nascimento do primeiro filho desenvolve uma grande depressão. E as coisas só pioram quando ela descobre que está novamente grávida, agora de uma filha. Anteriormente ela havia tentado se matar, cortando seus pulsos, e tudo parece voltar. Para piorar, ela tem uma forte resistência em tomar os remédios prescritos, o que pode levar a uma grande tragédia naquela família. 

Comentários:
Esse filme tem uma história de cortar o coração! Lida com temas sensíveis e delicados por si mesmos. O roteiro tem que tratar de maternidade, depressão e suicidio, tudo ao mesmo tempo. Não é fácil. Por essa razão não recomendaria esse filme para todos os tipos de públicos. Há gatilhos psicológicos em sua história, mesmo que eles sejam amenizados o tempo todo pela narrativa que chega a usar elementos infantis, como desenhos animados com personagens coloridos. Só que o tema é tão pesado, o drama que se desenvolve ao redor é tão dramaticamente marcante, que nem isso consegue suavizar o filme como um todo. Em termos de elenco me surpreendi completamente com o trabalho de atuação da atriz Amanda Seyfried. Ela que construiu toda a sua carreira com filmes leves, comédias românticas, aqui interpreta uma personagem tão trágica. Merece todos os elogios. É um ótimo filme, só não espere por um final feliz. 

Pablo Aluísio.

sábado, 25 de março de 2023

Luther: O Cair da Noite

Título no Brasil: Luther: O Cair da Noite
Título Original: Luther: The Fallen Sun
Ano de Lançamento: 2023
País: Reino Unido
Estúdio: BBC Films
Direção: Jamie Payne
Roteiro: Neil Cross
Elenco: Idris Elba, Cynthia Erivo, Andy Serkis, Dermot Crowley, Thomas Coombes, Hattie Morahan

Sinopse:
O detetive John Luther (Idris Elba) cai em uma armadilha. Enquanto um velho inimigo começa a ganhar terreno com seus planos mirabolantes de vingança contra todos os que lhe prejudicaram no passado, o veterano detetive vai parar na prisão - e pelo visto não vai conseguir sair dali pelos meios mais tradicionais. Ele vai ter mesmo que fugir para colocar a situação em sua devida ordem. 

Comentários:
O púbico brasileiro não conhece muito, mas na Inglaterra esse personagem Luther é bem popular, tanto que sua série ficou no ar por longos dez anos. A novidade é que com o cancelamento da série original, o personagem desse detetive foi migrado para um novo formato, o de Longa-Metragem. O filme é bom, bem interessante. O clima em certos aspectos até mesmo me lembrou de Bond, James Bond, só que mais pé no chão. O ator Idris Elba mantém todo o interesse, pois ele é realmente muito bom nesse tipo de personagem. O vilão é interpretado por Andy Serkis, que tem uma chance de mostrar seu trabalho em um filme, sem estar escondido em um personagem digital feito de puro pixel. Talvez seu estilo seja um pouco caricato demais, entretanto dentro da proposta desse filme até que no final tudo se encaixou bem. Pelo visto o detetive seguirá em frente, pois o filme foi bem sucessido em seu lançamento, chegando a liderar a lista dos mais vistos da Netflix.

Pablo Aluísio.

O Fotógrafo de Mauthausen

Título no Brasil: O Fotógrafo de Mauthausen
Título Original: El fotógrafo de Mauthausen
Ano de Lançamento: 2018
País: Espanha
Estúdio: Film Factory
Direção: Mar Targarona
Roteiro: Roger Danès, Alfred Pérez Fargas
Elenco: Mario Casas, Richard van Weyden, Alain Hernández, Stefan Weinert, Eduard Buch, Stefan Weinert

Sinopse:
A história do filme, baseada em fatos reais, mostra um grupo de prisioneiros judeus no campo de concentração alemão de Mauthausen. Eles foram instruídos a queimarem e destruírem todo o material fotográfico que havia sido produzido no campo. A guerra havia virado e os nazistas queriam apagar todas essas provas, mas esse grupo de judeus conseguiu com muita luta salvar os negativos desses registros. 

Comentários: 
O Holocausto foi uma tragédia sem igual na história da humanidade. A máquina de genocídio nazista realmente produziu coisas chocantes e muitas são as histórias importantes que precisam ser resgatadas pela história e pelo cinema, pela cultura em geral. Aqui temos uma história importante envolvendo um jogo de acobertamento promovido pelos nazistas. Eles queriam apagar os rastros de seus crimes, queimando o material fotográfico que havia sido feito no campo de concentração de Mauthausen. Só que um grupo de judeus corajosos conseguiu preservar esse vasto material mostrando os nazistas se vangloriando de seus crimes contra a humanidade. Entre o material havia inclusive fotos do chefe da SS Heinrich Himmler em visita ao local da morte de milhares de judeus. Choca as cenas, como bem podemos esperar. E ainda mais chocante é ver como os nazistas quase escaparam dessa verdadeira destruição de provas. O filme em si não é tão bem produzido como poderia se esperar, mas conta uma história importante que precisa ser conhecida pelas novas gerações. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 23 de março de 2023

Red Rocket

Título no Brasil: Red Rocket
Título Original: Red Rocket
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: A24
Direção: Sean Baker
Roteiro: Sean Baker, Chris Bergoch
Elenco: Simon Rex, Bree Elrod, Suzanna Son, Brittney Rodriguez, Judy Hill, Brenda Deiss

Sinopse:
Mikey (Simon Rex) volta para sua cidade natal do Texas após viver muitos anos fazendo filmes adultos na Califórnia. Volta para a casa de sua ex-mulher e sua sogra que o conhecem muito bem, sabem que vem confusão pela frente. Ele tenta se adaptar novamente na vida de interior, mas é complicado, principalmente porque não tem emprego para ninguém por ali. Não demora muito passa a vender maconha e fica apaixonado por uma linda jovem que trabalha numa pequena loja de doces. 

Comentários:
Tecnicamente esse filme nem é uma comédia, mas vocè certamente vai dar algumas boas risadas nervosas ao assisti-lo, justamente por causa do protagonista, um sujeito bem sem noção. Ele volta para sua cidadezinha natal no Texas após viver por longos anos em Los Angeles. Ganhava a vida fazendo filmes pornôs. Quebrado e sem dinheiro, ele precisa arranjar algum trabalho, mas quem vai dar emprego para ele? Ainda mais naquele lugar onde a maioria da população também é desempregada. Então ele passa a vender baseados de maconha na vizinhança, ao mesmo tempo em que fica apaixonado por uma linda garota que vende rosquinhas em uma loja perto de sua casa. E ele pensa em levá-la para Los Angeles, para fazer filmes adultos! E a garota que parece um anjo, também é meio maluquinha! Enfim só vendo a maluquice do filme para acreditar. De minha parte gostei bastante. Mostra um lado da América pobre que muita gente ignora, a dos jovens que tentam qualquer coisa, uma saída para ganhar a vida! E salve-se quem puder! 

