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domingo, 30 de maio de 2021

Lista Negra (The Blacklist) - Quinta Temporada

A quinta temporada da série Lista Negra conta com 22 episódios, que foram exibidos originalmente entre os meses de setembro de 2017 a maio de 2018. Na temporada anterior, a quarta, o público ficou sabendo que Raymond 'Red' Reddington (James Spader) é o pai da agente Elizabeth Keen (Megan Boone). Red também teve que enfrentar sua antiga colaboradora, que estava decidida a destrui-lo. Só que Reddington conseguiu se safar, mas o estrago foi feio. Sua organização criminosa foi desmontada e ele terminou praticamente falido. Vamos aos episódios da temporada então. Vou colocando meus comentários conforme for assistindo aos episódios.

The Blacklist 5.01 - Sutton Ross (No. 17)  
Quando o episódio começa Reddington dá um golpe barato para roubar um carro de luxo. Isso demonstra bem o quanto ele está quebrado. Morando agora em um motel de beira de estrada, ele decide ir atrás de um criminoso procurado em troca de recompensa. Isso mesmo, o antes todo-poderoso criminoso internacional Raymond 'Red' Reddington (Spader) agora tenta ganhar algum dinheiro agindo como um verdadeiro caçador de recompensas. Quem poderia imaginar? E o mais curioso de tudo é que sua filha, mesmo sendo uma agente do FBI, embarca nessa aventura! Também há uma intensa preocupação por parte de Red em recuperar uma antiga mala que guarda um segredo que poderá atingi-lo de forma irreversível. O que teria dentro dessa mala? Enfim, bom episódio de estreia, provavelmente já demonstrando os novos rumos que a série vai tomar a partir dessa quinta temporada. / The Blacklist 5.01 - Sutton Ross (No. 17) Direção: Bill Roe / Roteiro: Jon Bokenkamp, John Eisendrath / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 5.02 - Greyson Blaise (No. 37)
Nesse episódio surge mais um criminoso internacional. Ele se chama Greyson Blaise, um ladrão de joias e quadros de arte. Após ele roubar um colar milionário que havia pertencido a Napoleão Bonaparte, os agentes do Bureau se organizam para prendê-lo de uma vez por todas. O FBI quer pegar o sujeito, mas não tem como fazer isso na França, pois não tem jurisdição. Então usa Raymond 'Red' Reddington (James Spader) como isca. Ele deve se aproximar do criminoso e depois entregá-lo para as autoridades. O problema é que Reddington está com fama de estar falido. Então um esquema é armado, Red diz ter um quadro muito valioso que foi roubado há muitos anos e que deseja mostrar ao ladrão internacional. E assim é feito, só que no fundo Red quer mesmo é roubar o tal de Greyson Blaise. Com esse dinheiro planeja recuperar seu império criminoso arruinado. / The Blacklist 5.02 - Greyson Blaise (No. 37) (Estados Unidos, 2017) Direção: Donald E. Thorin Jr / Roteiro: Jon Bokenkamp, Lukas Reiter / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff. 

The Blacklist 5.03 - Miss Rebecca Thrall (No. 76)
Raymond (Spader) precisa levantar caixa, ou seja, recursos, dinheiro. Desde que Katie o atingiu financeiramente ele ficou sem capital. Nesse episódio ele vê uma oportunidade de ganhar uma grana boa de forma rápida ao se envolver numa negociação de tráfico de armas pesadas. E não é que Red acaba passando a perna em todo mundo! Ele acaba ficando no final com as armas, o dinheiro e até um jatinho particular para viagens internacionais! O sujeito sabe dar a volta nos outros. Enquanto ele vai aplicando seus golpes em outros criminosos o FBI tenta desbaratar uma quadrilha que usa fraudes em seguros. Policiais matam determinadas vítimas escolhidas a dedo para o golpe dar certo. Não importam as mortes, mas sim o lucro! / The Blacklist 5.03 - Miss Rebecca Thrall (No. 76) (Estados Unidos, 2017) Direção: Adam T. Weisinger / Roteiro: Jon Bokenkamp / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 5.04 - The Endling (No. 44)
O fim da linha, ou melhor dizendo, o último da espécie. Quando um cavalo raro, de ótima carga genética, é morto, todos sabem que há um criminoso agindo. Seus genes vão parar nas mãos de uma única fêmea, o que demonstra que o dono desse animal é o verdadeiro autor do crime - todo o haras é incendiado para o plano dar certo. E por trás de tudo existe uma mulher, que procura também por um tipo de sangue raro que poderia salvar a vida de seu filho, que está morrendo em uma cama de hospital. Nesse episódio Red também descobre que há um golpe envolvendo um funcionário dos serviços postais. O tal "carteiro" vai parar por acidente na casa onde Red se encontra, mas ele logo descobre sua jogada e propõe um negócio e tanto para ele. Com informações que só o serviço postal possui há uma chance de ganhar muito, muito dinheiro. E Red obviamente está dentro dessa jogada! / The Blacklist 5.04 - The Endling (No. 44) (Estados Unidos, 2017) Direção: Michael W. Watkins / Roteiro: Michael W. Watkins / Elenco:  James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff. 

The Blacklist 5.05 - Ilyas Surkov (No. 54)
Uma série de crimes e atos terroristas acontecem nos Estados Unidos. O FBI pensa ser Ilyas Surkov, um criminoso internacional procurado há anos. Raymond 'Red' Reddington (James Spader) sabe que essa informação está errada. O verdadeiro Ilyas Surkov  morreu há tempos. Estão apenas usando seu nome e seu modus operandi como disfarce. O pior é que a CIA também está envolvida no caso, o que cria um problema a mais para o FBI, ainda mais depois que os agentes descobrem que aquelas pessoas não são realmente aquilo que dizem ser. Na cena final Red descobre que o marido da sua filha, a agente Elizabeth Keen (Megan Boone), está por trás de um plano para lhe prejudicar. Ele desliga o telefone ao descobrir toda a trama que está sendo armada sobre ele, em suas costas. O bicho vai pegar agora! / The Blacklist 5.05 - Ilyas Surkov (No. 54) (Estados Unidos, 2017) Direção: Kurt Kuenne / Roteiro: Jon Bokenkamp / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff. 

The Blacklist 5.06 - The Travel Agency (No. 90)
Uma agência de viagens? Pois é, a bola da vez envolve uma tal agência de viagens que no fundo não vende passagem e nem arruma quartos de hotel. É sim uma agência de assassinos profissionais que funciona há décadas. Agora, o pulo do gato do episódio vem mesmo de um assassino veterano que perdeu parte de sua memória recente. Assim ele pensa que ainda vive no passado. E sua esposa aproveita disso para que ele vá eliminando alvos escolhidos por ela mesma, geralmente envolvendo antigos comparsas da tal agência de assassinatos. E Red, o que anda fazendo? Ora, treinando para um campeonato de golfe de brinquedo e seguindo pistas sobre o marido de sua filha, que ao que tudo indica está envolvido com o paradeiro daquela mala com ossos humanos que tanto interessa a Red. Achar a tal mala passa a ser um dos objetivos principais de sua vida! / The Blacklist 5.06 - The Travel Agency (No. 90) (Estados Unidos, 2017) Direção: Terrence O'Hara / Roteiro: Terrence O'Hara / Elenco: James Spader, Megan Boone.  

The Blacklist 5.07 - The Kilgannon Corporation (No. 48)
Enquanto estava no auge de seu poder no mundo do crime internacional, Red comandou uma série de rotas de imigração ilegal. Depois que se império caiu essas rotas foram passadas para outros criminosos. Só que ao contrário de Red que fazia tudo de forma bem "profissional", esses novos chefões da imigração ilegal colocam tudo a perder. Velhos navios naufragam, matando pessoas inocentes. Logo na primeira cena vemos uma série de corpos de chineses boiando na praia. Eles estavam tentando entrar de forma ilegal nos Estados Unidos. O navio afundou e muitos morreram. Agora Red entende que é o momento para voltar ao jogo. Ele decide destronar os atuais chefões desse tráfico de pessoas. E para isso conta com a colaboração dos agentes do FBI. / The Blacklist 5.07 - The Kilgannon Corporation (No. 48) (Estados Unidos, 2017) Direção: Jean de Segonzac / Roteiro: Marisa Tam / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff. 

The Blacklist 5.08 - Ian Garvey (No. 13)
Eu não sei vocês, mas eu fiquei completamente chocado com esse episódio, o mais visceral e violento dessa temporada até agora. O termo é esse mesmo, chocante, é um episódio chocante. Só para começo de vonversa você deve saber que Tom, o marido da agente Elizabeth Keen, está morto! Ele morre nesse episódio, vítima de inúmeras facadas dadas por um criminoso internacional, grande rival de Red. E ele tenta de tudo para salvá-lo, mas quando chega na casa onde está o cativeiro de Tom já é tarde demais. Ele e levado para o hospital e não resiste a tantos ferimentos graves. A filha de Red, Liz, vai também parar no hospital, mas felizmente sobrevive, embora fique dez meses hospitalizada! Pois é meus caros, são surpresas que não param mais. E todos parecem lutar um jogo de vida ou morte para colocar as mãos em um velha mala cheia de ossos humanos dentro. De quem pertencem? Bom, até aqui nada é devidamente esclarecido. De qualquer maneira esse episódio é vital para quem acompanha a série por isso não vá perdè-lo de jeito nenhum. / The Blacklist 5.08 - Ian Garvey (No. 13)(Estados Unidos, 2017) Direção: Bill Roe / Roteiro: Jon Bokenkamp / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff. 

The Blacklist 5.09 - Ruin
Excelente episódio! A agente Elizabeth Keen decide se isolar após a morte de Tom. Ela vai morar em uma cabana isolada no alto de uma montanha gelada. Quer fugir de tudo e de todos. Deixa a filha Agnes com a irmã e diz a Red que ele não deve ir procurá-la. Ela procura por paz interior, mas acaba se envolvendo em um evento sangrento. Sua cadela encontra um homem caído no chão, agonizando. Não demora muito e chega na cabana três homens que dizem ter sofrido um acidente de avião nas proximidades. Tudo mentira e Elizabeth sabe disso. Ela é agente do FBI, sabe que aqueles homens estão mentindo. Na verdade eles são mafiosos. Estão ali para matar o homem ferido, um sujeito que entregou membros mafiosos. Ele faz parte do programa de proteção às testemunhas, mas isso não foi o suficiente para salvar sua pele. A partir daí tudo vira um jogo de vida ou morte no alto da montanha, no meio do meio inóspito gelado da região. Gostei bastante desse episódio, bem diferenciado. / The Blacklist 5.09 - Ruin (Estados Unidos, 200 ) Direção: Michael Caracciolo / Roteiro: Marisa Tam / Elenco: Megan Boone, James Spader, Diego Klattenhoff. 

