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quinta-feira, 30 de abril de 2015
Livre
A jornada assim não se resume a uma garota tentando vencer os desafios de atravessar a pé o deserto de Mojave - uma das regiões mais secas e hostis dos Estados Unidos - mas principalmente encontrar-se, conhecer a si mesmo em um nível mais profundo. Diante dessa proposta o resultado final se mostra muito marcante, muito sensível e também bastante inspirador. Reese Witherspoon recebeu diversas indicações por sua atuação em vários festivais de cinema mundo afora. Todas merecidas. A atriz supera finalmente comédias do tipo "Legalmente Loira" e derivados, para finalmente adentrar em um tipo de cinema com mais conteúdo, que tenha algo realmente importante a dizer. Por falar nisso Witherspoon merece não apenas os elogios por sua atuação, mas também pela coragem, pois ela própria se empenhou bastante na realização do filme, inclusive exercendo a função de produtora. Na verdade foi Reese quem comprou os direitos autorais do livro escrito por Cheryl Strayed chamado "Wild: From Lost to Found on the Pacific Crest Trail". Sim, tudo o que você verá no filme foi baseado em uma história real e isso adiciona ainda mais méritos para a produção como um todo. Uma jornada de superação, cuja maior lição é aquela que nos ensina que devemos seguir sempre em frente, não importando os desafios, não procurando apagar completamente o passado de nossas vidas, pois ele também faz parte do que somos, mas sim entendendo e procurando aprender com ele. Afinal de contas a vida é justamente isso, uma longa caminhada rumo ao desconhecido. A forma como você chegará lá é que irá definir se você foi ou não uma pessoa realmente feliz.
Livre (Wild, Estados Unidos, 2014) Direção: Jean-Marc Vallée / Roteiro: Nick Hornby, baseado no livro escrito por Cheryl Strayed / Elenco: Reese Witherspoon, Laura Dern, Gaby Hoffmann / Sinopse: Após a morte de sua mãe e do fim de seu casamento de sete anos, Cheryl Strayed (Reese Witherspoon) resolve fazer a trilha de Pacific Crest, onde pretende avaliar os rumos de sua vida, seus problemas sentimentais e partir em direção a sua paz interior. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Reese Witherspoon) e Melhor Atriz Coadjuvante (Laura Dern). Indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz - Drama (Reese Witherspoon). Também indicado ao BAFTA Awards e ao Screen Actors Guild Awards na mesma categoria.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 28 de abril de 2015
Força Sinistra
Uma raça de vampiros do espaço chega a Londres e infecta a população, iniciando uma descida apocalíptica ao caos. Roteiro baseado no romance de ficção e terror chamada "Space Vampires". Eis a sinopse, típica de filmes mais antigos, dos anos 50, por exemplo, mas que é justamente a trama desse filme dos anos 80, para surpresa de muitos.Eu era um jovem adolescente quando esse filme chegou nas telas de cinema na cidade onde vivia. É uma mistura de ficção e terror em uma produção inglesa (em sua maioria) que chamou a atenção da crítica. ]
Em termos de público o filme não fez muito sucesso, mas acabou ficando bem conhecido. O elenco, além dos efeitos especiais, formava o ponto de atração. Patrick Stewart, que depois iria virar o Capitão Picard na nova série de "Star Trek" trabalhou no filme. E nunca é demais citar também a presença da bela Mathilda May que passa o filme inteiro praticamente nua, interpretando uma das vampiras do espaço. A galera da época, claro, não reclamou daquela linda mulher nua desfilando pela tela!
Força Sinistra (Lifeforce, Estados Unidos, 1985) Estúdio: Cannon Films / Direção: Tobe Hooper / Roteiro: Colin Wilson / Elenco: Steve Railsback, Mathilda May, Peter Firth, Patrick Stewart, Michael Gothard, Nicholas Ball / Sinopse: Estranhos seres, vindos do espaço sideral, vampirizam suas vítimas, sucando suas energias vitais.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 27 de abril de 2015
Leviathan
E olha que "Leviathan" até que não era tão ruim. Havia bons efeittos especiais (para a época, claro) e um roteiro que até tinha boas ideias, boas sacadas. O elenco também era bom. Tinha Peter Weller que havia interpretado "Robocop" no filme de sucesso e o falecido Richard Crenna, que todo cinéfilo conhecia de "Rambo" e outros filmes menores. Enfim, um bom filme Sci-fi dos anos 80, apesar de ter sido massacrado pela crítica da época. Não precisava tanto, vamos convir.
Leviathan (Leviathan, Estados Unidos, 1989) Direção: George P. Cosmatos / Roteiro: David Webb Peoples, Jeb Stuart / Elenco: Peter Weller, Richard Crenna, Amanda Pays / Sinopse: Explorando o casco de um cargueiro soviético naufragado, uma equipe de mineiradores de alto mar liderada pelo oceanógrafo Steven Beck fica cara a cara com uma criatura mutante e desconhecida até então.
Pablo Aluísio.
domingo, 26 de abril de 2015
Sexta-Feira 13
O curioso é que nesse primeiro filme o personagem do Jason iria ser bem coadjuvante na história. Ele, no máximo, surgia como uma sombra, uma lenda que aterrorizava jovens ao lado do fogueiras no meio da noite. Estava longe de aparecer como o assassino de facão na mão e máscara de hockey na cabeça. É um filme bem mais soft do que os que viriam depois. É um bom filme? Diria que para a época estava muito bem localizado. Hoje em dia provavelmente os fãs de terror vão achar tudo um tanto datado. Afinal de contas o tempo não perdoa, nem a saga do Jason sobrevive ao passar dos anos.
Sexta-Feira 13 (Friday the 13th, Estados Unidos, 1980) Direção: Sean S. Cunningham / Roteiro: Victor Miller, Ron Kurz / Elenco: Betsy Palmer, Adrienne King, Kevin Bacon, Jeannine Taylor / Sinopse: Um campo de verão vira palco de mortes e desespero anos depois que havia sido fechado justamente por causa de uma tragédia ocorrida em seu interior.
Pablo Aluísio.
sábado, 25 de abril de 2015
Cherry 2000
Claro que a questão das replicantes é imitado de Blade Runner. Só que o que era sofisticado e noir no filme de Ridley Scott, aqui vira puro kitsch. Há uma tentativa também de usurpar cenas de Rambo. Como se vê é uma geléia geral de falta de ideias próprias e originalidade. A única coisa que se salva no final é a presença da própria Melanie Griffith. Jovem e bonita, nem a peruca laranja conseguiu destruir seu apelo sexual na tela. Nos anos 80 ela era uma beldade e tanto!