Pablo Aluísio.

Crack: Cocaína, Corrupção e Conspiração

Título no Brasil: Crack: Cocaína, Corrupção e Conspiração
Título Original:  Crack: Cocaine, Corruption & Conspiracy
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Stanley Nelson
Roteiro: Stanley Nelson
Elenco: Ronald Reagan, Nancy Reagan, Bill Clinton, George Bush, Oliver North, Elizabeth Hinton

Sinopse:
Documentário da Netflix mostrando a chegada do crack nas ruas das principais cidades norte-americanas durante a década de 1980. A nova droga, um subproduto químico da cocaína, devastou as periferias. Altamente viciante aterrorizou as comunidades pobres do país. Uma nova situação social para o qual o governo não estava preparado. 

Comentários:
O crack chegou nos Estados Unidos nos anos 80 e foi uma explosão dentro daquela sociedade. Viciou milhões de pessoas e trouxe para os pobres os efeitos mais devastadores da própria cocaína que era considerada uma droga de ricos por causa de seu alto valor. Feito do lixo da coca, o crack era acessível aos mais pobres e essa foi uma combinação explosiva. Ao mesmo tempo o documentário mostra como o governo Reagan foi pego de surpresa. Pior do que isso, o próprio governo estava envolvido numa operação ilegal chamada "Contras da Nicarágua" que usou inclusive o tráfico de cocaína como arma de guerra contra o governo socialista que se instalava naquele pequeno país da América Central. Ou seja, tudo estava errado, no lugar errado, na pior época possível. Não é de se admirar que o tráfico de drogas, do crack, tenha obtido tanto sucesso nas ruas das grandes cidades. Uma verdadeira tragédia social que segue até os dias atuais . 

Pablo Aluísio.

Hot Girls Wanted

Título no Brasil: Hot Girls Wanted 
Título Original: Hot Girls Wanted 
Ano de Lançamento: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Two to Tangle Productions
Direção: Jill Bauer, Ronna Gradus
Roteiro: Brittany Huckabee
Elenco: Tressa Silguero, Riley Reynolds, Rachel Bernard, Lucy Tyler, Farrah Laurel Abraham, Sasha Grey

Sinopse:
Este documentário da Netflix acompanha um grupo de garotas de 18 anos de idade rumo a Miami, considerada a atual capital norte-americana da pornografia. Elas querem trabalhar com conteúdo adulto na internet.

Comentários:
Eu fiquei muito surpreso com esse documentário, porque ele mostra uma realidade bem fugaz. Eu sou de um tempo em que a carreira de uma atriz no mercado adulto durava em média de 5 a 6 anos. Hoje em dia, como vemos neste documentário, a carreira delas dura no máximo 3 meses! É um absurdo completo, uma alta rotatividade de meninas que vão para esse lado obscuro em busca de trabalho e independência pessoal. O curioso desse documentário é que ele mostra uma dessas garotas e seus problemas familiares. Os pais, obviamente, ficam chocadas ao saberem que ela participou de algo assim. Pior fica o namorado tentando convencê-la a não voltar para a pornografia! São mulheres muito jovens e, na maioria das vezes, não possuem a maturidade suficiente para jogar esse jogo. Eu achei bem interessante o documentário e recomendo para quem está interessado em descobrir os bastidores desse mundo.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 22 de março de 2023

Elvis Presley - King Creole - Parte 3

A gravação da música "Crawfish" trouxe uma novidade dentro da discografia de Elvis. Era a primeira vez que o cantor dividia os microfones com uma cantora. Acontece que o Coronel Parker era completamente contrário a Elvis realizar duetos em seus discos. Na visão do empresário isso diminuía Elvis, o seu prestígio como artista. Elvis deveria vender discos apenas com seu talento, sem precisar de ninguém. Era um tipo de orgulho sem sentido que o Coronel trazia dos seus dias de homem de circo, de gerenciador de artistas de parques de diversões. Uma coisa até mesmo bizarra se formos analisar bem.

Só que no caso dessa canção não havia outra alternativa. Elvis cantava a bela música em uma sacada em New Orleans enquanto uma senhora negra passava pela rua vendendo lagostim. Ela anunciava seus produtos à venda cantando, ao qual o personagem de Elvis respondia, também cantando. Uma bela cena, evocativa do dia a dia daquela cidade, de seus vendedores ambulantes e dos hábitos culinários da região. Quando foi a hora de decidir se a música traria ou não a participação da cantora Kitty White no álbum, o Coronel tentou tirar a participação dela da trilha sonora. Só que isso iria deixar a música sem sentido. Assim a RCA e a Paramount Pictures decidiram que ela estaria sim no disco e como eles mandavam por questões contratuais, a decisão foi mantida. Sabiamente ninguém deu ouvidos aos absurdos do Coronel. Até porque isso também poderia ser interpretado como uma questão de racismo, o que iria pegar muito mal perante os fãs de Elvis.

De todas as músicas de "King Creole" a única que Elvis levou em frente na sua carreira foi "Trouble". Ela inclusive iria ter uma importância incrível dentro do NBC TV Special em 1968. De fato é uma canção com vida própria, que poderia ser mesmo aproveitada dentro da carreira de Elvis dissociada desse filme e do contexto onde ela era apresentada no cinema. A letra também era ideal para o personagem de Elvis em "Balada Sangrenta", uma vez que ele tinha seu lado sombrio, vinculado ao submundo do crime em New Orleans. Aliás os únicos personagens de Elvis no cinema que tinham esse lado mais perigoso e criminal eram justamente o Danny de "King Creole" e o Vince de "Jailhouse Rock", não por acaso seus papéis mais fortes na sétima arte.

"As Long As I Have You" é uma boa balada do disco. Não teve muito uso fora da trilha sonora do filme. Todos os filmes de Elvis tinham sua dose de canções românticas. Fazia parte do pacote, afinal naqueles tempos os filmes de Elvis poderiam ser considerados como romances musicais (em alguns casos, comédias musicais), onde seus personagens invariavelmente tinham que cortejar a mocinha do filme, namorar com ela, tudo para encantar seu público feminino na época que no caso era formado nessa fase de sua carreira por uma imensa maioria de adolescentes. Fazia parte dos roteiros ter sempre uma ou mais cenas românticas onde essas baladas se encaixavam perfeitamente bem.