The Blacklist 5.10 - The Informant (No. 118)
A agente Elizabeth Keen está em busca do verdadeiro assassino de seu marido e ela nem pensa duas vezes em usar métodos ilegais para chegar em seus objetivos. O principal suspeito é um tal de Navarro. Para chegar nele ela parte para cima da chamada "criminalidade miúda", pequenos traficantes, patifes de rua, etc. E Red nesse jogo todo? Ele dá pistas seguras para sua filha seguir. Além disso arranja um jeito de livrar a barra do agente Donald Ressler. Ele vinha sendo chantageado por um criminoso. Coisas erradas que havia feito no passado. Red dá cabo no tal chantageador. Agora ele tem domínio sobre Ressler, embora não admita isso publicamente. / The Blacklist 5.10 - The Informant (No. 118) (Estados Unidos, 2018) Direção: Paul Holahan / Roteiro: Jon Bokenkamp / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff. 

The Blacklist 5.11 - Abraham Stern (No. 100)
Red entra em uma verdadeira caça ao tesouro. Ele precisa encontrar quatro moedas raras. Quando unidas elas trazem um código que o levará até uma série de papéis valiosos da antiga casa da moeda dos Estados Unidos. São títulos ao portador, cada um valendo algo em torno de 100 mil dólares, uma pequena fortuna. Red então se alia a um famoso criminoso, um ladrão de bancos, interpretado pelo ótimo Nathan Lane. Só que é aquela coisa, pacto com criminoso não tem ética, é cada um puxando o tapete do outro, um jogo que Red, claro, sabe jogar muito bem. Quem vai ficar com a grana toda? Assista ao episódio para saber. Diversão garantida! / The Blacklist 5.11 - Abraham Stern (No. 100) (Estados Unidos, 2018) Direção: Andrew McCarthy / Roteiro: Jon Bokenkamp / Elenco: James Spader, Nathan Lane, Megan Boone.

The Blacklist 5.12 - The Cook (No. 56)
Há um novo criminoso da lista negra colocando fogo em casas e apartamentos. As vítimas são todas mulheres. Ele é conhecido pela alcunha de "O Cozinheiro". Um incendiário e piromaníaco perigoso. O FBI vai na cola dele e durante as investigações descobre coisas curiosas. Na verdade se trata de um ex-padre. Um sujeito com problemas sérios. Ele se sente atraído por mulheres, mas enxerga tudo isso como um pecado por causa de seu voto de castidade. Então, dentro de sua loucura, acaba matando as mulheres com quem sente atração e tudo usando o fogo, símbolo das chamas do inferno. Para Red o sujeito é um doido varrido. Claro que é, mais um enlouquecido pelo fanatismo religioso. Bom episódio com uma cena final marcante quando o tal Cozinheiro resolve tocar fogo no próprio corpo! Terrível e marcante! / The Blacklist 5.12 - The Cook (No. 56) (Estados Unidos, 2018) Direção: Solvan Naim / Roteiro: Jon Bokenkamp / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 5.13 - The Invisible Hand (No. 63) 
Neste episódio de lista negra nós não temos um criminoso comum, mas sim um grupo que se une para punir pessoas que contribuíram para a destruição de uma cidade. A região havia sido contaminada por um vazamento de produtos químicos que teria destruído e contaminado o solo. Então esse grupo de justiceiros resolve fazer justiça pelas próprias mãos, o que é um absurdo e um crime, porque como sabemos, apenas a justiça estatal pode punir criminosos. Red aproveita para tentar ganhar algum benefício próprio e tentar tirar sua filha do caminho certo para descobrir quem estaria por trás da morte de seu marido afinal Red também tem seus esqueletos no armário. / The Blacklist 5.13 - The Invisible Hand (No. 63) (Estados Unidos, 2018) Direção: Andrew McCarthy / Roteiro: Jon Bokenkamp / Elenco: James Spader, Megan Boone.

The Blacklist 5.14 - Mr. Raleigh Sinclair III (No. 51)
Qual é o vilão da lista negra desse episódio? Trata se de um sujeito que arma toda uma situação de álibi para criminosos que procuram assim escapar da condenação por crimes violentos, e entre seus novos clientes está um sujeito que quer matar a esposa e que precisa dos serviços do álibi para sair impune. Red obviamente fica interessado nesse tipo de serviço, uma vez que ele próprio está sempre disposto a fazer bons negócios, mesmo que seja fora dos padrões legais. Já a agente Elisabeth Quinn tenta recuperar sua carreira na FBI e para isso ela precisa ser aprovada por uma psicóloga que não está muito convencida de que ela pode voltar a ser uma agente federal. / The Blacklist 5.14 - Mr. Raleigh Sinclair III (No. 51)(Estados Unidos, 2018) Direção: Christine Gee / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 5.15 - Pattie Sue Edwards (No. 68)
Na listra negra desse episódio surge uma criminosa. Na realidade Pattie Sue Edwards fez parte dos fuzileiros navais dos Estados Unidos. Ela quer vingança pela morte do marido, que morreu em circunstâncias mal explicadas no Afeganistão. Acusação formal contra ele foi que ele estaria roubando um caminhão de ópio. Esse tipo de argumento nunca a convenceu. Então ela começa a usar um vírus de laboratório para infectar pessoas em Washington. Ela vai até uma lanchonete e espalha o vírus entre as pessoas. Absurdo completo. Já a agente Liz volta ao batente. Ela está incorporada ao FBI. E durante uma de suas atividades, ela descobre que o assassino de Tom pertence aos quadros policiais. E isso a deixa completamente chocada. Mais um bom episódio da série, explorando a questão da guerra biológica e dos estragos que vírus desenvolvidos em laboratórios podem causar na sociedade em geral. / The Blacklist 5.15 - Pattie Sue Edwards (No. 68) (Estados Unidos, 2018) Direção: Donald E. Thorin Jr. / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 5.16 - The Capricorn Killer (No. 19)
Várias pessoas são encontradas mortas em rituais macabros. O estilo faz lembrar um serial killer do passado, conhecido como o Assassino do Capricórnio. Quem cuidou e trabalhou nesse caso há muitos anos foi justamente a agente Liz. E ela é chamada novamente para trabalhar e descobre que não se trata do mesmo criminoso, mas sim de um sujeito que apenas imita seu método de execução. Mas a coisa vai além. A agente federal descobre que há todo um grupo por trás das mortes envolvidas. Um grupo que quer fazer justiça pelas próprias mãos. Um grupo de extermínio, praticamente. E tem mais, eles convidam ela para fazer parte! / The Blacklist 5.16 - The Capricorn Killer (No. 19) (Estados Unidos, 2018) Direção: Bill Roe / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 5.17 - Anna-Gracia Duerte (No. 25)
A criminosa procurada da lista negra nesse episódio é uma Brasileira! Quem diria? Ela se chama Anna-Gracia Duerte. Bom, quem é realmente brasileiro vai achar no mínimo estranho esse nome para uma Brasileira. O roteirista americano esqueceu de fazer uma pesquisa melhor sobre nomes femininos tipicamente brasileiros. Tudo bem, não deixa de ser uma forma de reconhecer a importância dos brasileiros atualmente morando nos Estados Unidos. A personagem é uma mulher que está envolvida com o tráfico de pessoas e com outros crimes internacionais. Como não poderia deixar de ser, Red está na cola, tentando tirar proveito de alguma forma de tudo o que está acontecendo. Ele também não deixa de ir atrás da mala que tanto procura. Uma mala secreta e misteriosa, cujo interior é de vital importância para o Red. O que poderia estar escondido dentro dela? / The Blacklist 5.17 - Anna-Gracia Duerte (No. 25) (Estados Unidos, 2018) Direção: Michael Caracciolo / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 5.18 - Zarak Mosadek (No. 23)
Mais um episódio recompensador de Lista Negra. Aqui Red precisa lidar com um caso delicado envolvendo um traficante internacional de ópio, a matéria prima que é usada para a fabricação da davastadora droga conhecida nas ruas como heroína. O filho do criminoso foi sequestrado por outros criminosos e eles o colocam contra a parece. Red então fica na mira de dois grupos de criminosos internacionais e ainda tem que acalmar os ânimos dos agentes federais do FBI. Nada que ele não consiga tirar de letra, afinal essa parece ser sua rotina perigosa todos os dias. / The Blacklist 5.18 - Zarak Mosadek (No. 23) (Estados Unidos, 2018) Direção: Terrence O'Hara / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

The Blacklist 5.22 - Sutton Ross (No. 17)
Último episódio da quinta temporada. E o que acontece no final de Blacklist, Lista Negra? Ou pelo menos o que acontece no final dessa temporada 5? Temos uma reviravolta e tanto por aqui. Depois de muito procurar finalmente Raymond 'Red' Reddington coloca as mãos na tão cobiçada mala. Ela está cheia de ossos e contém provas devastadoras! De quem são aqueles ossos? Acredite se quiser, eles são do verdadeiro  Raymond 'Red' Reddington! Isso mesmo, a agente Keen acredita que o verdadeiro Reddington estaria morto e aquele homem que se diz ser Red seria na verdade um impostor que apenas estaria usando a identidade do criminoso morto! Durma-se com um barulho desses! De qualquer forma eis aí um ótimo motivo para se assistir a próxima temporada! Até lá!  (Estados Unidos, 2018) Direção: Terrence O'Hara / Elenco: James Spader, Megan Boone, Diego Klattenhoff.

Pablo Aluísio.

sábado, 29 de maio de 2021

Chicago PD - Sexta Temporada

A sexta temporada da série policial Chicago PD teve no total 22 episódios e foi exibida originalmente entre os meses de setembro de 2018 a maio de 2019 nos Estados Unidos. Na temporada anterior houve a morte de um dos principais personagens da série, o detetive Alvin Olinsky (Elias Koteas). Ele era um dos protagonistas na série, braço direito do sargento Hank Voight (Jason Beghe). Seu assassinato na prisão trouxe um pico de audiência e interesse na série. Após esse trágico evento a série agora segue em sua sexta temporada. Abaixo os episódios comentados.