Cherry 2000 (Estados Unidos, 1987) Direção: Steve De Jarnatt / Roteiro: Lloyd Fonvielle, Michael Almereyda / Elenco: Melanie Griffith, David Andrews, Pamela Gidley / Sinopse: Em 2017, um empresário de sucesso viaja aos confins da terra para descobrir que a mulher perfeita está sempre debaixo de seu nariz. Ele contrata um rastreador renegado para encontrar uma duplicata exata de sua esposa andróide.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 24 de abril de 2015
RoboCop: O Policial do Futuro
Outro aspecto digno de nota é que o filme também foi considerado bem violento para a época. Realmente havia cenas fortes, como aquela do criminoso literalmente derretendo após cair um produto químico em seu corpo. Porém é bom frisar que tudo estava encaixado em um contexto muito bem construído, em um mundo onde as grandes corporações começavam a tomar conta, inclusive das forças policiais. Enfim, grande filme dos anos 80. Um dos melhores dessa safra.
RoboCop: O Policial do Futuro (Robocop, Estados Unidos, ) Direção: Paul Verhoeven / Roteiro: Edward Neumeier, Michael Miner / Elenco: Peter Weller, Nancy Allen, Dan O'Herlihy / Sinopse: Em um futuro próximo o departamento de polícia de Detroit e uma empresa multinacional poderosa criam um novo tipo de policial, metade homem, metade máquina, para combater os criminosos da cidade.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 23 de abril de 2015
Top Gun: Ases Indomáveis
E verdade seja dita, "Top Gun: Ases Indomáveis" é um belo de um filme. Resistiu bem à passagem do tempo e até hoje pode ser assistido sem problemas. O roteiro é bem legal, cinema pop por excelência e tem boas cenas de combate aéreo. Inclusive esse foi um fato curioso porque o filme foi produzido em um tempo em que os Estados Unidos estava em paz, sem nenhum conflito internacional. A Guerra do Vietnã havia acabado e tudo mais. Então inventaram um "incidente internacional" com a URSS, para criar um certo clima. Forçado, claro, mas ainda assim funcional para o filme. Enfim, "Top Gun" é seguramente Top 10 dos anos 80.
Top Gun: Ases Indomáveis (Top Gun, Estados Unidos, 1986) Direção:Tony Scott / Roteiro: Jack Epps Jr, Ehud Yonay / Elenco: Tom Cruise, Kelly McGillis, Val Kilmer, Meg Ryan, Tim Robbins / Sinopse: O filme conta a história de Maverick (Cruise), um arrojado e ousado piloto de caça da USAF. E agora, além de enfrentar problemas disciplinares com seus superiores, ele terá que também enfrentar seu primeiro grande desafio pilotando um avião de guerra F-15.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 22 de abril de 2015
Adeus, Lenin!
A história do filme se passa no ano de 1990, ou seja, um ano após o fim do bloco oriental socialista. A mãe do protagonista do filme amava a Alemanha Oriental e quando ela acorda do coma, esse país já não mais existe. A Alemanha é unificada, Alemanha Ocidental e Oriental deixam de existir. Um filme bem interessante mostrando o ponto de vista de uma parcela da população daquelas nações. No geral eu recomendo ainda mais para quem gosta de história e quer entender melhor as transformações pelas quais passaram os países do Leste europeu durante aquela fase de transição política.
Adeus, Lenin! (Good Bye Lenin!, Alemanha, 2003) Direção: Wolfgang Becker / Roteiro: Bernd Lichtenberg, Wolfgang Becker / Elenco: Daniel Brühl, Katrin Saß, Chulpan Khamatova / Sinopse: Um jovem tenta proteger sua mãe socialista depois que ela sai de coma. Sua amada Alemanha Oriental já não existe mais!
Pablo Aluísio.
Dias de Trovão
O diretor Tony Scott era um craque nesse tipo de filme. É muito lamentável que depois de tantos sucessos no cinema ele tenha se suicidado. Que triste! De qualquer maneira fica o registro desse filme dos anos 90 que, se minha memória não me trai, vi no cinema, nas saudosas sessões de cinema que eu era habituado a assistir naquela época. Saudades de um tempo em que ir ao cinema não era perigo de vida! De uma forma ou outra deixo a dica para quem ninguém viu. Detalhe para os carros velozes e os figurinos chamativos, principalmente dos pilotos em suas máquinas.
Dias de Trovão (Days of Thunder, Estados Unidos, 1990) Direção: Tony Scott / Roteiro: Robert Towne, Tom Cruise / Elenco: Tom Cruise, Nicole Kidman, Robert Duvall / Sinopse: O astro internacional de cinema Tom Cruise interpreta o jovem, competitivo e ambicioso piloto de corridas que não vê limites para seus planos de se tornar um grande campeão das pistas ao mesmo tempo em que tenta conquistar uma linda mulher que pode ser o amor de sua vida!
Pablo Aluísio.
terça-feira, 21 de abril de 2015
Quem Não Cola Não Sai da Escola
Pois bem, eles estão chegando no último ano do colegial. Agora é hora de pensar em entrar em uma universidade, mas a diretora da escola está pensando em se vingar deles, após anos e anos de gracinhas e espertezas desses carinhas muito folgados. Eu sempre costumo dizer que os melhores anos do cinema nesse tipo de filme foram os anos 80. Se tivesse sido filmado naquela época quem sabe teríamos uma pequena obra prima em mãos. Como isso não aconteceu, claro, temos apenas um filme legalzinho que até funciona como um passatempo ligeiro. Não espere por nada muito além disso.
Quem Não Cola Não Sai da Escola (Cheats, Estados Unidos, 2002) Direção: Andrew Gurland / Roteiro: Andrew Gurland / Elenco: Frevor Fehrman, Matthew Lawrence, Elden Henson / Sinopse: Grupo de alunos espertinhos do ensino médio passam por apuros no seu último ano de colegial.
Pablo Aluísio.
A Primeira Transa de Jonathan
A história é sobre um adolescente que vive nos anos 50. Ele não tem jeito com as mulheres e acaba conhecendo um cara mais velho, motoqueiro, que tem mais sucesso com as garotas. E esse acaba transformando o desastrado Jonathan em seu aprendiz. O filme hoje em dia ganha um certo sabor de nostalgia porque foi um dos primeiros a trazer a atriz Kelly Preston, falecido recentemente. Linda e jovem no filme, ela interpretava uma estudante que obviamente era inspirada em Marilyn Monroe. Tinha até ousadas cenas de nudez para a época. Os jovens que viram o filme nos anos 80 obviamente não reclamaram.