Pablo Aluísio.

Terror Atômico

Título no Brasil: Terror Atômico
Título Original: Danger Woman
Ano de Lançamento: 1946
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Lewis D. Collins
Roteiro: Josef Mischel
Elenco: Don Porter, Brenda Joyce, Patricia Morison, Milburn Stone, Samuel S. Hinds, Kathleen Howard

Sinopse:
Um cientista especialista em energia nuclear, que foi um dos cérebros por trás da bomba atômica, agora trabalha na iniciativa privada, tentando adaptar a energia atômica para fins comerciais. Um dia, sua esposa há muito afastada - que o abandonou anos antes e se envolveu com uma série de namorados - aparece alegando querer uma reconciliação, mas logo o cientista se encontra no centro do que parece ser um trama para roubar seus segredos.

Comentários:
Numa primeira vista pode parecer mais um daqueles típicos filmes B da Universal daqueles anos hoje distantes, com monstros atômicos gigantes destruindo as cidades feitas de papelão. Para minha surpresa o roteiro até tenta levar para um lado mais sério da trama, apostando até mesmo em aspectos sutis dos relacionamentos dos principais personagens, algo inesperado em um filme como esse, vamos convir. Não podemos nos esquecer que nessa época os filmes Sci-Fi tinham um ingrediente sempre presente que era o temor e a paranoia em relação a tudo que fosse nuclear. Era uma tecnologia nova, perigosa e de certa forma desconhecida, ideal para que os roteiristas explorassem esse medo do inconsciente coletivo. O destaque no elenco vai para Patricia Morison, uma atriz especializada na época em interpretar mulheres fatais. A carreira dela não foi muito longe pois ela resolveu abandonar o cinema. Curiosamente teve uma vida longa só falecendo em 2018, com mais de 100 anos de idade! 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 21 de março de 2023

Encontro com o Diabo

Título no Brasil: Encontro com o Diabo
Título Original: The Big Land
Ano de Lançamento: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Gordon Douglas
Roteiro: Frank Gruber, David Dortort
Elenco: Alan Ladd, Virginia Mayo, Edmond O'Brien, Anthony Caruso, Julie Bishop, John Qualen

Sinopse:
Após a Guerra Civil, a amargura permaneceu entre sulistas e nortistas. A fim de abastecer as cidades do leste com carne bovina, os ex-confederados do Texas levam seus rebanhos para as ferrovias. Depois de uma longa e difícil viagem de gado pelas Bad Lands, o ex-oficial confederado Chad Morgan (Alan Ladd) e seus parceiros chegam a uma ferrovia no Missouri, onde um comprador de gado corrupto e seu grupo de pistoleiros se oferecem para comprar os rebanhos dos texanos por uma quantia irrisória. Não demora muito e uma situação de conflito surge entre todos eles.

Comentários:
Depois do sucesso do filme "Os Brutos Também Amam" o ator Alan Ladd iria retornar ao gênero western, mais cedo ou mais tarde. E o fez em grande estilo com esse filme realmente muito bom. Seu personagem seguia na mesma linha, era um cowboy calmo, cortês, educado, até mesmo fino e elegante ao seu próprio modo, mas que sabia agir com armas de fogo quando isso se tornava necessário. Ele é um criador de gado, homem íntegro e honesto, que acaba tendo que lidar com um bando de facínoras que está obviamente de olho em sua manada. Se der o passo errado e mostrar algum tipo de fraqueza, será morto e seu gado roubado. O roteiro do filme, muito bom aliás, deixa claro que apesar do fim da guerra civil os problemas entre nortistas e sulistas continuavam, pois todos estavam à flor da pele, prestes a explodir em acessos de fúria e violência extrema, ao menor sinal de provocação mútua. Além disso os sulistas se ressentiam demais por terem perdido a guerra, o que tornava tudo ainda mais explosivo. Um excelente filme de western. Ótimo item para se ter em sua coleção pessoal de filmes de faroeste clássico. 

Pablo Aluísio.


Ninho de Águias

Título no Brasil: Ninho de Águias
Título Original: Screaming Eagles
Ano de Lançamento: 1956
País: Estados Unidos
Estúdio: Allied Artists Pictures
Direção: Charles F. Haas
Roteiro: Robert Presnell Jr, Virginia Kellogg
Elenco: Tom Tryon, Edward G. Robinson Jr, Jan Merlin, Alvy Moore, Jacqueline Beer, Ralph Votrian

Sinopse:
Ninho de Águias é um drama histórico de guerra sobre paraquedistas da 101ª Divisão Aerotransportada lutando durante a Invasão do Dia D em junho de 1944, em plena virada da Segunda Guerra Mundial. Screaming Eagles era o apelido da Divisão, dado pelos próprios soldados. Roteiro baseado em fatos históricos reais ocorridos durante o maior conflito bélico da história da humanidade.

Comentários:
Bom filme de guerra que tenta ser o mais historicamente preciso. Contou inclusive com a ajuda de alguns veteranos que realmente estavam no front de guerra, servindo exatamente na divisão retratada na produção. O tom obviamente é bem patriótico e em certos casos até ufanista. Afinal a Segunda guerra mundial foi uma guerra justa, quando os americanos lutaram contra o fascismo e o nazismo que tentavam dominar o mundo. O clima mais realista e ácido que iria predominar nos filmes de guerra do futuro só viriam após o desastroso envolvimento dos Estados Unidos na guerra do Vietnã. Aqui todos os personagens são tratados como verdadeiros heróis, o que efetivamente foram na história real retratada pelo roteiro desse filme, que é muito bem escrito. Mostra a importância das divisões de paraquedistas que eram enviadas até mesmo para combater atrás das linhas inimigas em operações de alto risco estratégico e elevado custo humano pois as baixas costumavam ser bem elevadas.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 20 de março de 2023

Nefertiti, a Rainha do Egito

Título no Brasil: Nefertiti, a Rainha do Egito
Título Original: Nefertite, regina del Nilo
Ano de Lançamento: 1961
País: Itália 
Estúdio: Max Pictures
Direção: Fernando Cerchio
Roteiro: John Byrne, Fernando Cerchio
Elenco: Jeanne Crain, Vincent Price, Edmund Purdom, Amedeo Nazzari, Liana Orfei, Carlo D'Angelo