Chicago PD 6.01 - New Normal  
Hank Voight é suspenso pela corregedoria do departamento de polícia de Chicago, pois é suspeito de executar um criminoso, o mesmo que fora responsável pela morte de Alvin Olinsky. Só que como bem sabemos o sargento não trabalha dentro da linha, assim mesmo informalmente ajuda o grupo de inteligência a localizar o traficante responsável pela distribuição de um lote de heroína que está causando a morte de vários usuários por toda a cidade. A perícia descobre que a droga fora misturada com óleo de bateria de carro. A morte então se torna certa para que usar essa substância ilegal. Nesse episódio também temos o funeral de Alvin Olinsky. A viúva pede que Hank Voight não compareça pois o culpa pela morte do marido. Mesmo assim o sargento vai, fica de longe, do outro lado da rua, mas mesmo desse modo presta suas homenagens ao amigo morto. / Chicago P.D.: Distrito 21 / Chicago PD - New Normal (Estados Unidos, 2018) Direção: Eriq La Salle / Roteiro: Michael Brandt / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer.

Chicago PD 6.02 - Endings
Hank Voight precisa decifrar um estranho assassinato. Um chefão de um cartel mexicano de tráfico de drogas é morto em um incêndio criminoso em Chicago. As investigações levam até o motorista do bandido, mas será que ele teria mesmo algo a ver com tudo aquilo? Ou será que seu filho seria o grande responsável pela morte do traficante internacional? Eis questionamento importantes. Nesse episódio Voight também fica furioso com Jay. Durante uma operação policial ele ignora as ordens do sargento e acaba sendo baleado. Por pouco não morre do tiro que levou. Pois é, seguir ordens e respeitar a hierarquia pode mesmo salvar vidas. / Chicago PD 6.02 - Endings (Estados Unidos, 2018) Direção: David Rodriguez / Roteiro: Michael Brandt / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer. 

Chicago PD 6.03 - Bad Boys
Tem garotas que são apaixonadas por bad boys. Como a filha de um empresário rico de Chicago que se apaixona por um bandido latino que faz parte de uma quadrilha que assalta restaurantes na cidade. E o rico homem odeia o sargento Voight, deixando tudo tenso no meio das investigações. Esse episódio também apresenta cenas quentes de sexo com a atriz Tracy Spiridakos que interpreta a policial Hailey Upton. Pelo visto os produtores entenderam que a bonita loira de olhos azuis e corpo bronzeado daria um bom par romântico sensual com seu colega de equipe. Eles se pegam com calor nesse bom episódio da série policial de Chicago. / Chicago PD 6.03 - Bad Boys (Estados Unidos, 2018) Direção: Nick Gomez / Roteiro: Michael Brandt, Derek Haas / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer. 

Chicago PD 6.04 - Ride Along
Contar a verdade é o único caminho. É bem isso que aprende a policial Kim Burgess (Marina Squerciati) nesse episódio. Ela mente em um relatório de operação policial, omitindo a presença de uma garotinha em sua viatura durante uma ocorrência nas ruas. Ela estaria lá como forma de propaganda para o departamento de polícia. Porém nesse mesmo dia acontece um tiroteio e um assassinato. A menina estava dentro do carro da polícia de Chicago e acaba se tornando testemunha chave para prender o homicida, um ex-jogador de futebol americano, agora viciado em drogas.  Entretanto como colocar ela no relatório se a tenente já havia dito que estava sozinha? Ele erra duplamente nesse caso, mesmo com os conselhos dados por Hank Voight. E quando ele percebe o que está acontecendo passa um sermão daqueles em sua subordinada! / Chicago PD 6.04 - Ride Along (Estados Unidos, 2018) Direção: Nicole Rubio / Roteiro: Michael Brandt / Elenco: Jason Beghe, Marina Squerciati, Jon Seda, Jesse Lee Soffer. 

Chicago PD 6.06 - True or False
Hailey Upton está namorando dois colegas policiais ao mesmo tempo, Jay e Adam. E eles nem sabem disso, mas para um homem experiente como Hank Voight tem algo acontecendo dentro de sua equipe. Ele aconselha que a verdade seja dita e que os envolvidos declarem tudo para o departamento de recursos humanos. Enquanto as coisas de alcova vão se desenvolvendo, uma senhora é morta em sua casa. As suspeitas recaem sobre um jovem negro. O carro no lugar do crime estava com ele, emprestado de outra pessoa. Ele é preso, mas nega que tenha matado a mulher. Alega, ao invés disso, que havia passado toda a manhã fumando maconha no parque. Depois de muita conversa e bate papo a policial Hailey até consegue uma confissão, mas tem algo errado nessa história toda. E pode envolver um vereador da cidade. Bom episódio colocando em primeiro plano a questão da violência doméstica, mais comum do que muita gente pensa. / Chicago PD 6.06 - True or False (Estados Unidos, 2018) Direção: Paul McCrane / Roteiro: Rick Eid / Elenco: Tracy Spiridakos, Jason Beghe, Patrick John Flueger, Jesse Lee Soffer. 

Chicago PD 6.07 - Trigger
O tema desse episódio envolve a questão do terrorismo envolvendo muçulmanos fanáticos. Mas calma, nem tudo é o que parece ser. Inicialmente um policial é colocado infiltrado em uma mesquita de Chicago, pois há desconfianças de membros desse lugar agindo em atentados terroristas. Mas nada é resolvido conforme os policiais pensavam. Na verdade um veterano de guerra, enlouquecido em combate, parece estar por trás de tudo. No fundo ele promovia atentados terroristas para incriminar os seguidores do islamismo que ele tanto odiava em sua vida. Um caso complicado, com muitas pistas falsas e cortina de fumaça. Pare decifrar certamente não seria algo fácil de resolver. E a Hailey Upton? Bom, ela ontinua pegando todo mundo do grupo! / Chicago PD 6.07 - Trigger (Estados Unidos, 2018) Direção: Carl Seaton / Roteiro: Michael Brandt / Elenco: Jason Beghe, LaRoyce Hawkins, Jesse Lee Soffer, Tracy Spiridakos. 

Chicago PD 6.08 - Black and Blue
O que fazer quando um policial se apaixona por uma acusada de assassinato? É justamente essa saia justa pelo qual passa o policial Kevin Atwater (LaRoyce Hawkins), o único negro da equipe de Voight. Ele está investigando um crime envolvendo a morte de um jovem traficante. O autor parece ter sido um chefe de gang que no passado namorou a garota que Kevin está se apaixonando. E as digitais dela são encontradas numa arma que há 10 anos foi usada para matar um balconista. E agora? Ficar ao lado da lei ou tentar ajudar a mulher amada? Ele também balança em relação a um jovem negro envolvido com a criminalidade de Chicago. Sua solidariedade com um irmão acaba fazendo com que ele jogue uma arma em um rio da cidade. Agindo assim Kevin comete perjúrio. E isso pode complicar sua carreira de policial. Afinal ele seria mais um black (um homem negro) ou um Blue (um policial)? A pergunta fica no meio termo. / Chicago PD 6.08 - Black and Blue (Estados Unidos, 2018) Direção: Christine Swanson / Roteiro: Michael Brandt / Elenco: LaRoyce Hawkins, Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffe.

Chicago PD 6.09 - Descent
O que fazer quando um policial se torna viciado em drogas? Antonio, da equipe de inteligência do departamento de polícia de Chicago acaba entrando nessa armadilha. Ele se vicia em Oxi, uma droga muiot popular entre viciados nos Estados Unidos. Ele começa a tomar essa droga após um acidente pois ela é usada para aliviar dores. Só que depois de um tempo não consegue parar mais. E tudo fica ainda pior quando uma batida policial é feita justamente na boca de fumo onde ele estava comprando sua droga! Os demais policiais, seus colegas, ficam surpresos. E se envolver com o tráfico sempre traz problemas. No caso de Antonio sua filha é sequestrada! Uma situação mais do que complicada. / Chicago PD 6.09 - Descent (Estados Unidos, 2018) Direção: Nicole Rubio / Roteiro: Michael Brandt / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer. 

Chicago PD 6.10 - Brotherhood
No episódio anterior Antonio, cheio de droga na cabeça, jogou o sequestrador de sua filha do quarto andar de um prédio abandonado. Claro que a corregedoria dá em cima. O que teria acontecido naquele dia? Voight tenta encobrir. Algo bem errado de se fazer, uma vez que ele já estaria queimado com a corregedoria há anos e anos. Quem acaba assumindo a autoria da morte do sequestrador é um de seus jovens policiais. Um erro pior do que o outro, que pode significar lá na frente a perda do distintivo ou algo pior, até mesmo uma prisão. O mundo para Voight realmente não parece fácil. Todo dia ele tem que matar um leão naquele setor de inteligência. Jogo duro, jogo pesado. No final de tudo fica a devida pergunta: Até onde vai a Brotherhood (irmandade) entre os policiais? Saberemos a resposta nos próximos episódios. / Chicago PD 6.10 - Brotherhood (Estados Unidos, 2019) Direção: Mykelti Williamson / Roteiro: Michael Brandt / Elenco: Jason Beghe, Patrick John Flueger, Tracy Spiridakos.

Chicago PD 6.11 - Trust
O que fazer quando o próprio comandante da polícia de Chicago está envolvido em um crime? Complicado demais. O chefe está envolvido na morte de um advogado que tinha como clientes membros de gangues. O sargento Voitht assim se vê numa tremenda saia justa. Se solucionar o crime vai criar uma crise enorme no departamento e também na política da cidade uma vez que o mesmo sujeito também está sendo candidato à prefeitura de Chicago. Não há caminho fácil a seguir. A cidade é conhecida pela corrupção desde os tempos de Al Capone como bem lembra um dos personagens. / Chicago PD 6.11 - Trust (Estados Unidos, 2019) Direção: Lily Mariye / Roteiro: Dick Wolf / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer.

Chicago PD 6.12 - Outrage
Um traficante é solto da prisão. Pior do que isso, ainda leva uma bolada de indenização por causa de sua prisão que foi considerada ilegal, com abuso e violência por parte de um policial (logo o Jay!). Acontece que em outra investigação sobre tráfico de heroína o nome do tal sujeito vem parar nas mãos de Voight. O que fazer? O comandante da polícia de Chicago pede que o sargento deixe pra lá (acredite, é isso mesmo, deixe pra lá um traficante acusado do assassinato de uma jovem, menor de idade!). Voight ignora e decide seguir em frente. Durante uma batida em um armazém o tal traficante é encontrado morto. Ele levou um tiro no pescoço. E quem o encontrou? Logo Jay, o mais suspeito membro do serviço de inteligência do grupo de Hawk. E agora? Como limpar a barra? Ele teria matado mesmo o traficante em vingança pessoal? Assista ao episódio para descobrir! / Chicago PD 6.12 - Outrage (Estados Unidos, 2019) Direção: Vincent Misiano / Roteiro: Michael Brandt / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer. 