A Primeira Transa de Jonathan (Mischief, Estados Unidos, 1985) Direção: Mel Damski / Roteiro: Noel Black / Elenco: Doug McKeon, Kelly Preston, Catherine Mary Stewart / Sinopse: Na década de 1950 um jovem sem jeito para as mulheres tenta conquistar a garota de seus sonhos com a ajuda de um amigo mais velho.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 20 de abril de 2015
Sem Medo de Viver
O resultado é apenas parcialmente bem sucedido em suas pretensões. Aliás talvez o maior problema do filme seja sua própria pretensão, maior do que a própria qualidade da fita em si. Mesmo assim acabou agradando, levantando boas indicações em importantes festivais de cinema pelo mundo afora.
Sem Medo de Viver (Fearless, Estados Unidos, 1993) Direção: Peter Weir / Roteiro: Rafael Yglesias / Elenco: Jeff Bridges, Isabella Rossellini, Rosie Perez / Sinopse: Drama sobre um homem em um momento crucial de sua existência. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Rosie Perez). Também indicado ao Globo de Ouro na mesma categoria.
Pablo Aluísio.
domingo, 19 de abril de 2015
Cliente Morto Não Paga
O diretor Carl Reiner pode até ser parabenizado pelo que criou, mas a verdade é que o clima de anarquia que ele depois imprimiu ao filme deu a sensação de desleixo e bagunça. Steve Martin teve que contracenar com o nada, dentro de um estúdio, até porque essa é uma fita onde a edição é tudo - da primeira à última cena. Talvez nos dias de hoje, com o avanço da tecnologia, as coisas funcionassem melhor. Já no começo da década de 80 tudo ficou apenas restrito nas boas intenções de seus realizadores e nada mais.
Cliente Morto Não Paga (Dead Men Don't Wear Plaid, Estados Unidos, 1982) Direção: Carl Reiner / Roteiro: Carl Reiner, George Gipe / Elenco: Steve Martin, Rachel Ward, Alan Ladd, entre outros grandes nomes da era de ouro do cinema americano. / Sinopse: Um filme curioso, mesclando cenas de filmes antigos com atores da atualidade, interpretando detetives do passdo.
Pablo Aluísio.
Oscar
Depois do fracasso comercial a estrela de Stallone começou a perder seu brilho. Para piorar, como se não bastassem as péssimas críticas e a bilheteria decepcionante, Stallone ainda teve que arcar com as vexatórias indicações ao Framboesa de Ouro nas categorias de Pior Ator (Stallone, pagando por seu ego cego), Pior Atriz Coadjuvente (sim, ela mesma, Marisa Tomei, saindo direto do prêmio máximo da academia para o vexame completo) e Pior Diretor (que pena, John Landis, pelo conjunto da obra nem merecia algo assim). Dessa maneira fica a recomendação: não assista ao filme, você não vai achar graça nenhuma e certamente ficará com a sensação de perder seu tempo.
Oscar - Minha Filha Quer Casar (Oscar, Estados Unidos, 1991) Direção: John Landis / Roteiro: Claude Magnier, Michael Barrie / Elenco: Sylvester Stallone, Ornella Muti, Don Ameche, Maria Tomei / Sinopse: Comédia estrelada pelo herói de filmes de ação Sylvester Stallone.
Pablo Aluísio.
sábado, 18 de abril de 2015
Terra das Sombras
Quem interpreta o famoso escritor é o ator Anthony Hopkins, que como sempre está muito lúcido e muito bem em seu papel. Ele traz um humanismo grandioso ao personagem que dá vida. Richard Attenborough, um mestre em filmes como esse, trata tudo com fina melancolia e muita sensibilidade, o que transforma o filme em um drama triste, mas ao mesmo tempo realmente tocante. Uma excelente obra cinematográfica, sem retoques.
Terra das Sombras (Shadowlands, Inglaterra, 1993) Direção: Richard Attenborough / Roteiro: William Nicholson / Elenco: Anthony Hopkins, Debra Winger, Julian Fellowes. / Sinopse O drama de um homem mais velho que vê sua esposa sucumbindo para uma grave doença terminal. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Debra Winger) e Melhor Roteiro Adaptado (William Nicholson). Filme vencedor do BAFTA Awards nas categorias de Melhor Filme Britânico e Melhor Ator (Anthony Hopkins).
Pablo Aluísio.
Diên Biên Phú
O roteiro desse filme é muito bom porque procura mostrar os eventos que deram origem a um dos mais desastrosos conflitos militares da história americana. O momento em que o ovo da serpente foi plantado naquele solo. Curiosamente a sensação é a de que os americanos não tinham a menor ideia do que se passava e pelo visto continuaram a não ter depois, quando a guerra finalmente eclodiu. Pior para os milhares de jovens americanos que foram enviados para aquelas selvas tropicais, sem nem ao menos saberem porque realmente estavam lá, morrendo e lutando por suas vidas. Filme indicado ao César Awards na categoria de Melhor Música (Georges Delerue).
Diên Biên Phú - A Última Batalha da Indochina (Diên Biên Phú, França, 1992) Direção: Pierre Schoendoerffer / Roteiro: Pierre Schoendoerffer / Elenco: Donald Pleasence, Patrick Catalifo, Jean-François Balmer / Sinopse: Um outro olhar sobre uma guerra travada no fim do mundo.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 17 de abril de 2015
O Enigma das Cartas
O enredo gira em torno de uma mãe, Ruth Matthews (Kathleen Turner), que precisa lidar sozinha com os problemas de autismo da filha, após a morte de seu marido. Ela tenta se comunicar com a jovem garota se utilizando do próprio universo muito particular de ser da menina, que costuma construir grandes castelos de cartas em seu quarto. Como se sabe as pessoas que sofrem de autismo acabam tendo grande dificuldade de interagir socialmente com as pessoas ao seu redor, sendo que muitos autistas acabam vivendo em um mundo muito particular, onde nem mesmo os próprios membros da família conseguem entrar. Em suma, um bom drama, especialmente indicado para quem tem algum membro da família passando por esse problema.
O Enigma das Cartas (House of Cards, Estados Unidos, 1993) Direção: Michael Lessac / Roteiro: Michael Lessac, Robert Litz / Elenco: Kathleen Turner, Tommy Lee Jones, Asha Menina / Sinopse: Thriller com fortes personagens femininos. Filme vencedor do WorldFest Houston na categoria de Melhor Atriz (Kathleen Turner).
Pablo Aluísio.