Sinopse:
Essa produção italiana rodada nos grandes estúdios Cinecittà  em Roma conta a história da famosa rainha do Egito Nefertiti. Dona de uma beleza espetacular, ele se tornou uma das mulheres mais poderosas do mundo antigo, dominando vastos territórios por toda a África e Oriente Médio 

Comentários:
Depois que Cleópatra foi produzida e causou toda aquela comoção no mundo do cinema, os produtores se apressaram em ir atrás da histórias de outras rainhas do Egito antigo. Essa figura histórica era uma das mais cotadas e realmente fizeram um bom filme sobre essa soberana do mundo antigo. Até porque o cinema italiano tinha mais ferramentas para contar essa história. Em Roma havia grandes estúdios de produções de filmes épicos, tanto que até mesmo produções americanas eram filmadas por lá. O filme assim tinha o que era preciso para ser realizado. E considero um bom épico sobre o Egito dos faraós, inclusive contando com um bom elenco de apoio com nomes conhecidos como o Rei do Terror no cinema norte-americano, ninguém menos do que Vincent Price. Em conclusão temos aqui um bom filme. Claro que o roteiro é bem romantizado, para que o enredo funcione melhor nas teas de cinema. A fidelidade histórica é deixada em segundo plano, até porque não se sabe muito sobre essa rainha. Ela ficou muito popular por causa do belo busto que foi encontrado nas areias do deserto e que está reproduzido no poster do filme. 

Pablo Aluísio.

O Vale das Mil Montanhas

Título no Brasil: O Vale das Mil Montanhas
Título Original:  Nor the Moon by Night
Ano de Lançamento: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Lopert Pictures Corporation
Direção: Ken Annakin
Roteiro: Joy Packer, Guy Elmes
Elenco: Belinda Lee, Michael Craig, Patrick McGoohan, Eric Pohlmann, Pamela Stirling, Joan Brickhill

Sinopse:
Em uma reserva nas regiões do sul da África dos anos 1950, o guarda florestal sênior Andrew Miller, auxiliado por seu irmão mais novo, Rusty Miller, e alguns soldados, cuida do bem-estar dos animais selvagens. Andrew protege a reserva contra caçadores furtivos e cuida dos animais feridos com a ajuda de um veterinário. Ele também espera que sua noiva, Alice Lang, o visite da Inglaterra, após um longo relacionamento, com o possível objetivo de se casar. 

Comentários:
Não é de hoje que o continente africano exerce uma forte atração no cinema americano. Os chamados filmes de safáris eram bem populares nos anos 1950. E aqui temos um exemplar típico desse estilo de cinema de aventuras. O grande destaque do filme não vem apenas das belezas naturais africanas, com seus animais exóticos e lindas paisagens como cachoeiras selvagens e vales indomáveis. A beleza feminina também foi um grande chamariz para o público com destaque para a rainha da beleza Belinda Lee. Realmente essa atriz era uma beldade e tanto, uma beleza clássica de encher os olhos. Não é de se admirar que a publicidade do filme tenha usado tanto sua imagem para vender o filme e atrair a atenção do público essencialmente masculino que foi aos cinemas para conferir suas belas curvas e rosto perfeito. Como se dizia nos anos 50, ela era um broto! 

Pablo Aluísio.

domingo, 19 de março de 2023

Agente Elvis

Título no Brasil: Agente Elvis
Título Original: Agent Elvis
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Fletcher Moules, Gary Ye
Roteiro: Mike Arnold, Priscilla Presley
Elenco: Matthew McConaughey, Johnny Knoxville, Don Cheadle, Priscilla Presley, Christina Hendricks, Kaitlin Olson 

Sinopse:
A animação traz aventuras com o Rei do Rock Elvis Presley. Ele enfrenta vilões e personagens conhecidos da história norte-americana. E nesse processo se encontra com gente como Nixon, os Beatles, Charles Manson e até o excêntrico bilionário Howard Hughes. 

Comentários:
Chegou  na Netflix nessa semana essa nova animação trazendo Elvis Presley como personagem principal. Muitos fãs reclamaram dizendo que a animação era violenta demais, com enredos bizarros e até mesmo nada condizentes com a memória de Elvis. São argumentos justificáveis, só que a questão está sendo analisada pelo ponto de vista errado. O homem Elvis se foi. O que ficou é sua imagem dentro da cultura pop. E dentro desse caldeirão vale tudo, inclusive esse tipo de adaptação animada. Eu particularmente achei tudo muito divertido, inclusive as diversas referências culturais e históricas que muita gente não vai pegar. Não é uma animação para crianças, mas sim para adultos e que tenham alguma bagagem cultural para entender todas as sacadas do roteiro. Um exemplo vem na cena do segundo episódio em que Elvis tem uma espécie de alucinação no palco e passa a lutar karatê. É uma referência a um clássico filme de Frank Sinatra. Algum jovem vai entender a piada? Acredito que não. De qualquer forma o programa está aí e para ser sincero tem um humor ácido que é bem de acordo com os tempos atuais. 

Pablo Aluísio.

Castlevania

Título no Brasil: Castlevania
Título Original: Castlevania
Ano de Lançamento: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Sam Deats, Adam Deats
Roteiro: Warren Ellis
Elenco: Graham McTavish, Richard Armitage, James Callis, Alejandra Reynoso, Adetokumboh M'Cormack

Sinopse:
Após a perda de sua esposa e com o peso de séculos de existência, o Conde Drácula quer vingança contra todos os que lhe prejudicaram no passado, só que para isso vai ter que enfrentar seu próprio filho e o último descendente de um milenar clã familiar de caçadores de vampiros 

Comentários:
Outra boa dica de animação da Netflix vem com esse Castlevania. Comecei a assistir meio por acaso, pesquisando na plataforma o nome Drácula. Estava em busca de clássicos e filmes antigos sobre o personagem e acabei caindo por aqui. Gostei do clima, das histórias e da própria animação, pois o trabalho dos animadores é de primeira linha. Os episódios são curtinhos, coisa de 25 minutos de duração, então em menos de duas horas você conseguirá assistir toda uma temporada. O Drácula é um daqueles personagens que nunca desaparecem. Aqui ele está cansado, mas ainda furioso, querendo se vingar de toda a  humanidade. Não vai ser fácil pois seu pior inimigo pode ter laços de sangue com o mitológico vampiro da noite. O roteiro apresenta algumas novidades que podem incomodar os mais puristas como um castelo de Drácula que muda de lugar, viajando pelo tempo e espaço. Deixe isso pra lá. Curta a animação pelo que ela tem de melhor. 