Chicago PD 6.13 - Night in Chicago
Bom episódio que trata da questão racial envolvendo policiais. Kevin Atwater (LaRoyce Hawkins) se infiltra em uma quadrilha de traficantes. Eles vendem heroína. O grupo de inteligência comandado por Hank Voight quer pegar o mais velho chefe daquele grupo. Há anos ele escapa do departamento de Polícia de Chicago. Durante uma noite, Atwater disfarçado e outro traficante são parados pela polícia. O policial que os parou logo se revela um racista! Como lidar com uma situação como essa? O que começou errado, termina como tragédia e um jovem negro é praticamente executado com um tiro na nuca pelo tira racista! E agora, Atwater vai contar a verdade ou vai jogar panos quentes em cima do assassinato para seguir as ordens de Voight? Situação mais do que complicada. Afinal vidas negras importam! Não há dúvidas sobre isso! / Chicago PD 6.13 - Night in Chicago (Estados Unidos, 2019) Direção: Eriq La Salle / Roteiro: Michael Brandt / Elenco: LaRoyce Hawkins, Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer.

Chicago PD 6.14 - Ties That Bind
Tentando prender um vendedor de armas, duas policiais da equipe da inteligência da polícia de Chicago são sequestradas. Elas estavam infiltradas, fingindo que iriam comprar as armas ilegais, mas acabaram falhando no disfarce. São imobilizadas e levadas para uma casa isolada no meio da floresta. Típico lugar onde serial killers cometem seus crimes. Voight fica irado quando descobre que duas policiais de sua equipe estão correndo sério risco de vida. Então ele passa a mobilizar toda a equipe e todos os esforços para estourar o cativeiro onde elas se encontram. E precisam agir rápido, cada segundo perdido é um fator a mais para que elas seja assassinadas. Excelente episódio da temporada. Gostei muito! / Chicago PD 6.14 - Ties That Bind (Estados Unidos, 2019) Direção: Paul McCrane / Roteiro: Michael Brandt / Elenco:  Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer.

Chicago PD 6.15 - Good Men
Esse episódio é um crossover com a série "Chicago Fire". Na história um bombeiro entrega chaves de casas e apartamentos para que jovens delinquentes possam roubar esses lugares. Durante um dos assaltos algo sai errado e um homem mais velho sofre uma parada cardíaca, quase morrendo. Voight e seu grupo investigam e são pressionados a encobrirem a participação do bombeiro - já falecido - para que a esposa receba a pensão e a imagem dos bombeiros na cidade não seja abalada pela presença de um bombeiro que colaborava com criminosos. E por trás de tudo isso há uma gangue de jovens bandidos agindo, extorquindo um dos garotos arrombadores. / Chicago PD 6.15 - Good Men (Estados Unidos, 2019) Direção: Donald Petrie / Roteiro: Michael Brandt / Elenco:  Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer.

Chicago PD 6.16 - The Forgotten
Chicago PD continua sendo uma daquelas séries que sempre vale a pena assistir, cada episódio tem um bom roteiro e uma boa história para contar. Nesse episódio o sargento Voight conta com a ajuda de uma amiga dos velhos tempos, uma dançarina de clubes noturnos que trabalha como informante da polícia de Chicago. Através dela sua equipe conseguiu prender um perigoso traficante da cidade. Só que a situação foge rapidamente do controle quando ela cai nas mãos de um insano serial killer. O tempo então passa a ser crucial para que ela seja encontrada com vida. Episódio muito bom, com todos os elementos que são necessários para se ter uma boa série policial em mãos. / Chicago PD 6.16 - The Forgotten (Estados Unidos, 2019) Direção: Eriq La Salle / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda. 

Chicago PD 6.17 - Pain Killer
Um candidato à prefeitura de Chicago é baleado após sair de um comicio e o grupo de Voight entra em campo. O mais interessante é que o sargento descobre que a bala não era para o político, mas sim para ele pois o assassino o estava perseguindo pela cidade. É um garoto que no passado fez um acordo com o sargento, para escapar da prisão entregando membros de sua gangue, mas que acabou indo parar na penitenciária para cumprir uma longa pena de 10 anos de prisão. Quando saiu, ele obviamente saiu com a intenção de se vingar de todas as pessoas que ele entende que o enganaram. Por isso ele pega um rifle de alta precisão e começa a atirar em policiais, juízes, em qualquer um que tivesse algum tipo de ligação com o sistema penitenciário de Chicago! / Chicago PD 6.17 - Pain Killer (Estados Unidos, 2019) Direção: Nicole Rubio / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer.

Chicago PD 6.18 - This City
Explode uma guerra de gangues em Chicago. Um grupo de jovens pertencentes a uma quadrilha abre fogo com armamento pesado contra inimigos de rua. O caos se instala e o sargento Hank Voight é levado a uma situação extrema. Voight precisa pacificar as ruas de qualquer jeito. As autoridades da cidade, principalmente os candidatos à prefeitura, ficam alarmados com o número de mortes em Chicago. Assim, Hank Voight chama os principais líderes das gangues da região onde está instalado o conflito. E propõe um acordo, mais do que ilegal. Ele propõe que a polícia fará vista grossa para o comércio de drogas se a matança parar. Mas quem disse que ela vai parar? Os dados estão sobre a mesa. Uma jovem negra é identificada como uma testemunha. Mas testemunhar, nesse caso, vai colocar em risco sua vida. Não é um jogo fácil, é um jogo sujo! Chicago PD 6.18 - This City (Estados Unidos, 2019) Direção: Carl Seaton / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer.

Chicago PD 6.19 - What Could Have Been
Uma das policiais da equipe de Hank Voight acaba sofrendo na própria pele os efeitos da criminalidade de Chicago. Seu namorado é encontrado morto em uma rua barra pesada da cidade. O lugar é conhecido por ser um ponto de tráfico de drogas. Só que ela fica completamente surpresa porque ele não tinha histórico de uso ou abuso de substâncias ilegais. O que afinal teria acontecido nesse caso policial? As investigações da equipe de Voight acaba abrindo um leque impressionante de conexões com outras pessoas, sendo alguns figurões da cidade. Entre eles, um velho conhecido de Voight, que agora está disputando a prefeitura. Claro que tudo aquilo pode colocar abaixo os seus planos de ser o novo prefeito de Chicago. / Chicago PD 6.19 - What Could Have Been (Estados Unidos, 2019) Direção: Eriq La Salle / Elenco: Jason Beghe, Jon Seda, Jesse Lee Soffer.

Chicago PD - Sexta Temporada - Conclusão Final 
Inegavelmente Chicago PD é uma série legal! Para quem nasceu como um spin-off de "Chicago Fire" e superou seu original, não há como negar que houve avanços em termos de roteiro e desenvolvimento dos personagens. O destaque continua sendo o Sargento Voight que lidera o serviço de inteligência da polícia de uma das cidades mais violentas dos Estados Unidos. E para pegar os criminosos nem sempre esse segue a lei, como podemos ver. De certa maneira Hank é até mesmo um anti-herói bem como aqueles que víamos nos antigos filmes e seriados de TV da década de 1970. 

Durante essa temporada e em seus epísódios finais ele se envolveu com problemas envolvendo um dos membros de sua equipe. O Antonio seguiu usando drogas prescritas e isso culminou numa morte indevida durante uma perseguição policial. O Sargento assim tentou preservá-lo de cair nas mãos da corregedoria. E para isso mentiu. E como todos sabemos uma pessoa que mente para encobrir algo está condenando a inventar uma mentira atrás da outra. E no caso de Voight e alguns membros de seu grupo isso significa ir para a cadeia. E tudo acontece bem no meio da eleição para prefeito da cidade. Em suma, o caos fica montado. E quem ganha no final é o espectador pois o nível dos episódios é mais do que satisfatória. Programa policial dos bons!

Pablo Aluísio.

terça-feira, 25 de maio de 2021

Abutres Humanos

Western estrelado por Alan Ladd, ator que foi muito popular em sua época, inclusive no Brasil. A história contada pelo filme é bem interessante. Durante a expansão das estradas de ferro rumo ao oeste americano, sabotagens e crimes envolvendo roubos de cargas das ferrovias eram comuns. Para solucionar esse tipo de problema as grandes empresas contratavam seguranças e homens treinados para lidar com esse tipo de situação. Whispering Smith (Alan Ladd) é um desses "especialistas". Rápido no gatilho e com faro para mistérios, ele chega no distante Colorado para desvendar uma série de ataques contra a ferrovia. A investigação aponta para Murray Sinclair (Robert Preston), o que para Smith não é um bom sinal, pois ele tem sentimentos pela esposa de sujeito, a bela Marian Sinclair (Brenda Marshall).

Alan Ladd começou a virar um astro do western justamente nesse movimentado "Whispering Smith". Embora tenha sido realizado no final dos anos 1940 a Paramount farejando sucesso de bilheteria resolveu bancar a produção em cores - algo que era bem caro e dispendiosa na época.  Alan Ladd se mostra bem carismático em seu papel, principalmente quando vestido todo de negro, em um cavalo puro sangue, dispara em perseguição contra os bandidos no meio do deserto.

Esse filme é uma ótima diversão nostálgica para quem aprecia bang-bang. Os vilões são todos seres indigestos, corruptos, ladrões e assassinos que roubam os trens usando máscaras cobrindo seus rostos. Há ótimas cenas de perseguição aos trens,  descarrilamentos de vagões e roubos de gado, que geralmente eram transportados nessas antigas máquinas a vapor. Quando em seu lançamento a Paramount não mediu esforços e divulgou bastante o filme, o tornando um sucesso popular. O próprio estúdio nem se fez de rogado e promoveu o faroeste justamente assim, como um "entretenimento popular para o homem comum em busca de diversão". Bom, não podemos mesmo discordar dos publicitários do estúdio pois essa frase resume bem esse "Abutres Humanos", em caso raro de bom título nacional.

Abutres Humanos (Whispering Smith, Estados Unidos, 1948) Estúdio: Paramount Pictures / Direção: Leslie Fenton / Roteiro: Frank Butler, Karl Kamb / Elenco: Alan Ladd, Robert Preston, Brenda Marshall / Sinopse: Whispering Smith (Alan Ladd) é o funcionário de um companhia ferroviária que precisa lidar com criminosos e bandidos de toda espécie. Filme indicado ao Writers Guild of America.  