Os Puxa-Sacos
Michael J. Fox é sempre uma atração a mais, porém o que vale mesmo a pena aqui é rever o veterano e ídolo da era de ouro do cinema americano Kirk Douglas em uma de suas últimas participações na tela grande. Douglas (que ainda está vivo, quase chegando aos 100 anos de idade que completará no ano que vem) é um daqueles mitos da história do cinema que vale qualquer sacrifício, até mesmo o de gastar algum dinheiro com uma comédia descartável como essa. Por causa da sua idade avançada ele não aparece muito no filme, mas quando surge mostra que ainda é um dos mais carismáticos astros que já passaram por Hollywood. Então, diante disso, esqueça o péssimo título nacional e arrisque conhecer. O Kirk vale o esforço.
Os Puxa-Sacos (Greedy, Estados Unidos, 1994) Direção: Jonathan Lynn / Roteiro: Lowell Ganz, Babaloo Mandel / Elenco: Michael J. Fox, Kirk Douglas, Nancy Travis / Sinopse: Comédia estrelada pelo carismático ator Michael J. Fox e o veterano da era de ouro do cinema, Kirk Douglas.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 16 de abril de 2015
O Cliente
Some-se a isso a presença de atores talentosos como a engajada Susan Sarandon e o sempre competente Tommy Lee Jones e você certamente terá em mãos aquele tipo de película onde nem mesmo um diretor ruim conseguiria estragar. Não que Joel Schumacher mereça esse tipo de título, mas sim pelo fato que mesmo que ele estivesse em um momento ruim dificilmente estragaria o resultado final. Assim "O Cliente" é um bom drama jurídico, que explora o lado mais visceral desse mundo fascinante do direito.
O Cliente (The Client, Estados Unidos, 1994) Direção: Joel Schumacher / Roteiro: Akiva Goldsman / Elenco: Susan Sarandon, Tommy Lee Jones, Brad Renfro, William H. Macy / Sinopse: O filme mostra o tenso caso de um jovem que deverá testemunhar contra mafiosos. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Atriz (Susan Sarandon). Também indicado ao BAFTA Awards e ao Screen Actors Guild Awards na mesma categoria.
Pablo Aluísio.
Mudança de Hábito 2
O diretor William Henry Duke Jr conseguiu captar muito bem o clima gospel e religioso de pequenas comunidades religiosas de Nova Iorque, levando essa bagagem para o filme como um todo. Além disso o que podemos dizer da maravilhosa Maggie Smith? Uma atriz que realmente dispensa maiores comentários. Assim temos mais um belo trabalho que salvou o conjunto do rótulo de mero caça-níquel comercial. O que excelentes canções e atrizes de talento não conseguem fazer, não é mesmo?
Mudança de Hábito 2: Mais Confusões no Convento (Sister Act 2: Back in the Habit, EUA, 1993) Direção: Bill Duke / Roteiro: Joseph Howard, James Orr/ Elenco: Whoopi Goldberg, Kathy Najimy, Maggie Smith / Sinopse: Continuação do sucesso "Mudança de Hábito". Uma fugitiva apronta várias confusões se fazendo passar por freira em um animado convento. Filme indicado ao MTV Movie Awards na categoria de Melhor Atriz (Whoopi Goldberg).
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 15 de abril de 2015
A Cor da Noite
Como se não bastasse ser bem ruim a fita, o espectador ainda tinha que aguentar os ataques de ego do peladão Willis! Acredito que ele hoje em dia tenha muita vergonha dessas sequências. E a estória? Do que se trata? Willis interpreta um psiquiatra que fica abalado com o suicídio de uma de suas pacientes. Depois tenta recuperar o equilíbrio com um colega de profissão, porém descobre alarmado que ele foi morto, provavelmente por uma de suas clientes. Enfim, bobagem pura, sendo que esse filme você pode dispensar sem maiores problemas. Mesmo assim conseguiu ser indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Canção Original ("The Color of the Night"). Porém depois foi "vencedor" do Framboesa de Ouro na categoria de Pior Filme do Ano! Realmente não houve salvação...
A Cor da Noite (Color of Night, Estados Unidos, 1994) Direção: Richard Rush / Roteiro: Billy Ray, Matthew Chapman / Elenco: Bruce Willis, Jane March, Rubén Blades / Sinopse: A história de um homem mais velho que se envolve sexualmente com uma garota mais jovem.
Pablo Aluísio.
Minha Vida
O filme não é grande coisa, mas também não chega a ser ruim completamente. Para ajudar na duração temos a linda Nicole Kidman interpretando Gail, a esposa de Bob (Keaton). Ela talvez seja o único motivo para rever o filme nos dias de hoje. Ainda jovem e muito bonita (se bem que ela nunca deixou de ser uma linda mulher), a atriz empresta graça e carisma a um roteiro meio capenga que perde o pique depois da segunda metade de duração. No final das contas o filme não fez muito sucesso (na realidade seu resultado comercial foi bem fraco) o que fez com que a carreira de Keaton fosse cada vez mais para o buraco. Foram tempos difíceis para o ex-Batman.
Minha Vida (My Life, Estados Unidos, 1993) Direção: Bruce Joel Rubin / Roteiro: Bruce Joel Rubin / Elenco: Michael Keaton, Nicole Kidman, Bradley Whitford / Sinopse: Um homem que descobre que vai morrer em breve decide gravar uma série de vídeos para serem assistidos pelos seus filhos, em um futuro próximo.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 14 de abril de 2015
Mr. Saturday Night
Embora seja considerado basicamente uma comédia o filme também aposta no lado mais dramático, onde Crystal procura mostrar também o lado duro da profissão de fazer rir. Além disso perpetua a velha imagem do palhaço triste, ou seja, daquele artista que vive de divertir os outros enquanto que na intimidade cultiva uma alma melancólica dentro de si. No saldo final temos um bom filme, que não fará você se arrepender de conferir.
Mr. Saturday Night - A Arte de Fazer Rir (Mr. Saturday Night, Estados Unidos, 1992) Direção: Billy Crystal / Roteiro: Billy Crystal, Lowell Ganz / Elenco: Billy Crystal, David Paymer, Julie Warner / Sinopse: A história de um comediante norte-americano. Indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (David Paymer). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator - Comédia ou Musical (Billy Crystal) e Melhor Ator Coadjuvane (David Paymer). /
Pablo Aluísio.