Pablo Aluísio.

sábado, 18 de março de 2023

Os Banshees de Inisherin

Título no Brasil: Os Banshees de Inisherin
Título Original: The Banshees of Inisherin
Ano de Lançamento: 2022
País: Reino Unido, Estados Unidos
Estúdio: Searchlight Pictures
Direção: Martin McDonagh
Roteiro: Martin McDonagh
Elenco: Colin Farrell, Brendan Gleeson, Kerry Condon, Pat Shortt, Barry Keoghan, David Pearse

Sinopse:
Pádraic (Colin Farrell) e Colm Doherty (Brendan Gleeson) são amigos, dados como melhores amigos em uma pequena vilazinha localizada numa ilha da costa da Irlanda. Pádraic é leiteiro, homem simples, vive com seus animais em uma pequena propriedade rural. Doherty tem maiores pretensões intelectuais e artísticas, toca violino e sonha em escrever uma grande música antes de morrer. E de repente, a amizade deles acaba, o que vai mexer com a vida de praticamente todos os moradores daquela região. 

Comentários:
Mais um bom filme que foi esnobado pelo Oscar. Concorreu em várias categorias e saiu de mãos abanando. Provavelmente se fosse um filme mequetrefe seria premiado fartamente. Mas deixemos isso de lado. O verdadeiro valor desse roteiro vem da valorização dos sentimentos humanos. A historia se passa em uma pequena comunidade localizada em uma ilha na costa da Irlanda. Um lugar onde poucas pessoas moram. O leiteiro interpretado pelo ator Colin Farrell fica indignado depois que seu principal amigo na ilha deixa de falar com ele. Imagine, ter um amigo ali é importante. É uma comunidade rural, nem tem tantas pessoas assim para se fazer uma boa amizade. A amizade é um aspecto de muito valor. Estamos falando de cem anos atrás quando a história se passa. Então o filme desenvolve essa rejeição inexplicável que nasce entre uma amizade de longos anos, construída ao longo do tempo em conversas sem fim no pub da pequenina vila. Eu gostei de tudo nesse filme. Elenco excelente, roteiro humano e inteligente, com finos toques de humor negro. Em suma, um excelente filme dessa safra. E por ser bom demais, claro, não iria ganhar mesmo nenhum Oscar! Sinal dos novos tempos! 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 17 de março de 2023

O Enfermeiro da Noite

Título no Brasil: O Enfermeiro da Noite
Título Original: The Good Nurse
Ano de Lançamento: 2022 
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Tobias Lindholm
Roteiro: Charles Graeber, Krysty Wilson-Cairns
Elenco: Eddie Redmayne, Jessica Chastain, Denise Pillott, Dartel McRae, Myra Lucretia Taylor, Jesus-Papoleto Melendez

Sinopse:
O filme conta a história de um psicopata, um serial killer, que é contratado para trabalhar como enfermeiro em um novo hospital. O problema é que ele tem um histórico sinistro de pacientes mortos de forma misteriosa nos demais hospitais anteriores por onde passou. E agora as mortes recomeçam, causando um clima de acobertamento pelo novo hospital. Apenas a coragem de uma enfermeira poderá desvendar completamente as mortes. 

Comentários:
A história do filme é baseada em fatos reais, o que torna tudo o que se vê na tela ainda mais terrível. Afinal o que seria mais conveniente para um serial killer do que ter acesso a pessoas extremamente vulneráveis, expostas em uma cama de hospital? E ainda mais atuando em uma profissão de extrema confiança como um enfermeiro, com acesso a drogas e remédios que ministrados da forma inadequada levariam esses mesmos pacientes à morte. Uma situação explosiva e ainda mais perigosa quando se percebe que muitos hospitais esconderam tudo com medo de processos milionários na justiça. Outro aspecto muito interessante desse filme vem da personagem interpretada pela excelente atriz Jessica Chastain. Ela tem um sério problema de coração, teme morrer e deixar sua filha pequena desamparada, mesmo assim consegue reunir coragem para colaborar com os policiais que investigam o caso. Nesse tipo de situação descobrimos as verdadeiras heroínas de nossa sociedade. 

Pablo Aluísio.

Coisas para se Fazer em Denver Quando Você Está Morto

Título no Brasil: Coisas para se Fazer em Denver Quando Você Está Morto
Título Original: Things to Do in Denver When You're Dead
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Gary Fleder
Roteiro: Scott Rosenberg
Elenco: Andy Garcia, Christopher Walken, Christopher Lloyd, Steve Buscemi, William Forsythe, Treat Williams

Sinopse:
Sujeito inescrupuloso e canalha contrata um bando de criminosos de baixo clero para fazer um servicinho sujo para ele. Eles devem dar uma surra homérica em um cara que está lhe causando problemas familiares. Não para matar, não para aleijar, apenas uma surra bem dada, para ele se ligar com quem está se metendo. Só que o plano criminoso que parece ser simples foge do controle. 

Comentários:
Filme que assisti ainda nos tempos do VHS, em plenos anos 90. Fez até um bom sucesso nas locadoras e ganhou até mesmo uma áurea de cult movie quando foi lançado. Começa com um sujeito que contrata um bando de criminosos para dar uma surra em um de seus desafetos. Coisa simples, nada demais. Apenas uma advertência em ritmo de socos e chutes. Só que como sempre acontece nesse tipo de situação, a coisa toda foge do controle e escamba para o caos generalizado. O elenco é muito bom, sendo liderado pelo ator Andy Garcia, um sujeito de classe, de origem cubana que sempre se saiu bem em suas produções, mesmo quando era um mero coadjuvante. Ele havia se destacado como coadjuvante em O Poderoso Chefão III e Os Intocáveis, então o estúdio começou a investir em sua carreira como astro principal. Essa foi uma tentativa. Um filme bom, que apesar de não ter sido um sucesso de bilheteria nos cinemas, certamente ainda é lembrado hoje em dia por quem aprecia bons filmes daquela boa década de 90. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 16 de março de 2023

Tár

Título no Brasil: Tár
Título Original: Tár
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Focus Features
Direção: Todd Field
Roteiro: Todd Field
Elenco: Cate Blanchett, Noémie Merlant, Nina Hoss, Sophie Kauer, Sylvia Flote, Mark Strong

Sinopse:
Lydia Tár (Cate Blanchett) trabalha regendo uma das maiores orquestras do mundo, a filarmônica de Berlim. Maestra consagrada, professora de uma das escolas mais prestigiadas do universo musical, a Juilliard School, ela vê sua vida virar de ponta cabeça após o suicídio de uma ex-instrumentista que trabalhou ao seu lado. Ao que tudo indica tiveram um romance e isso cai como uma bomba em sua reputação e integridade de profissional séria e respeitada. 