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Uma Batalha no Inferno

Filme clássico de guerra, com ótimo elenco. Qual é a história contada? Com a Alemanha praticamente derrotada e os exércitos aliados invadindo suas fronteiras, o ditador alemão Adolf Hitler decide promover uma última reação de desespero. Ele nomeia o Coronel Hessler (Robert Shaw) como comandante de uma coluna de tanques de última geração. Sua missão é enfrentar as tropas americanas, rompendo o cerco que está sendo feito em torno da grande nação alemã. Para enfrentá-lo os soldados ianques resolvem apostar não apenas na força dos canhões, mas também na inteligência de sua estratégia no campo de batalha.

Esse é considerado um dos grandes filmes de guerra do cinema americano. E quando uso o adjetivo grande não estou me referindo apenas às suas inegáveis qualidades cinematográficas, mas também à sua duração, pois com mais de duas horas e quarenta e cinco minutos não poderia ser de outra maneira. É certamente um filme longo, mas não fique preocupado pois no final das contas não se torna cansativo em nenhum momento, muito pelo contrário. O elenco é cheio de estrelas, basta dar uma olhada em sua ficha técnica para perceber isso. Nessa época tinha se tornado comum filmes com um elenco numeroso.

Como essa produção foi feita para ser exibida no sistema Cinerama (em telas gigantescas), o estúdio entendeu por bem convocar muitos de seus astros para garantir boa bilheteria, pois o investimento para sua produção foi alto. A boa notícia é que os atores estão bem aproveitados, pois cada um, à sua maneira, tem chance de desenvolver seu respectivo personagem. Assim Fonda interpreta um Coronel que é desacreditado no comando, pois entende que haverá uma ofensiva do exército alemão a qualquer momento (já que seus superiores acreditavam bem ao contrário, que não haveria mais surpresas pois a Alemanha estava praticamente derrotada).

O ator Telly Savalas interpreta um sargento rabugento, comandante de um tanque, que está mais preocupado em fazer algum dinheiro na guerra do que propriamente em derrotar os alemães. Até Charles Bronson dá as caras como um major do front de batalha que, feito prisioneiro, resolve enfrentar face a face o oficial alemão responsável por sua prisão. O cineasta Ken Annakin mostra muita habilidade no confronto de tanques aliados e alemães. Como não havia computação gráfica na época eles de fato estão lá, em cena, trocando fogo cruzado no campo de batalha. Um belo filme, muito bem realizado, mostrando um evento crucial da Segunda Guerra Mundial. Um dos grandes clássicos do gênero, não resta a menor dúvida.

Uma Batalha no Inferno (Battle of the Bulge, Estados Unidos, 1965) Estúdio: Warner Bros / Direção: Ken Annakin / Roteiro: Philip Yordan, Milton Sperling / Elenco: Henry Fonda, Charles Bronson, Telly Savalas, Robert Shaw, Robert Ryan, George Montgomery, Pier Angeli / Sinopse: Com a Alemanha nazista praticamente derrotada na II Grande Guerra Mundial, Hitler decide partir para uma última e decisiva ofensiva para tentar impedir a invasão das fronteiras alemãs por exércitos inimigos. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria Melhor Ator Coadjuvante (Telly Savalas).

Pablo Aluísio.

Pandora

O filme narra uma história contemporânea sobre a lenda de Hendrik van der Zee (James Mason), um marinheiro que teria sido amaldiçoado por Deus a navegar até o fim dos dias. Quando ele chega em um novo porto espanhol  acaba virando alvo da paixão de Pandora (Ava Gardner), uma linda mulher, desejada por todos, mas que jamais havia nutrido uma verdadeira paixão por quem quer que seja. Será que ela poderia romper a suposta maldição em nome do amor que sente por Hendrik? Um filme de complicada definição pois apesar de ser um romance ao velho estilo também lida com temas fantásticos, como a lenda do Flying Dutchman, um tema recorrente em livros de história sobre um navegador holandês do século XVII que teria que navegar por séculos e séculos após ser amaldiçoado por seus atos bárbaros nos mares. Logo de primeira mão, temos que chamar a atenção ao fato de que apenas aqueles que conhecem melhor a lenda conseguirão gostar plenamente do enredo, pois muitas nuances são criadas em cima desse verdadeiro realismo mágico. 

Para os fãs da sétima arte temos a presença ilustre de James Mason em atuação sofisticada, elegante. Ao seu lado surge a bela Ava Gardner, descrita por muitos como a mais bonita e sensual atriz de cinema de todos os tempos. No papel de Pandora ela se mostra muito adequada, sempre surgindo em cena com toda a sua beleza estética, além de uma clara sensação de erotismo em cada momento. Imagine o impacto que isso deve ter tido em plenos anos 1950 na puritana sociedade americana de então. Dessa maneira "Pandora and the Flying Dutchman" se torna uma ótima opção para entender a diversidade e a riqueza de temas que o cinema americano em sua época de ouro conseguiu atingir em pleno auge criativo.

Pandora (Pandora and the Flying Dutchman, Estados Unidos, 1951) Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) / Direção: Albert Lewin / Roteiro: Albert Lewin / Elenco: James Mason, Ava Gardner, Nigel Patrick / Sinopse: Clássico romântico que narra a história de um amor cheio de reviravoltas do destino. Esses amantes poderão superar todos os seus problemas ou jamais viverão felizes para sempre?

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de maio de 2021

Uma Vida Por um Fio

Quando o filme começa, Leona Stevenson (Barbara Stanwyck) está desesperada ao telefone tentando localizar o marido. Ele ficou de chegar em casa cedo, mas simplesmente desaparece. No trabalho ninguém tem notícias. Ela é a filha herdeira de um rico industrial do ramo de produtos químicos. Está sozinha em casa e por causa de uma doença no coração não consegue se locomover. Ligando para várias pessoas ela vai descobrindo que existe um plano... para matá-la! Com isso o desespero se espalha, ainda mais depois que descobre que há um invasor em sua bela mansão. É o assassino, chegando para colocar um fim em sua vida.

Eu poderia definir esse clássico "Sorry, Wrong Number" como um drama de suspense e crime. A história é bem sórdida, se formos analisar bem. Há essa mulher rica, que decidiu por capricho se casar com um homem pobre, interpretado pelo ótimo Burt Lancaster. É um sujeito sem grandes valores pessoais. Embora diga que quer vencer na vida por seus próprios méritos, não pensa muito antes de entrar numa jogada criminosa, onde passa a roubar a fábrica de seu próprio sogro. Pior do que isso, ele descobre que há um seguro de vida de alguns milhões de dólares no nome de sua esposa. Se ela morrer, ele ficará milionário. Então juntando todos os pontos temos o ambiente ideal para o surgimento de um plano de assassinato.

Barbara Stanwyck está maravilhosa em sua atuação. Deitada a maior parte do filme em uma cama, com joias e cercada de todo o luxo, ela percebe que na verdade está no centro de um plano criminoso, onde ela é a principal vítima. Por esse trabalho ela foi indicada ao Oscar naquele ano. Já Burt Lancaster, que fez toda a sua carreira interpretando mocinhos e heróis, aqui surge como um mau caráter, um homem de valores vis, que só pensa em ficar rico, nem que para isso precise matar a própria esposa. Enfim, sordidez para todos os lados nesse grande filme clássico. Simplesmente imperdível.

Uma Vida Por um Fio (Sorry, Wrong Number, Estados Unidos, 1948) Direção: Anatole Litvak / Roteiro: Lucille Fletcher / Elenco: Barbara Stanwyck, Burt Lancaster, Ann Richards, Wendell Corey / Sinopse: Leona Stevenson (Barbara Stanwyck) é a rica herdeira que fica em casa, sozinha e sem ter como se locomover, por causa de uma doença no coração. A única coisa que tem para se comunicar com as pessoas é um telefone ao lado da cama. E sua casa acaba de ser invadida por um assassino profissional. Estaria seu marido por trás desse crime? Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor atriz (Barbara Stanwyck).

Pablo Aluísio.

O Gavião e a Flecha

Título no Brasil: O Gavião e a Flecha
Título Original: The Flame and the Arrow
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Jacques Tourneur
Roteiro: Waldo Salt
Elenco:  Burt Lancaster, Virginia Mayo, Robert Douglas, Aline MacMahon, Frank Allenby, Nick Cravat

Sinopse:
Na idade Média, na região da Lombardia dominada por um principado alemão, um homem das montanhas chamado Dardo Bartoli (Burt Lancaster) entra em conflito contra o Duque estrangeiro conhecido como "O Falcão". E sua briga não se resume na dominação alemã da região, mas também em questões pessoais e familiares. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor direção de fotografia (Ernest Haller) e melhor música (Max Steiner).

Comentários:
O filme é uma aventura ao estilo Robin Hodd. Aliás o personagem interpretado por Lancaster pode ser conceituado como um genérico italiano do famoso ladrão inglês. Ele vive na floresta, tem seu bando de salteadores felizes e luta contra a opressão, no caso aqui um reino de origem germânica que domina a região italiana da Lombardia. O filme é curto, menos de 80 minutos de duração e investe forte nas cenas de ação e lutas. E nessas encontramos um aspecto curioso. Como se sabe o ator Burt Lancaster veio do circo. Foi sua primeira escola. E tudo o que ele aprendeu na vida circense, como malabarismos e acrobacias, ele usa em cena nesse filme. Inclusive dispensou dublês. Além disso ele trouxe toda a trupe do circo que conhecia para trabalhar também no filme. São seus amigos do passado. Assim temos todos os tipos de números de acrobatas que você possa imaginar. É um filme ao velho estilo das matinês, então também não espere por roteiro detalhado e cheio de conteúdo. É um filme para pura diversão, basicamente isso.

Pablo Aluísio.

sábado, 22 de maio de 2021

Estados Unidos vs. Billie Holiday

Billie Holiday é considerada uma das maiores cantoras de jazz da história dos Estados Unidos. Nascida pobre e negra, filha de uma prostituta, abandonada ainda na infância, ela foi salva por seu grande talento musical. Esse filme não explora toda a sua biografia, desde sua surgimento, mas foca em um momento bem relevante da vida da cantora. Isso aconteceu quando ela decidiu cantar em seu repertório de shows uma música chamada "Stranger Fruit".

E qual era o próblema dessa triste canção? Sua letra era inspirada em um enforcamento de um homem negro numa árvore em uma fazenda do sul dos Estados Unidos. O FBI imediatamente começou a perseguir a artista pois considerava essa música subversiva e perigosa diante dos graves problemas raciais que existiam no sul. Mesmo com agentes lhe cercando, Billie Holiday não se intimidou. Ela tinha uma personalidade forte, do tipo que encarava face a face os federais. Sem ter outra opção o FBI acabou armando uma armadilha contra a cantora.