Atraídos Pelo Destino
O roteiro, por incrível que pareça, foi baseado em um fato real! O resultado é bem agradável, lembrando em certos aspectos da ingenuidade bem intencionada dos antigos filmes de Frank Capra. Tudo acontece nesse clima de fábula romântica e tudo mais. Não chega a ser marcante em nenhum momento, porém felizmente não irrita também. Vale a pena pelas boas intenções e pela sempre bela presença de Bridget Fonda, a mais bonita integrante do clã Fonda. Pena que ela hoje esteja aposentada do cinema. Para os fãs de Cage (e ele tem um grande fã-clube no Brasil) é uma boa oportunidade de vê-lo em um papel mais diferenciado em sua carreira.
Atraídos Pelo Destino (It Could Happen to You, Estados Unidos, 1994) Direção: Andrew Bergman / Roteiro: Jane Anderson / Elenco: Nicolas Cage, Bridget Fonda, Rosie Perez / Sinopse: Uma história romântica que começa quando duas pessoas solitárias são unidas por uma situação surreal.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 13 de abril de 2015
Rapa Nui
Embora seja uma produção muito bem realizada não temos como fugir da conclusão que o filme em si é uma grande bobagem do ponto de vista histórico. Os selvagens de "Rapa Nui" desfilam valores e conceitos que obviamente ficam mais certos na pele de um europeu ou de um americano do século XX. Os diálogos, seus sentimentos e seus princípios culturais são mera ficção. De bom mesmo apenas o clima de aventura exótica que parece ter sido o grande incentivo para a realização dessa obra cinematográfica. Assista, se divirta, mas nunca o leve muito à sério, porque "Rapa Nui" definitivamente não foi feito para isso. Filme indicado ao prêmio da Political Film Society.
Rapa Nui (Rapa Nui, Estados Unidos, 1994) Direção: Kevin Reynolds / Roteiro: Kevin Reynolds, Tim Rose Price / Elenco: Jason Scott Lee, Esai Morales, Sandrine Holt / Sinopse: Uma drama de ficção passada na Ilha da Páscoa antes do desaparecimento dessa civilização.
Pablo Aluísio.
O Jornal
O roteirista David Koepp começou a escrever o texto pensando em uma peça de teatro, mas depois quando foi convidado pelo diretor Ron Howard para trabalhar ao seu lado, descobriu que sua estória poderia também render um bom filme - e rendeu de fato! A bilheteria foi modesta (o filme nem chegou a ser lançado nos cinemas brasileiros), mas para surpresa de muita gente a produção conseguiu arrancar uma indicação ao Oscar na categoria de Melhor Canção Original com a simpática "Make Up Your Mind" de Randy Newman. Assim deixo a dica para os cinéfilos em geral. "O Jornal", uma prova que Keaton sempre foi um ator talentoso, com muitos recursos dramáticos.
O Jornal (The Paper, Estados Unidos, 1994) Direção: Ron Howard / Roteiro: David Koepp, Stephen Koepp / Elenco: Michael Keaton, Glenn Close, Robert Duvall, Marisa Tomei, Randy Quaid / Sinopse: A vida e o cotidiano de um jornal norte-americano, com os mais excêntricos jornalistas.
Pablo Aluísio.
domingo, 12 de abril de 2015
Adoro Problemas
Eles então partem para o tudo ou nada, cada um querendo passar a perna no outro na cobertura do evento. Mesmo sendo fraquinho e datado, o filme hoje vale por algumas coisas. Uma delas é conhecer a estética das comédias românticas da época. Em minha opinião por mais bobinhas que fossem ainda conseguiam superar muita coisa que anda sendo lançado por aí. O outro bom motivo para rever esse filme vem da presença jovial de Julia Roberts. Ela está muito bonita no filme - e nada antipática, ou seja, o extremo oposto de hoje em dia. Os anos realmente deixam marcas complicadas nas vidas e personalidades das pessoas, vou te contar!
Adoro Problemas (I Love Trouble, Estados Unidos, 1994) Direção: Charles Shyer / Roteiro: Nancy Meyers, Charles Shyer / Elenco: Nick Nolte, Julia Roberts, Saul Rubinek / Sinopse: Um casal se envolve numa situação bizarra, em uma cidade fora do comum.
Pablo Aluísio.
Equinox
O primeiro tem uma personalidade tímida, já o segundo é tão expansivo que muitos pensam que ele tem algum tipo de problema mental. O destino que os separou os une novamente quando um jornalista investigativo e escritor descobre que eles são herdeiros de uma grande fortuna, pertencente a um nobre europeu muito rico que morreu. Aqui não há nem muita dificuldade em apontar o grande trunfo do filme: o ator Matthew Modine! Ele interpreta os dois irmãos e se sai maravilhosamente bem. Modine sempre foi um grande profissional, seu problema talvez tenha sido apenas a falta de maiores oportunidades na carreira. De qualquer maneira vale a lembrança desse esquecido e bom "Equinox".
Equinox (Equinox, Estados Unidos, 1992) Direção: Alan Rudolph / Roteiro: Alan Rudolph / Elenco: Matthew Modine, Lara Flynn Boyle, Fred Ward / Sinopse: Dois gêmeos se envolvem em uma situação surreal. Filme indicado a quatro categorias no Independent Spirit Awards.
Pablo Aluísio.
sábado, 11 de abril de 2015
Memórias de um Homem Invisível
O filme não tem graça, não funciona como humor e os efeitos especiais - que são até muito bem feitos - se perdem em um mar de piadinhas que não abrem sequer um sorrisinho amarelo no espectador. Chase não sabe se está em um filme B dos anos 50 ou numa comédia escrachada. O roteiro na verdade foi remendado. Inicialmente foi escrito para ser uma refilmagem com um tom sério, que servisse como homenagem ao antigo clássico. Depois com a mudança de opinião dos produtores, houve a tentativa de transformar tudo em uma comédia maluca. O resultado se mostrou desastroso. Hoje, para se ter uma ideia, ninguém mais nem lembra da existência dessa produção. Por fim é bom destacar a presença da atriz Daryl Hannah no elenco. Na época em que o filme estava sendo feito ela namorava o filho de JFK, o que trouxe publicidade extra à produção. Nem isso porém salvou a fita de ser um grande fracasso de bilheteria em seu lançamento. Nesse caso o público acertou em suas escolhas.
Memórias de um Homem Invisível (Memoirs of an Invisible Man, Estados Unidos, 1992) Direção: John Carpenter / Roteiro: Robert Collector / Elenco: Chevy Chase, Daryl Hannah, Sam Neill / Sinopse: Um homem descobre a fórmula da invisibilidade. Algo que vai criar muitos problemas para ele e para outros ao seu redor.
Pablo Aluísio.