Comentários:
O Oscar deixou de ser uma premiação técnica para ser apenas uma premiação política e ideológica. O maior exemplo disso veio com a não premiação da atriz Cate Blanchett. Ela está maravilhosa nesse filme, um verdadeiro show de atuação, mas apesar de seus méritos, não levou o Oscar para casa. Ela se dedicou de corpo e alma para interpretar esse papel. Fez cursos intensivos para aprender alemão e piano, além do peso de decorar falas complexas, extensas e de natureza técnica e culta. Isso adiantou de alguma coisa para a Academia? Infelizmente não! Por uma questão puramente política premiaram a outra atriz de um filme que eu considero completamente mixuruca. De qualquer maneira ela levou o prêmio de reconhecimento popular, pois nas redes sociais não se falava de outra coisa, da injustiça que sofreu. Essa personagem é um presente, uma personalidade complexa e cheia de nuances psicológicas. Uma mulher que luta contra seus instintos e sentimentos mesmo sendo bastante inteligente e preparada do ponto de vista intelectual. Apenas uma grande atriz como Cate Blanchett poderia interpretá-la adequadamente. Em minha visão foi o melhor trabalho de atuação feminina do ano. Uma atuação imperdível. Digno de todos os aplausos do público e da crítica. Bravo! 

Pablo Aluísio.

Loucademia de Polícia 5

Título no Brasil: Loucademia de Polícia 5: Missão Miami Beach
Título Original: Police Academy 5: Assignment: Miami Beach
Ano de Lançamento: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros.
Direção: Alan Myerson
Roteiro: Neal Israel, Pat Proft
Elenco: Bubba Smith, David Graf, Michael Winslow, Leslie Easterbrook, Marion Ramsey, Janet Jones

Sinopse:
De fato, parece que algumas pessoas nunca aprendem, e depois do recente fiasco do conivente Capitão Harris em Loucademia de Polícia 4: O Cidadão se Defende (1987), mais uma vez, o sorrateiro oficial quer assumir o cargo do idoso Comandante Lassard. Desta vez, a oportunidade perfeita surge na forma da prestigiosa convenção "Police Officer of the Decade" na ensolarada Miami Beach, para comemorar a dedicação de Lassard à força policial.

Comentários:
Eu me recordo de ver esse filme em cartaz no velho cinema municipal da minha cidade nos anos 80. As pessoas hoje em dia nem tem noção disso, mas esses filmes foram todos lançados em um curto espaço de tempo. A ganância dos produtores dessa franquia era algo vergonhoso e até mesmo constrangedor. Mal um filme saía de cartaz e já vinha outro para ser lançado nos cinemas. E o mais curioso de tudo é que eles eram lucrativos. O estilo do humor faz lembrar Os Trapalhões dos anos 80. Nada muito inteligente ou sofisticado, algo mais direcionado para crianças e adolescentes, o que não impedia do filme gerar lucros e mais lucros para seus realizadores. Enquanto houvesse grana nas bilheterias haveria jogo por parte do estúdio. Nesse quinto filme parte do elenco principal já tinha deixado a franquia, talvez pela vergonha de ainda participar de algo assim. Isso deu espaço para outros atores e personagens que estavam sempre à sombra, mas nem isso deu muito fôlego para os filmes que em breve deixariam de ser produzidos. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 15 de março de 2023

Elvis Presley - Elvis' Christmas Album - Parte 3

"Silent Night" é a nossa velha e conhecida "Noite Feliz". Impossível não conhecer, pelo menos se você conhece a tradição das músicas de natal. Isso tudo é fruto de uma época mais inocente, de um mundo que não existe mais. Não consigo imaginar um rockstar ou um popstar incluindo uma canção como essa em um disco nos dias atuais. Seria logo chamado de brega e coisas piores. Uma pena essa mentalidade. A música é linda e tem uma melodia que gruda em sua mente para nunca mais esquecer. 

"Blue Christmas" seria utilizada por Elvis onze anos depois dessa gravação original. O Coronel Parker colocou na cabeça que o especial de TV que Elvis iria realizar na NBC em 1968 deveria ser um especial de natal. Elvis deveria entrar vestido de Papai Noel no palco, distribuir presentes para crianças e entre um e outro presente distribuído ele iria cantar suas músicas natalinas. A NBC achou a ideia absurda e até mesmo idiota. Ainda bem que dessa vez Elvis não embarcou nas maluquices do Coronel. O NBC TV Special seria um sucesso justamente por não ir por esse caminho. Só que para não desagradar completamente Parker, a NBC concordou em encaixar uma canção natalina. Justamente essa que aqui estou comentando. Uma boa música, caiu bem. 

"I'll Be Home for Christmas" fala em voltar para casa, para o lar, no natal. Em 1957, no mesmo ano em que essa faixa foi gravada, Elvis comprou a mansão Graceland. Ele tinha 22 anos de idade e foi nesse natal que passou justamente as primeiras festividades natalinas ao lado de seus pais em Graceland. Foi o primeiro natal na sua querida casa. O mundo parecia belo e tudo corria bem para ele. Tinha uma carreira de sucesso, estava ao lado de sua querida mãe Gladys e o futuro parecia muito promissor. Sem dúvida o natal de 1957 foi muito feliz para ele, claro com esse álbum natalino tocando ao fundo enquanto Elvis recebia todos os seus convidados para uma ceia de natal que nunca mais iria esquecer. 

"I Believe" é uma musica gospel e não fez parte das gravações originais desse disco natalino. Na verdade ela foi colocada no álbum para completar o tempo do disco. A gospel music faz parte mesmo do EP Peace in The Valley, só com músicas religiosas, o primeiro trabalho gospel da carreira de Elvis. Como natal é Jesus e Jesus é natal, a RCA resolveu encaixar tudo no lado B, afinal apesar dos esforços, Elvis não conseguiu gravar material suficiente para todo um LP. A RCA então deu seu jeito para o disco ser completado. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 14 de março de 2023

A Morte de Audie Murphy

A Morte de Audie Murphy
Herói de guerra e astro de cinema, de filmes de faroeste, o ator Audie Murphy encontrou seu destino final quando o avião onde estava bateu no alto de uma montanha em Roanoke, no estado norte-americano da Virginia. Ele estava viajando ao lado de seis empresários da construção civil. Audie estava procurando por uma nova atividade produtiva para financiamento após sua carreira no cinema entrar em declínio. Ele havia cumprido seu longo contrato com a Universal Pictures e após isso o estúdio não teve muito interesse em renovar o acordo. Os tempos eram outros e os filmes de western já não eram tao lucrativos como no passado. 