Billie Holiday tinha problemas com drogas. Era viciada em heroína. Então o FBI sabia muito bem atingir seu ponto fraco. O roteiro desse filme se concentra basicamente nessa luta da artista contra o governo dos Estados Unidos, que parecia disposto a tudo para levar ela para a prisão. Excelente filme, mostrando como o aparato federal pode ser usado, de forma ilegal, contra artistas mais "indesejáveis" pelo sistema. Uma aula de história sobre o desvirtuamento das instituições estatais em prol de sentimentos inconfessáveis de seus gestores.

Estados Unidos vs. Billie Holiday (The United States vs. Billie Holiday, Estados Unidos, 2021) Direção: Lee Daniels / Roteiro: Suzan-Lori Parks, Johann Hari / Elenco: Andra Day, Trevante Rhodes, Garrett Hedlund / Sinopse: O filme conta a história real da perseguição promovida pelo FBI contra a cantora de jazz Billie Holiday durante as décadas de 1940 e 1950. Considerada subversiva e perigosa ela passou a ser alvo de agentes federais da agência. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor atriz (Andra Day).  

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 21 de maio de 2021

Rogai por Nós

Um jornalista freelancer (com fama de picareta), em busca de uma boa história sensacionalista para vender, vai parar numa cidadezinha do interior dos Estados Unidos. A sobrinha de um padre local afirma estar vendo aparições da Virgem Maria. Logo a notícia se espalha e pessoas começam a chegar na região em busca de milagres. A suposta aparição Mariana estaria acontecendo próximo a um velho tronco de árvore, há muito abandonado. Aquela árvore havia sido usada no passado para queimar viva uma bruxa, no século XVII. Seria aquelas manifestações paranormais fruto da aparição de Maria ou teria natureza puramente satânica?

Esse novo filme de terror é uma decepção. Perceba que a premissa da história é até muito boa, interessante. Entretanto os roteiristas estragaram tudo. Seu grande erro foi apresentar um roteiro que subestima a inteligência do espectador. Tudo é tão explicadinho que fica parecendo que os roteiristas tinham certeza que o público que veria o filme não seria dos mais inteligentes. Além disso o filme opta por ser apenas mais um filminho de monstro. Poderia ter trabalhado muito bem a questão do mistério das aparições, ter feito inclusive um excelente filme de suspense em cima disso. Porém optaram mesmo pelo velho esquema de apresentar um monstrengo de efeitos digitais. Que pena, desperdiçaram uma boa história, transformando esse "Rogai por Nós" em uma grande bobagem. Vade retro...

Rogai por Nós (The Unholy, Estados Unidos, 2021) Direção:  Evan Spiliotopoulos / Roteiro: Evan Spiliotopoulos, James Herbert / Elenco: Jeffrey Dean Morgan, Cricket Brown, William Sadler, Marina Mazepa / Sinopse: Jornalista picareta, em busca de alguma notícia sensacionalista, acaba indo parar numa cidadezinha onde uma jovem afirma ver aparições de Nossa Senhora. Mas será que seria mesmo Maria ou algo demoníaco?

Pablo Aluísio.

Além da Vida

A vida da jovem professora Anna Taylor (Christina Ricci) não vai muito bem. Após uma briga com o noivo em um jantar que deveria ser romântico, ela sai com seu carro e acaba sofrendo um sério acidente na estrada. Quando recobre a consciência está na mesa da casa funerária. Ela não entende muito bem o que está acontecendo. O dono da funerária, um homem chamado Eliot Deacon (Liam Neeson), lhe explica que ela morreu. Está morta e ainda agarrada à vida. E quem tem o dom de falar com os mortos. Claro que ela não aceita essa explicação. Fica revoltada, tenta sair do necrotério de todas as formas. Afinal estaria aquele homem a enganando, a prendendo na casa funerária ou ela estaria realmente morta?

Essa é a grande questão que amarra todas as situações desse roteiro que achei muito bem elaborado e escrito. E certamente não vá esperando por respostas óbvias e fáceis. O roteiro ora tenta convencer o espectador que o personagem de Liam Neeson é um sádico que está prendendo aquela jovem que ainda viva foi enviada por engano para a morgue, ora faz transparecer que não, que ela realmente morreu e que aquele fino senhor de fato consegue conversar com os falecidos. Particularmente achei ótima essa dualidade. É um roteiro inteligente, como há muitos anos não havia visto em um filme. Eficaz em suas premissas, com ótimo desenvolvimento de sua estranha história, esse "Além da Vida" surpreende e traz elementos novos a um cinema atual que parece sofrer de crônica falta de originalidade.

Além da Vida (After.Life, Estados Unidos, 2009) Direção: Agnieszka Wojtowicz-Vosloo / Roteiro: Agnieszka Wojtowicz-Vosloo, Paul Vosloo / Elenco: Christina Ricci, Liam Neeson, Justin Long, Chandler Canterbury / Sinopse: Jovem professora sofre sério acidente e vai parar em uma casa funerária. Ela não entende o que está acontecendo. O dono da funerária então lhe informa que ela morreu e que ele consegue falar com os mortos. Ela não acredita e tenta fugir daquele lugar sombrio. Qual afinal seria a verdade naquela funesta situação?

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Jesus de Nazaré

Franco Zeffirelli nunca foi um diretor de moderação. Ao contrário disso ele sempre foi um cineasta que ia ao limite. Assim quando foi contratado para dirigir uma versão da história de Jesus Cristo para as telas, não quis saber de economias. Ele queria mesmo, como afirmou em entrevistas na época, dirigir o filme definitivo sobre a história de Jesus. Para tanto contou com um orçamento milionário, uma produção envolvendo produtores britânicos e italianos e um elenco numeroso e fenomenal, com vários astros do cinema em papéis coadjuvantes. Muito dinheiro foi investido e o primeiro corte do diretor resultou em um filme com mais de quatro horas de duração. Inviável lançar algo tão longo nos cinemas da época.

Diante disso o estúdio decidiu fazer duas versões do filme. Uma editada com pouco mais de 2 horas de duração para o cinema e uma versão bem longa que seria exibida na TV em formato de minissérie. Franco Zeffirelli não gostou muito, entretanto ele não tinha mais controle sobre sua própria criação. O resultado é um filme muito bom, com ótimas cenas e uma fidelidade tão grande com a imagem do Jesus das pinturas e quadros da renascença que o ator escolhido para viver Jesus era uma réplica fiel daquele Jesus mais conhecido, com olhos azuis e nariz alongado, algo que é discutido por historiadores de maneira em geral. De qualquer forma essa é uma questão secundária, pois "Jesus de Nazaré" segue sendo um dos filmes mais amados por cristãos de todo o mundo. Sinal de que o trabalho foi realmente extremamente bem feito.

Jesus de Nazaré (Jesus of Nazareth, Inglaterra, Itália, 1977) Direção: Franco Zeffirelli / Roteiro: Franco Zeffirelli, Anthony Burgess, Suso Cecchi D'Amico, baseados nos evangelhos do novo testamento / Elenco: Robert Powell, Olivia Hussey, Laurence Olivier, Ernest Borgnine, Claudia Cardinale, James Earl Jones, James Mason, Donald Pleasence, Christopher Plummer, Anthony Quinn, Rod Steiger, Peter Ustinov, Michael York / Sinopse: O filme conta a história de Jesus, judeu nascido na Galiléia que passou a difundir uma mensagem de paz e amor entre os homens durante o século I.

Pablo Aluísio.

Competição de Destinos

Essa dica de filme vai para quem é fã do ator (e cantor country nas horas vagas) Kevin Costner. Esse filme, do comecinho de sua carreira, foi bem pouco conhecido, mesmo nos anos 80. Não chegou a ser lançado nos cinemas brasileiros, mas ganhou certa notoriedade no mercado de vídeos VHS, justamente por causa da sequência de sucessos cinematográficos que Costner desfrutou naquela década. De repente ele se tornara um astro em Hollywood e qualquer filme que contasse com seu nome no elenco despertava a atenção e o interesse dos cinéfilos (inclusive dos "ratos de locadoras").

O filme conta a história de dois irmãos que vão participar de uma competição de corrida de bicicletas nas montanhas rochosas. O encontro deles ganha uma importância toda especial porque um dos irmãos descobriu que está com aneurisma cerebral, então tudo passa a ter um sentimento especial envolvido. É um bom filme, mas para falar a verdade não há nada de muito relevante em termos cinematográficos. Curiosamente essa produção iria marcar uma amizade no mundo real entre o ator kevin Costner e o diretor John Badham. Eles até planejaram na época a realização de uma série de filmes policias para o cinema que infelizmente nunca saíram do papel.

Competição de Destinos (American Flyers, Estados Unidos, 1985) Direção: John Badham / Roteiro: Steve Tesich / Elenco: Kevin Costner, David Marshall Grant, Rae Dawn Chong / Sinopse: Dois irmãos partem para uma competição de bicicletas nas montanhas. Esse encontro ganha contornos especiais pois pode ser a última competição deles, pois um dos irmãos está com sinais de aneurisma cerebral.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de maio de 2021

O Espião Inglês

Filme baseado em fatos históricos reais. A história se passa na década de 1960. Um Coronel russo decide enviar documentos da alta cúpula da União Soviética para o Ocidente. Ele não confia no líder soviético Nikita Khrushchov pois o considera um sujeito perigoso, sem bom senso e impulsivo. Claro que isso interessava e muito tanto para a CIA como para o serviço secreto inglês. Só que eles decidem não enviar um espião profissional, mas sim utilizar um simples vendedor, um homem comum chamado Greville Wynne (Benedict Cumberbatch). Ele já estava acostumado a viajar para o leste europeu para fechar negócios e sua presença na URSS não seria visto com desconfiança pela KGB.

Acontece que mal sabiam todos os envolvidos que a União Soviética estava com planos de instalar mísseis na ilha de Cuba. Armamento nuclear apontando para as principais cidades americanas, o que iria dar origem a uma crise internacional sem precedentes. "O Espião Inglês" é um filme sobre espionagem, agentes secretos e tudo o mais. Só não vá esperar algo como os filmes de James Bond. Como foi baseado na história real, tudo é mais realista. Nao há perseguições mirabolantes e nem carros explodindo pelos ares. O mundo da espionagem real é bem mais sutil, cheio de pequenos detalhes. Pode-se dizer inclusive que o filme tem um ritmo bem lento. Só na fantasia o mundo da espionagem internacional é cheia de ação e aventuras. No mundo real a coisa é bem mais sutil, como bem podemos perceber nesse filme.