Uma Escolha, uma Renúncia
Na estória Richard Gere interpreta Vincent Eastman, um homem que precisa se decidir entre continuar com sua esposa de um casamento que já dura 16 anos ou se entregar a uma nova paixão avassaladora, com uma mulher bem mais jovem e sexualmente atraente. O roteiro é por demais moralista e isso estraga um pouco as coisas. Sharon Stone repete indiretamente sua personagem mais famosa, Catherine Tramell de "Instinto Selvagem", ou seja, uma mulher linda, mas totalmente perigosa e até fatal. Não entendo a psicologia que quase sempre une beleza com perigo. Deve ser algo incrustado na mente humana desde seus primórdios. De uma forma ou outra esse tipo de mentalidade aqui não rende bons frutos. Uma pena, pois Gere e Stone poderiam resultar em algo bem melhor. Do jeito que ficou o filme é apenas longo, tedioso e o pior de tudo, sem quase nenhum teor de sensualidade verdadeira.
Uma Escolha, uma Renúncia (Intersection, Estados Unidos, 1994) Direção: Mark Rydell / Roteiro: David Rayfiel, Marshall Brickman / Elenco: Richard Gere, Sharon Stone, Lolita Davidovich / Sinopse: Um homem casado se apaixona por uma bela mulher. E agora? Mentará o casamento de vários anos ou seguirá o seu coração?
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 10 de abril de 2015
Mr. Jones
Título Original: Mr. Jones
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Anchor Bay Films
Direção: Karl Mueller
Roteiro: Karl Mueller
Elenco: Jon Foster, Sarah Jones, Mark Steger
Sinopse:
Um jovem casal decide ir para uma cabana no meio da floresta. Lá eles pretendem revitalizar o relacionamento ao mesmo tempo em que Scott (Jon Foster), o marido, pretende rodar um documentário sobre a natureza. Eventualmente acabam esbarrando em uma figura estranha, um homem que vive isolado no meio da mata, sem contato com ninguém há anos. Penny (Sarah Jones) acaba descobrindo ser Mr. Jones, um nome bem conhecido no mundo das artes em Nova Iorque. Há anos ele havia enviado suas peças (na verdade espantalhos criados com objetivos desconhecidos) para várias pessoas ao redor do mundo e essas esculturas acabaram sendo reconhecidas como grandes obras de arte. Mas a dúvida sempre permaneceu na mente de todos: afinal quem seria mesmo esse misterioso Mr. Jones?
Comentários:
Filme de terror que procura seguir a estética do sucesso "A Bruxa de Blair". Claro que esse estilo de filme já aborreceu muita gente, mas podem ficar mais tranquilos pois "Mr. Jones" não é tão intencionalmente mal filmado como esse "clássico" que acabou dando origem ao subgênero Mockumentary. O roteiro não me surpreendeu muito, a não ser nos vinte minutos finais quando ele dá uma guinada e joga todos os personagens em um verdadeiro mundo de delírios e pesadelos, isso literalmente falando. Se você é daquele tipo de espectador que gosta de ter tudo explicadinho, certamente vai ficar desapontado com esse roteiro, pois na realidade ele não parece estar preocupado em decifrar muita coisa. Depois que o filme termina o público terá que catar pequenas pistas que são dadas ao longo da duração para montar seu próprio painel explicativo sobre tudo o que assistiu. O estreante diretor Karl Mueller merece, pelo menos pela coragem, algum tipo de elogio por ter escolhido ir por esse caminho. Em termos de elenco o destaque vai para a atriz Sarah Jones no papel de Penny. Eu sempre gostei muito do trabalho dela, principalmente em séries como "Vegas", "Alcatraz" e "Justified". Aqui ela surge mais bonitinha do que nunca, o que ajudou bastante a passar o tempo enquanto as coisas não ficavam muito claras. No final das contas ela acaba sendo mesmo o grande atrativo para conferir mais essa fita de terror.
Pablo Aluísio.
Os Últimos Cavaleiros
A produção é bem feita, embora não seja excepcional. Nos tempos atuais não há mais a construção de grandes cenários, sendo tudo criado em computador, em pura realidade virtual. Assim os grandes castelos e muralhas são apenas técnicas da mais pura computação gráfica. Algumas vezes funciona, mas devo confessar que em certos momentos tudo me pareceu pouco convincente. Não me passou veracidade. O roteiro também não traz maiores novidades, se concentrando na velha fórmula da vingança pessoal. Há uma quebra de ritmo na segunda metade do roteiro que poderá desagradar a algumas pessoas. De bom mesmo eu apontaria as boas cenas de lutas de espadas e uma ou outra bem realizada sequência de ação. "Last Knights" não chega a ser um grande filme, mas diverte, sem maiores pretensões.
Os Últimos Cavaleiros (Last Knighs, EUA, 2015) Direção: Kazuaki Kiriya / Roteiro: Michael Konyves, Dove Sussman / Elenco: Clive Owen, Morgan Freeman, Aksel Hennie / Sinopse: Comandante feudal (Owen) parte em busca de vingança após seu senhor (Freeman) ser morto por se recusar a pagar suborno a um importante e poderoso ministro da corte do Imperador. Dado como irrelevante e decadente ele está disposto a tudo para honrar o nome de seu clã de cavaleiros guerreiros.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 9 de abril de 2015
Kurt Cobain: Montage of Heck
Título no Brasil: Ainda Sem Título Definido
Título Original: Kurt Cobain - Montage of Heck
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO Documentary Films
Direção: Brett Morgen
Roteiro: Brett Morgen
Elenco: Kurt Cobain, Courtney Love, Krist Novoselic, Don Cobain, Jenny Cobain, Kim Cobain
Sinopse:
Documentário do canal HBO que conta a história de vida do cantor, compositor e líder do grupo Nirvana, Kurt Cobain (1967 - 1994). Através de entrevistas, filmagens caseiras e momentos captados durante shows da banda de rock, o espectador é levado de volta aos anos 1990, quando o Nirvana acabou se tornando um dos mais populares grupos de rock da história. A esposa de Kurt, Courtney Love, e o colega de banda Krist Novoselic são apenas algumas das pessoas que relembram em suas memórias a trajetória de Kurt rumo ao sucesso.