O ator também passava por sérios problemas pessoais. Após o divórcio de sua primeira esposa, a atriz Wanda Hendrix, as coisas iam mal. Ela levou grande parte de sua fortuna ganha em mais de dez anos de carreira no cinema. Para complicar ainda mais sua situação, sua nova jovem esposa, a aeromoça Pamela Murphy, também havia investido mal o dinheiro que sobrara. Sem alternativas, o ator decidiu entrar com um processo para declarar sua falência pessoal. Isso lhe daria tempo para tentar levantar sua vida, procurar por novos caminhos. Era o que ele estava tentando fazer quando entrou naquele avião. 

Ele mesmo havia fretado o bimotor para fazer uma viagem de 80 quilômetros, saindo de Atlanta em direção a uma cidade onde o ator pretendia investir seus recursos numa fábrica de construção de equipamentos metálicos usados nas construções de casas e hotéis. Junto a ele viajava seis empresários que também tinham a intenção de investir no novo empreendimento. 

O avião decolou sem problemas de Atlanta, mas quando passava pelos arredores das montanhas rochosas encontrou mau tempo pela frente. Segundo investigações policiais, o que ocorreu foi que o piloto Herman Butler provavelmente perdeu sua capacidade de visualização ao redor do avião quando sobrevoava essas altas montanhas. A incapacidade de ver em frente causou o acidente. O avião bateu de frente com a montanha Brush. Com a forte colisão a aeronave imediatamente explodiu. Todos os tripulantes e passageiros, inclusive Audie Murphy, tiveram morte instantânea. Chegava ao fim a vida do militar norte-americano mais condecorado da segunda guerra mundial e também um querido ídolo das matinês dos filmes de western. Audie Murphy morreu no dia 28 de maio de 1971. Ele tinha 45 anos de idade e deixou um casal de filhos adolescentes. Ele foi sepultado no cemitério nacional de Arlington para veteranos de guerra, em Washington, DC. 

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 13 de março de 2023

A Dama de Shanghai

Título no Brasil: A Dama de Shanghai
Título Original:  The Lady from Shanghai
Ano de Lançamento: 1947
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Orson Welles
Roteiro: Sherwood King, Orson Welles, William Castle
Elenco: Rita Hayworth, Orson Welles, Everett Sloane, Glenn Anders, Ted de Corsia, Erskine Sanford

Sinopse:
Bela mulher, de moralidade mais do que questionável, se envolve ao lado do marido, um advogado enrolado com atos de corrupção, e um marinheiro com ampla fica criminal, na morte de uma pessoa que eles querem ver eliminada. E isso será o começo de uma série de fatos criminosos que eles não terão mais controle conforme o tempo for passando. 

Comentários:
Esse filme quase não foi produzido. A razão é que nenhum grande estúdio queria mais contratar Orson Welles. Ele era considerado um diretor muito complicado de se trabalhar, ao mesmo tempo seus filmes não faziam sucesso de bilheteria. Assim foi necessário contar com o apoio de uma pequena companhia cinematográfica da época, a Mercury Productions, para que o filme finalmente saísse do papel. Eles queriam muito trabalhar ao lado do diretor e por essa razão garantiram ao estúdio Columbia que iriam controlar o cineasta. O filme é muito bom, sem dúvida, mas de maneira em geral valoriza mais a forma como se conta a história do que a história propriamente dita. Além disso o diretor quis mesmo provocar Hollywood ao mandar cortar os longos cabelos negros da atriz Rita Hayworth, que era um símbolo sexual e do glamour da capital do cinema. Ela surgiu no filme com cabelos curtinhos e platinados e praticamente desagradou todo mundo da época. Ao longo dos anos, esse filme foi ganhando status de cult e segue nesse patamar até os dias atuais. Mais um registo da genialidade incompreendida de Orson Welles que tentava, naqueles anos, fazer um tipo de cinema muito à frente de seu próprio tempo. 

Pablo Aluísio.

domingo, 12 de março de 2023

Os Fabelmans

Título no Brasil: Os Fabelmans
Título Original: The Fabelmans
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Steven Spielberg, Tony Kushner
Elenco: Michelle Williams, Gabriel LaBelle, Paul Dano, Seth Rogen, Judd Hirsch, Keeley Karsten

Sinopse:
O filme conta a história de uma família de judeus vivendo nos Estados Unidos durante as décadas de 1950 e 1960. O filho tem o sonho de viver de cinema, se tornar um diretor. O pai é um engenheiro, um homem inteligente que precisa mudar de estado por causa das obrigações profissionais e a mãe é uma pessoa artística, mas também com problemas emocionais, apaixonada por outro homem, amigo pessoal de seu marido. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor filme e a outras 6 categorias. 

Comentários:
Spielberg volta a fazer um bom filme contando a história de... Spielberg. Pois é, embora não se assuma completamente como tal, a verdade é que o roteiro escrito pelo próprio cineasta nada mais é do que uma versão de sua vida na infância e juventude e o amor que sempre nutriu pelo mundo do cinema. Desde o primeiro filme que assistiu no cinema, passando pelas primeiras experiências com câmeras amadoras quando fazia filminhos com seus amigos, até finalmente se decidir pela carreira de cineasta, tudo remete ao passado do diretor. E ele olha para o passado com um claro sentimento de nostalgia, mas também sem esconder os problemas pessoais e familiares que teve que enfrentar, inclusive o fim do casamento de seus pais, os problemas com os valentões da escola, o preconceito por ele ser judeu e por aí vai. A cena em que encontra o diretor John Ford que ele tanto admirava desde quando era pequeno é realmente pura magia cinematográfica para os cinéfilos - e também divertida e engraçada ao mesmo tempo. Enfim, um filme muito bom, diria até apaixonante para quem realmente ama a sétima arte.

Pablo Aluísio.

sábado, 11 de março de 2023

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo

Título no Brasil: Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo
Título Original: Everything Everywhere All at Once
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: A24
Direção: Daniel Kwan, Daniel Scheinert
Roteiro: Daniel Kwan, Daniel Scheinert
Elenco: Michelle Yeoh, Stephanie Hsu, Jamie Lee Curtis, Ke Huy Quan, James Hong, Tallie Medel

Sinopse:
Uma família de imigrantes chineses vivendo de uma lavanderia nos Estados Unidos descobre que na realidade eles são apenas versões em um dos milhares de outros universos paralelos que existem. E a neta, que estava com medo de apresentar a namorada lésbica para o avô, descobre que pode ser a chave para unir todos esses universos. 