O Espião Inglês (The Courier, Estados Unidos, Inglaterra, 2020) Direção: Dominic Cooke / Roteiro: Tom O'Connor / Elenco: Benedict Cumberbatch, Merab Ninidze, Rachel Brosnahan, Vladimir Chuprikov / Sinopse: O filme conta a história real de um simples vendedor inglês que passa a viajar até Moscou para receber documentos secretos da União Soviética enviados por um Coronel russo. Filme indicado ao British Independent Film Awards na categoria de melhor ator coadjuvante (Merab Ninidze).

Pablo Aluísio.

É Difícil Dizer Adeus

Título no Brasil: É Difícil Dizer Adeus
Título Original: Every Time We Say Goodbye
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Moshé Mizrahi
Roteiro: Moshé Mizrahi
Elenco: Tom Hanks, Cristina Marsillach, Benedict Taylor, Anat Atzmon, Gila Almagor, Moni Moshonov

Sinopse:
Um piloto norte-americano, de formação protestante, durante a Segunda Guerra Mundial, conhece uma jovem garota judia e se apaixona por ela enquanto está servindo as forças armadas dos Estados Unidos em Jerusalém. Embora suas origens fossem diversas, eles acabam lutando por esse amor, apesar das adversidades.

Comentários:
O filme é uma tentativa de reviver aqueles antigos filmes das décadas de 1940, 1950, onde havia um pano de fundo da guerra e um amor inesquecível entre os dois protagonistas, aqui lutando por um romance que parece fadado a terminar. Entretanto esse casal apaixonado não se rende, fazendo de tudo para continuarem juntos. Será que nesse filme dos anos 80 essa antiga fórmula de fazer cinema ainda funcionou? Olha, o filme é bom, mas há sim uma certa superficialidade envolvida na trama que nem é tão especial como se pensa. Quem for atrás de cenas de ação da guerra, melhor esquecer. A guerra, como já escrevi, é mero pano de fundo. Essa história, apesar de se passar em um período histórico de guerra mundial, se concentra mais na paixão, no amor dos personagens. No fundo é apenas um filme romântico, uma remodelagem de mais uma produção ao estilo Love Story. Se for isso que você estiver buscando, então aproveite bem o filme. Vai ser no mínimo interessante.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de maio de 2021

A Morte Pede Carona

Outro filme de Rutger Hauer que merece menção é esse thriller de suspense e ação chamado "A Morte Pede Carona". E aqui o roteiro mostra como uma história simples pode resultar em um bom filme. A história começa quando o jovem Jim Halsey (C. Thomas Howell) viaja por uma estrada secundária. É noite de chuva intensa e ele avista um homem andando a pé, pedindo carona. Seu sentimento de solidariedade fala mais alto e ele decide ajudar aquele andarilho. Péssima ideia, o sujeito logo se revela um psicopata perigoso, que não pensa duas vezes antes de atacar a pessoa que afinal lhe ajudou, dando carona.

Esse roteiro era tão bom que chegou a interessar até mesmo ao diretor Steven Spielberg que só não dirigiu o filme por não ter espaço livre em sua agenda. Melhor assim, pois tudo acabou resultando em um excelente filme sob direção de Robert Harmon. Ele soube muito bem explorar as nuances do suspense, colocando em evidência o modo suave e gentil do assassino, em momentos em que ele estaria prestes a revelar sua verdadeira natureza. E os dois atores em cena, Rutger Hauer e C. Thomas Howell (de "ET" e "Admiradora Secreta") contribuiu bastante para o ótimo resultado final. Houve um remake recente desse filme, mas esqueça essa nova versão. Não vela a pena. Fique mesmo com o original dos anos 80. Esse sim é um ótimo road movie.

A Morte Pede Carona (The Hitcher, Estados Unidos, 1986) Direção: Robert Harmon / Roteiro: Eric Red / Elenco: Rutger Hauer, C. Thomas Howell, Jennifer Jason / Sinopse: Jovem viajante dá carona a um estranho numa noite de chuva e acaba se arrependendo amargamente de sua decisão. Ele esqueceu do velho conselho de não dar caronas a estranhos.

Pablo Aluísio.

Procurado Vivo ou Morto

O holandês Rutger Hauer teve sua dose de fama em Hollywood. Nos anos 80 ele esteve em filmes de sucesso, alguns cult movies como "Blade Runner" e outros de menor expressão. Chegou até mesmo a estrelar seus próprios filmes de ação como esse hoje pouco lembrado "Procurado Vivo ou Morto". É um filme de ação típico da década de 80, diria que poderia até mesmo ser estrelado por um herói de ação como Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger.  Ou quem sabe, até mesmo Chuck Norris. A fórmula era relativamente simples. Os roteiros criavam uma base de enredo para justificar cenas e mais cenas de trocas de tiros com armas pesadas, carros voando em explosões e pancadaria da pesada. Nada muito além disso.

Nesse filme o ator interpreta um ex-agente da CIA chamado Nick Randall. Ele foi literalmente expulso da agência porque sempre usou da truculência sem limites. Agora vive como caçador de recompensas. E para fazer um serviço sujo é contactado justamente pela própria CIA. Ele tem que ir atrás de um terrorista internacional e se possível mandar ele para uma cova rasa no meio da floresta. Um caso de execução sumária, sem pistas, sem provas. E pronto, o roteiro arma todas as situações para muitas cenas de ação e pancadaria. E olha que o Rutger Hauer não se saiu mal, de jeito nenhum. Tinha jeito para a coisa. Entretanto sua veia artística era mais voltada para os dramas, para onde ele retornou após um tempo, voltando para a Europa, se tornando um ator prestigiado.

Procurado Vivo ou Morto (Wanted: Dead or Alive, Estados Unidos, 1986) Direção: Gary Sherman / Roteiro: Michael Patrick Goodman, Brian Taggert / Elenco: Rutger Hauer, Gene Simmons, Robert Guillaume / Sinopse: Caçador de recompensas, sujeito conhecido por sua violência, ex-agente da CIA, é procurado pela agência de inteligência do governo americano para fazer um serviço sujo, por baixo da lei. Sua meta passa a ser caçar um terrorista internacional.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 17 de maio de 2021

Fuga de Pretória

O regime racista do Apartheid na África do Sul foi um dos maiores absurdos da sociedade mundial nos últimos anos. Negros e brancos eram segregados pela própria lei. Uma atrocidade. Esse filme conta a história real do ativista Tim Jenkin (Daniel Radcliffe). Ao lado de um colega do movimento antirracista ele espalhou panfletos com textos contra o regime. Acabou sendo preso e pegou uma pena duríssima, de 12 anos de prisão. Completa injustiça. Acabou sendo enviado para a prisão federal de Pretória onde passou a cumprir pena como preso político. Entretanto jamais se conformou com o que sofreu.

Assim que chegou em Pretória começou a pensar numa maneira de fugir dali. Porém sem violência, apenas usando da sua inteligência. Logo percebeu que aquela era uma velha prisão, sem muitos mecanismos de segurança. A solução de seus problemas era relativamente simples, fazer cópias das chaves dos carcereiros. Como não tinha metal, pensou em produzir chaves de madeira dentro das celas, uma vez que tinha acesso a materiais da oficina da prisão. E assim começou a elaborar seu plano de fuga. Gostei desse filme, pois geralmente filmes com essa temática costumam ser bons. "Fuga de Pretória" certamente não decepcionará aos admiradores desse estilo de cinema.

Fuga de Pretória (Escape from Pretoria, Austrália, África do Sul, Inglaterra, Estados Unidos, 2020) Direção: Francis Annan / Roteiro: Francis Annan, L.H. Adams / Elenco: Daniel Radcliffe, Daniel Webber, Ian Hart, Mark Leonard Winter / Sinopse: O filme conta a história real do ativista Tim Jenkin (Daniel Radcliffe) e seus companheiros de prisão que planejaram uma fuga ousada e inteligente da prisão federal de Pretória, na África do Sul, durante o regime racista do Apartheid.

Pablo Aluísio.

Retroceder Nunca, Render-se Jamais

Título no Brasil: Retroceder Nunca, Render-se Jamais
Título Original: No Retreat, No Surrender
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos, Hong Kong
Estúdio: Seasonal Film Corporation
Direção: Corey Yuen
Roteiro: See-Yuen Ng
Elenco: Kurt McKinney, Jean-Claude Van Damme, J.W. Fails, Kathie Sileno, Kent Lipham, Peter Cunningham

Sinopse:
Jason Stillwell (Kurt McKinney) é um jovem lutador que decide vingar a morte de seu pai. Para isso porém ele precisará vencer no ringue um campeão russo de lutas marciais, o violento e imbatível Ivan Kraschinsky (Jean-Claude Van Damme).

Comentários:
A primeira vez que ouvi falar no belga Jean-Claude Van Damme foi quando esse filme pintou nas locadoras de vídeo VHS. Ele não era o ator principal do filme (isso coube ao péssimo Kurt McKinney). O que aconteceu mesmo foi que Van Damme roubou o filme dele sem dó e nem piedade. O sujeito foi para o anonimato e o belga começou a fazer sucesso. Esse primeiro filme aqui é uma típica produção de Hong Kong, é mal produzida, as atuações são capengas e amadoras, mas as lutas (hiper exageradas) caíram no gosto do povão. Eu me recordo inclusive que essa fita vivia frequentando a lista dos mais locados no Brasil. O povão curtiu a pancadaria, sem dúvida. Depois disso Jean-Claude Van Damme foi sendo escalado para outros filmes de ação e acabou virando um astro do gênero, tendo sua própria carreira e filmografia. É a tal coisa, as pessoas precisam começar de algum lugar, não é mesmo?

Pablo Aluísio.

domingo, 16 de maio de 2021

Uma Filha para o Diabo

Logo no trailer original o cinéfilo já entendia que os produtores desse filme faziam uma força para que o público o identificasse com outros grandes sucessos de terror da época, como "O Exorcista" e "O Bebê de Rosemary", só que tudo isso era em vão. "Uma Filha para o Diabo" nunca conseguiu atingir o mesmo status dessas duas outras produções, embora fosse sim um bom filme do gênero. A história subvertia papéis. Se em "O Exorcista" os padres eram os grandes mocinhos daquela história trágica, aqui o padre interpretado por Christopher Lee era um adorador do Diabo, ou melhor ainda, era o próprio Lúcifer. Nada mais adequado inclusive para quem já tinha feito tanto sucesso como o Conde Drácula em vários filmes. Ele estava em casa.