Comentários:
Não é o primeiro e nem tampouco será o último documentário explorando a vida do líder do grupo de rock Nirvana, mas certamente é um dos melhores já realizados. O diferencial fica no fato de que tudo foi produzido com o apoio da família Cobain, de sua esposa Courtney Love e dos demais donos dos direitos autorais da obra do grupo, o que significa que não existiram limites no uso da música do Nirvana e nem das cenas amadoras em Super-8 que pertenceram à família do músico em sua produção. Esse tipo de situação, a de um documentário sobre o Nirvana sem a utilização das músicas da banda, já tinha me aborrecido antes em outros documentários. Aqui pelo menos esse problema não existe. O filme se propõe a contar a vida de Kurt, desde a infância do roqueiro em Aberdeen, com muitas imagens tiradas do acervo particular da família Cobain, passando por sua juventude traumática marcada pelo divórcio dos pais até o sucesso como rockstar.
O diretor teve uma ótima ideia ao utilizar diversas animações para contar parte da juventude de Kurt. Sem imagens ou fotos, ele acertou em cheio ao utilizar essa técnica. Essa fase foi uma das mais marcantes de sua vida pois ele sentiu muito o fato de não ter um lar estruturado. Com a separação dos pais ele ficou indo de casa em casa, tentando se adaptar, ora com o pai, ora com a mãe ou os avós, mas sempre sem sucesso. Praticamente largado na rua, acabou trilhando o caminho para a formação de sua banda de rock, algo que mudaria sua vida para sempre. Também há uma bem bolada animação de desenhos feitos pelo próprio Kurt. Seu diário pessoal acabou servindo de rica fonte de informações para o roteiro. A história de vida de Kurt Cobain assim vai sendo narrada, principalmente fundamentada em diversas entrevistas de pessoas que foram importantes em sua vida. O documentário é longo, com mais de duas horas e meia de duração, mas jamais cansa o espectador. Essa história é tão interessante que jamais poderia se tornar tediosa. No final temos mais um belo trabalho de resgate da história do rock, tudo realizado com extremo bom gosto e riqueza de detalhes. Um filme tão bom que certamente interessará todos os que gostam de um bom documentário musical e não apenas aos fãs do Nirvana.
Pablo Aluísio.
Coragem Sob Fogo
Título Original: Courage Under Fire
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox 2000 Pictures
Direção: Edward Zwick
Roteiro: Patrick Sheane Duncan
Elenco: Denzel Washington, Meg Ryan, Lou Diamond Phillips
Sinopse:
O tenente-coronel Nathaniel Serling (Denzel Washington) é designado para investigar o passado da tenente Karen Emma Walden (Meg Ryan), morta durante a operação Tempestade do Deserto, quando os Estados Unidos invadiram o Iraque nos anos 1990. A Casa Branca quer honrar sua memória lhe dando postumamente a Medalha de Honra, a mais alta condecoração militar do país. O momento se mostra ótimo para isso pois ela seria a primeira mulher a ser honrada com a medalha, o problema é que Serling acaba descobrindo que ela não era exatamente a heroína que todos procuravam. Filme indicado ao Chicago Film Critics Association Awards na categoria de Melhor Ator (Denzel Washington).
Comentários:
Achei bem morno para falar a verdade. De fato o filme prometia, havia uma boa trama envolvida (que aproveitava o momento histórico da intervenção americana no Oriente Médio), um diretor competente (Edward Zwick, quase sempre impecável) e uma dupla de protagonistas muito boa formada por Denzel Washington e Meg Ryan. Ele vinha de dois filmes que não tinham feito muito sucesso de bilheteria, "Assassino Virtual" e "O Diabo Veste Azul", ambos colocando em dúvida sua capacidade de se transformar em um astro do primeiro time de Hollywood. Ela também queria mudar um pouco o rumo de sua carreira após virar a nova "namoradinha da América" ao estrelar uma sequência de filmes do gênero comédia romântica. Assim tínhamos uma equipe muito boa de profissionais competentes do ramo, o problema é que infelizmente, mesmo com todos os ingredientes presentes algo acabou saindo errado, fazendo com que a fórmula não fosse muito bem sucedida. Foi o que aconteceu aqui. O filme não decola e fica girando em círculos. Mesmo com os atores empenhados em fazer tudo dar certo. Há farto uso de flashbacks e eles acabam cansando um pouco. É aquele tipo de filme que você assiste uma vez na vida e depois ou perde o interesse em revê-lo ou simplesmente o esquece completamente. Definitivamente não cumpriu tudo aquilo que havia prometido.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 8 de abril de 2015
Amazônia em Chamas
Esse é um telefilme muito bem intencionado, mas também bem bobo em seus resultados finais, que acabou sendo realizado em homenagem à memória do ativista brasileiro Chico Mendes, interpretado pelo sempre competente Raul Julia. Um dos aspectos que mais me chamaram a atenção nesse roteiro foi que seus escritores varreram para debaixo do tapete o lado socialista de Mendes, o transformando em um puro ecologista de bom coração. Como todos sabemos antes de se posicionar como ecologista, Chico Mendes estava mais interessado nas péssimas condições de trabalho dos seringueiros de sua região, além disso ele sempre foi um socialista, de corpo e alma (e nunca escondeu isso de ninguém). Por certo o diretor John Frankenheimer percebeu que isso não seria muito bem visto por ingleses e americanos e então tudo foi, não diria escondido, mas sim amenizado, omitido de propósito.
Provavelmente o maior defeito desse filme foi não escolher um ator brasileiro para viver Chico. Raul Julia era de fato um excelente ator, mas não consegue passar veracidade, principalmente para nós, brasileiros, que ficamos com aquela sensação ruim de ver um Chico Mendes para gringo ver. Sinceramente não tenho nenhum receio em dizer que ele não me convenceu em nenhum momento. Diante de tudo isso a única forma de gostar mais do filme é o de encara-lo como uma novela, um romance baseado em fatos reais, tudo bem romanceado mesmo. Historicamente a produção é bem equivocada, mas como puro divertimento ainda vale um pouco, se você não for muito crítico em relação ao que está vendo.
Amazônia em Chamas (The Burning Season, Estados Unidos, 1994) Direção: John Frankenheimer / Roteiro: Andrew Revkin, William Mastrosimone / Elenco: Raul Julia, Edward James Olmos, Sônia Braga / Sinopse: o filme conta a história real do ativista ambiental brasileiro Chico Mendes, assassinado por causa de sua nobre luta em prol da preservação da Amazônia. Filme vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Telefilme, Melhor Ator - telefilme (Raul Julia) e Melhor Ator Coadjuvante (Edward James Olmos).