Comentários:
Esse filme é uma porcaria! Eu jamais pensei que iria escrever algo assim de um filme que atualmente é o favorito para ganhar o Oscar de melhor filme do ano, mas é isso aí mesmo! Eu não estou aqui para fazer média com ninguém. Muitos críticos de cinema se derramaram em elogios em relação a esse filme, mas quer saber de uma verdade? Esse filme é ruim, uma tremenda bobagem. Mais uma história fraca de multiversos paralelos. Os filmes da Marvel estão nessa atualmente - e pasmem, são bem melhores nisso!  Até a fraca série Loki se saiu melhor contando essa mesmíssima história! É a tal coisa, se você espremer esse roteiro vai sair um fiapo, um pingo de história, de enredo. Zero originalidade. É um caso típico de supervalorização da forma em detrimento do conteúdo. Esse filme praticamente não tem conteúdo nenhum. É um filme vazio, chato, longo demais e cansativo até dizer chega! Muita gente na sessão se levantou e foi embora com pouco mais de 40 minutos de duração. Esse é o tamanho da ruindade desse filmeco. Eu sinceramente perdi meu precioso tempo assistindo a essa porcaria! 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de março de 2023

Convite Maldito

Título no Brasil: Convite Maldito
Título Original: The Invitation
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Jessica M. Thompson
Roteiro: Blair Butler
Elenco: Nathalie Emmanuel, Thomas Doherty, Sean Pertwee, Alana Boden, Hugh Skinner, Stephanie Corneliussen

Sinopse:
Uma jovem norte-americana descobre que seus antepassados são ingleses e acaba conhecendo um primo distante que a convida para visitar a velha Inglaterra para conhecer o resto de seus parentes. Só que tudo pode ser uma armadilha ainda mais quando ela descobre que todos eles são na verdade... vampiros! 

Comentários:
Um filme de vampiros para me desagradar tem quer ser muito ruim. Isso porque eu já entro com boa vontade em uma sessão com filmes sobre esse tipo de personagem. Eu gosto dessa mitologia que já está bem consolidado há décadas no cinema e na literatura. Pois bem, eu não gostei desse filme. Tem boa produção, afinal foi produzida pela Sony Pictures, então dinheiro não faltou. Mesmo assim o filme nunca funciona direito. Credito esse problema principalmente ao elenco e ao roteiro muito fraco. Os atores que interpretam os vampiros não possuem charme nenhum e isso em um filme como esse é morte certa. A atriz Nathalie Emmanuel que interpreta a protagonista também é muito chatinha, assim parei de me importar com ela, se iria morrer ou viver na história. Agora imperdoável mesmo é a direção de Jessica M. Thompson que desperdiçou a chance de fazer um bom filme de vampiros na Inglaterra! Como é que conseguiram perder em um jogo ganho como esse? Bram Stoker deve ter se revirado em seu tumulo vitoriano, com certeza...

Pablo Aluísio.

Esquadrão Secreto

Título no Brasil: Esquadrão Secreto
Título Original: Secret Headquarters
Ano de Lançamento: 2022
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Henry Joost, Ariel Schulman
Roteiro: Christopher L. Yost, Josh Koenigsberg
Elenco: Owen Wilson, Michael Peña, Jesse Williams, Walker Scobell, Keith L. Williams, Abby James Witherspoon

Sinopse:
Um garoto descobre que seu pai, sempre ausente em sua vida nos momentos mais importantes, é na verdade um super-herói que está sempre salvando o mundo da destruição completa. E agora ao lado de seus amigos, ele vai tentar ajudar o seu pai a novamente cumprir sua importante missão de proteger a humanidade. 

Comentários:
Eu sei que esse tipo de filme definitivamente não foi feito para pessoas da minha faixa etária. Esse é uma produção juvenil, feita para a garotada ali na faixa dos 8 aos 14 anos de idade. Eles certamente vão curtir muito mais, podendo até mesmo se identificar com o elenco de crianças e adolescentes do filme. Abby James Witherspoon, uma das meninas, é inclusive a sobrinha da atriz Reese Witherspoon. O problema, ao meu ver, é essa verdadeira praga de super-heroísmo nas telas, o que de certa maneira está matando o cinema atual. Todo filme agora parece ter obrigação de ter algum elemento de quadrinhos, que coisa mais chata essa! E se não tem dinheiro para comprar os direitos de algum personagem das editoras famosas, então que se escreva um roteiro com um super-herói genérico... É justamente isso o que vemos aqui. Tudo muito banal, sem inspiração e sem criatividade. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 9 de março de 2023

A História de James Brown

Título no Brasil: A História de James Brown
Título Original: Get on Up
Ano de Lançamento: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Imagine Entertainment
Direção: Tate Taylor
Roteiro: Jez Butterworth, John-Henry Butterworth
Elenco: Chadwick Boseman, Dan Aykroyd, Viola Davis, Nelsan Ellis, Lennie James, Fred Melamed

Sinopse:
O filme se propõe a contar a história do cantor norte-americano James Brown, desde sua infância muito pobre no sul, onde vinha de um lar completamente caótico, sendo espancado diariamente pelo pai, até o momento em que as coisas começam a dar certo em sua vida e ele se torna um dos artistas negros mais populares da história da música popular dos Estados Unidos. 

Comentários:
Esse filme apresenta um problema recorrente em cinebiografias de músicos famosos. Para ter acesso às músicas originais do artista é necessário contar com a liberação delas. E para isso é necessário também agradar aos donos dos direitos autorais, sejam eles familiares ou grandes corporações. O resultado disso é que o roteiro precisa suavizar na vida do músico retratado, ou trocando em miúdos, o filme precisa ser "chapa branca". Veja o caso de James Brown. O histórico criminal da vida dele foi barra pesada. Ele não brincava em serviço, indo de tiros, ameaças, brigas, exploração de mão obra, até violência doméstica contra suas mulheres, pois ele tinha mesmo o hábito de bater nelas. Vivia sendo processado e preso. Um crápula, sem dúvida! Só que no filme, embora isso seja mostrado de forma muito suavizada, nada disso importa muito. Assim o James Brown desse filme fica longe do James Brown da vida real. De qualquer maneira a música dele está lá e podemos ouvir como era realmente boa! Nesse quesito puramente artístico, não há o que discutir. Seus discos eram realmente ótimos! Já esse filme, porém, apresenta mesmo esse problema de não ser precisamente histórico.

Pablo Aluísio.