Revisto hoje em dia "Uma Filha para o Diabo" envelheceu bastante, mas só em certos aspectos. Algo que nunca vai desagradar ao fã de cinema é seu estilo bem anos 70, mais cru, mais visceral. Parece até mesmo em certos momentos que o cinéfilo está vendo um velho documentário sobre bruxaria. Outro ponto positivo vem da presença da atriz Nastassja Kinski. Ela era ainda bem novinha no filme, mas os produtores não perderam tempo. Suas cenas vestidas de freira misturam o sagrado com o profano, trazendo uma inesperada dose de sensualidade a um filme que deveria ser de puro terror psicológico. Na década seguinte, nos anos 80, a Nastassja Kinski iria se tornar símbolo de sensualidade e erotismo no cinema. As origens dessa imagem podem ser encontrados justamente nesse que foi um de seus primeiros filmes no cinema inglês.

Uma Filha para o Diabo (To the Devil a Daughter, Inglaterra, Alemanha 1976) Direção: Peter Sykes / Roteiro: Christopher Wicking, John Peacock / Elenco: Richard Widmark, Christopher Lee, Nastassja Kinski, Honor Blackman / Sinopse: Um romancista ocultista americano luta para salvar a alma de uma jovem de um grupo de satanistas, liderados por um padre excomungado, que planeja usá-la como representante do Diabo na Terra.

Pablo Aluísio.

Halloween 5

Esse filme é uma continuação bem fiel da história do filme anterior. Isso poderia parecer algo óbvio, mas em se tratando dessa franquia de terror, não é. Por exemplo, Halloween 3 não tinha nada a ver com Halloween 4. Já esse Halloween 5 é uma sequência da história que começou a ser contada no quarto filme. A sobrinha de Michael Myers continua sentindo e vendo tudo o que o assassino faz. E nesses momentos ela acaba tendo convulsões, se debatendo toda na cama. Quando ele mata, ela desmaia! E para quem pensou que o Myers estava morto... bem, os roteiristas sempre dão um jeito. Não importa que no filme anterior ele tenha sido baleado e tenha caído numa mina abandonada. Ele, como bem já sabemos, sempre volta, sempre retorna. Tal como o Jason de "Sexta-Feira 13".

Nesse quinto filme da série ele está de volta às ruas, um ano depois da história de Halloween 4. E caçando jovens garotas dos anos 80 em pleno feriado do dia das bruxas, quando todo mundo anda fantasiado no meio da rua. Quem iria prestar atenção nele? Seria mais um sujeito com fantasia de assassino. As jovens garotas, claro, só querem curtir e namorar. E o Mike Myers acaba matando o namorado de uma delas, assumindo a direção de um belo carro clássico conversível preto, que facilita e muito suas matanças. As garotas adoram, mesmo que ele tenha um facão afiado no banco ao lado. Como é um filme dos anos 80, revendo hoje em dia não há como deixar a nostalgia de lado, com aquele figurino, aqueles cabelos armados das meninas. A única coisa que ficou atemporal mesmo foi o próprio Michael Myers, com sua velha máscara surrada de sempre. Pelo visto, assassinos em série nunca saem de moda, pelo menos no cinema.

Halloween 5: A Vingaça de Michael Myers (Halloween 5: The Revenge, Estados Unidos, 1989) Direção: Dominique Othenin-Girard / Roteiro: John Carpenter, Debra Hill / Elenco: Donald Pleasence, Danielle Harris, Ellie Cornell / Sinopse: O assassino enlouquecido Michael Myers não morreu na mina abandonada como todos pensavam. Ele está vivo e de volta às ruas em plena noite de Halloween. E ele quer mais mortes, mais sangue, mais vingança.

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de maio de 2021

Psicose 3

O mestre Alfred Hitchcock já estava morto há alguns anos quando o ator Anthony Perkins conseguiu adquirir os direitos para o cinema do personagem Norman Bates. Ele havia interpretado esse psicopata no filme de maior sucesso de toda a sua carreira, então era natural que fosse atrás de seus direitos autorais para revitalizar a franquia "Psicose" no cinema. E assim o fez. "Psicose II" não foi tão bem recebido quanto ele desejava, mas também não foi malhado. O público prestigiou o filme que gerou lucro, despertando novamente o interesse no famoso (ou infame) personagem. E assim em 1985, Perkins voltou à tona, nessa terceira sequência oficial do universo de Psicose.

E ele foi além. Ousado, decidiu que iria dirigir pessoalmente ao novo filme. E o que mais surpreende é que como cineasta não decepcionou. Esse "Psicose 3", apesar de toda a má vontade envolvida por parte dos críticos, é certamente um bom filme. Não decepcionou quem estava em busca de novas histórias envolvendo o perturbado Norman Bates. Claro que em termos cinematográficos não poderia ser comparado com o filme original, mas quem disse que não era bom cinema? Era sim, sem dúvida. Acredito que esses filmes posteriores deram certo por um motivo simples. De certa forma Norman Bates.era Anthony Perkins. Ele era tão identificado com o personagem que sempre quando surgia em sua pele em um filme tudo se tornava natural. Era impossível não gostar de um filme de "Psicose" com ele no papel principal. Nem havia como pensar de outra forma.

Psicose 3 (Psycho III, Estados Unidos, 1986) Direção: Anthony Perkins / Roteiro: Charles Edward Pogue, Robert Bloch / Elenco: Anthony Perkins, Diana Scarwid, Jeff Fahey, Roberta Maxwell / Sinospe: Norman Bates (Perkins) luta para continuar na normalidade, fugindo de seus momentos de insanidade, mas isso vai se tornando cada vez mais difícil de acontecer. E para piorar há novos hóspedes no Bates Motel, entre eles uma freira católica por quem ele passa a desenvolver estranhos sentimentos de amor e ódio. Filme indicado pela Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de melhor filme de terror.

Pablo Aluísio.

A Maldição de Samantha

Título no Brasil: A Maldição de Samantha
Título Original: Deadly Friend
Ano de Produção: 1986
País: Estadps Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Wes Craven
Roteiro: Diana Henstell, Bruce Joel Rubin
Elenco: Kristy Swanson, Matthew Labyorteaux, Michael Sharrett, Anne Ramsey, Richard Marcus

Sinopse:
Samantha Pringle (Kristy Swanson) parece ser uma garota normal, bonita, simpática, legal com todos, com os vizinhos, etc. Só que por trás de tudo se esconde um terrível e trágico segredo.

Comentários:
Filme de terror dos anos 80 dirigido pelo mestre do gênero Wes Craven? Pode ir numa boa, assista sem receios. De todos os diretores de terror dos anos 80 o cineasta Wes Craven sempre foi um dos mais bem conceituados, um dos mais lembrados e reverenciados dos fãs de filmes de terror. Essa fita aqui é menos conhecida do que seu grande sucesso no cinema, "A Hora do Pesadelo", mas se engana quem pensa que é um filme fraco. Pelo contrário. Esse jogo de suspense e terror que vai sendo tecendo aos poucos, usando como cenário um bairro normal de uma cidade americana, sempre foi muito eficiente. Sempre rendeu ótimos filmes, porque o espectador acabava se identificando. Poderia acontecer em sua vizinhança. Então deixo a dica desse Craven que poucos viram ou se lembram.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 14 de maio de 2021

A Marca do Zorro

Recentemente em uma entrevista o ator Frank Langella afirmou que havia adorado interpretar dois personagens clássicos no cinema quando era mais jovem. O primeiro foi Drácula, naquele hoje cultuado filme de 1979, o segundo havia sido o Zorro nessa produção de 1974. O que ligava as duas produções era o fato de que o cinema daquela época tentava revitalizar antigos personagens famosos das telas do passado. E como o próprio Frank Langella também frisou em sua entrevista, o Zorro é seguramente um dos personagens mais influentes da história da cultura pop. Basta lembrar que o desenhista Bob Kane se inspirou nele para criar seu herói mais famoso, o Batman. Definitivamente não é pouca coisa.

Nessa versão da década de 1970 o o petulante Don Diego de la Vega (Langella) retorna da Espanha após longos anos estudando na Europa. De volta à Califórnia ele descobre que seu pai fora traído. Antigo governante da província, ele foi colocado de lado para que assumisse seu cargo um homem violento e cruel chamado Don Luis Quintero. Para trazer justiça ao povo daquela região tão sofrida, Diego então assume a figura do Zorro, um herói mascarado, bom espadachim, que lutava contra os crimes e as injustiças promovidas pelo governante corrupto e vilanesco. O resultado dessa nova versão do Zorro foi excelente. É um filme com bom roteiro, ótimas atuações de todo o elenco e aquele clima de aventura e ação que fazia a alegria das matinês do passado. Um ótimo filme realmente, à altura desse grande personagem da literatura e do cinema.

A Marca do Zorro (The Mark of Zorro, Estados Unidos, 1974) Direção: Don McDougall / Roteiro: Brian Taggert, John Taintor Foote / Elenco: Frank Langella, Ricardo Montalban, Gilbert Roland, Yvonne De Carlo, Anne Archer / Sinopse: Em 1840 o jovem nobre Don Diego de la Vega (Langella) retorna aos Estados Unidos após longos anos de estudo na Espanha e descobre que seu bondoso pai foi alvo de inimigos corruptos e facínoras. Usando a capa preta, sua máscara e uma espada afiada, ele parte para a vingança assumindo a identidade do herói Zorro.

Pablo Aluísio.

Harém

Título no Brasil: Harém
Título Original: Harem
Ano de Produção: 1985
País: França
Estúdio: Sara Films
Direção: Arthur Joffé
Roteiro: Arthur Joffé
Elenco: Nastassja Kinski, Ben Kingsley, Dennis Goldson, Michel Robin, Zohra Sehgal, Juliette Simpson

Sinopse:
Uma jovem americana é sequestrada por um xeque árabe e mantida em cativeiro em seu harém. No início, ela tenta freneticamente escapar, mas à medida que eles vão se conhecendo e se apreciando, surge algo a mais naquele relacionamento.

Comentários:
Nastassja Kinski foi símbolo sexual dos cinéfilos durante os anos 80. Ponto. Essa é uma informação importante. Agora imagine levar essa atriz para o mundo oriental e seu erotismo todo exótico para os padrões dos ocidentais. Foi justamente essa a proposta dessa produção francesa. Funcionou? Em termos. O teor erótico do filme foi mantido por causa das belas curvas de Nastassja Kinski, mas como puro cinema temos apenas algo morno. Assim como a série Shogun, esse filme tinha um gosto de coisa falsa, de algo que não captou de verdade a cultura daqueles povos do Oriente Médio. Além disso a maquiagem e os figurinos nos dias atuais podem soar bem datados, se formos muito críticos. De qualquer forma não é nada mal ver a Nastassja Kinski praticando a dança do ventre.

Pablo Aluísio.