Pablo Aluísio.O Sombra
Parece um canastrão do mundo dos super-heróis. Sei que ele já havia sido adaptado muitas décadas antes, em especial nos anos 1940. Naqueles tempos pode ser que funcionasse, já cinquenta anos depois só fiquei mesmo com vergonha alheia de Baldwin tentando convencer no papel. Dito isso é bom salientar também que em termos de produção o filme não é ruim e não deixa a desejar - tem boa fotografia, ótimos figurinos, bem realizados efeitos especiais e uma direção de arte para lembrar mesmo o mundo dos gibis. Só não conseguiu mesmo me agradar... pode até ser que seja algo puramente pessoal... quem sabe! De qualquer maneira minha decepção foi maior porque Russell Mulcahy sempre foi um cineasta que admirei e respeitei. Nessa fita ele apenas me decepcionou.
O Sombra (The Shadow, Estados Unidos, 1994) Direção: Russell Mulcahy / Roteiro: Walter B. Gibson, David Koepp / Elenco: Alec Baldwin, John Lone, Penelope Ann Miller / Sinopse: O filme mostra a adaptação para o cinema de um famoso personagem em quadrinhos do passado. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Figurino, Melhor Música, Melhores Efeitos Especiais e Melhor Atriz (Penelope Ann Miller).
Pablo Aluísio.
terça-feira, 7 de abril de 2015
Alguém Para Dividir os Sonhos
Para muitas pessoas os filmes sobre doenças mentais não são muito interessantes. Alguns até evitam assistir algo nesse sentido. A verdade é que muitos procuram o cinema apenas como diversão escapista e nada mais. Bom, se esse não for o seu caso, se você estiver mesmo interessado em assistir um bom drama sobre esquizofrenia (um mal terrível que acomete milhões ao redor do mundo) eu recomendo esse muito bom "Alguém Para Dividir os Sonhos". A trama gira em torno de Matthew (Matt Dillon), um jovem esquizofrênico que acaba reencontrando o prazer da vida ao encontrar com Jerry (Danny Glover), um pobre homem negro que vive há muitos anos nas ruas. Como Matthew é despejado de seu apartamento e acaba virando um sem-teto, ambos começam a se apoiar mutuamente.
Já que é um veterano, Jerry vai ensinando a seu jovem pupilo como sobreviver nas ruas, transformando o que seria inicialmente uma amizade numa verdadeira relação entre pai e filho. Um roteiro muito tocante, humano, que investe nos que estão à margem da sociedade, na realidade dos pobres, dos abandonados, dos excluídos e dos doentes mentais. Também revela indiretamente a verdadeira face cruel do selvagem capitalismo americano, mostrando que naquela nação, ao contrário do que muitos pensam, também existe muita pobreza e injustiça social, principalmente para os que não se enquadram dentro de seu sistema social e financeiro. Filme indicado ao Chicago Film Critics Association Awards na categoria de Melhor Ator (Matt Dillon). Também indicado aos prêmios do Toronto International Film Festival e Stockholm Film Festival.
Alguém Para Dividir os Sonhos (The Saint of Fort Washington, Estados Unidos, 1993) Direção: Tim Hunter / Roteiro: Lyle Kessler / Elenco: Danny Glover, Matt Dillon, Rick Aviles./ Sinopse: Um homem com problemas mentais se torna amigo de um negro. Juntos as complicações da vida cotidiana se tornam mais suportáveis.
Pablo Aluísio.
Com Mérito
O resultado é fraco, nada marcante. Joe Pesci é aquele tipo de humorista que precisa de alguém para lhe dar alguns freios, caso contrário a coisa desanda. Ele aqui está particularmente irritante, com aquela sua voz característica, bem fina, que dói nos ouvidos. Fraser, por outro lado, não convence como um estudante de Harvard por causa de sua cara de bobão. Ora, essa universidade é uma das mais concorridas do sistema educacional americano, integrante da Ivy League, quem vai se convencer que um idiota desses conseguiu entrar em seus concorridos quadros? Tem que ser muito bobo para cair nesse conto da carochinha, não é mesmo?
Com Mérito (With Honors, Estados Unidos, 1993) Direção: Alek Keshishian / Roteiro: William Mastrosimone / Elenco: Joe Pesci, Brendan Fraser, Moira Kelly, Patrick Dempsey. / Sinopse: Um estudante de Harvard se aproxima de um morador de rua. Um sujeito que parece ser muito inteligente, mas que também lhe traz muitos problemas. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Música Original ("I'll Remember" de Madonna).
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 6 de abril de 2015
Os Irmãos Grimm
Título Original: The Brothers Grimm
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos, Inglaterra, República Tcheca
Estúdio: Dimension Films, Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Terry Gilliam
Roteiro: Ehren Kruger
Elenco: Matt Damon, Heath Ledger, Monica Bellucci
Sinopse:
Wilhelm Grimm (Matt Damon) e seu irmão Jacob (Heath Ledger) decidem percorrer vilas e comunidades do interior da Europa em busca de contos de fadas e estorinhas infantis para realizar um verdadeiro levantamento escrito do folclore da região. Na sua jornada de preservação desse patrimônio artístico acabam descobrindo que nem tudo é apenas fantasia e imaginação no mundo em que vivemos. Filme indicado ao Leão de Ouro no Venice Film Festival.
Comentários:
Terry Gilliam não é um diretor comum. Geralmente ele transforma seus filmes em verdadeiros delírios cinematográficos. Gosto de dizer que ele é um cineasta barroco, com tudo o que há de significado nesse tipo de qualificação. Sempre trabalhando com talentosos diretores de arte, ele acabou realizando um filmografia que é puro deleite visual e sensorial. Não é diferente nesse "The Brothers Grimm". O projeto nasceu bem convencional, com a proposta de contar a história real desses dois estudiosos e escritores que foram atrás de centenárias estórias infantis e as colocaram em edições de grande resgate histórico. Por essa razão os irmãos Grimm entraram na história. Indo de vila em vila eles foram compilando as historinhas infantis que lhes eram contadas. Pense em um famoso conto infantil e provavelmente os Grimm terão participado de algum forma ou em sua criação ou então em sua preservação, pois trazendo a tradição oral para o papel eles acabaram imortalizando esse rico acervo da cultura mundial. Embora rica do ponto de vista cultural, Gilliam preferiu acrescentar magia e fantasia na vida dos irmãos. Nada que fosse historicamente muito preciso. O resultado é criativo, não se pode negar, mas também irregular. Eu tive a oportunidade de ver esse filme no cinema, mas infelizmente nem mesmo na tela grande houve melhoras. O resultado é de fato apenas bem mediano. O que ajuda muito é seu bom elenco principal. Com a morte do ator Heath Ledger o filme acabou ganhando ainda mais ares cult, embora bom mesmo seja a beleza de Monica Bellucci, praticamente uma deusa em suas cenas.
Pablo Aluísio.